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O presidente Donald Trump declarou, nesta quinta-feira, a crise dos opioides nos Estados Unidos uma emergência nacional de saúde pública, e prometeu intensificar a luta contra essa epidemia, que mata mais de 150 americanos todos os dias.

"Nós podemos ser a geração que vai acabar com a epidemia de opioides", disse Trump em um evento na Casa Branca, que contou com a presença de ex-dependentes, pais de vítimas de overdose e especialistas em tratamento.

"Levará muitos anos, ou até décadas, para resolver esse flagelo em nossa sociedade", mas "trabalhando juntos vamos vencer essa epidemia de opioides", afirmou Trump. "Nós vamos libertar nossa nação do terrível mal do abuso de drogas", acrescentou.

Trump disse que a agência federal de alimentos e medicamentos (FDA) já solicitou que um "opioide de risco especialmente alto", que ele não nomeou, seja retirado do mercado imediatamente. Ele também ameaçou apresentar "alguns processos muito importantes contra pessoas e empresas que estão machucando o nosso povo".

O presidente não mencionou empresas específicas, mas disse que as ações contra elas começarão "muito em breve".

Trump afirmou que abordará a questão do fentanil - um opioide sintético culpado por muitas das mais de 60.000 mortes de overdose por ano nos Estados Unidos e produzido na China - com o presidente Xi Jinping quando ele visitar Pequim, no final deste ano. "Vou mencionar isso como uma prioridade máxima e ele fará algo sobre isso".

Desde que se tornou presidente, em janeiro, Trump prometeu repetidamente declarar uma "emergência nacional" para combater o abuso de opioides, como Percocet, OxyContin, heroína e fentanil.

Em vez de declarar a epidemia de opioides uma "emergência nacional", porém, o presidente anunciou nesta quinta-feira que estava ordenando uma "emergência nacional de saúde pública".

Uma emergência nacional dá aos estados acesso a fundos federais de socorro em desastres, mas altos funcionários do governo disseram que uma declaração de emergência de saúde pública era mais apropriada na luta contra uma crise de longo prazo, como a epidemia dos opioides.

A declaração não fornece nenhum financiamento federal adicional para enfrentar a crise, mas as autoridades disseram que a Casa Branca buscará mais dinheiro para isso com o Congresso.

A declaração de emergência de saúde pública dura 90 dias e pode ser renovada repetidamente.

- Última emergência de saúde pública em 2009 -

Ao anunciar a iniciativa, Trump contou a história de seu falecido irmão mais velho, Fred, que ele disse que teve uma "vida muito dura por causa do álcool".

"Ele me dizia: 'não beba'", revelou Trump. "E eu o escutei. Até hoje eu nunca tomei uma bebida".

A declaração de emergência permitirá que o Departamento de Trabalho, por exemplo, forneça subsídios de trabalhadores deslocados a viciados em opioides para ajudá-los a quebrar o "ciclo de vícios e desemprego", disse um funcionário.

Também proporcionará um maior acesso ao tratamento por telemedicina para pessoas em áreas rurais, como Appalachia e Rust Belt, que foram particularmente atingidas pela crise dos opioides.

A última vez que uma emergência de saúde pública foi declarada nos Estados Unidos foi em 2009, em resposta ao surto de gripe H1N1.

Uma comissão designada por Trump para investigar o vício e abuso de drogas vai enviar seu relatório final na semana que vem, e o presidente disse que outras medidas serão tomadas com base em suas recomendações.

Segundo a comissão, que é liderada pelo governador de Nova Jersey, Chris Christie, 142 americanos morreram diariamente de overdose em 2015, superando o número de óbitos em acidentes de trânsito e crimes com armas de fogo combinados.

Dois terços destas mortes por overdose em 2015 foram decorrentes do uso de opioides como Percocet, OxyContin, heroína e fentanil, revelou a comissão.

Os analgésicos prescritos e a heroína contribuíram para cerca de 60.000 mortes por overdose nos Estados Unidos em 2016, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, de acordo com uma estimativa compilada pelo The New York Times.

No início da noite desta quarta-feira (16), um grupo faz um ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Eles também protestam contra o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o presidente Michel Temer.

Por volta das 18h, os manifestantes interditaram a Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby. Após deixarem o local, saíram em caminhada até a Avenida Conde da Boa Vista.

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Por fim, os manifestantes interditaram a Rua Oswaldo Cruz, onde funciona, por exemplo, a Farmácia de Pernambuco. Eles carregam cartazes pedindo a não privatização do SUS e um sistema de saúde pública de qualidade.

No início do mês, médicos de todo o país realizaram diversas mobilizações contra o ministro da Saúde. Entre as reivindicações da categoria estavam condições dignas de trabalho e de atendimento e maior fiscalização para abertura de faculdades de Medicina. 

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A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou hoje (21) o Projeto de Lei (PL 444/15) que obriga a Política Nacional do Idoso a criar serviços de cuidado em domicílio para este grupo específico, caso os mesmos necessitem de suporte para as atividades diárias rotineiras. O projeto é instituído na Lei 8.842/94 e prevê também a criação de centros de atendimento e abrigos para idosos.

