Banidos de muitas faculdades do Brasil, os trotes universitários representam, quase sempre, uma “mancha sangrenta” em instituições de ensino superior. Quem vai entrar na faculdade ou já saiu dela pode relacioná-los automaticamente a violências e até mesmo mortes. Quem teve experiências recentes, porém, pode lembrar dos “trotes solidários” como atividades positivas de integração no grupo.
Instituições de ensino superior costumam incentivar os chamados trotes solidários em prol de instituições carentes. Em alguns casos, arrecadação de brinquedos e até mesmo de cabelo é praticada. Veja exemplos ao redor do país:
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Semestralmente, o Grupo Ser Educacional (instituição mantenedora de faculdades como UNINASSAU, Uninabuco, UNG, Unama e Univeritas) realiza o trote solidário convocando alunos recém-aprovados nas IES para doar brinquedos e até mesmo alimentos para órgãos de caridade. Em apenas uma ação no ano de 2017, mais de 100 quilos de comida foram doados à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Feira de Santana, tudo proveniente de alunos recém-ingressos na instituição.
Corte de cabelo
Na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, os calouros podem doar seus cabelos por meio de outro trote. As doações serão repassadas a instituições responsáveis pela produção de perucas destinadas a pessoas com câncer.
Distribuição de presentes
Alunos que ingressam na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) costumam ser recebidos pelo Trote da Cidadania, que, segundo a instituição, tem como objetivo integrar os novos graduandos e conscientizá-los da importância do seu potencial transformador na sociedade. Em 2017, uma das formas de promoção da sustentabilidade foi a distribuição de canecas para todos os alunos, poupando, assim, o consumo de copos plásticos.
Doação de medula óssea
O trote do bem da Universidade Federal de Sergipe em 2017 fez com que mais de 250 alunos recém-ingressos na instituição se registrassem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Com uma simples coleta de sangue, os estudantes poderiam mudar a vida de algum paciente que precisasse de cuidados em todo o País.
Trote verde
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) já foi conhecida por realizar o “trote verde”, que constituia na distribuição de mudas de planta para estudantes que tinham acabado de entrar na instituição. Além dos benefícios à natureza, acompanhar o crescimento de uma árvore ao longo da graduação é uma bela metáfora sobre a evolução da vida acadêmica.