Tópicos | UFC 232

Ao derrotar Cris Cyborg na madrugada deste domingo (no horário de Brasília) no UFC 232, Amanda Nunes entrou para a história. A brasileira se tornou a primeira mulher a ostentar dois cinturões da entidade em diferentes categorias, feito alcançado anteriormente apenas no naipe masculino, por Conor McGregor e Daniel Cormier.

O presidente do UFC, Dana White, se rendeu a Amanda Nunes e rasgou elogios à brasileira após o nocaute aplicado ainda no primeiro round, com menos de um minuto de luta, após uma sequência de socos.

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"É claro que ela eventualmente será uma Hall da Fama, olha o currículo dela. Ela é a melhor de todos os tempos", afirmou, em entrevista coletiva em Los Angeles, palco do evento. "Ela é a melhor de todos os tempos. Se você olhar os nomes de quem ela já bateu… Ninguém pode negar. Você pode tentar, mas ela é a melhor", acrescentou.

White ainda fez questão de elogiar Cris Cyborg e a luta que as duas proporcionaram, considerada a mais aguardada entre mulheres no MMA. "Você tem duas campeãs que lutam para ser a mais malvada, e trocam socos como essas. É a melhor coisa para ver", disse.

Cyborg, que estava invicta há mais de uma década no MMA, elogiou o desempenho da adversária e aproveitou a oportunidade para pedir a realização de uma revanche. "É claro que ela fez muito pelo esporte. Batalhou. Não teve o valor que deveria. Tomara que ela conquiste isso agora. Quem sabe não fui usada por Deus para abençoá-la", exaltou Cyborg. "É lógico que desejo a revanche. Se você perde, quer isso. Se não gostasse de lutar, não faria", acrescentou.

Além disso, Cyborg minimizou o peso da derrota no UFC 232 para a sequência da sua carreira. "Um dia perdemos, ganhamos em outro. Perdi, agora é voltar na academia e treinar. Não me afeta. Só me fará melhorar cada vez mais", concluiu a brasileira de 33 anos.

Amanda Nunes entrou no octógono do The Forum, em Los Angeles, na Califórnia, para fazer história na madrugada deste sábado para domingo (no horário de Brasília), no UFC 232. A brasileira quebrou a invencibilidade de 13 anos da compatriota Cris Cyborg e se tornou a primeira mulher campeã de duas categorias no UFC.

Para quem pensava que Cyborg era invencível, Amanda mostrou que está no auge de sua carreira e precisou de menos de um minuto para nocautear sua adversária. A "Leoa", que já tinha o cinturão dos galos, conquistou o título dos penas e passou a ostentar dois cinturões da principal organização de MMA do mundo. "Meu técnico sempre disse, fique calma, que quando sua mão direita entrar, ela vai para o chão", afirmou a lutadora após o combate.

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"Sou a primeira mulher a ser campeã de duas categorias do UFC. Eu sou a melhor. Dana White, agora eu quero ir para o Hall da Fama!", completou Amanda, que agora apresenta um cartel de 17 vitórias e apenas quatro derrotas no MMA.

A luta foi disputada em ritmo frenético, com troca franca de socos. Amanda acertou dois golpes que derrubaram Cyborg. A curitibana ainda se levantou, mas levou nova sequência de socos definiu o triunfo de Amanda. Foi o oitavo triunfo consecutivo da baiana, detentora do cinturão do peso galo do UFC desde julho de 2016.

Com a vitória em uma luta considerada a mais importante para a história do MMA feminino, Amanda espanta todas as dúvidas sobre o seu potencial dentro da maior organização da modalidade e conquista o posto de melhor lutadora da atualidade.

Comparada aos lutadores da categoria masculina, Amanda entre para o seleto grupo das estrelas Conor McGregor e Daniel Cormier, que conquistaram dois títulos simultâneos no UFC.

CONFIRA TODOS OS RESULTADOS DO UFC 232:

CARD PRINCIPAL

Peso meio pesado: Jon Jones venceu Alexander Gustafsson por nocaute no terceiro round

Peso pena: Amanda Nunes venceu Cris Cyborg por nocaute no primeiro round

Peso meio médio: Michael Chiesa derrotou Carlos Condit por finalização no segundo round

Peso meio pesado: Corey Anderson venceu Ilir Latifi por decisão unânime dos juízes

Peso pena: Alex Volkanovski derrota Chad Mendes por nocaute técnico no segundo round

CARD PRELIMINAR

Peso pesado: Walt Harris derrotou Andrei Arlovski por decisão dividida dos juízes

Peso pena: Megan Anderson venceu Cat Zingano por nocaute técnico no primeiro round