O PL foi apresentado pelo deputado João Daniel (PT-SE) e recebeu parecer favorável da relatora, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). De acordo com a parlamentar, a população brasileira passa por um processo de envelhecimento e o Estado precisa estar preparado para atender aos idosos com políticas públicas adequadas. “Cumpre ao poder público assegurar a efetivação dos direitos desse grupo populacional. Para promover isso, é imprescindível que o Estado forneça um sistema de cuidados de longa duração”, disse.

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O projeto determina que a política de atendimento aos idosos deve incluir serviços de atenção ao idoso e de apoio aos familiares e cuidadores informais em centros-dia e centros-noite. O idoso poderá passar o dia no centro e até dormir à noite, caso haja necessidade familiar.

O PL 444/15  tramita em caráter conclusivo e será analisado agora nas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição, Justiça e Cidadania.

Psicólogos e psiquiatras discutiram hoje (8) na Câmara dos Deputados sobre o uso adequado de medicamentos antidepressivos. O assunto foi debatido na Comissão de Seguridade Social e Família a pedido do deputado Flavinho (PSB-SP). O objetivo do debate era elaborar formas de prevenção de doenças mentais, como a depressão, e definir o uso correto dos medicamentos controlados. Os profissionais da psiquiatria e da psicologia divergiram opiniões.

A representante do Conselho Federal de Psicologia, Rosane Granzotto, atribui esse aumento do uso de medicamentos ao contexto socioeconômico atual, com mais competitividade e exigências no trabalho, consumismo em excesso, cobranças por um corpo perfeito e também ao aumento das relações virtuais em vez do contato interpessoal. “Todos esses fatores provocam ansiedade, fragilidade e frustração e podem levar à depressão”, afirma a psicóloga. Granzotto fez um alerta sobre a banalização dos medicamentos para este tipo de patologia. "Nós não aceitamos que a leitura de uma configuração clínica seja exclusivamente biológica, porque sabemos que as relações imprimem uma forma de comportamento que se perpetua pela vida, não somente durante o uso dos remédios.”

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Por sua vez, o representante da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, afirmou que quem apresenta os sintomas clínicos de doenças mentais deve sim ser tratado com medicamentos por conta da alta taxa de suicídios no Brasil, que representam 33 mortes por dia. "Depressão leve pode ser tratada só com psicoterapia, atividades físicas e tudo mais. Agora, depressão leve para moderada, moderada, moderada para grave e depressão grave você não tem como não tratar adequadamente, e isso inclui o uso de antidepressivo. Desses suicídios que estamos tendo no país, muitos poderiam ter sido evitados se houvesse diagnóstico precoce ou se não negassem que a doença existe”, concluiu o médico.

O debate terá mais uma etapa na próxima semana. Na seguinte discussão, será abordado o Projeto de Lei (PL 1938/15), do deputado Flavinho. O projeto propõe a Semana Nacional de Luta e Conscientização sobre a Depressão nos dias seguintes a 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental.

 

 

O ministro da saúde, Ricardo Barros, disse hoje (10) na Câmara de Deputados que o medicamento chinês Asparaginase, importado pelo governo brasileiro para tratamento de leucemia, é eficaz. O ministro participou de audiência pública conjunta das comissões de Defesa do Consumidor e de Seguridade Social e Família.

A Asparaginase é distribuída pelo SUS para pelo menos quatro mil pacientes e é utilizada para o tratamento de leucemia linfoide aguda, que atinge, em sua maioria, crianças. Porém, desde 2010 o Ministério da Saúde enfrenta problemas na importação do medicamento. Neste ano, o ministério comprou a substância da China, fato que foi alvo de críticas sobre a qualidade e garantia do medicamento.

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Perante as críticas, o ministro Ricardo Barros afirmou que já foram realizados testes que comprovam a eficácia do medicamento chinês. "A Asparaginase pode ser usada com tranquilidade; a Fiocruz entregou os testes do medicamento e disse que são satisfatórios dentro de sua especificação", declarou. Para não restarem dúvidas, a Comissão de Defesa do Consumidor realizará nesta quinta-feira (11), em conjunto com a Comissão de Seguridade Social e Família, outra audiência sobre a compra da Asparaginase da China. Foram convidados para o debate representantes do Ministério da Saúde, da indústria farmacêutica, da Anvisa e médicos especialistas.

O Brasil registrou, em 2016, 1.946.765 casos de dengue, chikungunya e zika e 734 mortes em decorrência dessas doenças . O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde leva em conta apenas os casos que foram notificados. 

Este ano já pode ser considerado o segundo em número de casos de dengue na história do país desde 1990 (quando se iniciaram os registros), atrás apenas de 2015, quando foram notificados 1.649.008 casos. Foram registradas 590 mortes e 812 casos graves, sendo Minas Gerais o estado mais afetado com 526.064 casos, com São Paulo contando 204.568 e Goiás 113.098 casos em seguida. 

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O chikungunya foi identificado no Brasil em 2014, crescendo 727,3% se comparado ao mesmo período de 2015, passando de 31.418 para 259.928 casos. Ocorreram 138 mortes, sendo a Bahia o estado mais afetado com 50.236 casos, em seguida Pernambuco, com 46.484 e Ceará, com 44.596. Fevereiro, março e maio foram os meses mais graves.

Os primeiros casos de zika foram confirmado no Brasil em abril de 2015, com 210.897 registros e 102608 casos confirmados em grávidas.  O Rio de janeiro foi o estado mais afetado com 66.295 casos, seguidos por Bahia e Mato Grosso com 51.033 e 22.090 respectivamente. A doença matou 6 pessoas. 

