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O Brasil está oficialmente sem nenhum cinturão de campeão do UFC depois que Amanda Nunes anunciou sua aposentadoria na madrugada de domingo (11), ao vencer a mexicana Irene Aldana no Canadá. Isso só tinha acontecido uma vez nos últimos 16 anos.

E foi justamente Amanda que recolocou o Brasil no hall de campeões em 2016, dias depois do País perder o único cinturão do Brasil com Rafael Dos Anjos. Amanda entrou no octógono do UFC 200 três dias depois da derrota de Rafael para bater Miesha Tate e sair campeã do peso galo feminino. 

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Amanda que também era campeã do peso leve, única mulher a conseguir dois cinturões simultâneos, se aposentou como campeã das duas categorias, mas com a retirada dela das lutas automaticamente os cinturões ficam em abertos deixando o Brasil sem nenhum título. 

O próximo a tentar recolocar o Brasil campeão deve ser Charles do Bronx que venceu Beniel Dariush neste domingo. O nº 1 do ranking do peso leve deve ter sua revanche com Islam Makhachev, responsável por bater o brasileiro e vencer o cinturão que Charles havia perdido. O presidente do UFC Dana White não confirmou a luta, mas disse que gostaria de ver uma revanche.

Neste sábado (10), direto de Vancouver, no Canadá, dois brasileiros entram no octógono do UFC 283 em busca de vitórias na categoria. Amanda Nunes e Charles Do Bronx vão representar o país.

Amanda Nunes defenderá seu cinturão do peso galo feminino na luta principal da noite. A mexicana Irene Aldana será a desafiante. Já Charles volta ao octógono depois de perder seu cinturão para a luta co-principal. Atual nº 1 do mundo no peso-leve, ele vai enfrentar o nº 4, Beneil Dariush.

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O evento começa às 23h, na Rogers Arena, e terá transmissão ao vivo pelo streaming oficial do UFC, o Fight Pass.

A noite do último sábado foi de alegria e frustração para o Brasil em Las Vegas, durante as disputas do UFC 269. Enquanto Charles do Bronx conseguiu derrotar o norte-americano Dustin Poirier por finalização na luta principal, Amanda Nunes foi surpreendida por Julianna Peña, também dos Estados Unidos, e acabou derrotada.

Charles sofreu durante o primeiro round, recebendo golpes duros do adversário, mas melhorou no segundo assalto e garantiu a vitória no terceiro, quando finalizou Poirier com um mata-leão. "Eu sou o campeão mundial. Eles falam, falam e falam, mas eu venho aqui e faço", disse o brasileiro depois da luta.

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Agora, o paulista soma 15 vitórias por finalização em lutas válidas pelo UFC. Além disso, acumula dez triunfos consecutivos. Já no peso-galo (até 61kg) feminino, a campeã não conseguiu ampliar os números positivos após um resultado surpreendente, considerado uma grande zebra da história do MMA.

Depois de uma sequência de 12 vitórias, a brasileira Amanda Nunes foi finalizada aos 3min26s do segundo round por Juliana Peña, no co-evento principal da noite. Com isso, o cinturão da categoria foi parar nas mãos da norte-americana, que retirou o título defendido por Nunes desde julho de 2016.

A baiana até derrubou a adversária duas vezes no primeiro round, mas viu uma grande reação na sequência. Perto do fim da luta, Julianna encaixou um mata-leão para decretar a derrota brasileira. "Eu já disse: nunca mais duvide de mim", comemorou Julianna. "Vontade, força e determinação vão te levar a lugares", completou.

Dana White, presidente do UFC, afirmou que a brasileira Amanda Nunes, detentora dos cinturões dos pesos-penas e dos pesos-galos, não é respeitada quanto deveria ser pelo fato de ser uma mulher. Segundo White, as pessoas ainda insistem em reduzir os feitos surpreendentes de Amanda.

"Acho que é por ela ser mulher, para ser sincero. (...) Acho que é parte da razão, mas está ficando difícil não a respeitar, especialmente depois de sua última atuação. Quando ela enfrentou Germaine de Randamie, muita gente disse, 'Ah, ela pareceu humana nesta luta'. O quê?!? Ela enfrentou a melhor trocadora de golpes de todos os tempos! E ganhou a luta! O que vocês querem dessa mulher? E nesta luta contra a Spencer, incrivelmente dura e durável, ela deu uma aula completa", argumentou, em entrevista à TMZ Sports.

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Dana White nem sempre foi favorável a presença de mulheres dentro dos octógonos do UFC. Até 2013, o presidente da organização mantinha as portas da elite do MMA fechadas para o sexo feminino. Sete anos após a primeira luta entre mulheres na categoria, a opinião do mandachuva do UFC é bem diferente, principalmente quando se trata de Amanda Nunes.

"Ela está botando o sarrafo tão alto que vai ser muito difícil de outro atleta conquistar o que ela conquistou. Não esqueça: todo mundo só falava de quão assustadora e perigosa era a Cyborg. E ela absolutamente destruiu a Cyborg. Destruiu! Holly Holm, que também é uma das melhores de todos os tempos no boxe e no MMA, e quão facilmente ela a derrotou. E Holly Holm não cai fácil, ela enfrentou todas as melhores e Amanda Nunes a atropelou", disse White, sobre a "Leoa".

O UFC pensa em promover um duelo entre Amanda e Claressa Shields, bicampeã olímpica de boxe, mas o presidente da organização está com um pé atrás em relação à realização deste confronto, já que a boxeadora não poderia atingir o mesmo nível da brasileira no MMA.

"A parte difícil numa luta dessas é: o que elas vão lutar? Elas vão lutar boxe ou MMA? Eu sei que Claressa está treinando, mas ela não poderia possivelmente estar no nível da Amanda Nunes (no MMA). Toda vez que fazemos algo assim, é sempre eu mandando os meus lutadores para o boxe, entende? É difícil, temos que resolver isso. Eu gosto da Claressa, já me reuni com ela, com seu manager, e todo mundo está interessado, mas como fazemos isso?", questionou.

ANDERSON SILVA - White admitiu não ter planos para o brasileiro Anderson Silva. Recentemente, o ex-campeão foi desafiado por Anthony Pettis, ex-detentor do cinturão dos pesos leves, mas o presidente do UFC não se empolgou com a ideia de realizar um confronto.

