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Faleceu neste domingo (26), no Hospital Santa Joana, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, a artista plástica pernambucana Tereza Costa Rêgo. Aos 91 anos, Tereza não resistiu a um Acidente Vascular Cerebral. A pintora sofreu o AVC na casa de sua filha, Tereza Rozovickwiat, e foi socorrida. A caminho do hospital, ela teve também uma parada cardíaca.

Nascida no Recife em 28 de abril de 1929, Tereza começou a estudar pintura aos 15 anos, na Escola de Belas Artes do Recife, onde conheceu nomes como Francisco Brennand e Aloísio Magalhães. Filha de uma família tradicional da aristocracia rural pernambucana, a artista teve uma educação bastante rígida, mas logo aprendeu a expressar seus sentimentos na arte, tendo sido vencedora de três prêmios do Museu do Estado e outro da Sociedade de Arte Moderna.

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Em 1962, ela realizou sua primeira grande exposição, na Editora Nacional. Neste ano, aliás, ela se envolveu com Diógenes Arruda, dirigente do Partido Comunista, motivo que a levou a fugir do Recife, deixando para trás o primeiro marido. Tereza formou em história na Universidade de São Paulo (USP) e chegou a dar aulas de história para vestibulandos e a trabalhar como paisagista em um escritório de planejamento.

Em 1972, foi exilada pela ditadura militar para o Chile e, depois fugiu para Paris, onde passou seis anos, sempre na companhia de Arruda. Na Universidade Sorbonne, na França, fez doutorado em história, tendo o proletariado brasileiro como tema. O casal só retorna ao Brasil em 1979, quando Diógenes morre em decorrência de um ataque cardíaco.

Tereza, então, enfrenta o luto e se destaca na cena artística pernambucana. Em seu ateliê, em Olinda, continuou pintando até os últimos dias. Foi diretora do Museu Regional e, por 12 anos, do Museu do Estado de Pernambuco, tendo exposto seu trabalho em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa, Paris e Cuba.

Em 2011, ela foi a homenageada do Carnaval do Recife.

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