Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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Dilma agiu corretamente

Magno Martins, | sex, 15/11/2013 - 00:00
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Palmas para a presidente Dilma que, contrariando prognósticos de seus próprios aliados embriagados pelo período pré-eleitoral, vetou integralmente o projeto que devolvia às assembleias legislativas o poder de criar novos municípios.

Dilma se baseou numa recomendação da equipe econômica de que a medida seria muito expansiva, acarretando em aumento nas despesas do Estado com a manutenção da estrutura administrativa e representativa. Certíssima!

Não é hora de tratar do assunto. Se há distritos que cresceram muito e têm perfil de município, essas emancipações podem se dar em outro momento. A matéria, portanto, não tem urgência.

Embora o projeto tenha sido alterado para melhor no Congresso, incluindo, por exemplo, a realização de plebiscito, novos municípios representam mais despesas e dependência da União.

Boa parte das demandas de emancipação tem também um viés eleitoral, estando por trás o interesse dos seus autores, intérpretes ou mensageiros em virarem candidatos a prefeito. Corajosa e aplicada, Dilma precisa, entretanto, rever o conceito do seu Governo em relação aos municípios.

Em sua grande maioria, os municípios estão sendo tratados como patinhos feios, penam de pires nas mãos, especialmente depois da redução do IPI. A base municipal está num processo irreversível de falência e por isso mesmo autorizar criação de novas estruturas municipais, como deseja o Congresso, é uma tremenda contradição.

NA PRESSÃO– O Congresso vai peitar a presidente Dilma diante do seu veto à criação dos novos municípios. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), começou, ontem, a receber pressão de lideranças nordestinas ressabiadas com a decisão do Planalto. Deputados estaduais já organizam caravanas para irem a Brasília estimular o Congresso a derrubar o veto.

Olho na missa e no padre– O presidente estadual do PSDB, Sérgio Guerra, admite que o partido possa ter candidato próprio a governador, lançando o deputado estadual Daniel Coelho. O tucano, entretanto, ressalta que o partido, majoritariamente, deseja apoiar o candidato do governador Eduardo Campos.

Confiante na reversão– Afastado pela justiça eleitoral, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), evitou dar declarações, ontem, tão logo o presidente da Câmara tomou posse em caráter provisório. Lóssio recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e está seguro de que reverte a sua cassação por considerar que o TRE sofreu interferências externas no julgamento.

Internet nos povoados- O governador apresente, hoje, o cronograma de implantação do serviço de telefonia e internet 3G nas vilas e povoados como parte do programa Pernambucano de Inclusão Sociodigital- Conexão Cidadã, que agora contará também com infraestrutura de rede baseada em telefonia móvel. O ato será às 10 horas, no Centro de Convenções.  

No enfrentamento– O deputado Gonzaga Patriota (PSB) ficou uma arara com a presidente ao ser informado do seu veto à criação dos novos municípios. “Dilma vai ficar desmoralizada. Nós vamos reagir e derrubar o seu veto”, prometeu Patriota, para quem a presidente deixou de cumprir um acordo acertado com os líderes governistas na Câmara e no Senado.

CURTAS

VISITA– O deputado Augusto Coutinho, presidente estadual do Solidariedade, arregimentou vereadores da oposição e faz, hoje, uma visita às obras inacabadas do estádio de Rio Doce, em Olinda. O projeto custou R$ 7,1 milhões, com recursos do Ministério dos Esportes, mas está completamente abandonado pela Prefeitura de Olinda.

UNICEF– O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), foi quem falou, ontem, em nome dos 31 prefeitos contemplados pelo Selo UNICEF, na solenidade em Palácio com o governador Eduardo Campos. “Independente da premiação, nós, gestores, temos a obrigação de governar contando com a participação social”, destacou.

Perguntar não ofende: Renan vai derrubar o veto de Dilma aos novos municípios?

 

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