"Eu não estou louco por isso. Você tem um cara que lutou de peso-pena e um cara que está nas conversas de que é o maior de todos os tempos no peso médio e que anda sempre com uns 95kg. Não é uma grande luta que realmente signifique alguma coisa. Eu gosto de fazer lutas que significam algo, então não estou tão empolgado com isso", explicou White, em entrevista à ESPN norte-americana.

Antes de ter sido desafiado por Pettis, Anderson intimou o aposentado irlandês Conor McGregor, mas a organização do UFC descartou a proposta. White afirmou que a volta do brasileiro aos octógonos não depende apenas de um fator.

"Eu não sei. Honestamente, não sei o que fazer com as duas lutas dele. Quando Anderson realmente estiver pronto para lutar, nós vamos sentar e ver o que fazer, e então vamos descobrir o que faz sentido para ele. Há muita coisa envolvida no processo de tomada de decisão com um Anderson Silva. A idade dele, o quanto ele recebe, tudo isso é importante", afirmou.

Anderson Silva não compete há mais de um ano. Sua última luta aconteceu em maio de 2019. Na ocasião, o "Spider" foi derrotado para o norte-americano Jared Cannonier, no UFC 237, no Rio de Janeiro.

Dona de dois cinturões do UFC e com marcas históricas em seu currículo, Amanda Nunes revelou em entrevista à TV Globo que a vitória sobre Felicia Spencer no UFC 250 pode ter sido o último combate de sua carreira. Isso porque ela "já conquistou tudo o que queria".

"Estou muito feliz, realizada com tudo isso. Com todo o meu esforço, junto com todas as pessoas que acreditaram em mim, consegui mudar a minha vida, a vida da minha família", disse Amanda, que já havia declarado o seu retorno ao octógono apenas em 2021, pois logo deve se dedicar a vida de mãe com Nina Ansaroff. A noiva da brasileira está grávida do primeiro filho do casal.

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"Já conquistei tudo que eu queria. Estou bem, posso seguir minha vida. Talvez uma nova etapa, talvez achar novos talentos, ajudar novas meninas, ser coach", explica a lutadora. "Estou em um momento em que eu posso sim me aposentar. E estou em um momento em que posso lutar, estou bem. Não tem o que fazer agora na categoria".

Somando 11 vitórias consecutivas e sem perder desde 2014, Amanda se tornou a primeira atleta, independentemente do gênero, a conseguir defender dois títulos simultaneamente. Segundo a brasileira, se ela parar de lutar agora deve receber apoio da organização. "O UFC vai dar todo o suporte que eu preciso para eu continuar tendo meu dinheiro, com trabalho", afirma.

Amanda Nunes entrou no octógono do UFC na madrugada deste sábado para conquistar um feito inédito dentro da organização. Mostrando toda a sua segurança ao defender o cinturão do peso-pena contra a canadense Felicia Spencer, a brasileira venceu com autoridade a luta principal do UFC 250, em Las Vegas, por decisão unânime dos juízes (50-44, 50-44 e 50-45) e fez história.

Com a vitória, a brasileira se tornou a primeira atleta, independentemente do gênero, a conseguir defender dois títulos simultaneamente, já que também é campeã da divisão dos galos. Spencer perdeu pela segunda vez na carreira em 10 lutas. O outro revés foi para Cris Cyborg.

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A luta entre Amanda e Felícia durou cinco rounds. Sem assumir riscos e com um sorriso no rosto durante todo o combate, a brasileira comandou a situação do início ao fim. No quarto assalto, ela chegou a tentar uma finalização, mas sua rival foi salva pelo tempo e conseguiu avançar para a última etapa.

"Meu objetivo era defender os dois cinturões. Estou muito feliz. Não sei o que vem agora, mas estou muito feliz. Quando ela me conectou o primeiro golpe, sabia que ela não iria me nocautear", afirmou Amanda após o combate.

"Eu queria lutar cinco rounds, foi muito importante porque muita gente dizia que eu não poderia lutar todos assaltos. Esta noite lutei cinco rounds com uma das mulheres mais duras da organização e não estou cansada", completou a brasileira.

Somando 11 vitórias consecutivas e sem perder desde 2014, ela diz que ainda não sabe qual será o seu próximo passo na organização. "Vou voltar para casa e depois ligar para o Dana White".

OUTROS BRASILEIROS - O UFC 250 também contou com outros três brasileiros no octógono: Raphael Assunção, Jussier Formiga e Herbert Burns. Os dois primeiros foram nocauteados e o irmão de Gilbert Durinho, na primeira luta da noite, precisou de apenas 1min20 para finalizar o norte-americano Evan Dunham com uma mata leão. Foi a terceira vitória seguida do brasileiro no UFC.

Pelo card principal, Raphael Assunção perdeu para Cody Garbrandt no final do segundo round ao levar um cruzado de direita. Pelo card preliminar, Formiga, prejudicado por uma lesão na perna ao tentar um chute baixo, foi superado por Alex Perez no primeiro assalto.

Amanda Nunes foi a primeira mulher brasileira a conquistar um cinturão do UFC. Depois disso, a lutadora garantiu mais um feito inédito: dois títulos em duas divisões. Neste sábado, ela pode fazer história novamente ao defender o cinturão do peso pena contra a canadense Felicia Spencer, em Las Vegas.

Em caso de vitória, Amanda poderá chegar no topo da organização mais uma vez. Isso porque ela se tornará a primeira lutadora do UFC, independentemente do gênero, a conseguir defender dois cinturões em divisões diferentes. Antes da brasileira, Daniel Cormier e Henry Cejudo tentaram garantir o feito, mas sem sucesso.

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"Eu vou conquistar mais esse feito e continuar fazendo história. É o que me move no esporte. Escolhi esse esporte e faço tudo com muito carinho e dedicação. E ele está me dando de volta tudo o que abri mão em prol dele. Com certeza, farei mais essa história", diz Amanda.

A brasileira precisou se preparar para a luta durante a pandemia do novo coronavírus e apesar da situação ela diz que realizou "um ótimo trabalho". "Foi uma preparação tranquila. Tive a minha equipe toda disponível para mim. O Everton Oliveira (preparador físico) aumentou a carga de peso na musculação para que eu tivesse mais massa, mais resistência e mais força. Ele fez um treino muito parecido com o que fiz para a luta contra a Cris Cyborg e terminamos da forma que a gente previu, super bem".

