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Tem para ele, ela e GLS. Na Cidade de Deus, favela da zona oeste do Rio, os diretores da escola de samba Mocidade Unida de Jacarepaguá decidiram criar um banheiro exclusivo para o público LGBT. A pedido, segundo eles, de homossexuais da comunidade, que eram discriminados.

A ideia não é inédita. Em janeiro, casou polêmica a inauguração de banheiro GLS na recém-reformada quadra da Unidos da Tijuca, vice-campeã do Carnaval deste ano no Rio.

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As críticas partiram de integrantes do movimento LGBT que encararam como uma forma de segregação. Na Cidade de Deus, o banheiro GLS também fica na quadra da escola, que costuma lotar aos fins de semana nos bailes funk, shows de samba e sertanejo.

O presidente da Mocidade Unida, Roberto Valeriano dos Santos, o Beto, de 32 anos, comemora o toalete como uma das realizações de seu mandato, iniciado em maio. Mas não entra no banheiro. "Só quando o pessoal da limpeza vem", disse.

Beto contou ter sido procurado por homossexuais da comunidade, principalmente travestis, que cobraram a criação do banheiro. "Diziam que, se entrassem no banheiro feminino, as mulheres faziam um escândalo. No masculino, eram xingados, ameaçados de agressão", disse Beto.

Falta o espelho

Por dentro, o banheiro é como outro qualquer - ao contrário do GLS da Unidos da Tijuca, decorado com borboletas e "temas alegres", segundo a assessoria da escola.

"Falta o espelho, vamos colocar. Agora estou sendo cobrado: 'No banheiro das mulheres tem espelho, cadê o nosso?'", disse Beto. A parede do das mulheres é rosa; a do GLS, branca, como a do masculino. "Mas em breve será pintada com as cores do arco-íris", prometeu o presidente da escola.

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