Marco Nanini, que teve diversos famosos o prestigiando em novo musical e completou 50 anos de carreira, está em uma nova fase da vida, depois do fim de A Grande Família, da Globo. Em entrevista ao jornal O Globo, o ator contou que está determinado a parar de fumar e já comprou produtos à base de nicotina, mas ainda não sabe quando vai começar a usar:
- É bom viver em idade avançada. Sempre se aprende. Não tenho problema com isso, só me preocupo com a saúde, quando atinjo três dígitos no peso. Já comecei o regime. E tem o cigarro. É difícil, mas vou largar essa porcaria.
##RECOMENDA##O astro também explicou que quando está criando um personagem, fica completamente pensando nele e não sobra espaço para outros planos. No momento, sua atenção está toda voltada a Pancrácio, um professor de Filosofia, que vai viver na próxima trama das 18 horas de Walcyr Carrasco, com previsão para estrear em janeiro, na Globo:
- Começar um trabalho é mergulhar num mundo desconhecido. Você vai criando, acerta, erra. Isso assusta. Tranquilidade não existe para um ator. Mas estou animado. Pancrácio tem um pensamento filosófico interessante. Ele acredita que o que acontece de ruim é para o bem. Será o mentor de Candinho (Sergio Guizé, o protagonista)
E a nova trama promete tirar completamente a ideia do Linelzinho, seu antigo personagem. Ele usará perucas, barbas postiças e roupas de época:
- É sempre um luto terminar uma longa relação, com os personagens e com os atores. Mas uma hora tem que acabar. Ninguém terminou (a série) brigado, sem querer olhar para a cara do outro. Foi tudo organizado, premeditado e digerido. Sinto uma saudade boa.
O ator sempre se mostrou muito caseiro, mas, em suas raras saídas, conta que sempre recebe o carinho do público:
- O público é cruel, ama e odeia. Comigo todos riem, falam do seriado. Mas ninguém sai correndo atrás da minha cueca. Nunca fui galã.
Aos 67 anos, Marco falou de sua homossexualidade pela primeira vez à revista Bravo!, no ano de 2011 e acredita que existe uma onde conservadora, no mundo atual:
- É só ver esses radicalismos religiosos. A falta de tolerância é grande, e encaro com preocupação. Vivi os anos 1960, uma época libertária, com revoluções sexual e hippie, drogas e rock’n’ roll. É estranho retroceder. Ser liberal nunca é demais.