Tópicos | Sonhos da Pastorinha Diana

Era preciso ficar atento ao chegar no Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar,  em Gravatá, no Agreste do estado, pois o espetáculo estava por todo lugar. Do alto do céu a uma “montanha” de rappel de quase cinco metros, artistas italianos e brasileiros se revezavam para apresentar o espetáculo “Sonhos da Pastorinha Diana”, que marcou a abertura, na noite de ontem (16), da programação natalina na cidade interiorana.

Confira a galeria de imagens da abertura do Natal Luz, em Gravatá.

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Enquanto um narrador de voz “cavernosa” contava as aventuras da pastorinha protagonista, os 50 artistas brasileiros e italianos, devidamente orientados pelo criador do espetáculo, Valerio Fest, pela direção artística de Monica Maimone e pelos coreógrafos Brigitte Morel, Elisa Barucchieri e Yves Morotti, comandavam o show, uma mistura da mais pura tradição nordestina do Pastoril com diferentes linguagens artísticas contemporâneas.

“Creio que a tradição, a dramaturgia popular, tem um encontro com muita coisa da cultura contemporânea. Vivo de cultura popular há 30 anos, e sinto que ela precisa, sempre, ser muito necessária à cultura de um país, e nós (artistas) é quem devemos ‘contaminar’ uma com a outra, no sentido de não deixá-la parada ali, como em um museu ou um estudo antropológico”, comentou Valerio Fest, sobre a ousadia da mescla de linguagens no espetáculo.

Anjos protagonizavam um balé flutuante que chamava bastante a atenção do público (até o Papai Noel entrou no script e encerrou a festa sobrevoando o público presente, ao som de "Então é Natal", de Simone); do outro lado, simultaneamente, um telão com projeções de imagens fazia um “cenário digital”, com imagens sobrepostas que remetem ao espírito natalino e popular do Nordeste (era possível ver a imagem do Homem da Meia-Noite junto à ursos e caixas de presentes natalinos). O narrador conta a história de Diana, a intermediária entre os cordões de pastorinhas azul e encarnado (vermelho), que, através de seus sonhos, conduz o espetáculo.

Sem dúvida, algo diferente de tudo já visto nesta época do ano, comumente marcada por encenações tradicionais. "Achei muito bonito, a história do pastoril é belíssima, e a plasticidade do espetáculo atrai bastante. Mas o acompanhamento dele é um pouco problemático, porque você tem que se locomover de um canto a outro, então a gente acaba perdendo um pouco das cenas, que acontecem ao mesmo tempo", opina o ator Sóstenes Vidal, que levou a família inteira para curtir o espetáculo no Agreste.

"Mas o espetáculo, em si, é muito bonito, ele encanta, emociona", completa o ator, que entrará em cartaz no Recife com a peça "Baile do Menino Deus", nos dias 23, 24 e 25, no Marco Zero, Bairro do Recife.

 

 

CIDADE EM LUZ - O espetáculo abriu, na noite de ontem (16), a programação natalina em Gravatá. Ao todo, serão sete apresentações do espetáculo, que ainda acontece hoje (17), 18, 22, 23, 24 e 25 (sempre das 19h às 23h, com exceção do dia 24, véspera de Natal, que será até às 22h).

Assim como é conhecido nas cidades de Gramado, no Rio Grande do Sul, e Blumenau, em Santa Catarina, Gravatá pretende ser a mais nova cidade no Nordeste, expoente da tradição natalina. Bastante iluminada, com Câmara e Palácio Municipais, casas, restaurantes, coretos de praças e pontes devidamente decoradas, a cidade espera receber um público estimado de 140 mil pessoas nos sete dias de evento.

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