Em entrevista ao Estadão, Everton afirma que as dificuldades impostas pela pandemia não atrapalharam a campeã. "O trabalho rendeu muito bem com a Amanda. Nossa equipe, a American Top Team, nos oferece toda a estrutura possível de treinamentos, e confirmamos isso durante esse período. Adequamos treinos online e também na academia, respeitando o distanciamento social e todas as regras de proteção", conta.

"Nos organizamos da melhor maneira possível para ela não perder em nada na qualidade dos treinos, e vocês verão que ela está pronta para seguir fazendo história, mantendo seu legado no UFC. Será apresentada uma ótima versão da Amanda", complementa o preparador.

Confiante, Amanda dedica esse novo desafio para "todo mundo". "Quero levar felicidade para as pessoas em um momento como esse. Eu sei que é muito difícil ficar em casa, mas a gente tem que ter atenção, se proteger, conseguir passar por isso tudo. As pessoas precisam se conscientizar mais. Depois disso, todo mundo vai voltar a vida normal. Essa é só uma fase e a gente precisa ser forte", diz.

O UFC 250 vai ser disputado em Las Vegas. Confira a programação:

CARD PRINCIPAL (23h, horário de Brasília):

Peso pena: Amanda Nunes x Felicia Spencer

Peso galo: Raphael Assunção x Cody Garbrandt

Peso galo: Aljamain Sterling x Cory Sandhagen

Pes meio-médio: Neil Magny x Anthony Rocco Martin

Peso galo: Eddie Wineland x Sean O'Malley

CARD PRELIMINAR (19h35, horário de Brasília):

Peso pena: Alex Caceres x Chase Hooper

Peso médio: Ian Heinisch x Gerald Meerschaert

Peso galo: Cody Stamann x Brian Kelleher

Peso médio: Charles Byrd x Maki Pitolo

Peso mosca: Jussier Formiga x Alex Perez

Peso meio-pesado: Alonzo Menifield x Devin Clark

Peso casado (até 68kg): Herbert Burns x Evan Dunham

Em uma luta travada, mesmo com desempenho abaixo do que vem mostrando, a brasileira Amanda Nunes venceu a holandesa Germaine de Randamie por decisão unânime dos juízes (49-44 e 49-46 e 49-45) no UFC 245, em Las Vegas, nos Estados Unidos, e manteve pela quinta vez o cinturão do peso galo.

Amanda, que já tinha vencido a holandesa em 2013, chegou à marca de dez vitórias seguidas na organização. Além disso, ela conquistou o sétimo triunfo em lutas valendo o cinturão no UFC e superou a norte-americana Ronda Rousey, que tem seis.

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A "Leoa", como é conhecida, não fez a melhor de suas lutas. Foi bem no primeiro e terceiro assaltos, levou a pior no segundo round e até chegou a ficar perto de ser finalizada pela oponente holandesa no quarto round.

No entanto, a brasileira provou mais uma vez que é casca grossa. Ela teve calma para escapar do triângulo de Germaine e voltou a dominar o combate até o final para vencer por decisão unânime.

PESO GALO - Na luta entre brasileiros no card principal, Marlon Moraes mostrou foco e inteligência para derrotar Jose Aldo, que fazia sua estreia na categoria dos galos, por decisão dividida dos juízes (29-28, 28-29 e 29-28). O público vaiou o resultado, esperando que o ex-campeão dos penas fosse o vitorioso. Ele foi aplaudido e deixou o octógono chorando.

Aldo levou um chute certeiro logo no início do combate que fez as suas pernas tremerem. Recuperou-se, no entanto, e conseguiu encaixar bons gols no primeiro round. O ex-campeão dos penas foi melhor no início do segundo assalto, mas viu Marlon Moraes crescer na luta ao abafar a pressão que sofria.

No terceiro e último round, Marlon conseguiu evitar a trocação franca e escapou de ser encurralado. Ele tentou chutes altos, enquanto Aldo apostou nas joelhadas voadoras. No fim, os dois tiveram seus braços erguidos e comemoraram. Após a decisão dos juízes, apenas Marlon sorriu.

O card preliminar não foi bom para as brasileiras. Ketlen Vieira e Viviane Araújo, que tinham chances de disputar o cinturão de suas respectivas categorias, acabaram sendo derrotadas. Ketlen foi nocauteada pela mexicana Irene Aldana no primeiro round, e Viviane Araújo caiu para a americana Jessica Eye por decisão unânime (triplo 29-28). As duas perderam pela primeira vez na organização.

Desde que se tornou a primeira mulher com dois cinturões do UFC, todos os holofotes estão sobre Amanda Nunes. A brasileira, campeã dos pesos pena e galo, se considera a maior lutadora da organização e tem a convicção de que nenhuma adversária é capaz de tirar os seus títulos.

Para seguir fazendo história e garantindo o nome do Brasil na lista de campeões do Ultimate, Amanda tem pela frente uma revanche contra a holandesa Germaine de Randamie, marcada para 14 de dezembro, no UFC 245, em Las Vegas.

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Em entrevista ao Estado, ela revela quais são as estratégias para seguir com os seus cinturões, como está a sua relação com Dana White e os seus próximos planos para a vida pessoal e profissional.

Você se considera a maior lutadora do UFC?

Sim. É provado que eu sou a maior lutadora do UFC. Eu fico muito feliz em estar levando o nome do Brasil e continuar seguindo no topo da organização.

Ninguém é capaz de tirar os cinturões das suas mãos?

Ninguém vai tirar os meus cinturões. Eu acredito que estou evoluindo e aprendendo com os meus erros para ninguém conseguir enxergar eles nas lutas ou fazer estratégias para me vencer. Estou me policiando e repito que ninguém vai tirar esses títulos de mim.

Sente que está realizada após se tornar a primeira mulher com dois títulos da organização?

Realmente estou me sentindo realizada. Eu trabalhei bastante para chegar nesse momento e hoje estou colhendo os frutos de toda a dedicação e entrega ao esporte. Hoje posso dividir com vocês esse momento da minha vida que é muito importante.

Você já está se preparando para enfrentar a Germaine de Randamie?

Ainda preciso sentar com meus coaches [treinadores] e fazer a estratégia, pensar em tudo direitinho. Mas eu estou muito bem, me sentindo bem. O mais importante é que eu estou feliz e a felicidade traz a tranquilidade que você precisa para encarar qualquer problema na vida. Estou muito bem para essa luta.

Agora que você vai defender o cinturão dos galos, como está em relação ao peso?

