Chegam notícias do Planalto de que o PT encomendou pesquisa esta semana para medir o impacto da aliança Eduardo/Marina. Se o levantamento for de imediato, ou seja, indo a campo a partir de hoje ou ontem mesmo, não refletirá a realidade, porque o grosso segmento da população, ou seja, a maioria, não tomou conhecimento.

O fato se deu num sábado, portanto fim de semana, quando as pessoas se desligam e costumam sequer ligar a tevê, o maior veículo de massa, para acompanhar o noticiário.

Além disso – e o mais importante – Marina e Eduardo ocupam na próxima quinta-feira uma rede nacional de rádio e TV, de 10 minutos. Trata-se do programa do PSB do segundo semestre, que o partido tem direito segundo rege a lei eleitoral.

O programa, aliás, já estava praticamente pronto e teve que sofrer uma mudança radical, pela qual até ontem os marqueteiros socialistas estavam enlouquecidos. Tudo porque o TSE exige a entrega do material 48 horas antes do dia da exibição, portanto hoje.

Eduardo e Marina mal tiveram tempo de gravar, mas saindo um programa de qualidade ou improvisado o fato é que terá repercussão, chegando à casa da grande maioria dos eleitores que não têm acesso a jornal, internet e outros canais de informação.

A primeira pesquisa presidencial após a oficialização do fato mais importante desta fase pré-eleitoral na corrida presidencial, a rigor, somente será palatável e avaliada cientificamente se traduzir o sentimento e os efeitos do programa em que Eduardo e Marina aparecerão juntos, de mãos dadas, pela primeira vez.

DEVOLVENDO– Na quinta- feira que vem, o PTB reúne a executiva estadual para colocar em discussão a entrega dos cargos que ocupa no Governo Eduardo e na Prefeitura do Recife. “Queremos mais liberdade e independência”, prega o senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato a governador. Para ele, o gesto de devolver os cargos não leva necessariamente o PTB ao rompimento com o Governo.

Inocêncio candidato?– Quem imaginou que o deputado Inocêncio Oliveira havia vestido o pijama após anunciar que não concorreria mais a reeleição, enganou-se. A grande estrela do próximo programa do PR em rede estadual será ele. Inocêncio sofreu uma nova recaída picado pela mosca azul?

Repercussão– Desde que fechou a aliança com Marina, o governador Eduardo Campos não consegue dar conta da grande demanda de telefonemas do País. Governadores, senadores, deputados, prefeitos, lideranças empresariais e sindicais, enfim, manifestam grande confiança no sucesso da empreitada. “Até do Exterior ele recebeu ligações”, diz uma fonte.

Pé na estrada- Depois de cumprir agenda dois dias em Pernambuco, Eduardo desembarca, amanhã, em Brasília, para uma série de compromissos políticos ao lado da ex-senadora Marina Silva. Devem discutir uma pré-agenda para percorrer o País até o final do ano, dando preferência aos três grandes colégios eleitorais – São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

Nova cirurgia – O presidente estadual do PSDB, Sérgio Guerra, se submete, hoje, em São Paulo, a uma nova cirurgia na cabeça. Desta feita, segundo ele, será uma intervenção bem menor em relação à primeira, para extirpar um nódulo identificado em exames pela sua equipe médica.

CURTAS

MAIS MÉDICOS– O secretário de Saúde, Fernando Figueira, discute, hoje, em Brasília, a ampliação do programa “Mais médicos” em Pernambuco, num encontro que terá a presença dos presidentes do Sindicato dos Médicos e do Conselho Regional de Medicina (Cremepe).

NA CORTE– Cheguei ontem a Brasília e fico esta semana acompanhando os desdobramentos da aliança Eduardo/Marina. Vamos acompanhar, inclusive, a super agenda do governador com a sua nova aliada, amanhã. O inesperado acordo acendeu o caldeirão político da corte.

Perguntar não ofende: Quem Eduardo vai escolher para enfrentar a candidatura de Armando a governador provavelmente com o apoio de Dilma e Lula?