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Nesta sexta (4), um grupo de cerca de 40 cadeirantes e voluntários ganhou as ruas do centro do Recife em uma manifestação por seus direitos. Com balões brancos e cartazes, os participantes do ato pediam por acessibilidade no transporte público e nas vias da capital pernambucana, além da liberação de um repasse do poder público estadual que possibilita o acesso a cadeiras de rodas. O ato dirigiu-se ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado. 

Promovida pela ONG Deficiente Eficiente, a manifestação cruzou o bairro de Santo Antônio, na região central do Recife, em direção à sede do governo de Pernambuco. Os manifestantes chegaram a ficar posicionados no cruzamento entre a Avenida Conde da Boa Vista e a Rua do Sol, bloqueando parcialmente o trânsito. Guardas da CTTU logo dispersaram o movimento e as vias foram liberadas. 

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Em entrevista ao LeiaJá, o presidente da ONG, Felipe Gervásio, disse que o intuito do movimento era chamar a atenção das autoridades para os direitos das pessoas com deficiência, sobretudo na questão do acesso às cadeiras de rodas. "Nós estamos cobrando que o Governo do Estado repasse a verba necessária para que a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) possa permanecer entregando as cadeiras de rodas, além de sua melhoria dessas cadeiras”. Segundo Felipe, atualmente existem 2.500 pessoas na lista de espera pelo equipamento. “Tem gente que já aguarda há dois anos, isso é absurdo”, disse.

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Acompanhando a manifestação representando a filha, uma menina de seis anos portadora de microcefalia, a vendedora Inabela Tavares falou sobre a importância do ato. “Não temos cadeiras, a cadeira de rodas foi suspensa, não tá dando na AACD. Fora que  a gente teve que vir pela rua, as plataformas não foram feitas no BRT, é horrível”, disse referindo-se à precariedade da mobilidade na cidade e no transporte público. Tema também abordado pelo aposentado Mario José do Nascimento. “As grandes empresas (de ônibus) só vive com os elevadores quebrados. O terminal de Cajueiro Seco faz meses que o elevador está quebrado. Já fui reclamar pessoalmente, tenho vários números de protocolo, e não fazem nada”.

Cerca de 40 pessoas, entre cadeirantes e acompanhantes participaram da manifestação. Eles se dirigiram até o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, com o objetivo de entregar um ofício com suas demandas. “Nós queremos respeito, dignidade e acessibilidade”, resumiu Felipe, presidente da Deficiente Eficiente.  

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