Ricardo Antunes

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Política com Inteligência

Perfil: Jornalista, formado pela UFPE com especializaação em jornalismo politico pela Universidade de Brasília e Georgetow University (EUA). Passou pelas principais redações de Recife e Brasília e foi observador eleitoral pela OEA.

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O peso de cada um

Ricardo Antunes, | ter, 17/07/2012 - 18:06
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Os primeiros movimentos da campanha atípica à prefeitura do Recife este ano – quando o ocupante da cadeira municipal foi impedido pelo próprio partido de buscar a reeleição – mostra situações diferentes em que se enquadram os principais candidatos.

O maior peso, fora de qualquer dúvida, recai sobre o senador Humberto Costa. Inventado como “tertius” depois do desgaste do bate-chapa entre o prefeito João da Costa e o ex-tudo Maurício Rands, Humberto enfrenta as ruas com a responsabilidade de defender o legado de 12 anos de poder petista no Recife.

Para tanto, terá que se equilibrar entre a explicação da substituição de João da Costa e os argumentos que façam o eleitorado continuar acreditando no PT como a melhor opção para a cidade. Não vai ser fácil. A contradição interna da crise que rachou o partido no estado, e as mágoas do prefeito, de Rands e dos aliados e seguidores de ambos, podem atrapalhar muito a missão do senador, que chamou o ex-prefeito João Paulo para vice exatamente para tentar salvar a imagem da unidade partidária.

Em seguida, os ombros de Mendonça Filho são os mais castigados. Com a atribuição de defender a oposição realizada em três mandatos consecutivos do PT, precisa reduzir a carga conservadora associada ao seu nome e ao partido (neste sentido, a escolha do vice poderia ter sido um pouco mais criteriosa).

A missão de Geraldo Júlio é menos espinhosa. De todos os candidatos, é o mais inexperiente, apesar de representar o maior conjunto de forças na campanha, atraídas pelo brilho do governador Eduardo Campos. Um bom desempenho e até o favoritismo pode lhe ser atribuído, mas como qualquer revés seria debitado da inexperiência, seu desgaste seria menor, por exemplo, do que o que recairia sobre o governador, que faz da conquista da capital pelo partido mais um degrau na sua escalada para o Palácio do Planalto.

Por fim, o neotucano de verde plumagem, Daniel Coelho, corre por fora, como franco atirador, à espera de algum efeito surpresa diante das atribulações que tomaram conta dos governistas e da briga que se acirra entre o PT e o PSB. Com a certeza de quem é, dos quatro, o que menos perde o sono, Daniel, no mínimo, eleva o recall na capital e garante, quem sabe, o mandato de deputado federal em 2014.

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