Eu subi um pouco de peso depois da luta com a Cyborg, então descer de categoria é um problema para mim, mas eu faço um trabalho para "apertar" um pouco a dieta. Não posso comer tanto arroz, feijão e farinha. Chocolate também é um ponto fraco, sou chocólatra, mas dá para organizar tudo direitinho e chegar bem.

Quantas lutas ainda restam no seu contrato com o UFC?

Eu apenas posso falar que estou bem com o UFC e afirmar que sempre vou lutar pelo UFC.

O seu desejo é sempre lutar pelo UFC, mas já pensa na aposentadoria?

Eu vou lutar até quando o meu corpo aguentar. É o meu corpo que vai me falar quando eu preciso parar. Por enquanto, eu estou bem.

Como define a sua relação com o Dana White?

Eu defino a minha relação com o Dana como pai e filha. Nós sempre fomos próximos, mesmo antes dos cinturões. Teve um momento que a nossa relação deu uma estremecida, mas nós conversamos e colocamos tudo no lugar. É realmente como pai e filha e eu acredito que a conversa é a chave de tudo. Se você conseguir conversar, você chega longe e consegue colocar tudo no lugar. Está tudo bem agora.

Apesar da Cris Cyborg ter acertado a saída do UFC, acredita que ainda vai enfrentá-la?

Vou enfrentar se ela retornar para o UFC, porque eu sempre vou ser lutadora do UFC. Se ela voltar eu tenho certeza que estarei aberta para lutar novamente.

Atualmente você mora nos Estados Unidos e não vem com frequência para o Brasil. Pretende mudar essa rotina?

Agora eu estou retornando mais para o Brasil e ficando boa parte do meu tempo com a minha família. Eu pretendo aproximar ainda mais essa relação. Mas não me vejo morando no Brasil novamente. Eu tenho uma vida, rotina e estrutura lá fora.

Você e a Nina Ansaroff já haviam falado sobre o planejamento para ter um filho. Pretende dar uma pausa na carreira quando isso acontecer?

Nina faz parte de tudo o que está acontecendo na minha vida. Ela também é lutadora e entende bastante. Ela é quem está do meu lado para tudo e me apoia. Nós estamos felizes. Temos planos para o futuro e logo vocês vão ver uma "Amandinha" correndo por aí. Foi ela quem decidiu dar uma pausa na carreira e juntas estamos passando por esse processo de ter um filho. Posso te falar que é bem legal e diferente. Tem muita coisa envolvida, como psicólogo e hormônios. Realmente é muita coisa.

Tem uma data específica para o término do tratamento da Nina Ansaroff?

Ela já está no final do tratamento. Está tudo perfeito. Daqui para o final do ano nós vamos saber. Acredito que antes da minha luta eu já sei se ela está grávida ou não. E esse resultado é mais uma motivação para mim. Quero que meu filho ou filha veja as minhas lutas.

O brasileiro Thiago Marreta fez boa luta na madrugada deste domingo, no confronto principal do UFC 239, mas acabou sendo derrotado pelo favorito Jon Jones, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Sem demonstrar toda a superioridade que era esperada, o lutador norte-americano venceu por decisão dividida dos juízes: 48/47, 47/48 e 48/47.

O resultado chegou a ser vaiado por parte do público presente na luta, que esperava uma vitória do brasileiro, após a performance surpreendente de Marreta diante do favorito. Com o triunfo, Jones manteve o cinturão do peso meio-pesado (até 93kg). O americano soma agora 25 vitórias, apenas uma derrota e uma luta sem resultado.

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"Eu peço desculpas para os fãs que esperavam que essa luta tivesse nocaute. Ele é lutador muito duro. Thiago Santos é um faixa-preta de muay thai. Estou orgulhoso de mim. Achei que estava vencendo, nós estávamos jogando um jogo de xadrez muito inteligente. Toda vez que você luta contra um cara de muay thai, você precisa ser inteligente", comentou Jones.

Ao fim do confronto, o brasileiro revelou que sentiu dores no joelho logo no começo da luta. "No primeiro round meu joelho falseou, machucou e eu não consegui mais me movimentar muito bem, toda hora estava saindo do lugar", comentou Marreta. "Mas, sem choro, sem lamentação. Ele é um guerreiro, sou fã, só tenho que agradecer a todos por essa oportunidade."

A luta desta madrugada foi marcada pelo equilíbrio do começo ao fim, apesar da expectativa de forte domínio de Jones, considerado uma das lendas do MMA. O americano, contudo, exibia ligeira vantagem ao longo das trocas de socos e chutes. Seu melhor momento aconteceu no terceiro round, quando chegou a derrubar Marreta.

No round seguinte, o brasileiro tentou acelerar as trocas de socos para se recuperar da queda e somar pontos. Mas não teve sucesso. Jones, mais cauteloso, administrou o confronto até o final, sem correr maiores riscos e confirmou a vitória por pontos.

No feminino, o grande confronto da noite reuniu a brasileira Amanda Nunes e a norte-americana Holly Holm. Desta vez, deu Brasil. Uma das principais atletas do MMA no mundo, Amanda nocauteou a rival aos 4m10s do primeiro round e defendeu o cinturão do peso-galo (até 61kg). Um chute alto na cabeça da rival abreviou o confronto e decretou o triunfo da brasileira.

Ao derrotar Cris Cyborg na madrugada deste domingo (no horário de Brasília) no UFC 232, Amanda Nunes entrou para a história. A brasileira se tornou a primeira mulher a ostentar dois cinturões da entidade em diferentes categorias, feito alcançado anteriormente apenas no naipe masculino, por Conor McGregor e Daniel Cormier.

O presidente do UFC, Dana White, se rendeu a Amanda Nunes e rasgou elogios à brasileira após o nocaute aplicado ainda no primeiro round, com menos de um minuto de luta, após uma sequência de socos.

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"É claro que ela eventualmente será uma Hall da Fama, olha o currículo dela. Ela é a melhor de todos os tempos", afirmou, em entrevista coletiva em Los Angeles, palco do evento. "Ela é a melhor de todos os tempos. Se você olhar os nomes de quem ela já bateu… Ninguém pode negar. Você pode tentar, mas ela é a melhor", acrescentou.

White ainda fez questão de elogiar Cris Cyborg e a luta que as duas proporcionaram, considerada a mais aguardada entre mulheres no MMA. "Você tem duas campeãs que lutam para ser a mais malvada, e trocam socos como essas. É a melhor coisa para ver", disse.

Cyborg, que estava invicta há mais de uma década no MMA, elogiou o desempenho da adversária e aproveitou a oportunidade para pedir a realização de uma revanche. "É claro que ela fez muito pelo esporte. Batalhou. Não teve o valor que deveria. Tomara que ela conquiste isso agora. Quem sabe não fui usada por Deus para abençoá-la", exaltou Cyborg. "É lógico que desejo a revanche. Se você perde, quer isso. Se não gostasse de lutar, não faria", acrescentou.

Além disso, Cyborg minimizou o peso da derrota no UFC 232 para a sequência da sua carreira. "Um dia perdemos, ganhamos em outro. Perdi, agora é voltar na academia e treinar. Não me afeta. Só me fará melhorar cada vez mais", concluiu a brasileira de 33 anos.

Amanda Nunes entrou no octógono do The Forum, em Los Angeles, na Califórnia, para fazer história na madrugada deste sábado para domingo (no horário de Brasília), no UFC 232. A brasileira quebrou a invencibilidade de 13 anos da compatriota Cris Cyborg e se tornou a primeira mulher campeã de duas categorias no UFC.

Para quem pensava que Cyborg era invencível, Amanda mostrou que está no auge de sua carreira e precisou de menos de um minuto para nocautear sua adversária. A "Leoa", que já tinha o cinturão dos galos, conquistou o título dos penas e passou a ostentar dois cinturões da principal organização de MMA do mundo. "Meu técnico sempre disse, fique calma, que quando sua mão direita entrar, ela vai para o chão", afirmou a lutadora após o combate.

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"Sou a primeira mulher a ser campeã de duas categorias do UFC. Eu sou a melhor. Dana White, agora eu quero ir para o Hall da Fama!", completou Amanda, que agora apresenta um cartel de 17 vitórias e apenas quatro derrotas no MMA.

A luta foi disputada em ritmo frenético, com troca franca de socos. Amanda acertou dois golpes que derrubaram Cyborg. A curitibana ainda se levantou, mas levou nova sequência de socos definiu o triunfo de Amanda. Foi o oitavo triunfo consecutivo da baiana, detentora do cinturão do peso galo do UFC desde julho de 2016.

Com a vitória em uma luta considerada a mais importante para a história do MMA feminino, Amanda espanta todas as dúvidas sobre o seu potencial dentro da maior organização da modalidade e conquista o posto de melhor lutadora da atualidade.

Comparada aos lutadores da categoria masculina, Amanda entre para o seleto grupo das estrelas Conor McGregor e Daniel Cormier, que conquistaram dois títulos simultâneos no UFC.

CONFIRA TODOS OS RESULTADOS DO UFC 232:

CARD PRINCIPAL

Peso meio pesado: Jon Jones venceu Alexander Gustafsson por nocaute no terceiro round

Peso pena: Amanda Nunes venceu Cris Cyborg por nocaute no primeiro round

Peso meio médio: Michael Chiesa derrotou Carlos Condit por finalização no segundo round

Peso meio pesado: Corey Anderson venceu Ilir Latifi por decisão unânime dos juízes

Peso pena: Alex Volkanovski derrota Chad Mendes por nocaute técnico no segundo round

CARD PRELIMINAR

Peso pesado: Walt Harris derrotou Andrei Arlovski por decisão dividida dos juízes

Peso pena: Megan Anderson venceu Cat Zingano por nocaute técnico no primeiro round

Peso galo: Petr Yan derrotou Douglas D'Silva por nocaute técnico

Peso leve: Ryan Hall venceu B.J. Penn por finalização no primeiro round

Peso galo: Nathaniel Wood venceu Andre Ewell por finalização no terceiro round

Peso médio: Uriah Hall venceu Bevon Lewis por nocaute no terceiro round

Peso meio médio: Siyar Bahadurzada venceu Curtis Millender por decisão unânime dos juízes

Peso galo: Montel Jackson derrotou Brian Kelleher por finalização no primeiro round

Para fechar o ano de 2018, o UFC traz um dos eventos mais aguardados da história da organização. Na madrugada deste sábado para domingo (no horário de Brasília), as campeãs brasileiras Cris Cyborg e Amanda Nunes estarão frente a frente no octógono do The Forum, em Los Angeles, na Califórnia, para protagonizar uma das maiores lutas de todos os tempos e marcar o auge do MMA feminino no Ultimate.

Em jogo estará o cinturão do peso pena, garantido por Cyborg em julho de 2017. A paranaense, que não sabe o que é uma derrota no MMA profissional há 13 anos, já fez três defesas de título e sua última vitória aconteceu em março deste ano, sobre a russa Yana Kunitskaya.

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Apesar da longa invencibilidade, Cyborg afirma que não pensa nos resultados anteriores. O foco é buscar uma evolução no esporte a cada desafio que enfrenta. "A invencibilidade é uma consequência e eu não penso nisso quando vou lutar. Tento fazer o meu melhor e vou sempre em busca da vitória", disse, em entrevista ao Estado.

Do outro lado, Amanda mantém o seu cinturão da categoria peso galo e tenta fazer história. Caso conquiste a vitória sobre a compatriota, ela se tornará a primeira mulher com dois cinturões dentro do UFC. Em seu cartel conta com 16 vitórias e apenas quatro derrotas.

"Estou preparada para encarar a Cyborg desde o dia em que pedi a luta e ansiosa na dose certa, nem muito ansiosa, nem muito tranquila. Bem focada no que tenho de fazer", garante Amanda, ciente de que precisa encontrar o ponto vulnerável de sua adversária. "Todo atleta tem um ponto fraco. A gente trabalhou bastante para estar atenta para, na luta, conseguir ser rápida e aproveitar qualquer situação", completa.

A luta entre as duas campeãs é considerada umas importantes para o MMA mundial, por se tratar dos melhores nomes da categoria feminina na atualidade. As brasileiras evidenciam a importância das mulheres dentro da organização e enaltecem o País, que carece de títulos masculinos.

Depois de grandes lutadores como Anderson Silva, José Aldo, Minotauro e Vitor Belfort levarem o nome do Brasil pelo mundo, chegou a vez das únicas campeãs do País representarem uma valorização que buscam há anos. Para os fãs, o encontro entre Cyborg e Amanda é tão aguardado quanto o retorno de Jon Jones, que encara Alexander Gustafsson na luta principal do evento.

MASCULINO - Cercado de polêmicas, o UFC 232 marca o retorno de Jon Jones ao octógono. A edição registra um novo caso de doping envolvendo o astro que comanda a luta principal desta madrugada, contra Alexander Gustafsson, pelo cinturão vago dos meio pesados, e uma repentina transferência do evento de Las Vegas para Los Angeles.

Desta vez, o norte-americano foi o motivo da mudança no evento após um exame antidoping encontrar resíduo da substância proibida turinabol em seu corpo. Assim, a Comissão Atlética de Nevada vetou a participação do ex-campeão apenas em Nevada, mesmo com a liberação da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), o que causou a transferência do evento para Los Angeles com apenas menos de uma semana para sua realização.

A USADA, responsável pelo controle antidopagem no UFC, assegurou que a quantidade de turinabol encontrada é residual da ingestão pela qual Jon Jones foi punido por 15 meses 2017 e insignificante para seu rendimento. Sendo assim, a decisão do Ultimate foi manter o seu show principal neste sábado.

Considerado um dos grandes nomes no UFC, Jon Jones acumula problemas fora dos octógonos. Sua punição em julho de 2017, após ser flagrado no antidoping, fez com que o lutador perdesse o título meio pesado. Dois anos antes, ele também chegou a ficar sem o cinturão.

Apesar das novas confusões, o americano garante que vai voltar a trilhar a trajetória que resultou em vitórias dentro da organização. "Depois que vencer Gustafsson, voltarei ao caminho em que sempre estive: o de ser um dos melhores de todos os tempos", afirma.

Amanda Nunes garantiu a quarta defesa do cinturão peso galo ao nocautear Raquel Pennington na noite deste sábado, no UFC Rio. A luta principal levou o público da Jeunesse Arena ao delírio e completou o show de vitórias brasileiras no evento.

No octógono, a desafiante suportou os duros golpes de Amanda até o quinto round. Foi no último assalto que a brasileira garantiu o nocaute e colocou mais uma vitória em sua lista de defesas.

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Antes, ela conquistou o título da organização ao derrotar Miesha Tate no histórico UFC 200. Depois, nocauteou Ronda Rousey e superou Valentina Shevchenko em duro combate de cinco rounds.

"Eu nunca tive uma luta assim antes. Tenho muito respeito por ela. Foi uma luta muito dura, mas vamos sair daqui amigas e tomar uma cerveja juntas", afirmou Amanda após a conquista. "Moro lá fora, mas defendo a bandeira do Brasil. Estou lá porque precisei seguir meu sonho, mas esse cinturão é nosso", completou.

Antes, Ronaldo Jacaré fez um dos combates mais duros da noite. Mas ele não conseguiu passar pelo norte-americano Kelvin Gastelum. Durando todos os assaltos, o duelo terminou com a vitória de Gastelum por decisão dividida dos juízes.

Após o combate, Gastelum falou em português com os fãs brasileiros. "Amo vocês, amo o Brasil", disse. "Estava cansado, mas é isso que eu tenho que fazer, entrar aqui e vencer. Espero lutar pelo cinturão", completou.

Quem também fez a festa no octógono foi Mackenzie Dern. Ela honrou sua chance de lutar contra Amanda Cooper após ultrapassar 3,2 kg do limite da categoria peso palha e garantiu a vitória e a realização de um sonho: vencer por finalização no primeiro round.

Em recentes entrevistas, a norte-americana naturalizada brasileira já havia afirmado que gostaria de garantir uma vitória como essa. Foi o que aconteceu, depois de acertar um cruzado de esquerda, levar sua rival para o chão e garantir a finalização com um mata-leão. "Teve meu peso, minha saída da equipe, mas, independente de qualquer coisa, eu queria o apoio de vocês e foi isso que me deixou muito feliz aqui", disse ao receber os aplausos do público.

Confira os resultados do UFC Rio:

CARD PRINCIPAL

Peso galo: Amanda Nunes venceu Raquel Pennington por nocaute

Peso médio: Ronaldo Jacaré perdeu para Kelvin Gastelum por decisão dividida

Peso palha: Mackenzie Dern derrotou Amanda Cooper por finalização

Peso galo: John Lineker venceu Brian Kelleher por nocaute

Peso médio: Vitor Belfort perdeu para Lyoto Machida por nocaute

A brasileira Amanda Nunes cumpriu o que prometeu na pesagem e calou o público que torcia para Ronda Rousey na T-Mobile Arena, Las Vegas, pela luta principal do UFC 207, sexta-feira à noite - madrugada deste sábado no Brasil. Sem tomar um golpe sequer, a brasileira, atual campeã dos peso galo, precisou de apenas 48 segundos para derrotar um dos maiores ícones do MMA com uma sequência de golpes e manter o cinturão da categoria. Foram 27 socos acertados com potência em Ronda. A veterana defendia com os braços abertos, deixando o rosto livre para ser acertado diversas vezes.

A Leoa, como é conhecida a baiana de 28 anos, começou o confronto com o que tem de melhor: a explosão. Partindo para cima de sua adversária, Amanda Nunes conseguiu conectar vários socos em Ronda, que pareceu estar sem ritmo de luta por conta do mais de um ano que ficou afastada do octógono.

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Depois de negar tocar as luvas no início do confronto, forma de cumprimento ao adversário, a norte-americana não conseguiu levar o confronto para solo, onde é sua especialidade, e se mostrou assustada. Visivelmente mais magra, ela até mostrou resistência e não chegou a cair em nenhum dos jabs e diretos certeiros recebidos, mas a luta teve que ser interrompida pelo árbitro Herb Dean ainda no primeiro round. Com a vitória garantida, Amanda Nunes colocou o dedo em frente a boca e pediu para o público se calar.

"Olha, eu realmente treino muito duro. Tenho que agradecer a American Top Team. Estou em outro nível hoje. É incrível, a gente conversou porque ela fez muito pelo esporte, ela tem uma história. Mas agora eu sou a campeã. Vocês têm que parar com essas coisas de Ronda Rousey, agora a campeã é a Amanda Nunes", disse a brasileira.

Ronda foi pioneira entre as mulheres no UFC, que só abriu espaço para o MMA feminino em 2013, chegando ao evento como campeã do Strikeforce. Medalhista de bronze no judô nos Jogos de Pequim, em 2008, a americana impressionou com cinco vitórias seguidas antes de 70 segundos de luta.

