Tópicos | trote

A Faculdade de Engenharia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Guaratinguetá, interior de São Paulo, expulsou quatro alunos que teriam aplicado um trote violento contra uma universitária de 21 anos. Em decorrência, a estudante chegou a entrar em coma e ficou internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outros quatro estudantes foram suspensos por 120 dias e um nono investigado recebeu suspensão de 45 dias. Um inquérito aberto pela Polícia Civil também apura o caso. Os estudantes não tiveram os nomes divulgados, o que impossibilitou o contato com suas defesas.

O trote aconteceu em julho de 2023, mas a comunicação das punições dos envolvidos foi feita no último dia 2, através de rede social oficial da instituição, após o encerramento do processo administrativo que apurou o caso. A expulsão dos quatro alunos foi formalizada por meio de publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, já que se trata de instituição pública.

##RECOMENDA##

Segundo a nota divulgada pela faculdade em sua página no Instagram, as apurações de âmbito administrativo se detiveram em duas repúblicas, uma em que o trote teve início e outra onde teve "seu gravíssimo desfecho". Quatro comissões adicionais serão instituídas para apurar o ocorrido em outras repúblicas citadas em denúncia registrada na Ouvidoria Geral.

Conforme a instituição, no âmbito policial, um inquérito apura o crime de lesão corporal de natureza grave atribuída a sete alunos que teriam participado do trote. Atendendo a pedido do 2º Distrito Policial de Guaratinguetá, onde o caso é apurado, a Unesp repassou à investigação as fichas contendo qualificação e fotos dos sete alunos. "Cumpre-nos ainda ressaltar que o processo policial é totalmente distinto do nosso processo disciplinar, de tal modo que suas sentenças, efeitos e decisões são independentes", disse.

Dos sete acusados, cinco foram indiciados e o caso segue em apuração, de acordo com a Polícia Civil. A faculdade informou que serão criadas campanhas permanentes de conscientização e combate ao trote e um memorial de vítimas do trote, "ações essas que devem ficar a cargo da Comissão Local de Direitos Humanos".

Como aconteceu o trote

O trote aconteceu no dia 4 de julho, quando a aluna do curso de Engenharia Civil foi obrigada a cumprir um elenco de obrigações impostas pelos veteranos, em suas repúblicas. Entre as tarefas estava fazer algumas séries de flexões e, quando não cumpridas integralmente, ela era obrigada a consumir bebidas alcoólicas, misturadas com mostarda, sal, vinagre e pimenta.

A jovem passou mal, foi levada de ambulância a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde foi transferida para a Santa Casa de Guaratinguetá. A estudante chegou a ser entubada devido ao estado grave. Após cinco dias de internação, quatro em UTI, ela recebeu alta, deixou a universidade e denunciou a violência.C

Um estudante universitário ficou ferido após ser vítima de um trote violento realizado por alunos de uma Universidade em Campinas, no interior de São Paulo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro à vítima , que foi levada ao hospital com perfurações do tórax. 

De acordo com uma TV local, testemunhas relataram que o jovem é calouro da Universidade Mackenzie. Ainda segundo o veículo, o estudante teria sido pisoteado por estudantes veteranos da instituição, o que resultou na quebra de algumas costelas aluno novato.

##RECOMENDA##

Sem queixa, sem crime

A Guarda Municipal de Campinas afirmou que a vítima, que não teve nome e idade divulgados, não quis abrir Boletim de Ocorrência, alegando que os ferimentos não foram intencionais.

A Polícia Civil investiga um trote que teria deixado em coma um estudante de Engenharia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais. O estudante foi socorrido e, de acordo com familiares, o médico teria apontado indícios de abuso sexual. 

"Ele bebeu copos americanos, três copos americanos, cheios de cachaça, de pinga. Três copos americanos cheios de molho com óleo, molho de pimenta com molho shoyu. Eles deram um banho nele com balde de água gelada com pó de café. Apagou após o banho gelado e entrou em coma", relatou a mãe Regina Araújo ao Jornal Nacional

##RECOMENDA##

Ayrton Almeida é natural do Maranhão e voltou para casa após receber alta do hospital. Ele deu entrada na UPA com sintomas de embriaguez e o próprio médico acionou a Polícia por conta do seu estado grave. 

O boletim de ocorrência consta que o estudante foi socorrido por colegas e que um deles confirmou o consumo de bebida alcoólica. Em seguida, ele foi encaminhado à Santa Casa da cidade, onde foi intubado. Ayrton passou 16 dias internado, sendo oito na UTI. 

A mãe do aluno conta que o filho enfrentou meses da "batalha", período em que os calouros passam por testes, tarefas e desafios para provar que merecem ficar em uma das repúblicas. Ayrton estava na República Sinagoga e teve a aprovação coroada com uma festa, a qual saiu em coma. 

“Eu não consigo mais voltar a falar. Até porque não vai ser confortável para mim, tanto emocionalmente como fisicamente. A gente é obrigado a passar por cada humilhação, e eles acham normal, eles normalizam. Fiquei decepcionado, e também decepcionado pela gestão. Eu quero que a UFOP tome atitudes, providências. Eu quero justiça. Não é o primeiro caso, são vários casos”, contou o estudante de engenharia.  

