Um circo que chega à ilha de Fernando Noronha é o cenário do novo filme de Lírio Ferreira, Sangue Azul, que tem como protagonista um homem-bala. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro, Lírio faz parte da geração de cineastas pernambucanos surgida na década de 1990, já tendo assinado produções como Baile Perfumado (1997), Árido Movie (2005), Cartola - Música para os olhos (2007) e O homem que engarrafava nuvens (2009).
Em Sangue Azul, que terá locações na própria ilha onde se passa a história, o diretor também assina o roteiro, que narra o retorno de Zolah e o circo a Fernando de Noronha depois de 20 anos. Temerosa de que uma atração proibida se desenvolvesse entre os filhos, a mãe de Zolah entregou o filho ainda pequeno para Kaleb.
Para Lírio, a escolha pelo universo circense se deve ao desaparecimento dessa arte, embora haja resistência. "Existem determinadas maneiras de se fazer cinema que também andam ameaçadas de extinção. Talvez falar de circo seja um meio metafórico de falar desse cinema com os dias contados", diz o cineasta.