Tópicos | Nelson Freire

Morreu na madrugada desta segunda-feira (1º) o pianista Nelson Freire, aos 77 anos. Ele estava em sua casa, no Rio de Janeiro, e as causas ainda não foram reveladas. A notícia foi divulgada por diversos veículos, com a confirmação atribuída à empresária do artista.

O site da rádio France Musique, especializada em música clássica, que pertence à rede pública Rádio França, noticiou que “é um monumento, um monstro sagrado do piano que nos deixa”. 

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“Com ele, uma extravagância incomum no teclado se extingue, misturada com uma rara sensibilidade e expressividade”, destacou a France Musique.

Mineiro de Boa Esperança, Freire começou a tocar piano aos três anos. O talento fez a família se mudar para o Rio de Janeiro, onde ele pudesse aprimorar os estudos. Aos 12 anos, foi finalista do Primeiro Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro e ganhou uma bolsa de estudos na Europa, se mudando para Viena em 1959, onde estudou com o pianista Bruno Seidlhofer.

Com diversas premiações, Nelson Freire trilhou uma brilhante carreira internacional, tendo se apresentado em mais de 70 países, com orquestras como as filarmônicas de Berlim, Londres, Nova York e Israel, a Orquestra Real do Concertgebouw de Amsterdam, a Gewandhaus de Leipzig e as Orquestras de Munique, Paris, Tóquio, São Petersburgo, Viena, Boston, Filadélfia, Cleveland, Los Angeles, Chicago e Montreal.

Em sua extensa discografia, estão gravações desde Chopin, feita aos 12 anos, passando por Schumann, Brahms, Liszt, Grieg, Tchaikovsky e Villa-Lobos. Na década de 1980, ao lado da pianista argentina Martha Argerich, gravou obras de Rachmaninoff, Lutoslawski e Ravel, além das Bachianas Brasileiras número 3, de Villa-Lobos, com a Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Isaac Karabtchevsky.

Segundo o Instituto Piano Brasileiro, Nelson Freire é o único artista do país incluído no projeto Great Pianists of the XXth Century (Grandes pianistas do século XX, em tradução livre), uma coleção de 200 CDs lançados pela Phillips.

Já nos anos 2000, lançou álbuns com gravações dos Estudos e Noturnos de Chopin; seleções de obras de Liszt, Schumann, Beethoven, Bach e Debussy; e dois Concertos de Brahms, gravados com a Orquestra Gewandhaus, de Leipzig, sob regência de Ricardo Chailly. O álbum recebeu o prêmio de melhor disco do ano, pela revista Gramophone, de Londres.

Em 2012, Freire lançou o álbum Brasileiro, com obras de compositores como Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Lorenzo Fernandez, Henrique Oswald, Alexandre Levy, Barrozo Netto, Claudio Santoro e Francisco Mignone, sendo vencedor do Grammy Latino.

Sua trajetória artística foi registrada pelo pelo cineasta João Moreira Salles, em 2003, no documentário Nelson Freire.

Às vésperas de completar 70 anos e com uma nova coletânea dedicada a gravações feitas nos anos 60 e 70, poderia se imaginar que este é um momento de balanço para Nelson Freire. Mas o pianista logo rechaça qualquer resquício de nostalgia. "Estou preocupado em ir para a frente", diz. E, depois de um primeiro semestre repleto de recitais na Inglaterra, Alemanha, Rússia, no Japão, em Cingapura e na Austrália, ele se prepara agora para embarcar em uma turnê latino-americana com a Philharmonia Orchestra e, além da coletânea Radio Days, leva na bagagem outros quatro projetos discográficos.

Freire e orquestra, regida por Vladimir Ashkenazy, passam pelo Brasil nos dias 15 e 16 (Sala São Paulo) e 17 (Municipal do Rio), para concertos que integram a temporada do Mozarteum Brasileiro. Vão interpretar o Concerto nº 5 - Imperador, de Beethoven, obra que está no recém-lançado disco em que ele atua ao lado da orquestra do Gewandhaus de Leipzig e o maestro Riccardo Chailly (o CD tem ainda a Sonata Op.111 do compositor). O mesmo selo Decca acaba de lançar Radio Days e de incluir o registro de Freire e Martha Argerich da suíte para dois pianos de Rachmaninov em uma caixa com toda a obra do autor. Também para a Decca, Freire gravou, na Alemanha, o Concerto nº 2 de Chopin (o lançamento mundial será em janeiro mas, segundo o site da gravadora, a previsão é de que o disco chegue ainda este ano ao Brasil). E, pelo selo Biscoito Fino, será lançado um concerto feito pelo pianista em 1966 na Sala Cecília Meireles, no Rio, transmitido na época pelo rádio.

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Freire conta que o disco dedicado a Beethoven abre uma série que terá os cinco concertos para o compositor - o próximo a ser lançado será o quarto. Ele tinha dúvidas sobre se era pianista "para um projeto desses". Mas ajudou o fato de que as gravações seriam feitas com Chailly, com quem ele já registrou os dois concertos de Brahms. "É um músico fantástico, passa uma boa vibração", diz o pianista. Outro dado que o convenceu: as gravações seriam ao vivo. "Eles registram os concertos e os ensaios e depois fazem a edição. Ao vivo, a chance de perder o prazer de tocar e de ouvir é menor. Eu não participo disso, não participo de nada. Se eu for ouvir, não deixo lançar", diz, rindo.