De volta ao Maranhão, ele trancou a matrícula e, segundo familiares, sofre com crise de ansiedade, queda de cabelo, problema cardíaco e perda de movimento de um pé. 

A República Sinagoga não reconhece os fatos narrados pela família do estudante e reforça que prestou todo apoio. A UFOP instaurou uma comissão disciplinar e encaminhou o jovem para acompanhamento. A instituição ainda reiterou que o trote pode levar a advertência, suspensão ou desligamento dos estudantes envolvidos.

Passar trote para a Polícia Militar ou bombeiros vai custar caro a partir de agora. Nesta quinta-feira (11), o governador Rodrigo Garcia assinou decreto que regulamenta a aplicação de multa para quem fizer uma ligação telefônica na tentativa de enganar os profissionais. O valor é superior a R$ 2 mil.

"Nós temos uma estrutura montada para atender à população de São Paulo voltada às ocorrências do Estado e não é possível conviver com quase 7,11% de trotes que são dados todos os dias, desviando as forças policiais para algo que não existe", afirmou Garcia, citando o Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Copom) e o Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom).

##RECOMENDA##

Segundo o governo, o decreto regulamenta a Lei 14.738/2012, que possibilita a aplicação de multa no valor de R$ 2.148,70 a quem aplicar trote aos centros. "A quantia é referente a 67,21 Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESP), que atualmente equivale a R$ 31,97 cada. Os valores arrecadados serão destinados ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública (FISP)", disse em nota.

A punição administrativa na área civil serve para evitar que os trotes atrapalhem o trabalho da polícia e bombeiros. "Infelizmente, isso é muito comum. Só para se ter uma ideia, diariamente, em todo Estado, são 55 mil chamadas para o número 190 e em torno de 3.800 são trotes", explica o Major PM Carlos Marques.

Ele reforça que todas as ligações são atendidas e muitas vezes o trote é constatado logo de cara. "Tem vezes que se percebe rapidamente, tem gente que liga dando cantadas. Mas outras são notícias falsas de emergência, que são tão bem elaboradas que fazem com que nosso atendente acredite que é verdadeira", diz.

Nestes casos, a equipe vai até o local e detecta que era uma falsa informação. "Gastamos minutos ou até horas com uma ligação dessas quando poderíamos estar atendendo outras chamadas. Algumas vezes a intenção é desviar o foco, para que possam cometer o delito em outro lugar", afirma.

Ele reforça que o novo decreto prevê a possibilidade de a PM fazer contato com as operadoras de telefonia para pegar os dados cadastrais da ligação. Os valores arrecadados com as multas irão para o fundo. "A destinação dos recursos já está fixada. Parte vai para a modernização dos centros de operações e 20% vai para o programa de redução de trotes", conta.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) avisa que será considerado trote "acionar o Copom ou Cobom de modo indevido, ilícito, desnecessário, ou que possa acarretar perturbação, suspensão ou atraso na prestação de serviço público". Nestes casos, o policial vai preencher um Auto de Infração por Trote Telefônico, documento que será analisado e poderá gerar uma instauração de processo administrativo para aplicação da multa.

"Os policiais poderão solicitar para as empresas de telefonia informações do responsável pela linha telefônica. Durante o curso do processo, o autor pode solicitar o acesso da ligação, que ficará gravada e armazenada, e poderá se defender com apresentação de provas. Após a decisão, caberá apenas um recurso por escrito, uma única vez, no prazo de 15 dias", diz a SSP, lembrando que a multa deverá ser paga em 30 dias.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiu afastar preventivamente por 30 dias (prazo que pode ser prorrogado) os 25 estudantes suspeitos de aplicarem trotes violentos contra cerca de 20 calouros do curso de Medicina Veterinária, no câmpus de Palotina, no interior do Estado. Os universitários são suspeitos de terem jogado um líquido - supostamente creolina - nos corpos dos calouros e provocarem queimaduras durante a noite de 30 de março.

Muitos dos novatos foram levados para hospitais e estão recebendo acompanhamento médico e psicológico da UFPR. O objetivo do afastamento, de acordo com a instituição, é o de manter lisura no processo administrativo que investiga as ações. A polícia também está acompanhando o caso.

##RECOMENDA##

Na semana passada, a Polícia Civil chegou a prender quatro veteranos, porém, três deles pagaram fiança e foram soltos. Uma estudante continua detida.

Em vídeo divulgado nesta terça-feira, 5, o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, voltou a condenar o trote violento. "Vamos acabar de uma vez por todas, daqui para o futuro, com situações de violência na recepção dos estudantes", disse o reitor.

Ao menos três dos quatro estudantes da Universidade Federal do Paraná acusados de constrangimento ilegal e lesão corporal durante trote violento deixaram a prisão nessa sexta-feira (1º), após cada um pagar fiança de R$ 10 mil. O caso aconteceu na quarta-feira (30), com alunos do curso de Medicina Veterinária, no campus Palotina, no oeste do Estado. Em nota divulgada no site oficial da instituição, a UFPR informou que "está dedicada na apuração rigorosa para a punição dos autores envolvidos". Cerca de 20 estudantes sofreram queimaduras graves na região das costas.

