Há 460 - 367 a.C, o pai da medicina Hipócrates já falava “O vinho é uma coisa maravilhosamente apropriada ao homem, tanto na saúde como na doença, se bebido com moderação e na medida exata, conforme a constituição de cada indivíduo.”
O vinho pode ser considerado um alimento funcional. Alimento funcional é aquele que possui substâncias boas ao organismo podendo evitar doenças. Classicamente, o vinho é definido como uma bebida resultante da fermentação alcoólica do mosto (suco) de uva, contendo geralmente de 10 a 15 % de álcool, podendo alcançar até cerca de 20% no caso dos chamados vinho fortificados (vinho do Porto, Jerez e outros).
Ações benévolas do vinho para a saúde só ocorrem se ele for ingerido com moderação, regularmente, junto com as refeições e por quem não tenha contra indicação ao uso de bebidas alcoólicas. Os efeitos benéficos do vinho se devem ao baixo teor de álcool e muito aos polifenóis e sua convivência harmônica com outros compostos.
As virtudes terapêuticas do vinho para os homens beneficiam também as mulheres. Esta bebida reserva alguns fatores exclusivos para elas. Mulheres que bebem vinho moderadamente e com freqüência, junto com as refeições, têm 50% menos chance de desenvolver câncer de ovário, tem atenuado as manifestações do climatério e menopausa. Outra dádiva do vinho para as mulheres é sobre a pele, órgão que mais expõe as crueldades do envelhecimento.
Os polifenóis do vinho melhoram muito a consistência e a elasticidade da pele: isso por que eles inibem a colagenase e a elastase, duas enzimas que destroem o colágeno e elastina, responsáveis pela consistência e elasticidade deste órgão de revestimento. Além disso, eles melhoram muito a hidratação da pele, dando-lhe mais vida.
Suas propriedades medicinais hoje são consideradas inclusive por cardiologistas, que têm recomendado a bebida com freqüência, principalmente para as pessoas com idade acima da faixa etária de 30 anos quando o risco de doenças cardiovasculares aumenta. O vinho pode ser responsável pela elevação das lipoproteínas de alta densidade (HDL) no sangue, o que na linguagem popular significa o "bom colesterol", além de diminuir a agregação das plaquetas nas paredes internas dos vasos sanguíneos, associados aos dois efeitos do produto o resultado será sempre benéfico à proteção do aparelho cardiovascular. "Está provado que ao ser consumido moderadamente, o vinho diminui os riscos de doenças coronarianas (infartos), além de prevenir a ação de tromboses, derrames e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos".
O Resveratrol, um dos cerca de 200 polifenóis já identificados no vinho e o mais estudado tem uma ação varredora de radicais livres 10.000 vezes superior ao Tocoferol (Vitamina E). Por essa impressionante ação antioxidante é fácil de entender o efeito protetor que o vinho desempenha sobre todos os processos naturais de envelhecimento.
A uva preta, principalmente a casca, tem grande concentração dessas substâncias que são, na verdade, o seu mecanismo de defesa contra as pragas, insetos e fungos. Como entram na composição do vinho, elas repassam esse benefício para o mesmo que, por sua vez, através da ação do álcool que ele contém, permitiria a conservação dos polifenóis e sua melhor absorção.
Cada pessoa é um indivíduo diferente. O ideal é antes de tomar qualquer medida conversar com seu médico e/ou nutricionista.