Mas, para Radio Days, ele teve que voltar às gravações antigas para escolher os registros que entrariam no disco. "Com esse material, não tenho problema, gosto de ouvir. Até porque não há muito o que fazer e, sendo concertos ao vivo, a preocupação com o perfeccionismo não é tão importante." Entre os registros selecionados, está um concerto de Tchaikovski com Kurt Masur, na França; o concerto nº 2 de Liszt com Eleazar de Carvalho na Alemanha; e um terceiro de Rachmaninoff com David Zinmann e a Filarmônica de Roterdã.

"Fiquei só com pena porque não pudemos incluir uma gravação minha com o maestro Rafael Kubelik. Ele era um cara simpático, mas os herdeiros não deixaram." O disco da Biscoito Fino terá o concerto de Grieg e o nº 1 de Liszt. "É especial porque a regência era do Alceo Bocchino e, naquele dia, tinha muita gente querida na plateia, a Guiomar Novaes, meus pais, a minha professora Lucia Branco."

Freire se diz contente em poder se aprofundar nos concertos de Beethoven. "Deus me livre dizer para mim mesmo que cheguei a um patamar de excelência. É fundamental seguir aprendendo. Toco o concerto nº 5, por exemplo, desde os 11 anos e, trabalhando para a gravação, percebo que renasceu para mim", explica. Com a Sonata Op. 111, a relação foi conflituosa. "Toquei pela primeira vez recentemente, na Itália, depois a gravei em Berlim. No começo do ano, coloquei num recital em São Paulo, mas não gostei do resultado. Fiquei chateado e pensando se não era o caso de tirá-la do programa dos recitais que faria em seguida na Europa, em Londres e Berlim. Mas, no dia seguinte, resolvi que não ia parar no meio do caminho. E foi bom ter insistido. Na minha idade, poder aprender algo novo é incrível."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde 2004 o MIMO leva ao público diversas apresentações musicais e filmes - sempre ligadas à temática musical. A edição deste ano de 2013 já passou por Paraty, Ouro Preto e chegou na noite desta quinta (5) em Olinda com a apresentação do pianista Nelson Freire. Nesta sexta (6) os shows começam com o Duo Milewski & Fortuna e ainda tem espetáculos do cubano Omar Sosa e dos franceses da banda Nouvelle Vague

Conheça a programação completa:

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Sex (6)

18h - Duo Milewski & Fortuna (Brasil) - Mosteiro São Bento

19h - Omar Sosa (Cuba) - Seminário de Olinda

20h30 - Stefano Bollani & Hamilton de Holanda (Itália/Brasil) - Igreja da Sé

22h30 -Juliano Holanda (Brasil) - Palco Praça do Carmo

00h30 - Nouvelle Vague (França) - Palco Praça do Carmo

 

Cinema

DESAGRADÁVEL

OLINDA | TENDA MERCADO DA RIBEIRA  20H

DOCUMENTÁRIO |120 MIN |2013 |SÃO PAULO |12 ANOS 

SANGUE E ROSA

OLINDA | TENDA MERCADO DA RIBEIRA 20H

ANIMAÇÃO | 15 MIN | 2013 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM | LIVRE

EU SOU O CORAÇÃO DO CARNAVAL

OLINDA | PÁTIO DO SEMINÁRIO DE OLINDA 18H

DOCUMENTÁRIO | 25 MIN | 2013 | SÃO PAULO | 10 ANOS

FORMIGA COME DO QUE CARREGA

OLINDA | PÁTIO DO SEMINÁRIO DE OLINDA 18H

DOCUMENTÁRIO | 25 MIN | 2013 | SÃO PAULO | LIVRE

JARDS 

OLINDA | PÁTIO IGREJA DA SÉ 19H

DOCUMENTÁRIO | 93 MIN | 2012 |SÃO PAULO |LIVRE

MARCELO YUKA - NO CAMINHO DAS SETAS

OLINDA | TENDA MERCADO DA RIBEIRA 18H

DOCUMENTÁRIO | 95MIN | 2012 | RIO DE JANEIRO | 12 ANOS

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Na edição comemorativa de dez anos da Mostra Internacional de Música em Olinda, agora Movimento Mimo, o concertista mineiro Nelson Freire abriu a primeira noite de concertos do festival. Em 2004, o 'pianista dos pianistas' superlotou a igreja da Sé, a mesma catedral em que apresentou seu concerto na noite da quinta (6) e que também atraiu muita gente. O movimento Mimo, mostra intinerante, já passou pelas cidades de Paraty e Ouro Preto, e agora, chega à Olinda.