Os suspeitos foram presos em flagrante. De acordo com informações confirmadas pelo Estadão, se trata de uma mulher de 23 anos e três homens de 21. Durante o trote, os acusados teriam jogado um produto nos corpos das vítimas, o que teria ocasionado as queimaduras. No terreno baldio, localizado a 100 metros da entrada do campus, foram encontradas garrafas com creolina, mas ainda não foi certificado se esta foi a substância utilizada.

##RECOMENDA##

Nessa sexta-feira as vítimas realizaram corpo de delito no IML. Conforme nota da UFPR, os jovens foram acompanhados por "psicólogos e assistentes sociais da universidade acompanharam os estudantes". Ainda segundo o comunicado da instituição, a partir da segunda-feira (4), os alunos lesionados devem iniciar um tratamento dermatológico. Eles sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus.

A Polícia Civil do Paraná está investigando o caso e nos próximos dias deve apurar se houve os crimes de tortura e cárcere privado. "A instituição ainda incentiva e estimula o combate e a denúncia de atitudes agressivas e discriminatórias", reafirmou a universidade em nota.

A reportagem do Estadão não conseguiu contato com as defesas dos acusados. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

"A Universidade Federal do Paraná (UFPR) está extremamente mobilizada e atenta aos desdobramentos do lamentável e chocante episódio ocorrido com seus estudantes na última quarta-feira (30), em Palotina. Neste momento, o atendimento e o acolhimento das vítimas são prioridades da instituição.

Nesta sexta-feira (1º), psicólogos e assistentes sociais da universidade acompanharam os estudantes nos exames de corpo de delito, realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). No início da próxima semana, médicos dermatologistas, docentes do Campus Toledo da UFPR, iniciarão atendimentos individualizados com as vítimas para o tratamento mais adequado das lesões. A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) está em contato com os familiares dos alunos para orientações, esclarecimentos e acolhimento.

A UFPR também está dedicada na apuração rigorosa para a punição dos autores envolvidos e salienta que não tolera nenhum tipo de violência, seja ela física, verbal ou simbólica.

A universidade adota a posição institucional do trote sem violência e, desde 2017, promove campanhas anuais de conscientização dos alunos no sentido de que a recepção dos calouros deve ser um momento de alegria e integração com os veteranos. A instituição ainda incentiva e estimula o combate e a denúncia de atitudes agressivas e discriminatórias.

O estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar denúncia pelo telefone 41-984021131."

Estudantes apresentaram queimaduras, após trote realizado por veteranos do curso de medicina veterinária da Universidade do Paraná (UFPR), campus Palotina. De acordo com a Polícia Civil, cerca de 20 jovens foram feridos e o caso foi registrado na noite da última quarta-feira (30).

Informações preliminares indicam que as queimaduras foram provocadas por um produto ainda não identificado, que estava armazenado em garrafas de creolina. Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Pedro Lucena, relatou que, em um primeiro momento, as vítimas tiveram que pedir dinheiro pelas ruas e, em seguida, foram levados até um terreno baldio, onde, segundo o investigador, tiveram que se ajoelhar. Na ocasião, um produto foi jogado nos calouros.

##RECOMENDA##

As vítimas

Os alunos feridos no trote foram levados ao Hospital Municipal de Palotina. Na unidade de saúde foram constatadas queimaduras de 1º e 2º grau. Dos 21 estudantes socorridos, 20 já receberam alta ainda na quarta-feira. No entanto, uma jovem que inalou o produto não identificado permaneceu em observação e só foi liberada nesta quinta-feira (31).

[@#galeria#@]

Posicionamento da UFPR

Por meio de nota, a UFPR ressaltou que não tolera "nenhum tipo de violência e o episódio infeliz envolvendo calouros em Palotina é um caso isolado". Além disso, a instituição afirma que a direção abriu um processo de apuração do caso.

No comunicado, o reitor Ricardo Marcelo Fonseca se solidarizou com os calouros e familiares e declarou que a UFPR tomará "medidas rigorosas e imediatas medidas de apuração de responsabilidades, na medida que temos tolerância zero com relação ao trote violento e todas as demais formas de violência física, verbal ou mesmo simbólica”.

Confira a nota na íntegra:

"A Universidade Federal do Paraná adota a posição institucional do trote sem violência, na conscientização dos alunos de que a recepção aos calouros deve ser um momento de alegria e integração com os veteranos. A UFPR não tolera nenhum tipo de violência e o episódio infeliz envolvendo calouros em Palotina é um caso isolado. A direção do Setor Palotina já abriu o processo de apuração de responsabilidade sobre esta ação de trote violento que resultou em queimaduras nos calouros.

O Reitor Ricardo Marcelo Fonseca enfatiza: “em primeiro lugar me solidarizo com os calouros e suas famílias, que deveriam estar em um momento de comemoração, alegria e não de dor. Porém, ressalto que a UFPR está indignada e que tomaremos rigorosas e imediatas medidas de apuração de responsabilidades, na medida que temos tolerância zero com relação ao trote violento e todas as demais formas de violência física, verbal ou mesmo simbólica”.

O estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar denúncia pelo telefone 41-984021131 ou por meio dos endereços de e-mail alertatrote@ufpr.br e acolhe.sipad@ufpr.br

As apurações ocorrem desde o dia 21 de novembro. (Reprodução/Whatsapp) 

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) de São Paulo investiga o motivo pelo qual um pênis de borracha foi deixado sobre a mesa de um professor da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na zona norte da capital paulista. As apurações ocorrem desde o dia 21 de novembro, quando, além de colocar o objeto erótico no local, um invasor também jogou água no computador do professor. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

##RECOMENDA##

De acordo com os policiais, o trote seria direcionado ao oficial responsável pelo setor de operações da academia, que, segundo os relatos, não possuía indisposições com os alunos. Depois de localizar o pênis de borracha, a Corregedoria proibiu alunos e funcionários de deixarem o local até esclarecer o ocorrido.

Após horas sem respostas, contudo, os presentes foram liberados. Os materiais envolvidos na ocorrência foram recolhidos e os investigadores tentam localizar digitais nos objetos. Quem for apontado como culpado pelos atos deverá ser desligado do curso de oficiais e, caso já seja policial, poderá ser expulso da corporação.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por unanimidade, nesta quinta-feira, 4, que a lei do Paraná responsável pela proibição de trotes telefônicos direcionados a serviços de emergência é constitucional. A legislação em vigor também exige que as empresas de telefonia compartilhem os dados dos autores das ligações e impõe multa a eles.

O ministro Gilmar Mendes, relator da ação, guiou o entendimento do colegiado ao argumentar que a lei trata de assistência à segurança pública referente ao estado em que foi aprovada, dessa forma, "não afetando de forma relevante as atividades de telecomunicação ou os contratos de concessão de serviços públicos mantidos entre a União e as empresas privadas".

##RECOMENDA##

"A norma se restringe ao compartilhamento de informações cadastrais já existentes no banco de dados das empresas de telefonia para fins de apuração de ilícitos administrativos, o que é plenamente compatível com as normas constitucionais de competência legislativa dos Estados para a auto-organização de seus serviços", afirmou.

A ação foi apresentada pela Associação Nacional das Operadoras de Celulares (Acel) contra o dispositivo da lei que impõe às empresas de telecomunicações a obrigatoriedade de compartilhamento dos dados do autor do trote com as autoridades competentes.

Segundo o decano do Supremo, a suspensão da privacidade dos dados do responsável pela linha telefônica é necessária para assegurar a prestação dos serviços de telefonia, desde que siga o devido processo legal.

Durante o julgamento, houve discordâncias entre os ministros no sentido de que maneira interpretar a lei perante à Constituição. O ministro Kassio Nunes Marques, por exemplo, defendeu que somente deveriam ser fornecidos o nome do titular da linha telefônica e o endereço. As diferenças, no entanto, não interferiram no resultado unânime do julgamento.

Uma mulher identificada apenas como Darci, é responsável por passar 40 mil trotes, em três anos, ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador, Bahia. Os dados foram divulgados pelo médico e coordenador de Urgência e Emergência da capital baiana, Ivan Paiva.

Só em três meses de 2019, Darci foi responsável por 20 mil trotes feitos ao Samu da cidade. Ivan revelou ao Correio que, na época, se reuniu com a mulher e sua advogada, onde ela se comprometeu a não passar mais trote. No entanto, ela voltou a ligar, principalmente durante a pandemia.

##RECOMENDA##

O coordenador confirma que pretende encaminhar um documento ao Ministério Público da Bahia para que o órgão veja a possibilidade de bloquear o número da Darci. 

“O problema é que a gente tem que atender, não tem jeito. Nunca sabemos o que pode ser, até porque houve uma situação real em que ela precisou mesmo ser atendida. Então, a saída é registrar. Nosso sistema não tem uma forma automática de notificação”, disse Paiva ao Correio.

Os atendentes falam que a Darci liga constantemente para falar sobre o seu dia, dizer que está tomando café, ou apenas para escutar o pessoal trabalhando e dormir com o telefone na linha. 

As pessoas que gostam de passar trote devem ficar ciente que podem ser presas, já que passar trote é crime, com pena que varia de um a três anos de prisão.

A jovem promessa da base do Santa Cruz Felipe Cabeleira, que agora "virou" Felipe Simplicio, comentou para a TV Coral que foi o treinador Itamar Schulle quem "deu um prazo" para o jovem cortar os cabelos. A revelação feita no domingo (5) tem recebido, desde então, críticas de parte da torcida coral.

"Professor Itamar me deu um prazo eu achei que ele tava brincando. Vou levar a sério os prazos dele agora. Ai, eu cortei e é Felipe Simplício agora, a gente vai tentar tirar o 'cabeleira'", contou o jovem. 

##RECOMENDA##

Apesar da obrigação, Felipe não escondia que preferia deixar o cabelo como era antes: "vou me adaptando, conforme o visual vai ficando, eu gostei dele, desse estilo que tá agora, não vou mentir e falar que não queria de volta, mas vou tentar me adaptar". 

O tema nas redes sociais rendeu discussões. Para uns, a atitude do treinador é até racista: "Que palhaçada, hein Santa Cruz? Em pleno 2020 técnico exigir corte de cabelo e mudança de nome de jogador. E pior, com o jogador claramente desconfortável com a situação", disse um tricolor. 

