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Uma escultura de "O Pensador" em bronze do artista francês Auguste Rodin, cobiçada por colecionadores, será leiloada pela Christie's de Paris em 30 de junho, informou a casa de leilões.

Cerca de 40 cópias do famoso "O Pensador", um homem sentado, pensativo, com o queixo apoiado na mão direita, foram feitas em vida por Rodin (1840-1917) e após sua morte, até 1969.

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A peça a ser leiloada tem um preço de venda estimado entre € 9 milhões e € 14 milhões (em torno de US$ 9,81 milhões a US$ 15,26 milhões).

Este exemplar foi produzido em torno de 1928 pela fundição Alexis Rudier, conhecida por ter criado algumas das mais famosas esculturas em bronze da obra de Rodin.

Faz parte de uma coleção particular chamada "Le Grand Style", de um apartamento parisiense projetado pelo famoso decorador Alberto Pinto. O imóvel será leiloado em seu conjunto, nesta mesma data, pela Christie's.

Concebido por Rodin por volta de 1880 como parte integrante da "Porta do Inferno", inspirada na obra de Dante, "O Pensador" se tornou uma escultura autônoma a partir de 1904. Neste ano, foi exibido pela primeira vez no Salão de Paris.

O Museu Rodin retomou sua edição após a morte do escultor, em 1917, e encomendou 26 exemplares póstumos feitos por várias fundições, em dois períodos: 1919-1945 e 1954-1969.

Como "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, "O Nascimento de Vênus", de Botticelli, ou "O Grito", de Edward Munch, "O Pensador" está entre as obras mais famosas da história da arte.

Está exposto em sua versão monumental na Universidade Columbia, em Nova York, em frente ao Palácio da Legião de Honra da Califórnia, ou no Palácio Ca'Pesaro, em Veneza.

A estátua a ser leiloada pela Christie's começará uma turnê mundial na sexta-feira (8), com exposições em Nova York e em Hong Kong, antes de ser exibida em Paris, a partir de 23 de junho.

O último recorde de leilão para um "O Pensador" é de US$ 15,2 milhões, estabelecido em 2013, pela Sotheby's, em Nova York, segundo o site de mercado de arte Artnet.

O Facebook censurou nesta terça-feira (31) uma publicação de um museu italiano na qual promove uma exposição dedicada ao artista francês Auguste Rodin por considerar a imagem da icônica estátua "O Beijo" um conteúdo impróprio.

Segundo a Linea d'Ombra, empresa responsável pela mostra, a ideia era promover o post para atrair visitantes para Treviso, na Itália, onde as obras serão exibidas a partir de 24 de fevereiro de 2018. No entanto, a companhia de Mark Zuckerberg não aceitou melhorar o alcance da publicação.

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Em nota, a rede social alegou que a "imagem mostra excessivamente o corpo ou apresenta conteúdo alusivo". No texto, o Facebook sugere que os organizadores usem "conteúdo que se concentre no produto ou serviço, evitando alusões de natureza sexual".

"Mais produto do que isso? Uma imagem símbolo da história da arte, um verdadeiro ícone de beleza", disse o diretor da Linea d'Ombra, Marco Goldin, em resposta ao Facebook.

Para ele, a rede social está "invadida por pornografia horrível" e é um erro "censurar" um ícone do Renascimento "O Beijo" é uma das obras mais emblemáticas do repertório de Rodin que originalmente tinha o nome "Francesca da Rimini", pois descreve a nobre do século XIII, imortalizada no Inferno de Dante, que se apaixona por Paolo, irmão mais novo do seu marido Giovanni Malatesta.

A exposição acontecerá no Museu Cívico de Santa Caterina, em Treviso, e contará com cerca de 50 esculturas.

Da Ansa

Rodin à baiana não teve um desfecho feliz. Há 13 dias, após passarem três anos em Salvador, 62 peças de Auguste Rodin (1840-1917), incluindo "O Pensador", "O Beijo", "A Defesa", "Eva" e "O Homem Que Anda", deixaram de ser exibidas ao público em Salvador no Palacete das Artes Rodin Bahia, na Rua da Graça. O site oficial do museu ainda ostenta o subtítulo, mas ele também será eliminado nos próximos dias.

Cedidas aos baianos em comodato em 2009 pelo Museu Rodin de Paris, as obras estabeleceram na Bahia uma nova ambição cosmopolita quase do quilate daquela liderada por Edgar Santos nos anos 1950. As esculturas foram visitadas por quase 500 mil pessoas, mas ainda assim o comodato não foi estendido - para alguns, por falta de "vontade política" ou de verbas. O governo da Bahia investiu, em 2009, cerca de R$ 1,5 milhão na exposição.

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O que fez muita gente ficar rodando a baiana com o desfecho foram as polêmicas declarações do diretor do Palacete das Artes, Murilo Ribeiro, ao encerrar a parceria com o governo francês. "Ninguém vem à Bahia para ver Rodin. Quem vem para a Bahia quer ver a cultura da Bahia", afirmou, em entrevista ao jornal "A Tarde". "A exposição de Rodin teve sua importância e aproximou o público da escultura, mas esta é uma linguagem artística que demanda mais apuro." A reportagem não conseguiu localizar Ribeiro nesta terça-feira.

Segundo nota oficial do Palacete das Artes, com o término do contrato de comodato das peças de Rodin, o casarão passará por "pequenas reformas e adequações das salas expositivas para receber novas mostras". A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia já anunciou que fechou uma exposição do artista baiano Mário Cravo Jr., de janeiro a abril, quando ele completará 90 anos. O museu anunciou a contratação do curador Tadeu Chiarelli, diretor do MAC (Museu de Arte Contemporânea) de São Paulo, para organizar essa mostra. "A curadoria fará um projeto expográfico que dará foco a artistas baianos", disse Murilo Ribeiro.

Essa "baianização" do cenário museológico baiano, em detrimento de uma abertura internacionalizante, é vista como um sintoma de provincianismo. O projeto de um Museu Rodin em Salvador foi lançado em 2002, estimulado por Jacques Vilain, diretor do Rodin de Paris. O museu concordava em ceder em comodato 62 obras ao governo baiano para o acervo da nova instituição, a primeira na América Latina. O Estado da Bahia arcaria apenas com o custo do seguro das obras.

"A cada três anos, faremos uma reavaliação para mudança parcial das peças", disse na época Paulo Gaudenzi, secretário de Estado da Cultura da Bahia. "Pretendemos aos poucos comprar também bronzes para o acervo definitivo do museu, a partir de uma grande campanha", acrescentou. A devolução das peças, sem um novo acordo para prorrogar a cessão, sinaliza um recuo nessa intenção pelo atual governo.

Em seus três anos em Salvador, a mostra "Auguste Rodin: Homem e Gênio", que exibia as 62 esculturas, instaurou a gratuidade nos museus baianos, até então inédita. Segundo Ribeiro, o público maior veio das escolas públicas e da própria Bahia. "Na Bahia, não temos uma tradição de apreciação de artes plásticas, mas já existe uma maior motivação", considerou.

A Sala de Arte Contemporânea do Palacete das Artes atualmente sedia a exposição "Modigliani: Imagens de Uma Vida", e permanecerá abrigando mostras temporárias. Em dezembro, será aberto "Tributo a Jorge Amado", das artistas plásticas Maria Adair e Eliana Kertesz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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