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O óleo diesel segue como o produto com maior valor de vendas na indústria brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quarta-feira, 24, a Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa e Produto referente a 2013. O destaque, porém, ficou com as plataformas de perfuração ou de exploração, flutuantes ou submersíveis, cujo valor de vendas dobrou em relação a 2012.

Em 2013, a exportação "ficta" de sete plataformas de petróleo ajudou a impulsionar o resultado da balança comercial brasileira em US$ 7,735 bilhões. Nessa operação, porém, a venda é apenas contábil, já que as plataformas não saem do País, pois são afretadas (alugadas) pela Petrobras.

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O valor de vendas de plataformas atingiu R$ 4,638 bilhões em 2013, contra R$ 2,684 no ano anterior. Com isso, o produto ganhou 48 posições no ranking da indústria brasileira, saltando da posição 121º para 73º.

O valor de vendas também aumentou consideravelmente nos casos de tubos, canos ou perfis ocos de aços sem costura (R$ 4,019 bilhões), máquinas de colheita (R$ 6,034 bilhões) e inseticidas para uso na agricultura (R$ 6,598 bilhões) na passagem do ano.

No sentido contrário, o biodiesel e suas misturas tiveram a maior perda de posições, diante da queda nominal do valor de vendas, totalizando R$ 5,120 bilhões em 2013. O produto ficou na 67ª colocação naquele ano, contra a 50ª posição em 2012.

Óleo diesel

O maior valor de vendas foi registrado pelo óleo diesel, que arrecadou R$ 67,345 bilhões em 2013, contra R$ 54,992 bilhões no ano anterior. Com isso, a participação do produto na arrecadação da indústria aumentou para 3,3%.

Em segundo lugar ficaram os minérios de ferro em forma bruta, cujo valor de vendas totalizou R$ 54,763 bilhões (2,7% da receita bruta da indústria). Esse produto estava na terceira colocação em 2012.

Já a indústria de automóveis de cilindradas entre 1,5 mil centímetros cúbicos e 3 mil centímetros cúbicos, que estava na segunda posição em 2012, caiu para o terceiro lugar em 2013, com vendas de R$ 47,763 bilhões (2,3%).

Ainda aparecem no ranking dos dez primeiros em valor de vendas gasolina automotiva ou para outros usos, exceto aviação (R$ 38,241 bilhões), carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 36,166 bilhões), automóveis, jipes ou camionetas para passageiros (R$ 34,556 bilhões), óleos brutos de petróleo (R$ 30,559 bilhões), álcool etílico (etanol) não desnaturado (R$ 28,064 bilhões), minérios de ferro pelotizados ou sinterizados (R$ 24,067 bilhões) e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja (R$ 23,487 bilhões).

A receita líquida de vendas da indústria brasileira atingiu R$ 2,658 trilhões em 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta quarta-feira, 24, a Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa e Produto, referente àquele ano. O valor é 10,3% maior do que o obtido em 2012, em termos nominais (sem descontar a inflação do período). As grandes empresas, que empregam mais de 500 pessoas, responderam pela maior fatia da receita líquida, com R$ 1,818 trilhão (68,4%, a mesma participação do ano anterior).

Os investimentos, por sua vez, somaram R$ 215,069 bilhões em 2013, uma alta nominal de 8,1% em relação ao ano anterior. Desse montante, o maior volume foi empregado na compra de máquinas e equipamentos (R$ 92,82 bilhões, o equivalente a 43,2%). O valor do aporte se manteve no mesmo patamar do ano anterior, mas esses investimentos tiveram perda relativa na participação - em 2012, eram 46,5%.

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Ainda em 2013, o total dos custos e despesas das empresas industriais foi de R$ 2,768 trilhões, uma alta nominal de 12,4% ante 2014. Desse gasto, 14,0% foram direcionados a custos com pessoal e 41,2%, para a compra de matérias-primas.

Já o valor da transformação industrial (diferença entre o valor bruto obtido e o custo das operações) totalizou R$ 1,087 bilhão em 2013. Em termos setoriais, o primeiro lugar do ranking ficou, pelo quarto ano consecutivo, com a indústria de produtos alimentícios. O segmento concentrou 14,9% do valor gerado pela indústria (R$ 161,986 bilhões), seguido por fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (9,7%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (8,6%).

Os três segmentos, juntamente com extração de minerais metálicos, fabricação de produtos químicos, extração de petróleo e gás, fabricação de máquinas e equipamentos, metalurgia, fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico, concentraram 68,4% do total da indústria nacional em 2013.

O número de empresas industriais instaladas no Brasil aumentou para 334.311 em 2013, um avanço de 2,0% em relação ao ano anterior. Em 2012, o País contava com 328.505 empresas industriais. Houve expansão de 2,7% no total de pessoal ocupado no período. Segundo o IBGE, 9.047.550 pessoas trabalhavam em indústrias em 2013, ante 8.803.833 no ano anterior. A despeito do aumento, a média de pessoal ocupado por empresa permaneceu em 27 pessoas por empresa, informou o órgão. Os gastos com pessoal cresceram para R$ 386,752 bilhões em 2013. Um ano antes, essa despesa totalizou R$ 353,202 bilhões. A PIA-Empresa levanta informações sobre a linha de produção de 334 mil empresas industriais do País.

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