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Contrariando recomendação do Ministério da Saúde, o governo do Estado de São Paulo não está notificando casos suspeitos de microcefalia associados ao zika mesmo recebendo, por parte de algumas prefeituras, notificações de nascimentos de bebês com essa má-formação.

Como revelou a reportagem na terça-feira, 8, pelo menos cinco municípios paulistas investigam 18 casos suspeitos da má-formação. São dez casos em Campinas, quatro em São Paulo, dois em Santo André, um em Guarulhos e um em Olímpia.

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Embora em quase todos os casos os bebês tenham tido material colhido e enviado para exames no Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência do Estado, esses casos não entraram nas mais recentes estatísticas apresentadas pelo Ministério da Saúde. Segundo o boletim epidemiológico divulgado na terça-feira, São Paulo não tem nenhum registro suspeito.

Desde o dia 17 de novembro, o ministério recomenda que os gestores e profissionais de saúde notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito de microcefalia relacionado ao zika vírus. A orientação foi reforçada ontem, com a publicação do protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika.

Em entrevista na segunda-feira, 7, o secretário estadual da Saúde, David Uip, afirmou que a pasta só divulgaria casos confirmados do problema e não informou quantos registros estão em investigação pelo Estado.

Para Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, é "absurdo" não notificar os casos suspeitos porque, como ainda não existe um teste de sorologia para o zika vírus, a confirmação pode levar semanas. "Essa postura da secretaria é irresponsável. É um conceito na saúde pública a necessidade de ter dados padronizados de todo o Brasil para conhecermos a real dimensão da situação", diz.

A Secretaria da Saúde informou que repassará aos municípios paulistas a recomendação federal divulgada no novo protocolo, "comunicando ao ministério todas as suspeitas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Onze casos de microcefalia foram registrados neste ano no Estado do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Saúde. Todos os casos estão sendo investigados, mas ainda não há nenhuma comprovação da relação deles com o zika vírus.

Por enquanto, o número de casos não indica aumento da incidência de microcefalia. Houve 10 casos em 2014, 19 em 2013, 8 em 2012, 15 em 2011, 10 em 2010, 15 em 2009, 11 em 2008, o mesmo número em 2007 e 17 em 2006.

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A notificação de casos de microcefalia nunca foi obrigatória, mas, desde que o número de registros aumentou, levando o Ministério da Saúde a admitir um surto no Nordeste, houve a intensificação do acompanhamento. O ministério suspeita que o crescimento dos casos de microcefalia tenha relação com a incidência de zika vírus entre grávidas.

No último dia 18, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio determinou a notificação obrigatória de casos de mulheres grávidas que procurem atendimento médico e tenham manchas vermelhas na pele. Com isso, a pasta pretende analisar os possíveis casos de zika vírus e a eventual relação entre a doença e o nascimento de bebês com microcefalia.

A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor que o normal. Na maioria dos casos é consequência de alguma infecção adquirida pela mãe durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus, além de abuso de álcool ou drogas, ou em síndromes genéticas como a de Down.

Em 90% dos casos, a microcefalia está associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. Não há como reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida do paciente.

O zika vírus é uma doença transmitida pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, e causa febre, manchas pelo corpo, coceira, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. É combatida com hidratação e remédios para os sintomas. Geralmente o paciente se cura em cinco dias. Por ser uma doença nova, ainda não há comprovação de alguma relação entre o vírus em gestantes e o nascimento de crianças com microcefalia - essa hipótese é analisada pelo Ministério da Saúde. Por precaução, mulheres grávidas devem usar repelentes e evitar exposição em locais e períodos de maior atividade do Aedes aegypti.

Conforme anúncio feito pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) no último sábado, pediatras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira entregaram os cargos, na manhã desta segunda-feira (9). Os profissionais protocolaram os pedidos de desligamento e, à tarde, entregarão uma denúncia ao Ministério Público de Pernambuco. 

A decisão surge após a redução no número de profissionais do hospital que, segundo os profissionais, tem afetado diretamente o atendimento ao público. Com a demissão de 13 dos 15 profissionais da unidade, a UPA da Imbiribeira – única unidade do tipo na Zona Sul que atende, em média, 85 pacientes por dia – ficará com apenas dois pediatras: um no plantão diurno e outro à noite. 

