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O primeiro incidente técnico deste ano no Teatro Municipal de São Paulo aconteceu durante a ópera Aida, em agosto - a primeira montagem comandada por John Neschling como diretor artístico da casa. E já naquela época, mesmo antes que nova falha interrompesse, no domingo, 15, récita de Don Giovanni, foi aventada pela direção do teatro a hipótese de sabotagem.

Tanto José Luiz Herencia, presidente da Fundação Teatro Municipal, quanto John Neschling, não podem se pronunciar publicamente sobre o ocorrido, pois estão citados na sindicância instaurada pela Prefeitura para investigar o ocorrido - e, por conta disso, os pedidos de entrevista foram direcionados para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Mas funcionários ouvidos pela reportagem, com a condição de não serem identificados, afirmaram ontem, 17, que o episódio de domingo apenas confirmou a suspeita nascida em agosto.

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Para um deles, é difícil acreditar na teoria de simples coincidência, uma vez que, nos dois casos, as falhas técnicas estiveram associadas a elementos fundamentais das produções - ou seja, o suposto sabotador sabia exatamente onde agir. Na Aida, o uso do elevador era parte fundamental da concepção visual do espetáculo, assim como Don Giovanni aposta em efeitos de luz. Por outro lado, as falhas poderiam ter ocorrido justamente por conta do "uso excessivo" desses elementos.

A suspeita de sabotagem sugere a existência de desentendimentos internos entre a nova equipe comandada pelo maestro Neschling, que assumiu a direção artística em janeiro, e funcionários de antigas gestões - e traz para o plano real discussões que, até agora, vinham povoando redes sociais, onde as falhas técnicas são atribuídas à contratação de novos funcionários, que não estariam familiarizados com a função e o funcionamento do Municipal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem se apresentar desde fevereiro por causa de problemas de saúde, Nelson Freire volta aos palcos na noite desta sexta-feira (28), em concerto no Teatro Municipal do Rio. O pianista teve de cancelar uma série de datas na Europa, mas, sentindo-se melhor, toca com a Orquestra Petrobrás Sinfônica (Opes), sob a regência de Isaac Karabtchevsky. Fará o Concerto para Piano e Orquestra em Lá Menor (op.54), de Schumann.

"O concerto de Schumann é um de meus preferidos, entre os mais perfeitos escritos para o piano. A última vez que o toquei foi em fevereiro, na sala do Royal Concertgebouw de Amsterdã. Tenho concertos nos Estados Unidos e no Canadá em novembro", disse, em entrevista sucinta dada por e-mail ao Estado. Sua agenda tem datas fechadas até 2016.

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Sempre reservado, o principal nome do piano brasileiro prefere não entrar em detalhes sobre os motivos que o levaram a se afastar brevemente dos palcos. A última apresentação antes da pausa tinha sido em Colônia, na Alemanha, para uma gravação de Chopin que sairá pela Decca. Desde então, no entanto, não deixou de praticar. E o marco da retomada é o concerto com a Opes. O programa será aberto com Beethoven.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Criado para receber companhias e astros estrangeiros, o Teatro Municipal foi inaugurado em 1911 sem que tivesse uma orquestra, um coral ou um corpo de baile. A passagem dos anos serviu para corrigir essa falha: a casa lírica há muito deixou de ser mera sala de apresentações, para se transformar em centro produtor de espetáculos. Até agora, porém, não havia um espaço destinado a esses músicos e bailarinos. Nem aos ensaios de suas criações. Tampouco às escolas de música e dança que surgiram ligadas à instituição.

Trata-se de uma lacuna que a inauguração da Praça das Artes começa a suprir nesta quarta-feira. Com cerca de 28.500 m², o complexo fica logo atrás do Teatro e ocupa todo o quarteirão formado pelas Ruas Conselheiro Crispiniano, Formosa, Avenida São João e Praça Ramos de Azevedo.

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Nessa primeira fase, serão entregues espaços reservados às Escolas de Dança e de Música, o Conservatório Dramático e Musical, edifício centenário que foi restaurado, e um estacionamento para 200 veículos. "Nunca alunos e profissionais do Teatro dividiram um mesmo espaço. Acredito que isso irá criar uma nova dinâmica", diz o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil.

Na segunda etapa, que deve levar pelo menos mais um ano para ser concluída, serão abertos os prédios que irão abrigar os corpos artísticos do Municipal, ou seja, Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade, Coral Lírico, Coral Paulistano e Quarteto de Cordas.

Orçado em R$ 136 milhões, o conjunto arquitetônico prevê ainda a construção de uma área ao ar livre, com abertura para o Vale do Anhangabaú, que receberá o monumento em homenagem ao compositor Giuseppe Verdi, que estava instalado próximo do Municipal, além de um bar e um jardim.

A expectativa da Secretaria de Cultura é que a Praça das Artes marque uma nova fase para o Teatro. "A construção de um anexo para o Municipal é uma ambição de mais de 30 anos", observa Calil. Ao transferir os ensaios de óperas e concertos para as novas dependências - que reproduzem as medidas e a acústica do teatro -, espera-se ainda desobstruir a pauta do Municipal. O que tornaria possível ampliar sua capacidade de receber montagens.

Uma nova fase para o Teatro poderia irradiar-se também para seu entorno. Pretende-se que a construção do complexo, realizada com recursos do Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano), sirva como impulso para a recuperação da região central. "A praça pode funcionar como um eixo de revitalização para o centro", crê o secretário. Intervenção urbanística de vulto, o projeto, idealizado pelo arquiteto Marcos Cartum, foi desenvolvido pelo escritório Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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