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Imponentes e atrativas, as embalagens de Whey Protein – proteína extraída do soro do leite – estão, na larga maioria das vezes, às vistas dos clientes de lojas de produtos naturais e de suplementos alimentares. Apesar dos preços altos das unidades - um pote de 900g, em grande parte das lojas, ultrapassa os R$ 100 -, o misto de moda e facilidade de encontrar o produto funciona como um incentivo aos atletas de academia e aos praticantes de esportes, que, em alguns casos, arriscam substituir uma refeição pelo produto na esperança de conseguir a sonhada massa magra.

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No mercado, há três tipos mais comuns de Whey Protein: a concentrada, com maior teor de lactose e de gorduras; a isolada, com níveis menores de gordura na composição; e a hidrolisada, tipo em que as proteínas são minuciosamente “quebradas”, facilitando a ingestão do nutriente pelo organismo. Quando o consumo não é orientado por um nutricionista, o preço é um dos principais fatores que levam os atletas a comprarem um tipo específico da proteína. “Não há um tipo específico procurado pelos clientes. O que costumamos fazer é tentar casar a necessidade do organismo da pessoa com o preço que ele quer pagar", explica Jailson Mota, consultor de vendas de uma loja especializada em suplementos.

Em muitos dos casos, os consumidores de whey conhecem o produto através de indicações na própria academia. Depois da ingestão, muitos afirmam sentir diferenças no corpo depois do término das atividades físicas. “Tomo a Whey isolada todos os dias, geralmente depois do treino. Hoje tenho um desempenho diferente nas atividades”, explica Giovanne Alves, praticante de jiu-jitsu. O advogado ainda conta que, apesar do consumo diário, a whey não é consumida para substituir refeições: “geralmente consumo com outros produtos e não substituo por refeições. Consumo por questões de desenvolvimento muscular e não por dieta”, diz Giovanne.

O consumo do produto é ainda maior pelo designer Rodrigo Colaço. Apesar de se sentir saciado com o consumo do produto, Rodrigo faz uso de whey quatro vezes em um só dia. “Faço o uso de whey no pré-treino (café da manhã), depois de me exercitar, no lanche da tarde (por volta das 16h, entre o almoço e o jantar) e antes de dormir. No café da manhã, consumo com leite integral. Nos outros horários, misturo somente com água”, explica Colaço. O designer ainda comenta que, antes da primeira compra, procurou se informar a respeito do produto. “Primeiro ouvi falar a respeito, depois resolvi fazer pesquisas por conta própria na internet e, por último, resolvi procurar me informar com profissionais. Agora, estou à procura de um nutricionista esportivo”, diz.

PALAVRA DA ESPECIALISTA – Segundo a nutricionista Izabel Oliveira, a proteína do soro do leite tem, sim, seu valor nutritivo, mas não deve ser consumida como uma fórmula mágica de emagrecimento ou de ganho de massa magra. “A whey protein tem alto valor biológico e nosso organismo consegue aproveitar quase tudo que ela nos dá, mas sozinha, ela não traz saciedade ao organismo”, explica Izabel. “Geralmente, quem consome não tem tempo de fazer uma refeição completa. Nesses casos, o ideal é consumir a whey com algum outro produto, como farelo de aveia”, sugere a nutricionista.

Caso a dieta não seja modificada, o indivíduo pode sofrer as consequências contrárias, como é o caso de Bruno Pimentel. O publicitário explica que parou de consumir a proteína porque começou a engordar e teve seu rendimento comprometido na corrida, atividade física que costuma praticar. "Tomei whey entre 2011 e 2012 e não tive acompanhamento médico. Consultei rapidamente a nutricionista da empresa, mas não chegou a ser um acompanhamento oficial. Como não mudei minha alimentação, comecei a ganhar peso e senti que meu rendimento nas corridas diminuiu. Por isso, resolvi parar e agora sinto que meu desempenho está melhor", explica Bruno. Confira no vídeo o que a nutricionista explica sobre a necessidade de ajustes da dieta para o consumo adequado de whey protein:

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A respeito da substituição de refeições pela proteína do leite, Izabel alerta: “não é interessante consumir whey para substituir uma refeição, nem mesmo fazer uso de shakes de emagrecimento. Esses são produtos industrializados e com corantes e não são fonte de todos os nutrientes que o organismo precisa. Por isso, não devem ser consumidos em excesso. O ideal mesmo é comer, mastigar os alimentos e saber o que você precisa colocar no prato, tanto para se sentir saciado quanto para absorver todos os nutrientes necessários para o corpo”, finaliza.

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