Tornou-se, então, a rainha do UFC, tão ou mais badalada que os campeões de categorias masculinas, a ponto de seu cachê para a luta desta sexta-feira ter sido de US$ 3 milhões, igualando o maior já pago pela organização. Ela, entretanto, vinha de surpreendente derrota para Holly Holm, em também menos de um minuto de luta, no UFC 193, em novembro do ano passado.

Já Amanda Nunes recebeu apenas US$ 100 mil de cachê para sua primeira defesa de cinturão. Ela se tornou campeã da categoria no UFC 200, quando derrotou Miesha Tate. "Sabia que a Ronda Rousey era grandiosa, mas ninguém vai tirar esse cinturão de mim. Em toda a minha preparação eu soube que ia ser a campeã.Sou a melhor lutadora do mundo. Podem parar com essa coisa de Ronda Rousey, ela vai se aposentar, vai fazer filmes, e eu vou continuar. Vocês tem que olhar para outras meninas. Eu sou a campeã", provocou.

Ainda não se sabe se Ronda continuará no esporte ou vai priorizar sua carreira como atriz. Em novembro, em uma de suas poucas entrevistas antes do confronto ela afirmou para a apresentadora Ellen DeGeneres, no programa The Ellen Show, que estava cansada das preparações para as lutas e que estava fazendo uma de suas últimas apresentações. "Quero que todos assistam, pois o show não vai durar para sempre", disse à época.

UFC apresenta as características das duas lutadorasO Ultimate Fighting Championship (UFC) fez a chamada para a grande luta desta noite de sexta-feira (30), entre a Campeã peso-galo e baiana Amanda Nunes com a temida americana Ronda Rousey. Além de Amanda x Ronda o UFC 207 ainda conta com a disputa de cinturão dos galos entre Dominick Cruz e Cody Garbrandt. O UFC 207 será transmitido pelo canal fechado Combate, às 22h15 - horário de Brasília.

As duas se encararam na pesagem e Ronda disse que a luta é muito importante para ela. "Significa tudo. Vou mostrar para todos que sou a verdadeira campeã. Estejam prontos para amanhã", disse ao UFC. A luta será direto de Las vegas, nos Estados Unidos e será a primeira do CARD PRINCIPAL. 

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Amanda X Ronda

Com direito a máscara de Leoa na pesagem, Amanda Nunes busca seu reconhecimento mundial no cenário do MMA após ter o título na categoria. A baiana se diz preparada e empolgada para enfrentar a adversária.

"Eu estou pronta. Não importa se ela está escondida, chorando ou treinando. Eu estou preparada para a luta mais importante da minha vida. Não sei o que acontece com ela, mas sei que vou entrar na luta para nocauteá-la e manter o meu cinturão", disse Amanda ao Combate.

Ronda Rousey sobe na balança pela primeira vez na frente dos fãs do UFC, e a lutadora peso-galo bateu 61,2kg. Depois de um tempo em que foi tida com imbatível, Ronda viu seu reinado estremecer no UFC 193 quando foi derrotada por Holly Holm.

A derrota abalou a esportista e a afastou do octógono e do estrelato por mais de um ano. Em guerra com a imprensa por ter criado uma personagem vilã das suas lutas, Ronda esteve fora da mídia por um bom tempo e não concedeu entrevistas sobre a UFC 207.  

Internautas

A UFC criou uma enquete nas redes sociais para saber quem deve levar o cinturão peso-galo, e de acordo com a escolha dos internautas mais de 372 pessoas escolheram Amanda Nunes. Ronda ficou com mais de 230 internautas que a escolheram para a disputa.

A internauta Maria Helena, disse "Ronda é INDESTRUTIVEl aquela luta com Holm foi armação do Dana para faturar bilhões". Já Tifanny Silva lembrou que "Amanda bateu numa das melhores lutadora de muay Tay, Valentina e na última luta finalizou Miesha Tate. Com um Belo ( MATA LEÃO), pois bem vamos fazer assim, Amanda vs ronda. A leoa continuará com o título dos galos", garante.

"Nunes fica com o cinturão por vários motivos ela tá mais técnica, só este ano fez quatro lutas perfeitas, sabe defende quedas perfeitamente e boa tanto em cima como agressiva em baixo é faixa preta de Fujitsu. É faixa marrom de judô, pois bem esses são uns dos motivos para ela permanecer com o titular dos galos que será  premiada como uma das lutadoras mais perigosas, inclusive a Cris cyborg", finaliza outra internauta. 

A expectativa pela volta de Ronda Rousey domina as mentes dos fãs de MMA nos últimos dias. A norte-americana enfrentará a brasileira Amanda Nunes nesta sexta-feira (30), em Las Vegas, pelo UFC 207. Seu último combate foi em 2015, contra Holly Holm, quando sofreu um duro nocaute e resolveu se afastar dos octógonos por um tempo.

A tarefa nesse retorno não vai fazer fácil. Fora dos combates há mais de um ano, Ronda encara a campeã do peso galo (61 kg), que já avisa: "Ela dominou por muito tempo e eu não tenho nenhum problema em dizer isso. Mas tudo mudou. Hoje a Ronda Rousey é uma lutadora como qualquer outra na divisão."

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Em entrevista exclusiva ao Estadão.com, a brasileira, que vem de uma excelente vitória sobre Miesha Tate, em julho deste ano, conta que é nesse confronto que ela tem de mostrar que o cinturão lhe pertence.

Você fez uma boa luta contra Miesha Tate e conquistou o cinturão do peso galo do UFC em julho deste ano. Agora, qual é a expectativa para enfrentar Ronda Rousey?

Eu vou ser campeã por muito tempo. Pedi essa luta para o UFC e sou muito grata por isso. Queria que minha defesa (do cinturão) fosse contra a Ronda. Ela dominou o MMA por muito tempo e não tenho nenhum problema em admitir isso. Mas tudo mudou, hoje ela é uma lutadora como qualquer outra na divisão, já foi o foco de muitas (lutadoras), mas agora o foco sou eu. As pessoas vão olhar para a Amanda como uma pessoa diferente.

Como está sua preparação para encarar a Ronda, que volta aos octógonos depois de um ano?

Minha preparação foi massa. Gosto de treinar tudo na academia, defesas de quadris, em cima, embaixo... Faço essas preparações para enfrentar todas as minhas oponentes. Foco em melhorar minhas armas e estar bem em todas as situações. E também me alimento muito bem, o que é importante.

Você acredita que o combate em Las Vegas durará todos os assaltos (cinco rounds)?