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Durante o ato nesta segunda, os médicos confirmaram o cumprimento do aviso prévio para não deixar a população desassistida; a administração do local, junto à Secretaria de Saúde do Estado, terão 30 dias para resolver a situação e não deixar os pacientes à deriva. 

Com informações de Chico Peixoto

Realizado como atividade de encerramento do Outubro Rosa, e para celebrar o Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Colo do Útero, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realiza, nesta terça (27), um evento destinado às mulheres. De 9h as 12h, o Seminário de Atenção Integral à Saúde da Mulher ocorrerá no auditório Tabocas, no Centro de Convenções de Pernambuco. 

Durante as atividades, a cartilha “Câncer de colo do útero e mama: eu me protejo, me previno e, quando necessário, me trato” será lançada. O material, que contém informações sobre diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças, será disponibilizado em versão eletrônica. “É importante que as mulheres saibam detectar precocemente algum sinal dessas doenças para que o tratamento seja iniciado rapidamente, o que aumentam as chances de cura”, afirma a gerente de Saúde da Mulher da SES, Letícia Katz.

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Pesquisas revelam ser a partir dos 30 anos a incidência do risco de câncer de colo do útero, com aumento entre 50 e 60 anos. Se precocemente diagnosticado, a possibilidade de cura é alta. A imunização contra o HPV – principal causador da doença – também é fundamental na prevenção. 

O Governo informa que na segunda etapa da vacinação contra o HPV, iniciada em setembro, apenas 24,97% (61.444) das 246.056 meninas entre 11 e 13 anos foram vacinadas. No caso da primeira dose da vacina, 70,44% (171.100) foram imunizadas.

Já em relação ao câncer de mama, Letícia Katz afirma que é importante “controlar o peso corporal e evitar obesidade por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas”. Em 2013, 659 mulheres morreram devido à doença. 

Apesar do período de interepidemia, caracterizado pela temporada de poucas chuvas, a dengue continua ativa no Estado de São Paulo. Na primeira quinzena de setembro, foram notificados 975 casos da doença em 181 municípios, o que indica a presença do mosquito com potencial de transmissão em todas as regiões do Estado. Conforme dados da Secretaria da Saúde, as cidades com maior número de notificações na primeira metade deste mês foram São José dos Campos, com 78 casos, Ribeirão Preto, com 76, e São José do Rio Preto, com 57.

Em Campinas, mais uma morte por dengue está sendo investigada. A cidade soma 11 óbitos confirmados e lidera os números da doença este ano no Estado, com 63,3 mil casos - na primeira quinzena deste mês foram 29 notificações. Sorocaba, que vem a seguir com 51,5 mil casos e 33 mortes, teve 24 notificações até o dia 15 deste mês.

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Em São Paulo, foram notificados 45 casos novos - a capital soma 43,1 mil doentes. Segundo o último boletim epidemiológico, o Estado acumula este ano 614 mil casos confirmados de dengue, com 390 mortes.

Com mais um escândalo de desvio de dinheiro e pagamento de propina a políticos, revelado pela Operação Lava Jato, os brasileiros levantaram ainda mais a bandeira anticorrupção, tão evidenciada nas manifestações populares nos últimos meses. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commecio, mostra que os recifenses estão atentos aos casos e insatisfeitos com os serviços públicos oferecidos à população.

Para 92,1% dos entrevistados, atualmente há mais casos de corrupção sendo noticiados pela imprensa do que no passado. Para 90% das pessoas ouvidas pelo instituto, a situação piorou nos últimos anos no ambiente público. Apenas 8,8% discordam. O aumento de manifestações e protestos na internet e a organização de movimentações nas ruas mostram que os brasileiros estão mais exigentes sobre a atuação política que nos anos anteriores, o que 82,6% dos entrevistados também confirmam.

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Quando perguntados sobre a honestidade dos políticos, apenas 6,4% acreditam que eles sejam mais íntegros que no passado. Ao todo, 92,8% dos entrevistados discordaram e mostraram que a desconfiança entre os eleitores em relação aos eleitos nas urnas ainda é grande.

Mas não foram apenas os políticos que foram mal avaliados. Alguns serviços públicos também foram analisados negativamente pelos moradores da capital pernambucana. No estado em que o programa de segurança pública - o Pacto pela Vida - é um dos carros chefe do Governo, a violência ainda assusta a população.

Para 94,2%, a violência aumentou atualmente. Apenas 5,3% discordaram e acreditam que a situação melhorou; 0,5% não souberam ou não responderam. O atendimento nas unidades de saúde públicas também não é bem visto. Para 72,5% dos recifenses que responderam às perguntas, o serviço do Sistema Único de Saúde piorou. Já 24,9% acreditam que melhorou e 2,6% não responderam ou não souberam classificar a qualidade.

Sobre a vida econômica dos brasileiros, a avaliação é um pouco mais otimista. Para 58%, hoje a vida econômica é melhor. Outros 39,9% acham que piorou. Dos entrevistados, 53,5% acreditam que atualmente, há menos pobres no Brasil. Já 42,6% discordam. O acesso à educação também tem agradado a quem mora no Recife. Ao todo, 81,6% acreditam que hoje as pessoas têm mais oportunidades na educação básica e superior que no passado.

O IPMN realizou as entrevistas entre os dias 20 e 21 de julho, com 622 pessoas. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro estimada de quatros pontos percentuais para mais e para menos.

Nesta quinta-feira (11), uma ação conjunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Correios intensificará a campanha de conscientização contra a dengue no Estado. Carteiros sairão às ruas com camisetas alusivas ao combate, além de entregarem panfletos informativos à população. As atividades se iniciam às 7h, no Centro de Distribuição Domiciliária, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Este dia D contra a dengue contará com aproximadamente 2 mil carteiros e 430 atendentes de agências e unidades de distribuição em todo o Estado. No material informativo, constam informações sobre os sintomas da dengue e os cuidados que cada um deve ter para controlar a ação do mosquito aedes aegytpi. 

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Até o dia 30 de maio, foram notificados 55.404 casos de dengue (14.631 confirmados) em 184 municípios pernambucanos (incluindo Fernando de Noronha – apenas São Benedito do Sul não notificou ainda). O alarmante dado representa um aumento de 502,48% em relação às notificações do mesmo período de 2014.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, de todos os municípios pernambucanos, 91 estão em situação de risco de surto e 67 em situação de alerta. "Precisamos que todos entendam que não podemos deixar nenhum recipiente com água descoberta. Só fazendo bem o dever de casa conseguiremos reduzir a quantidade de Aedes aegypti circulando e os índices da doença em Pernambuco", observa a coordenadora do Programa de Controle da Dengue da SES, Claudenice Pontes.

Com informações da assessoria

Depois de nove meses de pesquisa, um trio de alunos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) em Itu, São Paulo, chegou à concretização de um aplicativo que ajuda no combate à dengue. Criado por alunos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, o programa possibilita ao usuário selecionar os sintomas que apresenta e indica a possibilidade real da doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti. 

Ainda em fase inicial, o aplicativo precisa de ajustes e outros detalhes – como um servidor – para poder ser liberado para downloads. Além de indicar os indícios da doença, o aplicativo disponibiliza um raio de atuação do mosquito. O aplicativo utiliza informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Segundo os estudantes, a ideia não é substituir uma avaliação médica, mas fazer com que as pessoas se conscientizem sobre a doença cada vez mais, para que o combate seja mais eficaz e a procura pela avaliação clínica não seja demorada. 

Surgidas em 2010 como solução para desafogar o atendimento da saúde pública no Estado, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) passam por delicado momento no início deste mês de maio. Demissões em massa são confirmadas nas UPAs administradas pela Fundação Professor Martiniano Fernandes (IMIP Hospitalar). Profissionais dos expedientes noturnos são os mais afetados. 

Uma funcionária – que prefere não se identificar – demitida nesta quarta (6), da UPA de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, conta detalhes da situação. “O Serviço Social da noite foi extinto, três pessoas foram demitidas. Através da gestora, soubemos que todas as unidades precisam diminuir 10% dos custos. Com isso, a UPA de Engenho Velho só vai ter um maqueiro durante o dia, assim como odontologia não vai funcionar à noite”. 

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Segundo a profissional de saúde, o atendimento será absolutamente afetado. “Quem chegar lá à noite, não vai ter serviço. Casos de violência doméstica, por exemplo, onde o maior índice de casos é à noite, de madrugada. As pessoas terão que esperar até o outro dia para ter atendimento?”, questiona ao lembrar que, com apenas um maqueiro, o acolhimento necessário é praticamente impossível.

Demitida da UPA de Barra de Jangada, também em Jaboatão, outra assistente social aponta que o IMIP irá tirar os plantões noturnos de Serviço Social de todas as UPAs de sua administração. Tais unidades são as de Barra de Jangada, Engenho Velho, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Paulista, São Lourenço da Mata, Caruaru, Petrolina e Igarassu. “Em todos os setores, teve pelo menos um corte aqui. Rouparia, pessoal de coleta, técnicos de imobilização, enfermaria. Das 22h às 7h da manhã, a unidade ficará descoberta”, disse a funcionária demitida da UPA de Barra de Jangada. 

IMIP confirma redução de custos em todas as UPAs

Por meio de nota, o IMIP não especificou a quantidade de pessoas demitidas, mas confirmou o corte nos gastos. Segundo a Organização Hospitalar (OS) que gerencia nove UPAs na Região Metropolitana, a ação foi resultado de uma decisão do Governo estadual. Confira a nota, na íntegra:

“A Fundação Professor Martiniano Fernandes – IMIP HOSPITALAR, entidade responsável pela gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Barra de Jangada, Cabo de Santo Agostinho, Engenho Velho, Olinda, Paulista, São Lourenço da Mata, Caruaru, Petrolina e Igarassu, vem a esclarecer que:

Recebeu o Oficio 085/2015, da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, no qual faz menção ao Decreto Estadual nº 41.466/2015, cujo o objeto é a redução dos gastos públicos. O referido ofício comunica também que haverá prorrogação das metas atuais e que não haverá reajuste do valor do repasse relativo a inflação do ano de 2014. Em decorrência disso, está sendo realizado um plano emergencial de redução de custos em todas as unidades, sem que haja interferência na qualidade da assistência oferecida para a população pernambucana.”

Às 9h desta quinta-feira (30), uma comissão do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) se dirigirá ao Ministério Público Federal para denunciar o desabastecimento das vacinas antirrábicas nas unidades de saúde do Recife. No próximo sábado (1º) acontece, em todo o País, a Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica Canina e Felina. Segundo o Cremepe, atualmente a capital pernambucana dispõe apenas o quantitativo para um mês de vacinação e as doses serão reduzidas (de acordo com o Ministério da Saúde). 

Soro e os imunobiológicos antirrábicos são as únicas formas de prevenir a raiva, doença cujas consequências são fatais e pode ser transmitida aos seres humanos por animais domésticos como cães, além de alguns silvestres, como macacos e morcegos. De acordo com a denúncia do Cremepe, o município não tem nenhum quantitativo dos medicamentos em estoque e os profissionais das unidades de saúde estão sendo orientados para “realizar um novo fluxo para administração do medicamento”, ou seja, um tipo de racionamento nas medicações. 

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Em caso de urgência que exija o uso terapêutico do soro, os médicos precisam preencher a ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e encaminhar para a enfermeira de plantão, mas o soro só será administrado com autorização do Programa Nacional de Imunização (PNI) estadual. O Cremepe critica a burocratização da prática, porque o procedimento de medicação precisa ser realizado imediatamente no dia em que o paciente teve contato com o vírus. 

A Secretaria de Saúde do Recife, em resposta ao Cremepe, informou que soube, no dia 17 de outubro, que o Ministério da Saúde reduzirá o envio da vacina antirrábica. O Estado receberá 900 doses, enquanto a necessidade do Recife, segundo o Cremepe, é de 3 mil doses por mês. 

Autoridades sanitárias são unânimes em afirmar que, se existe risco da chegada do Ebola ao País, as chances de um surto são muito pequenas - principalmente em virtude de a contaminação pressupor contato com fluidos corporais do doente.

Mas cuidados já vêm sendo tomados. Na quarta-feira, via teleconferência, o médico epidemiologista Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, conversou com representantes das secretarias estaduais e diretores de hospitais de referência.

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"Nós, do ministério, participamos de um grupo da Organização Mundial de Saúde e recebemos, diariamente, relatórios com casos no mundo. São alertas, de fontes oficiais, que nos ajudam a compreender o problema", explica Barbosa. Semanalmente, um comitê formado por 15 pessoas se reúne em uma sala do bloco G da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para discutir o conteúdo desses alertas e avaliar riscos no País.

Em outra sala do ministério, um centro de informações funciona sete dias por semana, consolidando dados relevantes de saúde pública de todo o País. Ali chegam, por exemplo, todos os casos de doenças de notificação compulsória - como dengue, hanseníase, tétano e outras, que constam de uma lista elaborada pelo próprio ministério.

Portas

Há duas possibilidades de chegada do Ebola. A primeira seria um viajante internacional portador do vírus que adoeça no percurso - a doença costuma se manifestar de 2 a 21 dias após a contaminação. "Em caso de paciente com febre, vômitos ou quaisquer problemas do tipo no trajeto, a companhia aérea comunica as autoridades", lembra Barbosa. "O doente é removido para um hospital de referência - no caso de São Paulo, o Emílio Ribas -, e um grupo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entrevista os passageiros. Como o Ebola não é transmitido pelo ar, neste caso não é necessário deixar todos em quarentena."

Uma segunda possibilidade é de a pessoa viajar durante o período de incubação e só adoecer no Brasil. "Como o Ebola sempre produz casos graves, o doente inevitavelmente vai chegar a um médico", acredita Barbosa. Em ambas as situações, o Ministério da Saúde deverá ser comunicado imediatamente.

O transporte do paciente para o hospital também foi normatizado. Deve ser feito por meio das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Para tanto, além dos equipamentos que já têm, os serviços começaram a receber, na última semana, kits com macacões especiais, impermeáveis, para serem usados como segunda proteção, além de aventais.

Emílio Ribas

Esses macacões já estão disponíveis no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Mas não é a única precaução tomada pelos diretores do hospital. "Obviamente, os treinamentos são constantes", afirma o médico infectologista Luiz Carlos Pereira Júnior, diretor da instituição.

No surto da gripe A H1N1, em 2009, o Emílio Ribas dividiu o acesso ao pronto-socorro em duas partes: as pessoas com suspeita da gripe não tinham como contaminar outros pacientes. Uma estratégia semelhante pode ser adotada agora.

O corpo clínico do hospital tem 120 médicos infectologistas - 50 no pronto-socorro. "Temos uma área isolada para já fazer uma primeira avaliação de qualquer paciente que chegar com suspeita de contaminação", conta o médico. Se os sintomas se manifestarem de modo agudo, o doente poderá ser removido para uma das 34 salas do hospital com pressão negativa. "Nelas, o ar que sai da sala passa por filtros, antes de ser devolvido ao meio ambiente."

Sem nenhum caso registrado, por enquanto a preocupação maior é com o controle da informação - seja para organizar as equipes ou para evitar a propagação de outra epidemia: os boatos. Para tanto, o supervisor do pronto-socorro do Emílio Ribas criou, dias atrás, um grupo no serviço de mensagens no WhatsApp. Batizado de "GP vírus hemorrágico", dele participam 15 pessoas, entre diretores do hospital, chefes do pronto-socorro e responsáveis pelo Departamento de Comunicação. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas para o curso de empoderamento e participação social. As aulas serão ministradas pela professora Nina Wallerstein, da Universidade do Novo México (EUA), de 26 a 28 de agosto, no Núcleo de Saúde Pública (Nusp) da instituição de ensino. As inscrições devem ser feitas através da ficha de inscrição, que deve ser preenchida no site do Nusp e enviada para o e-mail marizamandrade@hotmail.com ou entregue na secretaria do núcleo até dia 19 deste mês.

Caso o número de inscrições exceda o de vagas, os critérios de seleção serão a motivação para participar do curso, disponibilidade de frequência e data de inscrição, nessa ordem. A docente Nina Wallerstein é doutora em Saúde Pública e diretora do Centro de Pesquisa Participativa da UNM. Além de ser professora do departamento de Família e Medicina Comunitária. 

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30) que o Programa Mais Médicos superou a meta de cobertura e beneficia, atualmente, 50 milhões de pessoas em todo o país. O número inicial estipulado era chegar a 46 milhões de brasileiros. Segundo ela, todos os pedidos de prefeitos por médicos para suas cidades foram atendidos. O Mais Médicos está presente em 3.819 municípios. São 14.462 médicos (brasileiros e estrangeiros) atuando em postos de saúde no Brasil.

“O Mais Médicos é uma das nossas ações que aumenta a capacidade de atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]. Muitas cidades não tinham sequer um médico. A pessoa que precisasse de atendimento tinha que se deslocar para outra cidade, às vezes, a dezenas e dezenas de quilômetros de distância – de carro, de ônibus e até mesmo de barco, algumas iam a pé.”

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No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma também comentou pesquisa do Ministério da Saúde que aponta redução de 21% no número de encaminhamentos a hospitais feitos por postos de saúde onde há atuação de profissionais do Mais Médicos.

“Quando a gente trata o problema de saúde lá na base, lá no posto de saúde do bairro, a gente trata as doenças no início. Assim, você consegue controlá-las e até curá-las. E isso desafoga os hospitais e os serviços de urgência. Com o Mais Médicos, conseguimos reduzir em 21% o número de encaminhamento aos hospitais. Os centros mais especializados de saúde estão cada vez mais atendendo apenas os casos mais graves.”

Dilma também destacou que a oferta de vagas em cursos de medicina está aumentando. O programa prevê a criação de 11,5 mil vagas em cursos de graduação de medicina até 2017. Para residência médica, – quando um profissional se especializa em determinada área da medicina, por exemplo, em pediatria, ortopedia, neurologia, cardiologia ou pneumologia e ginecologia – serão criadas mais 12,4 mil vagas até 2018. "Uma coisa importante é que a maior parte dessas vagas está também sendo criada em cidades do interior. Essa é uma estratégia fundamental para fixar os médicos na própria região onde são formados. Isso faz parte do nosso esforço de descentralizar a graduação e a especialização de médicos, que antes só se formavam nos grandes centros urbanos, em especial nas regiões Sul e Sudeste.”

Precárias condições de trabalho, infraestrutura e higiene. O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe), a partir destas denúncias, quer a interdição imediata do Hospital das Clínicas (HC), no Recife. Nesta segunda-feira (16), membros do Sintufepe formalizaram o pedido e encaminharam a órgãos fiscalizadores fotos que registram, segundo o Sindicato, a crítica situação da unidade de saúde pública. 

Denominado “Crônica de Uma Morte Anunciada”, o dossiê elaborado pelos sindicalistas apontam problemas como o adoecimento sucessivo de trabalhadores do Hospital, falhas na estrutura física do prédio (infiltrações em várias salas, fiação elétrica exposta), fezes de animais nos leitos da enfermaria, além de equipamentos modernos que continuam encaixotados sem destinação definida. 

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Segundo a denúncia, apesar de a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ter iniciado a gestão do HC há mais de seis meses, nenhuma solução para reverter tais problemas foi apresentada à comunidade até então. Para divulgar o material do dossiê, a direção do Sintufepe realizará uma coletiva de imprensa, nesta terça (17), às 11h, no anfiteatro 1 do Hospital das Clínicas. 

Desde o ano passado, problemas estruturais e de mão de obra dificultam o atendimento na unidade de saúde, provocando inclusive a desmarcação de cirurgias. Já em março de 2014, parte dos funcionários do Hospital entrou em greve e vários setores foram afetados pela paralisação. 

Com informações do Sintufepe

Estão abertas as inscrições para a especialização em Saúde Pública em redes de atenção e geoprocessamento, oferecida pela Faculdade Asces, em Caruaru, no Agreste pernambucano. As aulas começam no início do mês de maio.

As aulas são quinzenais, realizadas aos sábados e domingos, distribuídas em 18 módulos, com carga horária de 360h. Entres os módulos estão os de Governança e Economia da Saúde, Epidemiologia em Rede, Geoprocessamento e Planejamento.

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O curso tem aulas teóricas e práticas, ministradas nos laboratórios de informática da faculdade. O curso é voltado para profissionais de nível superior de diferentes áreas do conhecimento.

As inscrições podem ser realizadas na Secretaria de Pós-Graduação no Campus I – Bloco C - 1º andar - Avenida Portugal, 584 - Bairro Universitário, de segunda a sexta-feira, das 08h às 21h. Inscrições e informações no e-mail posgraduacao@asces.edu.br ou no telefone (81) 2103.2000 - ramal 2056.

Para lembrar o Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas, nesta segunda-feira (14), será feito o II Encontro na Praça, com participação da Associação dos Portadores de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca de Pernambuco. A partir das 10h, em frente ao Hospital Procape/UPE, o grupo vai passar informações ao público sobre a doença, com entrega de panfletos.

Já na Casa do Portador de Doenças de Chagas e Insuficiência Cardíaca, será feito um café da manhã para os pacientes em atendimentos. A data de hoje foi escolhida para lembrar o combate à doença, pois foi nesta mesma data, há 105 anos atrás, que o pesquisador brasileiro Dr. Carlos Chagas comunicou sua descoberta à comunidade científica.

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A doença é considerada negligenciada no país e constitui um grave problema de saúde na América Latina, pois ainda não foi totalmente controlada. A transmissão é feita de forma vetorial, transfusional, congênita e oral, pelo Trypanosoma cruzi, parasita do inseto Barbeiro, e atinge cerca de 12 milhões de indivíduos, sendo que, no Brasil, há 2,5 milhões de pessoas contaminadas.

Em Pernambuco, um dos estados onde a doença ainda não está controlada, o programa SANAR, do governo estadual, desenvolve ações de diagnóstico precoce, tratamento e educação sobre a doença.

Com informações da assessoria

Casos de pacientes em macas espalhadas pelos corredores ou em colchões sobre o chão, falta de água em chuveiros e sanitários e cenários que se assemelham aos de uma enfermaria de guerra integram relatório divulgado hoje (7) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O órgão, em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, visitou oito hospitais de urgência da rede pública. A conclusão: problemas estruturais no Sistema Único de Saúde (SUS) ferem a dignidade e os direitos da população.

De acordo com o relatório, os serviços de urgência e emergência enfrentam um duplo gargalo. O primeiro trata do atendimento congestionado provocado, segundo o documento, pela centralização do atendimento em poucos serviços. O segundo problema envolve a dificuldade em dar solução a casos de usuários que conseguem ser atendidos. A situação, segundo os médicos, gera uma fila também para sair do serviço, agravando a situação de carência e impossibilitando a admissão de novos usuários.

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O subfinanciamento na saúde foi indicado como expressão maior da falta de prioridade dada ao setor. O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), relator da comissão, lembrou que o Ministério da Saúde deixou de aplicar mais de R$ 100 bilhões no SUS ao longo dos últimos 13 anos e que, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), apenas 11% das ações previstas para a área foram concluídas desde 2011.

“Não é um problema de agora. Vem se agravando, se acumulando. Não vai haver solução imediata e repentina, ainda que desejada”, disse. “A ideia é fazer com que isso tenha alguma repercussão. Vamos procurar o ministro da Saúde e o presidente do Supremo Tribunal Federal, porque há medidas judiciais que precisam ser tomadas”, completou. A situação de subfinanciamento do sistema, segundo o relatório, tem sido agravada pelo baixo nível de ressarcimento de planos de saúde ao SUS em razão dos atendimentos que deveriam oferecer, mas que são feitos pela rede pública. A estimativa é que 25% dos atendimentos nas urgências envolvem usuários de planos de saúde.

O presidente do CFM, Roberto d’Ávila, cobrou do governo federal soluções definitivas e programas de Estado no lugar de programas de governo que, segundo ele, têm prazo de validade. “O Ministério da Saúde é o quinto em gastos para investimentos. Obras em cidades, estádios, tudo isso é maior. E, mesmo pequeno, o orçamento é mal executado e acaba voltando para o Tesouro para abater a dívida. Não é prioridade”, avaliou.

A previsão é que a comissão recomende ao Executivo, estados e municípios que adotem a Política Nacional de Atenção às Urgências, ampliando a participação no financiamento do SUS; ampliem a abrangência do programa SOS Emergência, para incluir todos os serviços públicos; reduzam a carência de quase 200 mil leitos hospitalares e criem mais leitos de apoio e de retaguarda; revisem os valores da tabela SUS para remunerar a prestação de serviços, e evitem a contratação provisória de recursos humanos, privilegiando o concurso público e a contratação pelo regime estatutário.

As informações foram colhidas nas seguintes unidades de saúde: Arthur Ribeiro de Saboya, em São Paulo, Souza Aguiar, no Rio de Janeiro e Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador; Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, Pronto-Socorro Municipal Mario Pinotti, em Belém; Hospital de Base, em Brasília, Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (MT). As visitas contaram com o apoio de conselhos e sindicatos de profissionais da saúde, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil.

Médicos atuantes na rede materno-infantil de importantes unidades de saúde do estado, como os hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena e Jesus Nazareno, estão inconformados com as condições destes locais. Superlotação de leitos e falta de profissionais nos plantões acarretaram uma assembleia no Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), realizada nesta quarta (26), para debater o assunto.

O crescimento da demanda de pacientes tem resultado em situações como a acomodação de pacientes nas salas onde são realizadas cirurgia. “Por falta de leitos, há pessoas nos corredores e, inclusive, nos blocos cirúrgicos. E, obviamente, estes pacientes precisam se alimentar, ou seja, comidas é manuseada em espaços que deveriam ser reservados às cirurgias”, declarou o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros. 

Além deste, uma série de outros problemas foram apontados, como a falta de berços suficientes nas maternidades, falhas nas assistências pré-natais e as graves consequências dos serviços mal prestados. “Como resultado, há uma peregrinação das mulheres grávidas. Se este centro está lotado, a paciente é encaminhada a outro, e às vezes as distâncias são bem longas. Tudo isso tem deixado os profissionais angustiados”, revelou Calheiros. 

O problema das maternidades atinge, diretamente, a categoria médica. A rotatividade entre os profissionais é alta, porque a maioria não quer trabalhar nestas circunstâncias. O diretor do Simepe afirmou: “o número de profissionais deve ser recomposto. Muitos não aguentam o estresse, adoecem e pedem para sair. Não podemos deixar as escalas desfalcadas. Estamos fazendo um tipo de alerta à gestão publica, responsável pela situação, pois os pacientes ainda podem ser mais lesados”. 

Resposta do Estado – Durante a assembleia, a categoria elaborou um ofício para ser encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) com a preocupação dos médicos. O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) também foi acionado para contribuir nas proposições. De acordo com Tadeu Calheiros, uma nova assembleia com os profissionais está marcada para o dia 23 de abril, para avaliar os andamentos do diálogo com o Governo.

Seguem abertas, até esta quarta-feira (12), as inscrições para o curso de especialização em saúde pública, da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças da Universidade de Pernambuco (Fensg/UPE). Serão oferecidas 45 vagas, em um processo seletivo dividido em análise de currículo e entrevista individual.

A inscrição custa R$ 55 e deve ser realizada das 8h30 às 12h, na secretaria do curso. O início das aulas está previsto para o dia 21 de março.

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Outras informações sobre a especialização podem ser conseguidas no edital da seleção. A Fensg fica na Rua Arnóbio Marques, 310, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife.

 

O Ministério da Saúde liberou R$ 48,9 milhões para santas casas e entidades filantrópicas de Pernambuco. O valor vai ser repassado em três parcelas e a primeira será paga na próxima terça-feira (31). O anúncio faz parte de uma série de medidas para manutenção e expansão do atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e que destina 1,6 bilhão para Santas Casas do país, divulgada no último dia 20.

Ao todo, 762 instituições filantrópicas - de 604 cidades em 23 estados, inclusive em 19 capitais, foram beneficiadas. O valor do incentivo pago subiu de 26% por 50% e estendeu a possibilidade de contratos a novas instituições, além de atualizar contratos antigos.

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Os atendimentos de média complexidade incluem a realização de exames de raio-x, testes laboratoriais, consultas e diversas especialidades, o que deve ampliar a participação das Santas Casas no atendimento prestado à população. Os hospitais devem ampliar o atendimento de exames, cirurgias e atendimentos a pacientes do SUS. A tabela abaixo mostra como foi feita a distribuição dos valores para cada entidade: 

Com informações da assessoria

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