"Péssima atitude e ainda colocada em tom de brincadeira. Cortar o cabelo de Felipe não foi brincadeira, foi racismo", afirmou outro. 

"Pensei que tinha sido brincadeira mas foi uma ordem, puta que pariu..."

"É um treinador de FUTEBOL ou o fiscal de uma indústria de alimentos?"

Já outros afirmaram que não viam problema na atitude e que se tratava de um "trote" comum nos clubes.

A freira médica Angela Bipundi, que atua como voluntária no hospital de Villa d'Almè, na província de Bergamo, na Itália, foi vítima de um trote, informou a própria religiosa nesta segunda-feira (13).

O golpista se passou pelo papa Francisco ao telefonar para a médica e parabenizar o trabalho realizado por todos os profissionais de saúde em uma das regiões mais atingidas pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Itália.

##RECOMENDA##

A notícia havia sido confirmada pelo próprio Oratório Almè Papa Giovanni XXIII.

"Descobri que a aquela ligação foi feita de um telefone roubado, do qual partiram outras ligações e mensagens falsas. A voz era igual a dele [do Papa], nos agradeceu a todos, até nos deu uma bênção", disse a religiosa classificando a situação como um caso "gravíssimo".

Bipundi ainda ressaltou que não via a situação como anormal porque o número de telefone não era anônimo, e apareceu na central de ligações do hospital. No entanto, quando a história começou a ganhar as redes sociais e a mídia italiana, a religiosa recebeu uma ligação novamente deste número, em que a pessoa falava ser um "colega de outra Guarda Médica que teve o telefone roubado".

"Ele avisou que estava ligando para todas as chamadas recentes e que encontrou mensagens também de ameaça e imagens estranhas sendo enviadas para várias pessoas", disse a freira, que ressaltou que o dono do celular vai entrar na Justiça para descobrir o que aconteceu.

A religiosa de 47 anos já tem um histórico de atuação em crises médicas, tendo atendido pacientes durante o surto de ebola, em 2018, em seu país natal, a República Democrática do Congo. Nos últimos dias, no entanto, por conta de sua história de ajuda aos mais necessitados, a freira chamou a atenção da mídia local, atraindo dezenas de entrevistas com jornalistas. 

Da Ansa

[@#video#@]

A Unama - Universidade da Amazônia, em parceria com a Fundação Hemopa, realizou, nos dias 19 e 20, de 9 às 16 horas, no Bloco F do campus Alcindo cacela, em Belém, o Trote Solidário com o tema “Neste carnaval ganhe nota 10”. O intuito é acolher os calouros e veteranos e estimular a doação de sangue e o cadastro para doação de medula óssea.

##RECOMENDA##

A coordenadora do curso de Enfermagem da UNAMA, Halessa Pimentel, pensou no Trote Solidário como uma forma de reforçar a importância da doação de sangue. Com a parceira do Hemopa pelo o segundo ano consecutivo, a UNAMA oferece atendimento para alunos, colaboradores e docentes. “Em especial, pensamos em sensibilizar os acadêmicos da área de saúde na responsabilidade e importância de salvar vidas”, afirmou. 

“O curso tem como base a empatia, se colocar no lugar do outro e pensar no que o próximo precisa. Com a oportunidade de ajudar aumentar o estoque do Hemopa, que é baixo na época de carnaval, doar sangue deixa de ser um ato de amor, e vira um ato de cidadania”, disse Laura Menezes, 19, acadêmica de Enfermagem e doadora regular de sangue. 

Lilian Bouth, assistente social do Hemopa, afirma que muitos pacientes das instituições de saúde da cidade, como os hospitais oncológicos, precisam de transfusões. “Muitos deles dependem dos doadores para realizar o tratamento. Então, se o indivíduo corresponde aos requisitos básicos é importante que faça a doação”, declarou.

Para doar sangue é preciso atender a pré-requisitos: estar em boas condições de saúde; pesar mais de 50 kgs; ter idade entre 16 e 69 (jovens com 16 e 17 anos devem comparecer com o responsável legal e documento de identidade original); estar alimentado; não ter usado drogas; não estar grávida ou em período de menstruação; não ter se submetido a exame de endoscopia nos últimos 6 meses; não ter tido dengue há mais de um mês; não ter tido gripe ou febre há menos de sete dias; não ter tido hepatite após 10 anos de idade; não ter estado em área endêmica de malária há menos de um mês; não ter feito tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses.

Também são requisitos que os doadores não tenham sido expostos ao vírus HIV ou passado por situação de risco para infecções sexualmente transmissíveis. Outras condições que podem impedir a doação e deverão ser analisadas individualmente por ocasião da entrevista de triagem.

Os critérios para cadastro medula óssea são outros: ter de 18 a 55 anos; não ter tido nenhum tipo de doença oncológica; estar em bom estado geral de saúde; não apresentar doenças hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso. 

 “Comecei a doar sangue somente quando iniciei o trabalho na Fundação Hemopa. Como várias pessoas sempre achei que doar sangue doía, pensava no tamanho da agulha, mas são apenas mitos envolvendo o ato. É importante explicar que faz bem para o doador e para o receptor”, afirma Lilian Bouth.