Peso galo: Petr Yan derrotou Douglas D'Silva por nocaute técnico

Peso leve: Ryan Hall venceu B.J. Penn por finalização no primeiro round

Peso galo: Nathaniel Wood venceu Andre Ewell por finalização no terceiro round

Peso médio: Uriah Hall venceu Bevon Lewis por nocaute no terceiro round

Peso meio médio: Siyar Bahadurzada venceu Curtis Millender por decisão unânime dos juízes

Peso galo: Montel Jackson derrotou Brian Kelleher por finalização no primeiro round

Para fechar o ano de 2018, o UFC traz um dos eventos mais aguardados da história da organização. Na madrugada deste sábado para domingo (no horário de Brasília), as campeãs brasileiras Cris Cyborg e Amanda Nunes estarão frente a frente no octógono do The Forum, em Los Angeles, na Califórnia, para protagonizar uma das maiores lutas de todos os tempos e marcar o auge do MMA feminino no Ultimate.

Em jogo estará o cinturão do peso pena, garantido por Cyborg em julho de 2017. A paranaense, que não sabe o que é uma derrota no MMA profissional há 13 anos, já fez três defesas de título e sua última vitória aconteceu em março deste ano, sobre a russa Yana Kunitskaya.

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Apesar da longa invencibilidade, Cyborg afirma que não pensa nos resultados anteriores. O foco é buscar uma evolução no esporte a cada desafio que enfrenta. "A invencibilidade é uma consequência e eu não penso nisso quando vou lutar. Tento fazer o meu melhor e vou sempre em busca da vitória", disse, em entrevista ao Estado.

Do outro lado, Amanda mantém o seu cinturão da categoria peso galo e tenta fazer história. Caso conquiste a vitória sobre a compatriota, ela se tornará a primeira mulher com dois cinturões dentro do UFC. Em seu cartel conta com 16 vitórias e apenas quatro derrotas.

"Estou preparada para encarar a Cyborg desde o dia em que pedi a luta e ansiosa na dose certa, nem muito ansiosa, nem muito tranquila. Bem focada no que tenho de fazer", garante Amanda, ciente de que precisa encontrar o ponto vulnerável de sua adversária. "Todo atleta tem um ponto fraco. A gente trabalhou bastante para estar atenta para, na luta, conseguir ser rápida e aproveitar qualquer situação", completa.

A luta entre as duas campeãs é considerada umas importantes para o MMA mundial, por se tratar dos melhores nomes da categoria feminina na atualidade. As brasileiras evidenciam a importância das mulheres dentro da organização e enaltecem o País, que carece de títulos masculinos.

Depois de grandes lutadores como Anderson Silva, José Aldo, Minotauro e Vitor Belfort levarem o nome do Brasil pelo mundo, chegou a vez das únicas campeãs do País representarem uma valorização que buscam há anos. Para os fãs, o encontro entre Cyborg e Amanda é tão aguardado quanto o retorno de Jon Jones, que encara Alexander Gustafsson na luta principal do evento.

MASCULINO - Cercado de polêmicas, o UFC 232 marca o retorno de Jon Jones ao octógono. A edição registra um novo caso de doping envolvendo o astro que comanda a luta principal desta madrugada, contra Alexander Gustafsson, pelo cinturão vago dos meio pesados, e uma repentina transferência do evento de Las Vegas para Los Angeles.

Desta vez, o norte-americano foi o motivo da mudança no evento após um exame antidoping encontrar resíduo da substância proibida turinabol em seu corpo. Assim, a Comissão Atlética de Nevada vetou a participação do ex-campeão apenas em Nevada, mesmo com a liberação da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), o que causou a transferência do evento para Los Angeles com apenas menos de uma semana para sua realização.

A USADA, responsável pelo controle antidopagem no UFC, assegurou que a quantidade de turinabol encontrada é residual da ingestão pela qual Jon Jones foi punido por 15 meses 2017 e insignificante para seu rendimento. Sendo assim, a decisão do Ultimate foi manter o seu show principal neste sábado.

Considerado um dos grandes nomes no UFC, Jon Jones acumula problemas fora dos octógonos. Sua punição em julho de 2017, após ser flagrado no antidoping, fez com que o lutador perdesse o título meio pesado. Dois anos antes, ele também chegou a ficar sem o cinturão.

Apesar das novas confusões, o americano garante que vai voltar a trilhar a trajetória que resultou em vitórias dentro da organização. "Depois que vencer Gustafsson, voltarei ao caminho em que sempre estive: o de ser um dos melhores de todos os tempos", afirma.

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