O abuso de álcool e drogas afeta milhões de americanos e representa uma grave crise de saúde pública, concluiu na quinta-feira um relatório das autoridades sanitárias, que criticou o pequeno número de pessoas que recebem tratamento para este transtorno crônico e devastador.

"Os abusos de álcool e de drogas constituem uma das crises de saúde pública mais urgentes do nosso tempo", afirmou Vivek Murthy, cirurgião-geral (chefe operacional do serviço de saúde pública) dos Estados Unidos, insistindo no fato de que a dependência é uma doença crônica.

Este relatório, intitulado "Enfrentando a dependência nos Estados Unidos: Relatório do cirurgião geral sobre álcool, drogas e saúde", procura "mudar a maneira como a sociedade percebe a utilização excessiva do álcool e o consumo de drogas", explica.

"O vício não é uma fraqueza de caráter, é uma patologia crônica que deveria ser tratada com as mesmas competências médicas e a mesma compaixão que as doenças cardíacas, o câncer e a diabetes", disse Murthy.

Em 2015, mais de 27 milhões de pessoas nos Estados Unidos consumiram drogas ilícitas, dos quais 21 milhões sofriam de alguma dependência, um número maior que o de pessoas que tinham câncer, disse o relatório. Mas apenas uma entre cada dez pessoas recebeu tratamento para esse problema.

Mais de 40% dos que têm problemas de dependência sofrem também de doenças mentais, e menos da metade deles é tratado. O documento indica também que mais de 66 milhões de adultos e adolescentes, ou seja, cerca de 25% da população americana, reconheceu ter ingerido álcool de forma excessiva nos últimos 30 anos.

Uma epidemia de cólera foi detectada no Iêmen, onde o sistema de saúde piorou muito devido à guerra civil do país, anunciou nesta sexta-feira o escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Saná, citando autoridades de saúde iemenitas.

"As autoridades de saúde anunciaram que foram confirmados casos de cólera na capital, Saná, enquanto há outras suspeitas [de casos] na cidade de Taez (sudoeste)", informou a Unicef em um comunicado. A agência da ONU acrescentou que estava trabalhando com seus sócios para "estabelecer a amplitude exata da epidemia" confirmada na quinta-feira pelas autoridades iemenitas, segundo afirmou.

"As crianças estão expostas a um risco particularmente alto se a atual epidemia de cólera não for contida urgentemente, ainda mais levando em conta que o sistema de saúde do Iêmen está arrasado com a continuação do conflito" armado, avisou o representante da Unicef no Iêmen, Julien Harneis. "Se não forem tratados, os casos graves de cólera poderão matar até 15% das pessoas afetadas em algumas horas", segundo o comunicado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, citando o Ministério de Saúde iemenita, que oito casos de cólera, cujo maior alvo são as crianças, haviam sido detectados em um bairro de Saná e estavam sendo tratados como desidratação aguda em uma "parte isolada" do hospital Al Sabiine da capital.

"A escassez de água potável agravou a situação de saúde, que já era ruim no Iêmen, provocando um aumento significativo dos casos de diarreia aguda, em particular entre os deslocados do interior do país" afetando "mais de três milhões de pessoas", indicou a OMS em um comunicado. Os serviços de saúde se viram muito atingidos pela guerra no Iêmen, que já dura mais de 18 meses, entre os rebeldes xiitas hutis e as forças pró-governamentais.

O conflito, que gerou uma grave crise humanitária, deixou mais de 6.700 mortos e ao menos três milhões de civis deslocados, segundo a ONU. A cólera ocasiona uma severa diarreia e desidratação que pode ser mortal. Ela é provocada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela bactéria Vibrio cholerae, presente nas fezes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai divulgar na próxima semana um alerta sobre a confirmação da presença no Brasil de bactérias portadoras do gene mcr-1, capaz de torná-las imunes à Colistina, uma classe de antibióticos considerada como a última arma para combater bactérias multirresistentes. O comunicado de risco será encaminhado para todos os hospitais com leitos de unidade de terapia intensiva.

No documento, a Anvisa reforça a necessidade de equipes de saúde ficarem atentas para o risco, lista quais medidas são necessárias para diagnóstico e quais providências devem ser adotadas no caso de confirmação da presença de bactérias portadoras desse gene. Foram confirmados no Brasil até o momento três pacientes contaminados pela bactéria Escherichia coli, portadora da mutação - dois casos em São Paulo e um no Rio Grande do Norte. Há ainda outros três casos em análise, no Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

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"Estamos preocupados. Uma das últimas armas que temos para combater infecções multirresistentes pode tornar-se também inútil", afirmou a gerente da área de Vigilância e Monitoramento da Anvisa, Magda Machado de Miranda. "Ficaríamos sem opção terapêutica", completou. Magda aponta ainda outro risco envolvendo o gene mcr-1. "Seu poder de transmissão é muito alto. Há possibilidade de ele se transferir de uma espécie bacteriana para outra."

O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Marcos Boulos, afirmou que, entre os casos confirmados no Estado, um foi detectado no Hospital das Clínicas, em março. "O achado é muito importante. É preciso agora reforçar o alerta para que profissionais e instituições redobrem os cuidados para identificação de controle de casos suspeitos", completou.

Pelo mundo

O gene mcr-1 foi descoberto na China. Países da Europa, África e Ásia já confirmaram a presença de bactérias com essa mutação. "O gene não significa, por si só, que a bactéria será multirresistente", explicou o gerente de tecnologia e serviços de saúde, Diogo Soares. Ele compara o gene mcr-1 a uma armadura, que pode ser usada para proteger a bactéria do ataque de antibióticos. "A ferramenta está disponível. Basta agora que a bactéria faça uso da nova proteção."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal divulgou, nesta quarta-feira (14), as ações empreendidas pelo Ministério da Saúde para enxugar as despesas e investir os recursos no atendimento à população, através do Sistema Único de Saúde (SUS) e outras medidas. A economia foi de R$ 1,3 bilhão em quatro meses.

"Toda essa economia representa mudanças na gestão, sem abrir mão das ações do ministério que já estavam sendo realizadas. Estamos fazendo mais com menos", frisou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Segundo ele, a reforma administrativa compreendeu o corte de 335 cargos comissionados e redução de 33% de despesas de aluguel e serviços gerais. A revisão de contratos de informática gerou uma economia de R$ 80 milhões e a renegociação no preço dos medicamentos, de R$ 900 milhões. “Conseguimos diminuir em 7% o preços dos medicamentos negociados em real e em 17% os negociados em dólar”, informou Barros.

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Segundo ele, os recursos economizados estão sendo revertidos para o reforço no atendimento em 99 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 1.401 serviços de saúde em 216 Santas Casas e hospitais filantrópicos, representando por exemplo o aumento de 978 leitos disponíveis para o SUS. Também foram feitos pagamentos de cirurgias eletivas que estavam em atraso e emendas que não haviam sido pagas.

"Aumentamos o acesso dos brasileiros aos tratamentos e medicamentos", salientou o ministro. A prestação de contas é uma aceno aos empresários e instituições filantrópicas do setor e uma forma de mostrar que o governo deseja gerir melhor os recursos da União. "Economizaremos muitos bilhões de reais para reaplicar na saúde brasileira", garantiu Barros.

A intenção da pasta é alcançar uma economia de 20% dos recursos com o protocolo integrado, unificação dos sistemas de saúde, controle dos medicamentos e prontuário eletrônico. “Dessa forma, por exemplo, o cidadão poderá ir a qualquer unidade de saúde sem ter a necessidade de refazer alguns exames que já tinham sido feitos antes. Isso porque o prontuário estará disponível eletronicamente”, explicou. "Estamos modernizando o atendimento da população. Vamos incorporar modernas tecnologias com melhor custo benefício”.

Barros disse ainda que o governo está empenhado em realizar pesquisas e desenvolver vacinas para o controle e combate do mosquito Aedes aegypti. Ele anunciou também que o transporte de órgãos feito pela Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou de cinco até julho para 52 nos últimos quatro meses. "Teremos os recursos para cumprir todos os compromissos assumidos neste ano", adiantou.

Gestão eficiente

Em pronunciamento durante a cerimônia, o presidente Michel Temer elogiou o trabalho de Ricardo Barros no que chamou de uma “gestão eficiente”. “A economia extraordinária que foi feita lá no Ministério da Saúde significa uma boa gestão, uma gestão equilibrada. Sem uma política fiscal responsável, a saúde não tem viabilidade financeira. Sem uma política de gastos públicos sustentável, a saúde entrará em colapso. Não há saúde sem eficiência”. De acordo com o peemedebista, o modelo está sendo implantado em todos os setores da administração.

Temer também alfinetou a gestão de Dilma Rousseff, ao ressaltar que o governo está “acertando as contas”. “Verbas que não estavam sendo pagas pelo governo federal e agora retoma-se o pagamento para não onerar os Estados e municípios”. “Estamos desmentindo uma versão que corre pelas ruas de que o nosso governo tem o objetivo central de destruir a saúde, destruir a educação e destruir os trabalhadores. E peço licença para dizer que isso é inadmissível”, disparou.

Mais cedo, através de redes sociais, o presidente disse, em vídeo, que o governo não pretende retirar direitos trabalhistas, como o acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em casos de demissão sem justa causa.

“Esse é o nosso compromisso: assegurar mais recursos a serem aplicados numa gestão mais eficiente. E assegurar uma gestão eficiente que gerará mais recursos. Um ciclo virtuoso que use a responsabilidade e o uso de meios públicos para uma saúde pública de qualidade”, finalizou.

O número de suicídios do Estado de São Paulo cresceu de 4,6 por 100 mil habitantes, no período de 2007 a 2008, para 5,6 por 100 mil habitantes no biênio 2013/2014, segundo levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgado nesta quinta-feira, 8.

Os homens são as principais vítimas e correspondem a 80% das pessoas que se suicidaram. Mais de 70% deles tinham entre 15 e 64 anos. "Uma particularidade do Estado de São Paulo é que as vítimas estão na faixa etária mais produtiva. Em outros Estados, no Sul, atinge mais a população idosa", explica Paulo Borlina Maia, demógrafo da Fundação Seade.

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Segundo Maia, o fato de o sexo masculino ter maior mortalidade acompanha a tendência internacional. "O que a literatura sugere é que as mulheres têm um comportamento diferente, com menor consumo de álcool, maior percepção de risco de depressão e de problemas de saúde mental, maior religiosidade e elas procuram ajuda em momentos de crise. Os homens têm maior impulsividade, competitividade e seriam mais sensíveis às instabilidades econômicas."