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Nelson Freire apresentou 13 peças durante o concerto: duas de Bach, sete de Brahms, três de Chopin e uma de Enrique Granado (Goyescas). Em destaque, as duas corais bachianas Eu vos invoco, Senhor e Jesus, Alegria dos homens; a famosa Polonaise Op. 53 (Heroica), de Chopin; o Capricho em Ré Menor e o Intermezzo em Mi Maior, opus 116, de Brahms. A peça de De Goyescas escolhida foi La maja e El ruiseñor.

Com 60 anos de carreira, recitais e concertos em mais de 50 países e vasta coleção de prêmios, Nelson tem o reconhecimento unânime da crítica internacional como um dos maiores nomes do piano no mundo, tendo tocado com os maiores regentes e nas mais importantes salas e teatros. Na apresentação na igreja da Sé, o concertista encantou o público que foi conferir a sensibilidade e musicalidade do pianista.

A programação desta primeira noite de concertos do Mimo contou ainda com a apresentação do trio Electric Epic composto por Philippe Bussonet (baixo elétrico), Jim Grandcamp (guitarra) e Yoann Serra (bateria e sampler), que acompanha o saxofonista Guillaume Guillaume Perret, o qual por motivo de saúde não pode se apresentar no festival. A noite seguiu com a apresentação do concertista Ibrahim Maalouf, na Praça do Carmo.

Além dos concertos, a programação do Mimo conta com o Festival Mimo de Cinema, que contou com curtas e longas-metragens: Siba - Nos Balés da Tormenta, Tropicália, Boi Fantasma, Dom Salvador - Endless Soul, Confete e Pernamcubanos - O Caribe Que Nos Une. O casal de estudantes Ana Beatriz e Paulo Henrique, que já foram em outras edições do festival, conferiu a primeira noite de abertura."Eu venho pela música e é a primeira vez que venho para ver os filmes. Acho legal a ideia do cinema ao ar livre", comentou Paulo Henrique. O casal ainda vai conferir os outros dias da programação." O evento é muito importante pra Olinda, cidade que se movimenta mais durante o carnaval. O festival atrai muita gente", contou Ana Beatriz.

O Mimo segue até o domingo (8) e conta com muitas atrações. Ainda se apresentam durante o festival o duo Duo Milewski & Fortuna (Brasil), Omar Sosa (Cuba), Juliano Holanda (Brasil), a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Raul de Souza (Brasil), Jards Macalé (Brasil), Gilberto Gil & Orquestra de Sopros da Pro Arte (Brasil), entre outras atrações.

A décima edição do festival internacional de música – MIMO - que começou nesta quarta (4) com a Etapa Educativa, abre sua temporada de concertos nesta quinta (5) com o show do pianista Nelson Freire, às 20h30, na Igreja da Sé, em Olinda. Até o domingo (8), o centro histórico receberá vários shows como Gilberto Gil e Jards Macalé – além das exibições de filmes nas praças públicas, igrejas, teatros e capelas seculares. . 

Pela segunda vez no festival MIMO, o pianista Nelson Freire apresentará canções de Bach, Brahms, Chopin e o espanhol Enrique Granados, com ênfase no segundo e no terceiro. Eu vos invoco, Senhor, Jesus, alegria dos homens, Capricho em ré menor e o Intermezzo em mi maior do Opus 116, Balada em sol menor do Op. 118 e as Quatro peças, Op. 119, são algumas das canções que fazem parte do repertório de Nelson.

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Com 60 anos de carreira, recitais e concertos em mais de 50 países, Nelson Freire tem o reconhecimento unânime da crítica internacional como um dos maiores nomes do piano no mundo, tendo tocado com os maiores regentes e nas mais importantes salas e teatros. Lançou recentemente o CD Brasileiro - Villa-Lobos & Friends, pela Decca Records.

O concerto é gratuito e as senhas serão distribuídas, às 18h, na Biblioteca Pública de Olinda, localizada no Bairro do Carmo, em Olinda.

Serviço

Concerto Nelson Freire

Quinta (5) l 20h30

Igreja da Sé (Olinda)

 

Sem se apresentar desde fevereiro por causa de problemas de saúde, Nelson Freire volta aos palcos na noite desta sexta-feira (28), em concerto no Teatro Municipal do Rio. O pianista teve de cancelar uma série de datas na Europa, mas, sentindo-se melhor, toca com a Orquestra Petrobrás Sinfônica (Opes), sob a regência de Isaac Karabtchevsky. Fará o Concerto para Piano e Orquestra em Lá Menor (op.54), de Schumann.

"O concerto de Schumann é um de meus preferidos, entre os mais perfeitos escritos para o piano. A última vez que o toquei foi em fevereiro, na sala do Royal Concertgebouw de Amsterdã. Tenho concertos nos Estados Unidos e no Canadá em novembro", disse, em entrevista sucinta dada por e-mail ao Estado. Sua agenda tem datas fechadas até 2016.

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Sempre reservado, o principal nome do piano brasileiro prefere não entrar em detalhes sobre os motivos que o levaram a se afastar brevemente dos palcos. A última apresentação antes da pausa tinha sido em Colônia, na Alemanha, para uma gravação de Chopin que sairá pela Decca. Desde então, no entanto, não deixou de praticar. E o marco da retomada é o concerto com a Opes. O programa será aberto com Beethoven.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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