Tópicos | umbandistas

Após uma imagem de São Jorge ter sido destruída a pedradas em uma praça de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, fiéis da umbanda e do catolicismo realizaram um ato simbólico no local onde a escultura foi vandalizada, na noite de terça-feira (26). O encontro teve como objetivo defender a liberdade de expressão, crença e mostrar que diferenças entre práticas religiosas podem coexistir em respeito. Uma missa foi realizada, à ocasião, pelo bispo auxiliar Dom Catelan. A informação é do jornal O Globo.  

Após a missa, o grupo caminhou em uma procissão de cerca de 300 metros até a Praça Ana Lima, conhecida como Praça do Chafariz, onde a imagem depredada ficava protegida por uma espécie de redoma de vidro. “É muito importante que continuemos unidos contra o preconceito e a violência. O verdadeiro amor de Deus está nos nossos corações”, orientou o bispo Catelan. 

##RECOMENDA##

A reunião também contou com a participação do deputado estadual Átila Nunes (MDB), relator da CPI da Intolerância Religiosa na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e do babalorixá Márcio de Jagun, responsável pela Coordenadoria Executiva da Diversidade Religiosa (Cedir) do município do Rio. Durante o evento, a praça ganhou uma nova imagem de São Jorge, doada pelo parlamentar. 

“O ato foi verdadeiramente ecumênico, com a união de fiéis da Umbanda e do Candomblé. Com certeza a fúria do preconceituoso que destruiu a imagem está ligada ao espetáculo do carnaval deste ano, quando a religiosidade afrobrasileira foi valorizada com a consagração das suas divindades”, afirmou Átila Nunes. 

O Cedir encaminhou o caso à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Agentes da especializada buscam imagens de câmeras de segurança instaladas por comerciantes e prédios da região para tentar identificar os responsáveis pelo ataque à imagem do Santo Guerreiro. 

O caso 

A imagem de São Jorge, na Praça do Chafariz, em Irajá, foi depredada por vândalos. A informação foi confirmada pelo pároco da igreja local Nossa Senhora da Apresentação, padre Bruno Viana. A escultura foi destruída pelos criminosos a pedradas, dois dias após a data que homenageia o santo, dia 23 de abril. De acordo com o pároco da igreja São Jorge, em Quintino, padre Dirceu Rigo, há preocupação com a falta da liberdade para expressar a crença. 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando