Tópicos | Sérgio Cabral Filho

Em sua primeira campanha eleitoral como candidato a deputado federal pelo PMDB, Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral Filho, opera uma extensa rede de apoios para viabilizar a eleição para a Câmara. Em pouco mais de um mês de campanha, o novato recebeu e distribuiu quantias superiores a R$ 330 mil em doações eleitorais, segundo a primeira prestação de contas parcial da candidatura.

O relatório mostra que Marco Antônio, de 23 anos, arrecadou R$ 334.500,00 e doou R$ 332.612,77 para 24 candidatos. Até um petista, o deputado estadual André Ceciliano, foi agraciado com três pagamentos, de R$ 615,50, R$ 115,00 e R$ 650,00, apesar de concorrer por coligação rival à do jovem peemedebista. "O valor doado refere-se a material de campanha produzido em conjunto com parceiros candidatos a deputado estadual", afirmou Marco Antônio, por meio de sua assessoria de imprensa.

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Ele não deu entrevista à reportagem sob alegação de estar "em agenda". A maior parte dos recursos que o candidato recebeu, R$ 330 mil, vieram do Comitê Financeiro Único do PMDB e tiveram como doador o frigorífico JBS S/A, um dos maiores processadores de carnes do País.

Marco Antônio despontou para a política como presidente nacional da Juventude do PMDB e protagoniza uma das campanha mais ostensivas do Estado. As doações são indicativo da capilaridade da sua propaganda, ramificada principalmente no interior. É o caso de Ceciliano. Segundo a assessoria do parlamentar, os dois políticos fazem "dobradinha" nas cidades de Paracambi, Mendes e Japeri.

Veterano da Assembleia Legislativa, o petista consultou sua assessoria jurídica para saber se há ilegalidade na aliança. Descobriu que, como PT e PMDB são coligados nacionalmente, não há problemas na aliança local e informal. Os materiais que fazem juntos não mencionam candidaturas ao governo. Neste ponto, os partidos são adversários.

Outras doações, para dobradinhas com políticos com tradição de boa votação fora da capital, mostram a influência de Cabral pai e podem garantir votos a Marco Antônio. O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB), com base eleitoral em Saquarema (Região dos Lagos) e parceiro desde a época em que Cabral presidiu a Alerj (1995-2002), é outro aliado em dobradinha. Secretário de Agricultura de Cabral, Christino Áureo, candidato a deputado estadual pelo PSD, também recebeu recursos do jovem político para campanha conjunta.

Apesar do sobrenome e da semelhança física, Marco Antônio não se apresenta como filho do ex-governador na propaganda. Também não apareceram, pelo menos até agora, materiais em que o pai "apresente" a candidatura do "sucessor". Em seu perfil no Facebook, a única menção que o candidato faz à filiação é uma foto em que aparece ainda criança, nos ombros de Cabral, em uma mensagem de Dia dos Pais. Cabral pai renunciou ao posto em abril, com a popularidade em baixa. Ele não se recuperou da crise que atingiu seu governo a partir das manifestações de junho de 2013.

O governo do Rio anunciou que o decreto do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) que criou uma comissão para investigar eventuais crimes que aconteceram durante as manifestações no Estado será revisado. O texto causou polêmica entre juristas porque um do dispositivos daria poder ao governo estadual de quebrar sigilos telefônico e de internet sem autorização judicial.

Na interpretação do governo fluminense, porém, o decreto não dá esse poder às autoridades, que continuariam a depender de autorização judicial para esse tipo de ação, de acordo com o que prevê a Constituição Federal. Mesmo assim, a administração estadual confirmou que o texto será modificado, mas não divulgou ainda detalhes sobre que alterações serão feitas.

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Dois dias após a depredação do Leblon e Ipanema por manifestantes que protestavam perto da rua onde mora, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), apareceu publicamente nesta sexta-feira, pela primeira vez, para, em 14 minutos, anunciar a criação de uma comissão para investigar os incidentes.

Decreto editado nesta sexta-feira por Cabral instituiu a Comissão Especial de Investigação dos Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv), formada por Ministério Público, Polícias Civil e Militar e Secretaria de Segurança, mais de um mês após o início dos quebra-quebras envolvendo protestos no Estado.

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Sem dar detalhes, nem apontar nomes, o governador também acusou supostos grupos estrangeiros pelas manifestações violentas no Rio de Janeiro. "Você tem, nesses atos de vandalismo, também a presença de organizações internacionais cujas redes na internet permitem um nível de comunicação que não se tinha no passado", disse Cabral.

"A gente sabe que há organizações internacionais estimulando o vandalismo, estimulando o quebra-quebra." Desta vez, o governador não acusou a oposição de, com as manifestações, tentar antecipar a sucessão, como fizera em entrevistas anteriores. Aparentando abatimento e acompanhado do secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, que tinha expressão grave, o governador respondeu a apenas cinco perguntas - deixou uma sexta para o auxiliar.

Cabral passara a véspera isolado, participando de reuniões com a cúpula da segurança e com chefes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio. Chegara a convocar uma coletiva, mas a suspendeu no último momento, e não apareceu em público.

Não visitou os lugares depredados, nem conversou com os comerciantes cujas lojas foram atacadas. Nesta sexta-feira, encerrou a rápida coletiva alegando que tinha outro compromisso e saiu rapidamente. Antes, apesar de elogiar o trabalho da Polícia Civil (até a véspera, o caso do Leblon ficaria na 14.ª DP, defendeu a Ceiv.

"A criação da comissão tem o objetivo de dar maior coordenação, agilidade e eficiência às investigações", declarou." O envolvimento do Ministério Público, junto com a área de segurança do governo, será de grande valia para eficiência das investigações, para a elucidação de crimes cometidos e para a aplicação da lei.

Portanto tenho certeza que essa comissão dará maior efetividade às investigações, que é o que a sociedade deseja."Na véspera, em entrevista da cúpula da segurança, informava-se que as investigações ficariam a cargo da 14ª DP, sob acompanhamento da "promotora natural" do inquérito, Patrícia Glioche, segundo o procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira.

O trecho da Rua Aristides Espínola entre as Avenidas Delfim Moreira e General San Martin, no Leblon, zona sul do Rio, onde mora o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), foi cercado nesta quarta-feira com grades metálicas e isolado por policiais militares. Perto dali, por volta das 16 horas, cerca de 200 manifestantes bloquearam a pista sentido Avenida Niemeyer da Delfim Moreira, em frente ao Posto 12, para mais um ato contra Cabral.

Os PMs levaram para o local um dos blindados conhecidos como Caveirão, veículos do Batalhão de Choque e o caminhão de jatos de água da Polícia Militar (PM) e só permitem a entrada, na Aristides Espínola, de moradores, acompanhados por policiais militares até a porta de seus prédios. Assim, evitam que manifestantes entrem no trecho isolado. Em cartazes, manifestantes pedem o impeachment de Cabral e do prefeito Eduardo Paes, também do PMDB.

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