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A estudante de Artes Visuais da UFPE, Ana Flávia Mendonça, participa do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) com sua exposição "Vaginas-Flores", que associa as formas do aparelho reprodutor feminino àquelas que podem ser encontradas nas flores. Com a proposta de desafiar o tabu que ainda existe em torno do corpo feminino, a exposição, na época com 21 peças, já havia sido levada às unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Casa Amarela e Petrolina, durante a 9ª edição do UNICO – Salão Universitário de Arte Contemporânea do Sesc.

“Para o Festival de Inverno, irei levar 45 unidades. Espero ter um dia 100, 200, 500 vaginas. Quem sabe até fechar uma galeria com essa exposição”, ambiciona Ana Flávia. Para criar as peças, a artista conta que ouviu histórias de vida de outras mulheres, as quais considera sua maior inspiração. “Seja uma avó ou uma professora, por exemplo, partiu da admiração por mulheres próximas. À medida em que a ideia foi crescendo, começaram a participar pessoas desconhecidas, e foi incrível essa troca. Também teve gente que viu a primeira versão da mostra e quis participar. Com o tempo perdi o controle disso, e passaram a me procurar bastante”, revela, em entrevista ao Portal CulturaPE.

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Espelhos propõem reconhecimento do público com as peças. (Divulgação)

Repleta de espelhos, a instalação incentiva o reconhecimento entre mulheres, além dos relatos daquelas que foram representadas nas obras. “Quando elas eram convidadas recebiam junto à carta de convite um espelhinho, que era para se olharem e se conhecerem ou reconhecerem. Foi um processo bem mágico. Os relatos de cada mulher estarão pendurados juntos aos espelhos de cada uma”. 

As peças são compostas de cerâmica, barros e pastas de diferentes cores, utilizadas com a intenção de buscar diferentes tonalidades de pele. A exposição Vagina-Flores está montada na Casa Galeria Galpão (Avenida Dantas Barreto, 120), em Garanhuns, das 16h às 22h.

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