Sendo honesta, eu sou a melhor com certeza. Mas MMA é uma caixinha de surpresa. Estou preparada, estudei todos os pontos desta luta, e vai dar tudo certo para mim. Estou acostumada a ser a azarona. Desde minha primeira luta nos Estados Unidos, contra Julia Budd, era a azarona, acharam que ela ia me massacrar e eu a nocauteei em 14 segundos. E isso vai acontecer com a Ronda também. Talvez não tão rápido. Eu estou preparada para os cinco rounds.

Será a primeira luta da americana desde o duro nocaute que sofreu contra Holly Holm, em 2015. Acredita que essa lembrança pode influenciar no psicológico de sua adversária?

Honestamente, uma atleta como a Ronda é perigosa na ativa ou parada. Não penso nela como os outros estão pensando: "Ah, tem a mente fraca, não treinou o suficiente". Penso como uma atleta, que se preparou para lutar. Ela não é idiota. Se aceitou essa luta é porque está preparada. Como ela se preparou, eu também me preparei e faremos um grande show! E é isso que os fãs estão esperando.

Como está a sua interação com a torcida brasileira? Em seu perfil oficial nas redes sociais, os fãs demonstram a ansiedade para o dia da luta e destacam que você "precisa vencer para tirar os holofotes da Ronda". Vê esses comentários como mais um incentivo ou sente que está pressionada?

Nesta luta, por ser contra alguém que dominou durante muito tempo a categoria, as pessoas ainda pensam que ela pode voltar e fazer tudo o que fez no passado. E é nesse confronto que eu tenho de mostrar que esse cinturão me pertence, vai me elevar de patamar.

Você é especialista em boxe e jiu-jítsu, e sua adversária é temida pela chave de braço. Acha que a luta vai para o chão?

Sabemos que a Ronda tem um judô bom, umas quedas de quadril, um arm lock (chave de braço, em inglês)... Ela é boa nessa combinação, mas vai ser bem bloqueada e não vai ser efetiva. Vou bloquear todos os ataques dela e aplicar o meu.

A brasileira Amanda Nunes fará sua primeira defesa de cinturão do peso galo contra Ronda Rousey no UFC 207, que está marcado para 30 de dezembro, em Las Vegas. A confirmação da luta foi feita nesta quarta-feira (12), pelo presidente do UFC, Dana White.

A "Leoa", como é conhecida a brasileira, foi a protagonista do maior evento da história do UFC, em sua 200ª edição, quando se tornou a primeira atleta do País campeã da principal organização do MMA ao derrotar Miesha Tate, então detentora do cinturão peso galo. "Ronda Rousey foi considerada por muito tempo a melhor lutadora do peso galo. Teve uma grande derrota, mas ela ainda é Ronda Rousey. Derrotas ou vitórias acontecem", disse Dana em entrevista à Fox Sports americana.

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Com um cartel de 13 vitórias e quatro derrotas, Amanda Nunes já havia afirmado que gostaria de encarar Ronda. Já a norte-americana não entra no octógono desde novembro do ano passado, quando foi nocauteada por Holly Holm e perdeu o cinturão e sua invencibilidade de 12 lutas do UFC.

RONDA X CYBORG - Na mesma entrevista, o chefão do UFC disse que estuda o tão aguardado confronto entre Ronda e a brasileira Cris Cyborg. "Cyborg quer essa luta e Ronda quer essa luta também. O plano de Ronda agora é voltar e recuperar o seu cinturão. Se ela conseguir, a luta entre ela e Cris Cyborg acontecerá com certeza". No entanto, o dirigente não entrou em detalhes sobre qual peso este confronto ocorreria.

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O UFC 200 entrará para a história como o evento que coroou a primeira brasileira campeã do Ultimate. A baiana Amanda Nunes não tomou conhecimento de Miesha Tate na luta principal do evento, castigou a então campeã e conquistou o cinturão peso-galo fechando a conta com um mata-leão ainda no primeiro round.

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A “Leoa” começou a luta mais agressiva e conectou os primeiros golpes, ao passo em que frustrava as tentativas de queda da “Cupcake”. E quando a primeira direita entrou em cheio no rosto da americana, a brasileira não parou mais.

Amanda castigou Miesha com uma série de golpes e chegou a quebrar o nariz da americana, que recuava e tentava sobreviver à pressão. Tate resistia bravamente aos golpes da brasileira, que partiu então para o plano B, pegou as costas da adversária e finalizou o duelo com um justo mata-leão.

“Sempre tenho no que melhorar e tento fazer as coisas acontecerem na minha vida”, disse Amanda logo após o combate, “A Miesha é uma oponente dura. Todos sabem disso. Respeito muito a Miesha e sou a nova campeã. Por anos, trabalhei muito por esse momento. A sensação é incrível. Agora vou voltar para o Brasil, visitar minha família e levar esse cinturão comigo”.

Esta é a primeira derrota de Miesha desde 2013. Assim como sua antecessora, Holly Holm, ela perde o cinturão peso-galo sem nenhuma defesa de título bem sucedida.

“Ela sempre começa num ritmo forte, é muito perigosa no primeiro round e me pegou”, disse Tate sobre a brasileira após o duelo, “Amanda é uma lutadora muito perigosa. Cometi alguns erros. Fui descuidada e isso me custou caro”.

Com a vitória, Amanda se torna a primeira brasileira a conquistar um cinturão do UFC, e o Brasil leva para casa as duas cintas que estiveram em jogo no UFC 200.

Do UFC.com.br

SALVADOR (BA) - A atleta baiana, natural do municipio de Pojuca, Amanda Nunes, será a primeira lutadora brasileira de Mixed Martial Arts (MMA) contratada pelo Ultimate Fighting Championship (UFC). A lutadora competirá neste sábado (3), no Rio de Janeiro, antes da luta de José Aldo, dono do cinturão do UFC na categoria dos pesos penas contra o atleta Zumbi Coreano.

Conhecida no meio esportivo como a “Leoa dos Ringues”, Amanda, já foi campeã mundial, sul-americana e brasileira de jiu jitsu, além de vice-campeã brasileira de boxe na categoria peso pena. A atleta é treinada há cinco anos pelo treinador de boxe e Policial Militar, Gilmar Mota, que acompanhará sua estreia no UFC, na luta contra Sheila Gaff, da Alemanha. “Sinto-me feliz por participar desse momento, sempre acreditei em Amanda, e agora depois de muita batalha ela conseguiu chegar ao UFC, que é o maior evento de MMA do mundo”, destacou o treinador. 

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