Tópicos | ofensas racistas

O lateral-esquerdo Danilo Avelar, do Corinthians, reconhece ter cometido ofensas raciais em uma partida do jogo online Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) na noite desta terça-feira. O perfil do jogador (D.A35) postou um comentário em que dizia a outro usuário: "Fih (filho) de uma rapariga preta".

"Quero admitir meu erro. O que escrevi durante a partida não condiz com o que penso e o que vou ensinar a meu filho. Fui ofendido por um jogador estrangeiro na minha condição de brasileiro. Perdi a cabeça, mas infelizmente piorei a situação: cometi o grave erro de escrever a um adversário uma frase de conotação racista", publicou o jogo no Twitter na manhã desta quarta-feira.

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O jogador afirma que se envergonha e pede desculpas. "Errei, falhei e me envergonho muito disso", diz em outro trecho da mensagem. "Gostaria de pedir desculpas a todos, sobretudo com a comunidade afrodescendente", diz o corintiano.

Antes da divulgação da mensagem, o Corinthians divulgou nota oficial informando que estava apurando o caso. O jogador também pediu desculpas ao clube.

A denúncia havia sido feita por um dos jogadores que participava da partida. O codinome na plataforma que teria feito a ofensa é D.A35, que corresponde às iniciais do nome do jogador e o número da camisa que ele usa no Corinthians. Outros jogadores confirmaram que o apelido (nickname) se refere ao atleta.

Danilo Avelar jogava na Coliseum, uma plataforma privada de gerenciamento de partidas, quando fez a ofensa. O episódio viralizou nas redes sociais. Torcedores do Corinthians enviaram mensagens nos perfis do zagueiro para que ele se pronunciasse. No Twitter, ele disse não saber do que se tratava a acusação e que estava averiguando os fatos. Nesta manhã, reconheceu o erro.

A plataforma onde ele jogava ainda não se pronunciou após o pedido de desculpas do jogador. O perfil estava banido até a apuração dos fatos. Apaixonado pelos jogos online, Danilo Avelar é sócio da Bears eSports, organização criada para competir no CS:GO.

Sem atuar desde outubro de 2020 por conta do rompimento no ligamento cruzado do joelho direito, em lesão sofrida no clássico diante do Santos, o lateral não tem previsão de voltar aos gramados.

"Seus desgraçados, amaldiçoados, que o diabo, o satanás, o senhor das trevas, acompanhe vocês a partir de agora". Assim começa a carta cheia de xingamentos e conteúdo racista que três agentes do Departamento Estadual do Trânsito do Ceará (Detran-CE), receberam após rebocarem, no dia 11 deste mês, carros estacionados em locais proibidos no Bairro Aldeota, área nobre de Fortaleza.

Insatisfeita em ter seu veículo retirado do local por estar parado irregularmente em uma vaga destinada a táxis, uma mulher foi no dia seguinte até a sede do órgão entregar a carta ao departamento de fiscalização.

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"Hoje tu vive como gente, por causa da maldita princesa Isabel. Senão, hoje, tu viverias no tronco levando chicotada nos lombos", diz outro trecho da carta, que era direcionada ao motorista do reboque, Mauro César Soares. Perplexo, Soares disse que nunca havia passado por uma situação como esta. "Ao contrário, recebi elogios", disse.

"Tem inveja de mim porque sou branca, né? Se tu tivesses vivendo na época dos meus bisavós (que eram senhores portugueses, donos de escravos) e dos teus antepassados, hoje tu estaria lambendo o chão que eu piso. Morre de inveja, né, desgraçado, amaldiçoado: tu nunca será como eu. Nunca estará à minha altura", consta ainda na carta.

A mulher suspeita de ser a autora do documento compareceu, nesta segunda-feira, 24, à Superintendência da Policia Civil, no Centro da capital cearense, mas preferiu ficar em silêncio. Na semana passada, ela já havia faltado a outros dois depoimentos. Em entrevista por telefone a uma emissora de TV local, a motorista disse que não havia assinatura na carta e que por isso nada poderia ser provado contra ela.

O delegado que apura o caso, Gustavo Pernambuco, disse ter ficado surpreso com o conteúdo e apontou alguns crimes no documento, como injúria racial e desacato. A polícia vai agora encaminhar o caso para o Ministério Público. "Agora vou dar o saneamento do inquérito policial e encaminhar para o juiz. Lá ela terá a oportunidade de mais uma vez de falar e fornecer suas versões sobre os fatos", explica o delegado.

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