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O coordenador do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados que discute uma proposta de Reforma Política, Cândido Vaccarezza (PT-SP), criticou nesta terça-feira (24), a nota divulgada pela Executiva Nacional do PT orientando as bancadas no Congresso Nacional a obstruírem a proposta da minirreforma eleitoral proveniente do Senado. Ignorando que a posição da direção do partido também abrange os trabalhos do grupo coordenado por ele, Vaccarezza disse que o PT erra ao se posicionar contra o projeto do Senado porque isola o partido no Parlamento. "Eu acho uma impropriedade a Executiva do PT, sem um aprofundamento maior do debate, decidir contra o texto do Senado", atacou.

Condutor de uma proposta de minirreforma eleitoral que não foi à votação na Câmara, Vaccarezza disse que seu projeto "subiu no telhado" e que não há mais tempo de discutir outro texto a não ser o que já passou pelo crivo dos senadores. Ele lembrou que o próprio PT no Senado votou à favor da minirreforma. "Se não votar a proposta do Senado nesta semana, não vamos ter nenhuma alteração eleitoral (para 2014)", insistiu.

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Vaccarezza negou que tenha sido "enquadrado" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a proposta de Reforma Política ainda em formatação na Câmara. O petista disse que teve uma conversa "amigável" com Lula na véspera e que havia solicitado o encontro porque queria "amarrar" os pontos em torno da discussão do sistema eleitoral, próximo item da pauta do Grupo de Trabalho. Assim como Lula, Vaccarezza disse também ser contra o fim da reeleição (proposta encampada no Grupo de Trabalho). "Foram divulgados fatos que não sei de onde saíram", reclamou.

O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), flagrado enviando mensagem pelo celular ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), durante sessão da CPI do Cachoeira, justificou o torpedo, alegando que não se trata de blindagem (do peemedebista) e que a mensagem foi enviada num momento de irritação com o PMDB. "A mensagem pessoal foi num momento de irritação, de discussão com o PMDB", disse o deputado em entrevista à rádio Estadão/ESPN nesta sexta-feira.

Além de justificar a mensagem, o deputado petista defendeu o governador do Rio de Janeiro: "Cabral não teve nenhuma citação telefônica em nome dele, não tem nenhum envolvimento com a quadrilha do Cachoeira." E frisou: "Tenho tranquilidade pra defender Cabral porque não tem nada contra ele."

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O parlamentar petista disse que até o momento só existe motivo para convocar o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), integrante do partido de oposição ao PT. E destacou que não houve acordo para proteger os governadores envolvidos nas escutas que vazaram para a imprensa. Além de Cabral e de Perillo, o governador do Distrito Federal, Agnello Queiroz (PT), também teve seu nome envolvido nessas gravações.

Vaccarezza disse também que não se pode fazer da CPI um motivo para devassar a vida das pessoas. "Quebra sigilo, convoca, submete à humilhação e chega lá e não tem nada. Tem de ter certeza que o cidadão está envolvido pra convocar", disse, reiterando: "não estou blindando Cabral porque ele não faz parte dos investigados".

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