Apesar de a pesquisa apontar um aumento de suicídios no Estado, o demógrafo associa o crescimento a um aprofundamento da análise de dados, a partir de um convênio firmado entre a fundação e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo no ano passado. Os pesquisadores passaram a analisar os históricos de boletins de ocorrência de mortes classificadas como indeterminadas.

O número registrado em São Paulo ainda é menor do que de Estados como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que têm taxa superior a 10 mortes por 100 mil habitantes. No Brasil, o indicador foi de 5,8 casos por 100 mil habitantes, também abaixo de países como a Rússia, o Japão e a Coreia do Sul, onde os índices variam de 20 a 40 mortes por 100 mil habitantes.

Prevenção

Maia diz que o perfil das pessoas que se suicidaram pode ajudar a evitar novos casos. "Verificamos que, na maioria de casos de suicídio, as testemunhas falaram que as pessoas apresentavam quadros de depressão, consumo excessivo de drogas e de álcool, histórico de desemprego, briga com parentes. Existe um certo tabu e as pessoas evitam falar sobre o assunto, mas a população precisa ter um maior esclarecimento."

O levantamento inclui os períodos do ano e da semana com mais registros de casos. Setembro, mês em que é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, teve mais casos, assim como os meses mais quentes do ano. Domingo e segunda-feira também contabilizam mais registros e há mais ocorrências durante a parte da manhã, entre as 9 horas e o meio-dia.

Como se não bastassem as condições precárias do atendimento do Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, pacientes agora têm que lidar com mais uma situação de descaso da saúde pública de Pernambuco. Uma infestação de abelhas no Bloco Cirúrgico e na Sala de Recuperação da unidade hospitalar tem provocado revolta e mal-estar em quem precisa realizar o atendimento médico no hospital. 

À espera de uma cirurgia em uma sala com sete leitos, um paciente, que preferiu não se identificar, deu entrada na unidade de saúde na segunda-feira (8) e contou que nos turnos da tarde e da noite foram vistas pelo menos dez abelhas dentro da sala de cirurgia, no 2º andar. Para ele, a situação é absurda e preocupa os pacientes que dependem do atendimento da saúde pública. 

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Outro paciente que está no local há mais tempo denunciou de que na semana anterior foi preciso transferir as pessoas de uma das salas de cirurgia por causa da infestação das abelhas. Ele acredita que os insetos venham de uma árvore localizada bem ao lado de uma das janelas do Bloco Cirúrgico. Uma enfermeira da unidade hospitalar comentou que basta acender as lâmpadas que as abelhas voltam a aparecer dentro das salas. 

Referência para o tratamento de doenças respiratórias, em especial a tuberculose, traumato-ortopedia, clínica médica, urologia, cirurgia geral e pediatria, o Hospital Otávio de Freitas, localizado no bairro de Tejipió, atende cerca de 2,3 mil pacientes mensalmente na emergência e também enfrenta situação semelhante. Apesar do alto número de atendimento, o problema da unidade de saúde com animais que invadem os leitos e salas dos profissionais de trabalho é constante. 

Uma profissional de saúde que trabalha no laboratório da unidade hospitalar revelou que desde o tempo que trabalha no hospital a situação é recorrente. "Aqui, já vimos entrar muitos escorpiões e cobras dentro do laboratório. Uma vez, uma cobra saiu de dentro do vaso sanitário e ficamos muito assustados", lamentou. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, profissionais de saúde do local já solicitaram dois chamados para combater o enxame de abelhas no hospital, nos dias 31 de julho e 2 de agosto. Os Bombeiros informaram que foram ao local, mas apenas atuam em medidas emergenciais, quando os insetos colocam em risco a integridade física das pessoas. Eles informaram que para solucionar a situação é necessário dedetizar o local com profissionais específicos da área da apicultura.

Segundo uma das equipes dos Bombeiros que esteve no local, nenhum funcionário soube informar onde poderia estar a colmeia. "O problema só poderia ser melhor checado caso evacuassem os pacientes dos leitos, o que é muito inviável", explicou o assessor de comunicação dos Bombeiros, José Ednaldo. O sargento explicou que o combate às abelhas tem que ser feito durante a noite, quando elas se recolhem. Durante o dia, corre o risco dos animais ficarem irritados e picarem os pacientes e profissionais.

A reportagem do Portal LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e recebeu um posicionamento da instituição. Em nota, a direção do Hospital Otávio de Freitas informou que uma equipe da manutenção da unidade já foi deslocada ao local para avaliar e solucionar o problema.

A cidade de Guarulhos vai realizar na próxima terça-feira, 2, a 16ª Semana da Amamentação, tendo como tema "Amamentação: uma chave para o desenvolvimento sustentável. Faz bem para o seu filho, para você e para o planeta. Neste ano, a Semana da Amamentação vai ampliar a capacitação dos profissionais de saúde na Estratégia Amamenta Alimenta Brasil. 

Os profissionais vão receber a formação de tutores desta ação, com o objetivo de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno de zero a seis meses de vida.

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O evento vai ser aberto pela médica pediatra Telma de Moura Reis, gestora da Rede Cegonha (programa que visa a assegurar o direito reprodutivo, a atenção humanizada à gravidez e ao parto, o nascimento seguro e o desenvolvimento saudável da criança). Logo após, os participantes poderão curtir a peça teatral "Amamentar? É só começar", da Escola de Artes Cênicas e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP). 

Outra atração é a gerente do Banco de Leite Humano de Guarulhos, Rose Meire de Freitas Santos, na qual, fará uma palestra com o tema da Semana da Amamentação. Além disso, a Semana de Amamentação também contará com oficinas de capacitação na nova Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS, que serão realizadas na Cúria Diocesana de 9 a 12 de agosto e de 13 a 16 de setembro. 

Campanha

No mesmo período da Semana de Amamentação, haverá uma campanha de arrecadação de frascos para o Banco de Leite. O Banco de Leite de Guarulhos, referência no Alto Tietê, desenvolve um trabalho de coleta, pasteurização e distribuição de leite materno para ajudar na recuperação de bebês internados nas UTIs das maternidades públicas. Os frascos de vidro, com tampas plásticas rosqueáveis, de 120, 250 e 500 ml são os ideais. Para realizar a doação, basta a doadora ir para qualquer Unidade Básica de Saúde, igrejas católicas, pastorais da criança e da saúde ou nas unidades da Casa da mulher. Os endereços estão no site da prefeitura, no link da Coordenadoria de políticas para Mulheres. 

A Cúria Diocesana fica na Rua Gilberto Dini, 519, bairro Bom Clima.  

O número de casos de caxumba registrados neste ano no Estado de São Paulo já é o maior desde 2008, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde. Até o dia 16 de junho, quando foi divulgado o último levantamento, foram contabilizados 842 casos. Entre 2009 e 2015, o número variou, no ano inteiro, entre 118 (2014) e 671 (em 2015). Em todo 2008, foram 3.394 registros.

A imunização incompleta de parte da população, que não tomou as duas doses da vacina, e o fato de o vírus estar mais atuante estão entre as razões apresentadas por infectologistas para o aumento dos surtos.

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"Não tem uma explicação certeira para isso, mas sabemos que é um vírus altamente infectante e ele está circulando mais. Temos uma faixa de pessoas que não foram vacinadas adequadamente para a caxumba, porque é preciso ter duas doses e, antes de 2000, a padronização do esquema vacinal era diferente", explica Ralcyon Teixeira, médico infectologista e supervisor do pronto-socorro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Ele explica que o período de incubação da doença é grande e que, mesmo antes da manifestação de sintomas - inflamação das glândulas salivares, dor de cabeça e febre -, a pessoa já pode transmitir a caxumba. "O prazo de incubação é de 16 a 18 dias, mas pode se manifestar em até 25 dias e a pessoa já começa a expelir o vírus."

Em janeiro deste ano, a infectologista Luciana Marques Sansão Borges, de 31 anos, teve caxumba, que se manifestou em ambos os lados do pescoço. Ela conta que ninguém de sua família nem do seu ambiente de trabalho estava com a doença. "Foi depois da virada do ano e não tinha ido a nenhum lugar com aglomeração. Fiquei nove dias afastada do trabalho."

Apenas após o episódio que ela se deu conta de que não tinha tomado as duas doses da vacina. "Meu cartão de vacina é atualizado, mas tomei a dose de sarampo e rubéola. Na minha cabeça, estava plenamente vacinada. Só doente vi que faltava a de caxumba."

Mesmo vacinada, a administradora Flávia Oliveira, de 25 anos, foi contaminada e recebeu o diagnóstico na semana passada. Ela ainda se recupera em casa. "Fiquei tomando anti-inflamatório e, desde então, estou de repouso e tem de ficar, porque dói muito para comer, ficar em pé. Ainda estou com um pouco de inchaço."

Para não contaminar a família, Flávia separou talheres, pratos e copos. "Lavamos tudo com água fervente."

Cuidados

Repouso e isolamento são as principais orientações para os pacientes, já que não há um medicamento específico para a doença. "Não tem nenhum antiviral para caxumba. A recomendação é fazer repouso, tomar analgésico e anti-inflamatório. É importante evitar aglomerações e lavar as mãos", diz Graziella Hanna Pereira, infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

Segundo Raquel Muarrek, infectologista do Hospital Leforte, a doença pode causar complicações, principalmente para os homens. "A caxumba pode causar meningite e pancreatite. Em homens, pode vir com orquite, que causa aumento da bolsa escrotal e dor na região."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou hoje (16), durante visita à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que, caso o resultado dos estudos sobre os efeitos da fosfoetanolamina, conhecida como pílula do câncer, não comprovarem sua eficácia, a droga não será incluída na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e não será distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo estando liberada por projeto de lei.

“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está fazendo os estudos. Pedi agilidade à Anvisa não só nesse caso, mas em vários outros nos quais precisamos rapidamente aprovar medicamentos novos e princípios ativos. A Anvisa precisa nos garantir mais agilidade, com segurança e proteção ao consumidor”.

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O secretário estadual de Saúde, David Uip, informou que, assim que o laboratório responsável por produzir a fosfoetanolamina entregar o material, o governo paulista encapsulará rapidamente a droga e em prazo de seis meses já haverá resultados.

“É a primeira pesquisa que há e daqui a pouquíssimo tempo teremos os resultados definitivos”. Uip declarou ainda que deve ter reuniões com o ministro quarta (18) e quinta-feira (19).

A participação de estrangeiros no Mais Médicos será reduzida depois das eleições municipais. A ideia do Ministério da Saúde é renegociar, no próximo ano, o contrato feito com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para o recrutamento dos profissionais. Hoje, 73% dos que atuam são estrangeiros. A maioria é de cubanos.

A mudança não será de uma só vez. O ministro Ricardo Barros, ao assumir, afirmou apenas que iria incentivar a participação de brasileiros. A ideia de anular o contrato, recentemente prorrogado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, foi descartada, a princípio. Ele preferiu adotar uma regra de transição. Com isso, agrada ao mesmo tempo associações médicas, críticas do projeto, e prefeitos - favoráveis.

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A intenção é fazer um ajuste programado, até que o número de profissionais trazidos pela Opas se reduza de forma expressiva. Só ficariam aqueles que têm vagas consideradas de difícil preenchimento, como as dos distritos sanitários indígenas e das cidades afastadas.

Lançado há três anos em uma resposta às manifestações de rua que reivindicavam melhorias nos serviços de saúde, o Mais Médicos somente foi adiante em virtude da contratação de estrangeiros. Para driblar a resistência de médicos brasileiros, o governo permitiu que formados em outros países atuassem no Brasil sem a necessidade da validação do diploma.

Essa era a maior crítica de entidades de classe, que chegaram até mesmo a romper com o Ministério da Saúde. Para associações médicas, o ideal seria criar, em vez do Mais Médicos, uma carreira federal para a área, a exemplo da magistratura.

A lei que criou o Mais Médicos previu um prazo de três anos para que estrangeiros trabalhassem no programa sem validação do diploma. Há duas semanas, no último ato da presidente Dilma Rousseff na área de saúde, o prazo foi prorrogado. Com isso, 7 mil profissionais, que teriam de voltar agora para seus países de origem, podem permanecer no Brasil.

A medida, de acordo com a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi feita para atender a pedidos de prefeitos. O medo maior era de que, às vésperas das eleições municipais, serviços de saúde tivessem uma redução abrupta no atendimento.

Gastos - Barros ainda criticou a forma como recursos de saúde são usados. Já avisando que "não há dinheiro para tudo" nem perspectiva de reforço no orçamento, ele disse ser necessário gerir melhor a verba. De olho na indústria farmacêutica, porém, afirmou que vai também adotar medidas para tornar mais rápido o registro de medicamentos, com o aproveitamento, por exemplo, de pesquisas em outros países. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mateus Lima tinha grandes sonhos para seu filho, mas que eles se foram no parto. A explicação mais provável neste momento é que um mosquito infectou sua esposa durante a gravidez e afetou irreversivelmente a vida da criança.

"Quando nasceu foi como uma bomba. Tinha tantos sonhos. Eu queria que praticasse esportes, brincasse, fosse saudável e forte", declara à AFP, sentado ao lado de sua esposa, Kleisse Marcelina, em uma enfermaria do hospital Irmã Dulce, em Salvador, em um dos estados mais atingidos pela explosão de casos de bebês nascidos com microcefalia no país.

O ministério da Saúde adota a medida de 32 cm de perímetro cefálico para identificar bebês com possível microcefalia, uma malformação que está associada ao contágio das mulheres grávidas pelo vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, cujo surto eclodiu em 2015 no país e em grande parte da América Latina.

"Eu tive Zika no quinto mês de gravidez. Fui ao médico e ele me disse que não havia riscos para o meu bebê. Mas quando ele nasceu, em 22 de novembro, fomos informados que tinha microcefalia e que nunca seria uma criança normal", lamenta Kleisse, de 24 anos, dois anos mais velha que seu marido.

É o primeiro filho do casal, e Kleisse não parou de chorar desde o parto. "Hoje estou mais tranquila, mas ainda tenho medo pelo futuro do meu filho", afirma. "Será que vai conseguir andar ou falar?", questiona-se.

O pequeno Pietro se move agitadamente nos braços de seu pai. Seu corpo é mais rígido e sua cabeça mais firme do que uma criança com desenvolvimento normal do cérebro com a mesma idade, uma característica dos bebês com microcefalia.

Os ventiladores da enfermaria aplacam o clima quente do verão. Este hospital católico atende gratuitamente famílias pobres e, assim como Marcelina, há outros bebês que já foram diagnósticos com malformação.

"Eu peguei o vírus Zika na gravidez e me disseram que nada iria acontecer, mas no oitavo mês detectaram a microcefalia. A partir desse momento eu não dormi mais", diz Ana Paula Santos, de 34 anos, carregando em seus braços Flávia, de um mês e meio de vida, que também se agita inquieta.

Do espanto à ação

O departamento de neurologia pediátrica do hospital Irmã Dulce está agitado como toda quarta-feira desde novembro, quando decidiu dedicar esse dia apenas aos casos de microcefalia devido ao número crescente de casos.

No primeiro dia receberam seis casos; duas semanas depois, 19 e para evitar um colapso abriram uma agenda que já tem uma lista de espera. "Estamos em alerta, correndo para encontrar soluções. Já passamos pela fase de espanto, estamos agora na da ação", afirma à AFP Janeusa Primo, chefe do setor de neurologia pediátrica do hospital.

