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O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou, nesta quinta-feira (5), a pactuação do calendário de pagamento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) de 2015. O pleito era um dos aguardados pelos prefeitos durante a abertura do 5º Congresso dos Municípios de Pernambuco, promovido pela Amupe. Além disso, o governador também pontuou a liberação do pagamento de R$ 10 milhões da edição de 2014 do programa. 

“Quanto mais pudermos passar recursos para os municípios vamos fazer. Houve atrasos na finalização do FEM 2, mas praticamente todo mundo finalizou e a gente agora tem, junto com a Amupe, o mês de abril para fazer um calendário do FEM 3. Alguns municípios já receberam, mas a grande maioria não e agora precisa também ter acesso esse mesmo crédito, que é uma política que ultrapassa governos”, salientou.

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O anúncio tímido quebra o ritmo costumeiro do Congresso dos Municípios, quando normalmente o governador divulga o calendário de uma nova edição do FEM. De acordo com uma denúncia feita pela oposição, a dívida do governo com as prefeituras das edições de 2014 e 2015 do FEM gira em torno de R$ 280 milhões. 

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Balanço e culpa da crise

Durante quarenta minutos de discurso no Congresso dos Municípios, o governador fez ainda um balanço das suas ações e salientou a crise econômica iniciada em 2015, na qual pôs a culpa do atraso de obras e investimentos.

“Muitos sabem dos desafios de se governar. Aqui em 2014, com Eduardo Campos, discutimos o Pernambuco que queríamos que continuasse cada vez melhor. A crise que se chegou e nem o mais pessimista poderia imaginar, uma crise que atingiu em cheio todo estado brasileiro. Além do econômico teve uma raíz forte no ambiente político. Uma crise que temos trabalhado muito para superar”, frisou Paulo Câmara.

Diante de uma plateia de prefeitos e servidores municipais, o chefe do Executivo Estadual também salientou a necessidade de um novo pacto federativo no país para superar a crise e equilibrar a distribuição de renda dos entes do país. “Este debate continua fraco e esquecido. A maioria das demandas que conseguimos foi via judiciário”, ressaltou.

Por fim, Paulo Câmara também prometeu que usará os próximos meses de gestão para terminar o que iniciou e começar novas obras. “Vamos ter a capacidade de terminar, fruto do planejamento, e vamos ter a condição de iniciar outras. Voltamos a crescer da forma com que Pernambuco estava acostumado, o dobro do Brasil”, destacou. 

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