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Em 15 de fevereiro de 1946, o cientista da computação John Eckert (1919-1995) e o físico John Mauchly (1907-1980), a pedido do exército dos Estados Unidos, lançavam o primeiro Computador e Integrador Numérico Eletrônico (Eniac).

Diferente dos computadores modernos e intuitivos de hoje, o Eniac era uma máquina que ocupava 180 m², e pesava 30 toneladas. O mecanismo funcionava por meio de 70 mil resistores, e 18 mil válvulas de vácuo, que consumiam aproximadamente 200 mil watts de energia. Já o sistema operacional ocorria por meio de cartões perfurados, que eram gerenciados de modo manual por funcionários do exército.

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Na época, o computador teve um custo de US$ 500 mil (R$ 2.685 milhões nos dias de hoje), e foi encomendado em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois o exército desejava otimizar os cálculos estratégicos, que, até então, eram feitos por profissionais da matemática, de maneira manual. O Eniac, só ficou pronto em 1946, um ano após o final dos conflitos que cercavam o mundo.

As funções da máquina se resumiam em fazer cálculos de adição, subtração, multiplicação e divisão em um espaço de 20 slots de dez dígitos cada. "Em síntese, o Eniac era uma enorme calculadora, capaz de processar até cinco mil operações por segundo", explica o especialista em e-commerce e soluções digitais Andrew Mittendorfer.

A máquina foi o pontapé inicial dos recursos tecnológicos voltados à computação, e um dos grandes marcos da humanidade. De acordo com Mittendorfer, o Eniac revolucionou a maneira de se realizar cálculos simples e complexos. "É dito que na época, durante seus dez anos de operação, o computador teria realizado mais contas do que toda a humanidade já havia feito em sua história", destaca.

Mesmo após 75 anos, os recursos de cálculos ainda estão presentes em tecnologias atuais, como as que são vistas nas calculadoras de bolso, e nos algoritmos das Unidades de Processamento (CPU) das máquinas de hoje. "O centro de processamento do Eniac possuía estrutura bastante similar à dos processadores mais básicos da atualidade. Hoje em dia, os processadores são muito menores, mais ágeis e consomem muito menos energia", aponta Mittendorfer.

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