Tópicos | Parque de Exposições de Salvador

Pelo menos nove exposições devem marcar aqui e fora do Brasil (Alemanha, Estados Unidos, Itália e Suíça) o centenário de nascimento da arquiteta modernista italiana, naturalizada brasileira, Lina Bo Bardi (1914-1992). Duas delas serão inauguradas em São Paulo na quarta-feira, justamente no Sesc Pompeia, lugar onde deixou sua marca mais forte: a de uma arquitetura pensada para o exercício da cidadania e o convívio interclassista. Por isso mesmo, a primeira das mostras chama-se A Arquitetura Política de Lina Bo Bardi, cuja curadoria é assinada por dois de seus assistentes, Marcelo Ferraz e André Vainer, colaboradores no desenvolvimento do projeto e obra do Sesc Pompeia, uma antiga fábrica de tambores transformada em centro de lazer, cultural e desportivo no bairro da zona oeste, em maio de 1982.

A outra mostra, Lina Gráfica, organizada por João Bandeira e Ana Avelar, destaca o lado menos conhecido da artista visual, que começou a desenhar ainda em Roma, influenciada pelos metafísicos italianos (De Chirico, em particular), tornou-se ilustradora no Brasil, criou a revista Habitat no começo dos anos 1950 e desenhou cartazes para filmes e peças que adotaram como referência imagens do cordel brasileiro, isso quando arte erudita e popular não se misturavam.

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Além delas, duas outras exposições seguem em cartaz em São Paulo. O Museu da Casa Brasileira abriga até novembro a mostra Maneiras de Expor, com curadoria de Giancarlo Latorraca, sobre a arquitetura expositiva de Lina. A arquiteta organizou mostras históricas (Caipiras, capiaus: pau-a-pique, Bahia no Ibirapuera), que promoveram a arte popular brasileira. Mais do que isso, levou-a para o interior do Masp, seu projeto mais conhecido que, na verdade, foi originalmente desenhado para São Vicente.

O público pode ver numa das salas do Museu da Casa Brasileira o embrião do Masp, na sede dos Diários Associados. Em outra, o visitante lembra (ou descobre) como era o Masp ao ser inaugurado, em 1968, na Paulista. Nessa sala, estão seis dos cavaletes de vidro que sustentavam as obras do acervo (um deles na foto maior desta página, com a reprodução da tela de Van Gogh). A outra mostra citada reúne o mobiliário de Lina na Casa de Vidro, no Morumbi, onde ela morou com o marido Pietro Maria Bardi, que formou a coleção e foi o primeiro diretor do Masp.

O Masp já é tombado pelo Iphan e este ano sai o tombamento do Sesc Pompeia. Marcelo Ferraz e André Vainer marcam o centenário com um totem instalado no fim da rua que liga a antiga fábrica ao conjunto esportivo do Sesc Pompeia. Outra novidade: o artista popular Edmar de Almeida fez outra tapeçaria para as paredes do restaurante, onde as mesas são coletivas, justamente para facilitar o convívio.

"Ela falava que arquitetura era isso, um velhinho, ou uma criança, atravessando elegantemente o espaço do restaurante, à procura de um lugar numa mesa coletiva", lembra Marcelo Ferraz. Numa era marcada pelo monumental (Frank Gehry e companhia), observa, "Lina é uma resposta ao formalismo vazio", mostrando que forma e função ainda podem caminhar juntas. André Vainer, que trabalhou 15 anos com Lina e Ferraz, diz que o ideário político da arquiteta fez a dupla optar na exposição por três obras, de tempos distintos, que confirmam seu compromisso ideológico.

Nela, o Solar do Unhão, em Salvador, que restaurou, é o marco zero do projeto de Lina Bo Bardi, de trabalhar com a cultura do País, justamente no momento embrionário da bossa nova e o Cinema Novo (Glauber Rocha foi seu colaborador). O Masp, já no fim dos anos 1960, inseriu o Brasil no circuito internacional dos museus. Lina queria que o acesso ao acervo do museu fosse democrático - daí a exposição da coleção sem hierarquia de escolas e períodos, com os cavaletes de vidro. Finalmente, no Sesc Pompeia, em 1982, ela concretizou o sonho de unir a fábrica a um centro irradiador da cultura, que não é só a popular ou a erudita, mas a soma de todas as culturas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começou nesta quarta (10) a Semana Mangalarga da Expobahia 2013 no Parque de Exposições de Salvador (BA). O evento tem o objetivo de comercializar cavalos, bois e cabras. A organização do evento prevê uma movimentação comercial em torno de R$ 20 milhões.

De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia (ACCOB), Hermam Abbehusen, existe um crescente mercado para os animais comercializados e nos valores que circulam na Exposição: “Temos notado um amento de 20% a cada ano”. De acordo com o presidente da Associação, as principais raças de cavalos são o Nelore e Mangalarga. Herman afirmou que no ExpoBahia 2013 são mais de 1000 exemplares das principais raças de cavalo. Segundo ele, são os leilões o que mais movimentam dinheiro no Expobahia.

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Matheus Braga é um criador de Salvador que levou quatro Mangalargas Marchadores para a Expobahia. “Esse é um dos 10 maiores leilões do Brasil”, afirmou ele, que espera arrecadar R$ 2 milhões nos exemplares. Gilvan Pinto é um criador do Vale do Gongogi, em Itagibá, no Sul da Bahia, que também se interessa pelos leilões. Ele conta que os critérios dele de compra são a evolução dos cavalos e o andamento. “O mangalarga tem esses dois critérios, o andamento, que é a postura do cavalo, e a evolução que diz respeito à genética de melhoramento da raça”, explica Gilvan. Para ele, a Semana de Mangalarga na ExpoBahia é importante por dar prioridade à raça que é genuinamente brasileira e está bem qualificada na Europa e na Argentina. O criador afirma que estar no evento é a melhorforma de realizar as compras: “Assim você vê o animal de perto”, afirma.

Os Leilões e concursos - Gilvan já participou de três edições da ExpoBahia. Ele conta que os leilões têm duas modalidades: animais e embriões. “Nos embriões você ainda não viu o resultado, você tem que confiar no trabalho de alguém, nos animais você pode ver o cavalo, a égua, o potrinho já pronto”, conta ele. Ele também explica que os concursos servem pra avaliar a morfologia e a genética do animal. “Por isso nós participamos dos concursos”, afirma o criador.

De acordo com o presidente da Associação, HermanAbbehusen, nesta semana serão cerca de 600 equinos para comercialização, sendo trezentos cavalos mangalarga. A Semana Mangalarga na ExpoBahia 2013 segue até o domingo (14).

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