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Os Policiais Rodoviários Federais de Pernambuco (PRF-PE) realizaram a entrega de insígnias, referentes aos cargos de chefia das delegacias que atendem municípios como Petrolina, Caruaru, Garanhuns, Salgueiro e Serra Talhada. O ato aconteceu na tarde desta segunda-feira (20), no edifício sede da superintendência, localizada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. Segundo o presidente do Sindicato da Policia Rodoviária Federal (SINDPRF-PE), Paulo Arcoverde, 44 servidores estão deixando seus cargos à disposição do governo federal. A PRF em PE conta com um efetivo de 400 policiais.
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“Estamos inconformados com a falta de diálogo e colocamos à disposição os cargos de chefia. Alguns vieram pessoalmente, outros enviaram por e-mail. Até o momento, não obtivemos respostas do Governo Federal, por isso, tomamos essa atitude. Atenderemos somente emergências como nos casos de acidentes e flagrantes. Também não serão emitidos boletins de ocorrência e não faremos escoltas de cargas superdimensionadas, como é o caso das obras do PAC”, declarou o presidente do sindicato, Paulo Arcoverde.
A classe reivindica reestruturação salarial e tratamento isonômico com outras carreiras, como a dos Policiais Federais e os servidores de outros Estados, além de receber por trabalhos noturnos, periculosidade e salubridade. “Quem entrar hoje tem os vencimentos 7% menores do que era pago em 2006. Antes o salário era de R$ 6.2 mil e hoje o governo paga R$ 5.8 mil”, informou o delegado representante do SINDPRF, Federico França.
Sobre o aumento do efetivo dos policiais, o delegado comentou que de acordo com estudos realizados pela Advocacia Geral da União (AGU), seria necessário 20 mil homens para que os trabalhos sejam exercidos de forma eficiente. Atualmente, a PRF conta com 9 mil funcionários em todo o Brasil. “É necessário a realização de novos concursos, em Pernambuco, temos 50 policiais para cada 2.5 Km, enquanto que o ideal seria 100 policiais para cada 2.5 Km. Precisamos aumentar o efetivo de 400 para 1.000 servidores aqui no Estado”, ressaltou França.
A greve foi deflagrada em todo o território nacional a partir das 0h desta segunda-feira (22). Na próxima quinta-feira (23), às 9h, líderes do sindicato participarão de uma reunirão no Ministério do Planejamento para discutir sobre as contrapropostas do governo federal.