Djalma Guimarães

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Seu Bolso

Perfil:Economista pela UFCG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Docente, Projetista e Consultor Empresarial da i9 Projetos.

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Parada na hora certa

Djalma Guimarães, | seg, 16/09/2013 - 09:39
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Nos últimos meses um grupo de empresas que prometia uma forma de enriquecimento rápido e fácil, deixou o caderno/página de economia dos meios de comunicação para o caderno/pagina policial, as empresas de “Marketing Multinível”. As opiniões a respeito deste tema são as mais diversas possíveis, de um lado, temos os indivíduos que não creem nas promessas de enriquecimento rápido e fácil prometidas nestes esquemas e por outro lado, existem ferrenhos defensores de tais negócios.

Neste mês de setembro o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau estudou a percepção do recife sobre tais negócios.

Em linhas gerais, os entrevistados se mostraram contrários a tais “esquemas de negócios”, considerados pirâmides financeiras por 57,2% dos entrevistados, bem como, os principais resultados de tais investimentos para o recifense são: endividamento, prejuízo e problemas na justiça, o enriquecimento só foi lembrado por 27% dos entrevistados.

Este é um tipo de negócio muito popular nas classes médias da sociedade, predominando na classe B. 57% das pessoas que afirmaram ter participado de tais esquemas de investimento são da classe B, e 38,2% da classe C.

Segundo a pesquisa, 18,4% dos entrevistados afirmaram que já investiram em tal tipo de negócio, destes 34,6% dos entrevistados disseram que não conseguiram recuperar o valor aplicado em tais investimentos.

Ao analisar os mais prejudicados com a derrocada de tais esquemas por classe social, percebe-se que foram as classes médias B e C, que possuem o maior percentual de indivíduos que não recuperaram o valor investido.

Em outro momento da pesquisa as pessoas que participaram de tais esquemas foram indagadas se estavam arrependidas de haverem entrado em tais esquemas, 30,8% se disseram arrependidas.

Neste caso também percebe-se que o arrependimento continua maior na classe B, classe que possui segundo a pesquisa a maior proporção de investidores.

 Tais informações parecem corroborar para a ideia de que a intervenção judicial em tais empresas veio a contento, pois, com o passar do tempo existia a tendência de que mais pessoas de classes mais baixas na pirâmide social, pessoas com menor acesso a informação fossem seduzidas pelas promessas de tais esquemas. Logo,  no momento da quebradeira, as pessoas de renda mais baixa pagassem uma parte maior do ônus que historicamente acompanha a quebra em tais esquemas de investimento. 

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