Mesmo sofrendo com as lesões durante a competição, o sistema defensivo segue como o ponte forte do Santa Cruz no Campeonato Pernambucano 2013. São apenas dez gols sofridos em 14 jogos. Entretanto, a situação chegou ao limite. No Clássico das Multidões, por exemplo, o treinador Marcelo Martelotte não contava com zagueiros no banco de reservas. Quando Renan Fonseca saiu lesionado, o lateral-direito Nininho entrou e Everton Sena foi deslocado para o setor.

A preocupação dos tricolores foi imediata. Um pedaço da tensão encerrou quando o árbitro apitou o final da partida, vencida por 1x0. A outra terminou com a avaliação do atleta pelo Departamento Médico. De acordo com o médico Wilton Bezerra, a recuperação está boa. “Após o jogo ficamos preocupados com a situação dele. Mas nessas 24 horas a resposta foi favorável. Renan está fazendo tratamento intensivo e estamos fazendo de tudo para que ele jogue. Na quarta deve treinar com uma espécie de bota no tornozelo“, disse.

Renan Fonseca lesionou o tornozelo esquerdo após entrada violenta do volante Tobi. No lance, o árbitro Nielson Nogueira Dias não deu cartão amarelo – que seria o segundo e, consequentemente, provocaria a expulsão do rubro-negro.

NATAN

O DM do Santa também pode liberar um dos principais atletas do elenco. O jovem Natan está se recuperando de lesão na coxa esquerda e deve fazer a transição para o Departamento Físico nesta terça-feira (07).

Estreando na defesa do Santa Cruz, o zagueiro Renan Fonseca aprovou a sua atuação na partida contra o Guarani-CE, pela Copa do Brasil, na última quarta-feira. Mesmo sem nunca ter jogado ao lado de William Alves, o período em que treinaram juntos na equipe reserva ajudou no entrosamento entre os dois.

“Falar individualmente não é muito bom. Mas o grupo me passou bastante confiança e o técnico Marcelo Martelotte me deixou bastante à vontade para ajudar meus companheiros. Foi uma boa estreia”, disse.

O zagueiro ainda explicou o motivo por ter jogado pelo lado esquerdo da defesa. “Estava um tempo parado e tenho preferência de jogar pelo lado esquerdo. Conversei com o William e como ele estava com mais ritmo, a gente trocou e conseguimos fazer uma boa partida”, finalizou.

Com a saída de César e a lesão de Vágner, os dois devem continuar jogando juntos até o final do Campeonato Pernambucano.

Em meio a treinos físicos e técnicos, o Santa Cruz apresentou na tarde desta sexta-feira (4), no Arruda, mais dois reforços. O primeiro é o atacante Philco, que passou por um período de avaliação em dezembro e foi aprovado. O segundo é o zagueiro Renan Fonseca, indicado pelo técnico Marcelo Martelotte e que só chegou na quarta-feira (2). Os dois jogadores têm contrato até o final da Série C.

Sem perder muito tempo, os dois atletas trataram logo de dar o cartão de visitas à torcida e se apresentaram. “Sou um atacante de área, mas se precisar sair da área, também tenho essa qualidade”, disse Philco, sem se importar com as comparações com Gilberto e Dênis Marques, artilheiros do Santa Cruz nas últimas temporadas. “Eles são jogadores que dispensam comentários. A responsabilidade é grande, mas agora está surgindo esta oportunidade e espero dar o meu melhor”, afirmou.

Mesmo sendo mais comedido nas palavras, Renan Fonseca também explicou seu estilo de jogo. “Como sou alto, tenho facilidade nas bolas áreas e sou um pouco técnico também. Não sou violento e posso jogar tanto pela esquerda, quanto pela direita. Também sou de fazer gols. Na última temporada marquei três”, afirmou o zagueiro, demonstrando satisfação ao vestir a camisa tricolor. “Estou muito feliz e a expectativa é a melhor possível. O Santa Cruz é um clube de muita tradição”, disse o jogador.

O atacante Philco não deixou a sala de entrevistas do Santa Cruz sem antes explicar o porquê deste apelido, já que seu nome é Halleson Tiago Barbosa Honorato. “Tem duas versões. Uma delas é que me chamavam de Fil. Mas um amigo do meu pai falou que era nome de menina, então começaram a me chamar de Philco. Diz a lenda também que tinha um comercial da empresa Philco com uma formiguinha. Eu estava na frente da TV assistindo e a primeira palavra que falei foi Philco”, tentou explicar o atacante.

Enquanto o atacante falava, o zagueiro só observava a entrevista. Mais calado, Renan Fonseca explicou o fato de não falar tanto quanto seu companheiro de equipe. “Eu sou mineiro, por isso sou mais quieto. Mas dentro de campo quando tem que gritar eu grito. Se não, com o estádio cheio, fica difícil alguém escutar”, finalizou o defensor.