Para Roberta Moreira, técnica em Enfermagem, doar sangue e medula óssea sempre foi um sonho. “Hoje, no dia do meu aniversário, resolvi dar o presente de realizar a doação e estou muito feliz”, disse. “O procedimento é simples e rápido, não dói nada, pretendo fazer mais vezes e dar continuidade participando de campanhas quando tiver.”

Por Amanda Martins.

[@#galeria#@]

Após perder o titulo para o Atlético-GO no domingo (21) o Goiás demitiu o treinador Barbieri e anunciou um novo comandante para a equipe na série A do Brasileirão. Claudinei Oliveira foi o escolhido para assumir a equipe, o que não agradou a torcida.

Mas um protesto em particular chamou a atenção. Um torcedor se passou por auxiliar de Claudinei e aproveitou para “cornetar” a contratação com dirigentes por telefone.

##RECOMENDA##

O torcedor, que se apresentou como auxiliar de Claudinei pediu para falar na presidência, a telefonista informou que o presidente não estava presente e acabou transferindo a chamada para Harlei, ídolo do clube que atualmente cumpre função de assessor. “Claudinei? Você tá de brincadeira”, disse o torcedor que não ficou sem resposta: “Você vem falar isso para mim? A presidência não contrata treinador, tem que reclamar com quem cuida do futebol”, rebateu Harlei.

O torcedor, que insistia para falar com a diretoria, pediu o telefone que foi prontamente atendido por Harlei. Querendo respostas, o torcedor não demorou a ligar e conseguiu contato com Tulio Lustona, gestor de futebol do clube esmeraldino.

“É o Túlio, né? Que vergonha, hein. Claudinei Oliveira? Pelo amor de Deus. Vocês matam a gente de vergonha”, o diretor respondeu e pediu para confiar no comandante garantiu que ele vai fazer um bom trabalho. O torcedor rebate, “e se cair?”. Confira os áudios da ligação.

[@#video#@]

[@#podcast#@]

Um trote realizado por uma turma de medicina da Universidade de Franca, no interior de São Paulo, causou grande repercussão nas redes sociais. Pelo veteranos, os calouros foram submetidos a situações humilhantes, consideradas machistas e misóginas como parte do processo de ingresso na instituição.

Os “bixos” e “bixetes”, como são chamados os homens e mulheres, respectivamente, estudantes da graduação, tiveram que entoar hinos de xingamento a outros cursos e a outra instituição de ensino superior que também oferece o curso de medicina. “Me reservo totalmente a vontade dos meus veteranos e prometo atender aos desejos sexuais” diz uma parte do hino, divulgada no perfil de uma rede social pertencente a um dos aplicadores do trote.

##RECOMENDA##

No vídeo disponibilizado na internet, mulheres aparecem molhadas, ajoelhadas, segurando espadas e fazendo o juramento lido por um dos veteranos. "Prometo nunca entregar meu corpo a nenhum invejoso, burro, trouxa, filho da p@@@ da odonto ou da Facesf", diziam as jovens.

Confira as imagens abaixo contendo mais detalhes dos hinos que os calouros precisaram entoar:

[@#galeria#@]

Em nota divulgada em seu site oficial, a Universidade de Franca afirmou repudiar quaisquer atos discriminatórios. “Homofobia, machismo, discriminação, constrangimento ou equivalentes, praticados por membros da comunidade universitária, em particular aqueles relacionados aos chamados ‘trotes’ aplicados aos novos estudantes”, afirmou a instituição na publicação.

A universidade ainda salientou que o trote se constitui a um ataque à própria instituição e os estudantes aplicadores ato serão identificados e passarão por punição. As sanções “podem ser de uma simples advertência até expulsão”.

Em nota, a Associação Atlética Acadêmica Dr. Ismael Alonso y Alonso condenou qualquer tipo de atitude de cunho discriminatório. O coletivo de estudantes de medicina ainda pediu desculpas ao curso de odontologia da instituição e a outras faculdades depreciadas no trote.

LeiaJá também

-> Vai entrar na faculdade? Confira lista de 'trotes do bem'

Banidos de muitas faculdades do Brasil, os trotes universitários representam, quase sempre, uma “mancha sangrenta” em instituições de ensino superior. Quem vai entrar na faculdade ou já saiu dela pode relacioná-los automaticamente a violências e até mesmo mortes. Quem teve experiências recentes,  porém, pode lembrar dos “trotes solidários” como atividades positivas de integração no grupo.

 Instituições de ensino superior costumam incentivar os chamados trotes solidários em prol de instituições carentes. Em alguns casos, arrecadação de brinquedos e até mesmo de cabelo é praticada. Veja exemplos ao redor do país:

##RECOMENDA##

 Brinquedos para crianças carentes

 Semestralmente, o Grupo Ser Educacional (instituição mantenedora de faculdades como UNINASSAU, Uninabuco, UNG, Unama e Univeritas) realiza o trote solidário convocando alunos recém-aprovados nas IES para doar brinquedos e até mesmo alimentos para órgãos de caridade. Em apenas uma ação no ano de 2017, mais de 100 quilos de comida foram doados à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Feira de Santana, tudo proveniente de alunos recém-ingressos na instituição.

