Quem foi ao Baile Municipal em 2010 e 2011 contribuiu para o valor arrecadado na tradicional festa da folia de momo, que foi aplicado na construção de um novo espaço dentro do Hospital Infantil Maria Lucinda, localizado no bairro do Parnamirim. A inauguração dos dez leitos destinados à UTI Neopediátrica, aconteceu na manhã desta terça-feira (2) nas dependências do hospital.

Para a construção do espaço e aquisição dos equipamentos do novo setor hospitalar - aproximadamente R$ 1 milhão -, R$ 405.558,94 foram doados pela Prefeitura do Recife, por meio do Baile Municipal. Esse valor, fruto das bilheterias dos anos de 2010 e 2011, contribuiu para que fossem oferecidos à população dez novos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (três pediátricos e sete neonatais).

Para o prefeito do Recife, João da Costa (PT), a inauguração dos leitos do hospital vem de encontro a uma necessidade do setor. “Você tem em Pernambuco, especialmente no Recife, um déficit de UTIs, principalmente as pediátricas e com essa parceria a gente vai formando uma rede complementar. Eu fui tratado em um hospital filantrópico em São Paulo (o petista passou por um transplante de rim no ano poassado). Isso mostra que é possível construir, através do SUS, sistemas públicos de saúde de qualidade”, destacou.

O secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, também ressaltou a importância do poder público trabalhar em conjunto com instituições filantrópicas. “Essa é uma instituição comunitária (Hospital Infantil Maria Lucinda), nós do Estado temos que trabalhar em parceria com eles”, declarou Figueira. O secretário ainda garantiu que Pernambuco contará com 942 leitos de UTI, no final do ano.

Já a primeira dama do Recife, Marília Bezerra, organizadora do Baile Municipal, disse que estava satisfeita com a aplicação dos recursos do baile. “Quando as pessoas se juntam para fazer o bem é esse resultado que está aqui. E o mais importante são as (pessoas) que vão ser salvas neste lugar”, disse Marília.

O serviço contará com uma equipe de dez pediatras neonatologistas, cinco cirurgiões pediátricos, seis fisioterapeutas, um psicólogo, um fonoaudiólogo, um assistente social, seis enfermeiros e 17 técnicos de enfermagem. O atendimento será regulado pela Central de Regulação do Estado.