O setor de bens duráveis não vive um de seus melhores anos no período recente em Recife, ao compararmos a demanda potencial de bens duráveis (Eletrodomésticos, Eletrônicos, Informática, Móveis, e Veículos), percebemos uma demanda em um patamar inferior a verificada no mesmo período de 2012. Como pode ser visto no gráfico abaixo:
Fonte: PMEC – Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau
No ano de 2012 a média mensal da demanda espontânea de bens duráveis em Recife era de 12,8%, neste ano tal média não ultrapassa os 8,04%. O baixo nível de crescimento da economia, inflação, etc., parecem ter impactado na confiança do consumidor que está mais cauteloso em relação às compras.
No entanto, tal retração varia de segmento para segmento e de produto para produto, por exemplo: Eletrodomésticos é historicamente o grupo de duráveis mais demandado segundo a PMEC-IPMN, dentro deste grupo, percebe-se comportamentos diferentes, a geladeira, apresenta retração da demanda potencial de (14,4%) nos últimos 12 meses, por outro lado, o ventilador, apresenta elevação de (6,5%) no mesmo período.
Ou seja, o cenário pessimista não tem impactado os duráveis na mesma proporção, um claro comportamento pode ser identificado, o consumidor tem preferido itens de menor valor agregado nestes tempos inflação e modesto desempenho da economia, de forma a evitar o maior endividamento trazido por uma compra a prazo de um item de elevado valor agregado ou a descapitalização no caso de uma compra a vista.
Cabe ao comércio explorar as vendas de itens de mais baixo valor agregado e torcer por uma melhora da confiança do consumidor nos últimos meses do ano.
LeiaJá é um parceiro do Portal iG - Copyright. 2024. Todos os direitos reservados.