 Corte de cabelo

 Na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, os calouros podem doar seus cabelos por meio de outro trote. As doações serão repassadas a instituições responsáveis pela produção de perucas destinadas a pessoas com câncer.

 Distribuição de presentes

 Alunos que ingressam na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) costumam ser recebidos pelo Trote da Cidadania, que, segundo a instituição, tem como objetivo integrar os novos graduandos e conscientizá-los da importância do seu potencial transformador na sociedade. Em 2017, uma das formas de promoção da sustentabilidade foi a distribuição de canecas para todos os alunos, poupando, assim, o consumo de copos plásticos.

 Doação de medula óssea

 O trote do bem da Universidade Federal de Sergipe em 2017 fez com que mais de 250 alunos recém-ingressos na instituição se registrassem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Com uma simples coleta de sangue, os estudantes poderiam mudar a vida de algum paciente que precisasse de cuidados em todo o País.  

 Trote verde

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) já foi conhecida por realizar o “trote verde”, que constituia na distribuição de mudas de planta para estudantes que tinham acabado de entrar na instituição. Além dos benefícios à natureza, acompanhar o crescimento de uma árvore ao longo da graduação é uma bela metáfora sobre a evolução da vida acadêmica.

As mensagens enviadas à mãe da garota Vitória Gabrielly Guimarães, 12 anos, encontrada morta no último sábado (16) após 8 dias desaparecida, não se passam de um trote. Foi o que afirmou a delegada Bruna Madureira em entrevista ao portal UOL. 

A delegada disse, ainda, que o responsável pelos conteúdos já foi identificado e é uma pessoa que está acostumada a fazer isso em casos de grande repercussão. O nome do homem não foi divulgado. A polícia não informou se há alguma providência a ser tomada em relação a quem passou o trote.

##RECOMENDA##

Mensagens como "ela no carro, amarrada e gritando, sem ninguém para ajudar", dando detalhes como possivelmente aconteceu a morte da vítima, foram encaminhadas para o celular da mãe da garota. O suspeito ainda fez ameaças a irmã de Vitória, identificada como Joice - que está grávida. O responsável pelas mensagens também chegou a dizer que foi ao velório da garota.

O Superior Tribunal Militar manteve, por unanimidade, a condenação de seis ex-militares e um soldado do Exército acusados por trote contra soldados do 3.º Batalhão de Suprimento, em Nova Santa Rita (RS).

No dia 3 de março de 2017, a primeira instância da Justiça Militar da União, em Porto Alegre, condenou os envolvidos por maus tratos e lesão corporal, aplicados contra diversos soldados do efetivo variável e em três ocasiões diferentes. As penas variaram de 6 meses a um ano de detenção, com base no Código Penal Militar.

##RECOMENDA##

As informações foram divulgadas no site do STM (Apelação nº 0000136-17.2014.7.03.0103)

De acordo com o órgão colegiado da primeira instância (Conselho Permanente de Justiça) 'a materialidade e a autoria ficaram devidamente demonstradas com base nos depoimentos colhidos na fase instrutória, além dos exames médicos e das fotografias juntadas ao processo, indicando a incidência de lesão corporal leve'.

Segundo a denúncia e os depoimentos das vítimas, a prática criminosa é conhecida como 'trote', 'batismo', 'pacotão' ou 'lamba', e consiste na aplicação de golpes nas nádegas com mangueiras, cabides, cabos de vassouras e outros instrumentos contundentes.

Partes entram com recurso

Diante da sentença, tanto o Ministério Público Militar como a defesa dos acusados recorreram ao Superior Tribunal Militar. A Procuradoria questionava a absolvição de acusados com relação a outras supostas agressões e pedia a majoração das penas por considerar outras circunstâncias judiciais desfavoráveis que não teriam sido devidamente apreciadas.

A acusação entendia que as ‘circunstâncias de tempo e de lugar’ deviam ser considerados para a fixação da pena-base - a escolha do local que dificultou a percepção das agressões pelos superiores e do horário, que propiciou a aglomeração do maior número de vítimas possíveis.

No recurso da defesa de um dos réus, consta que a denúncia é genérica, que não individualiza os fatos imputados a cada um dos vinte acusados, bem como o seu objeto'. A defesa salientou ainda 'a fragilidade da prova material em decorrência da forma pela qual foi realizada a perícia, em dez vítimas distintas e na mesma hora'. A defesa aponta também 'a deficiência na elaboração do laudo, por médico sem habilitação técnica, além de não ter sido assinado por dois profissionais'.

Relator confirma sentença

Ao responder aos recursos da acusação e da defesa, no STM, o ministro relator do processo no Tribunal, ministro William de Oliveira Barros, decidiu manter, na íntegra, a sentença da Auditoria de Porto Alegre.

Parte da argumentação do Ministério Público Militar questionava a absolvição de alguns acusados.

Em um caso, segundo o ministro, o depoimento de um ex-soldado ‘suscitava dúvidas sobre o envolvimento de um dos militares denunciados e, por essa razão, confirmou a absolvição com base no in dubio pro reo, a dúvida conta em favor do réu’.

Com relação a outro militar, o relator sustentou que mantinha a condenação dele por ter agredido duas vítimas, mas considerou 'não haver provas suficientes que confirmassem a sua participação em outro trote'.