"Este é um problema de saúde pública global. O vírus pode ter entrado no Brasil pela Copa do Mundo e já não está mais apenas aqui. E ainda estão sendo discutidos outros possíveis modos de transmissão além da picada do mosquito Aedes aegypti, tais como a transmissão pelo sexo", alerta.

Para evitar o contágio, o mais seguro agora é evitar a picada deste inseto que se prolifera nos verões tropicais úmidos e que também transmite outras doenças, como dengue, febre amarela e Chikungunya.

No Brasil, o alarme foi disparado em outubro, quando um surto de casos de microcefalia foi detectado no nordeste. Desde então, foram registrados 4.180 casos suspeitos da malformação (270 já confirmados), contra 147 bebês diagnosticados ao longo de 2014.

Estimulação precoce

Autoridades e cientistas brasileiros identificaram uma possível ligação entre a explosão de casos e o vírus Zika, embora não haja unanimidade sobre esta hipótese. O quadro viral do Zika é mais brando do que o de dengue, com mal-estar, febre e, por vezes, erupções na pele, mas a possível transmissão de mulheres grávidas para seus filhos pode ser devastadora.

Dificuldades na fala, audição ou visão; alterações motoras e cognitivas são as características da microcefalia e variam segundo a área danificada do cérebro. A malformação é visualmente detectável nos bebês, embora passem por uma série de testes para um diagnóstico preciso. A partir do diagnóstico - quanto mais cedo melhor - o recomendado é um processo de estimulação das áreas não comprometidas.

Enquanto isso, os cientistas tentam reunir informações sobre gravidez, contágio do Zika e outras doenças. "Se eu soubesse, teria me cuidado melhor, teria usado repelente. Somos picados por mosquitos a vida inteira, mas só agora isso acontece", reclama Kleisse. "Mosquito do inferno!", exclama o marido.

Mais de 2.000 casos de eutanásia foram declarados em 2015 na Bélgica, um recorde desde que a prática foi autorizada em determinados casos em 2002 no país - informou desta quarta-feira a Comissão de Controle encarregada do tema.

"Houve 2.021 casos em 2015", declarou à AFP uma porta-voz da Comissão Federal de Controle e Avaliação da Eutanásia, encarregada de verificar a aplicação da lei. A responsável não forneceu mais detalhes, explicando que "o relatório bianual ainda estava em processo de elaboração".

Depois que a Bélgica se tornou um dos raros países do mundo a descriminalizar a eutanásia, o número de casos está em constante alta, passando de 24 em 2002 para quase 500 em 007. O teto das mil eutanásias foi atingido em 2011 (1.133 casos). Em 2014, 1.924 casos foram declarados.

"Podemos falar de alta mas esta alta está provavelmente relacionada à disponibilidade de médicos para registrar os atos. Continua na sombra, lembremos, o número de eutanásias realizadas mas não declaradas, o que nos impede de ter uma visão real sobre a amplitude da questão", comentou o professor Wim Distelmans, presidente da Comissão Eutanásia, citado nesta quarta pela agência Belga.

Desde a expansão da lei da eutanásia em 2014, que permite agora que menores de idade acometidos de doenças incuráveis e "em capacidade de discernimento" de escolher a eutanásia, nenhuma demanda correspondente a este caso foi registrada na Comissão.

A Bélgica é o único país a autorizar este ato sem limite de idade. Na Holanda, uma idade mínima de 12 anos é necessária.

A Secretaria de Estado de Saúde informou nesta terça-feira, 22, que 22 pessoas morreram de dengue no Rio de Janeiro este ano. O boletim foi fechado em 19 de dezembro. Desde janeiro 65.870 casos de dengue foram notificados no Estado, segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica da secretaria.

A cidade de Resende, no sul fluminense, registrou oito mortes, o maior número de óbitos no Estado. Campos dos Goytacazes, no Norte, aparece no boletim com três mortes, seguido por Paraty e Porto Real, com duas cada. Os municípios de Barra Mansa, Itatiaia, Miracema, Quatis, Duque de Caxias e Volta Redonda registraram um óbito cada.

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Não há, no momento, nenhum município com registro de epidemia da doença. Em 2014, foram notificados 7.819 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro, com 11 óbitos.

O Ministério da Saúde vai lançar um aplicativo que ajuda o usuário a identificar se ele tem sintomas de zika e dengue. O sistema é semelhante ao que foi lançado pelo governo ano passado, no período da Copa do Mundo.

A ideia inicial era fazer uma adaptação do programa para a Olimpíada, mas, diante do aumento de casos de zika e da epidemia de microcefalia identificada no País, o projeto foi apressado e dará ênfase a essas duas infecções, ambas transmitidas pela picada do Aedes aegypti infectado.

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No aplicativo, o usuário deverá responder a uma série de perguntas, sobretudo relacionadas aos sintomas de doenças. Se ele teve febre baixa, dores no corpo, dores na articulação ou abdominais, além de manchas e coceira pelo corpo. De acordo com respostas, ele será informado sobre a probabilidade de estar com uma das infecções.

Mais do que dar informação para o usuário, o aplicativo é considerado extremamente útil para a vigilância sanitária. As informações são processadas pelo Ministério da Saúde. Caso haja um número expressivo de pessoas com determinados sintomas em uma região, num determinado período de tempo, serviços de vigilância são acionados.

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