Sobre o pedido da Procuradoria para a majoração da pena-base dos acusados, o ministro afirmou que a gravidade dos delitos foi devidamente reconhecida na sentença condenatória, 'a qual, inclusive, elevou as penas mínimas relativas aos crimes de maus tratos e de lesão corporal, já na fixação da pena-base, em proporção razoável'.

Segundo o relator, o lugar onde ocorreram os fatos não pode ser considerado um espaço 'isolado', pois se tratava de um alojamento utilizado por militares de várias subunidades.

William de Oliveira Barros afirmou ainda que é comum que tais ocorrências ‘aconteçam no interior das unidades militares, não sendo pois um argumento válido para o aumento das penas’.

"Com relação à alegada ausência de provas suficientes [por parte da defesa] para condenação, verifica-se ter a sentença se firmado em dados sólidos e sustentáveis para o decreto condenatório", concluiu o ministro ao analisar o recurso da defesa de três dos acusados.

Segundo o magistrado, 'os agressores foram reconhecidos pelos ofendidos e a prova material, o exame de corpo de delito indicando as lesões sofridas, não deixa dúvidas da ocorrência da materialidade’.

A defesa dos outros quatro condenados concentrou suas teses na 'deficiência da prova técnica'. A defesa questionava, entre outras coisas, os autos de exames de corpo de delito, 'por estarem assinados por um só médico, que, por sua vez, não teria habilitação adequada para a realização de perícia'.

Com base na própria sentença, o magistrado ressaltou não haver nenhuma irregularidade nesse quesito.

O ministro afirmou que o exame foi assinado 'por profissional habilitado para o procedimento, sendo ele um oficial médico'. E acrescentou, ao final de seu voto. "No processo penal castrense não se verifica imposição legal de ser o auto de exame pericial atestado por dois profissionais. Na verdade, o artigo 318 do Código de Processo Penal Militar admite a possibilidade de ser o documento assinado por um perito apenas."

Um homem foi preso depois de passar um trote usando o popular jogo de tiro em primeira pessoa "Call of Duty". A falsa chamada de emergência levou a polícia dos EUA a atirar por engano em outra pessoa. Andrew Finch foi alvejado na porta de casa, em 28 de dezembro, em Wichita, no Kansas (EUA).

A polícia cercou a casa depois de receber uma chamada de emergência falsa de um homem que alegou ter matado a tiros seu pai e feito sua família como refém. A chamada, porém, decorreu de uma disputa entre dois jogadores de "Call of Duty", segundo a imprensa dos EUA.

##RECOMENDA##

A polícia divulgou o áudio da chamada de emergência. Nela, um homem pode ser ouvido dizendo às autoridades que ele havia atirado em seu pai na cabeça e afirmou ter feito sua mãe e seus irmãos como refém. O interlocutor também informou que tinha uma arma em mãos e tinha derramado combustível na casa.

Após receber a chamada, a polícia diz que cercou o endereço que o interlocutor informou e estavam se preparando para entrar em contato com o suspeito que supostamente ainda estava na propriedade quando a vítima, Andrew Finch, apareceu na porta.

As autoridades disseram que Andrew Finch não cumpriu as ordens verbais para manter suas mãos acima da cabeça e, ao tentar se mover, recebeu o tiro. Ele foi declarado morto em um hospital local.

Investigadores encontraram quatro membros da família dentro da propriedade, mas nenhum deles foi morto, ferido ou feito refém. "Devido às ações de um brincalhão, temos uma vítima inocente. Se a falsa chamada policial não tivesse sido feita, não teríamos estado lá", informou a polícia, em coletiva de imprensa.

LeiaJá também

--> Youtuber filma homem morto, faz piada e causa revolta

Um homem de 21 anos foi preso, na última quinta-feira (14), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, por passar trotes para a polícia relatando falsos ataques a bancos. As informações inverídicas repassadas pelo jovem fizeram com que, mais de uma vez, a polícia mobilizasse equipes desnecessariamente. 

No sábado (9), o suspeito acionou a central telefônica do 24º Batalhão da Polícia Militar (BPM). Ele informou que havia duas caminhonetes modelo Hilux com vários elementos armados de fuzis e que parte da quadrilha estava colocando grampos em estrada. O homem ainda disse que o alvo seria possivelmente uma agência do banco Santander. Viaturas policiais foram ao local, mas nada encontraram.

##RECOMENDA##

No dia seguinte, o suspeito fez cerca de dez ligações para o celular funcional da viatura de Fazenda Nova, anunciando que havia três veículos com cerca de dez homens armados nas proximidades da Vila de Itaúna. A suposta quadrilha estaria transportando grampos e explosivos. O acusado também acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Mais uma vez, viaturas foram encaminhadas ao local, mas nem sinal do que havia sido relatado.

De acordo com a PM, o homem, ao longo da semana, mudou a modalidade e passou a ameaçar mulheres via telefone, usando o nome de um oficial do batalhão para extorquir as vítimas. De uma das pessoas, ele exigiu R$ 3 mil para que não realizasse uma revista na casa dela, prometendo plantar drogas para incriminá-la. O acusado confessou os trotes após ser preso. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando