Há muito tempo o intervalo entre temporadas, período mais propício para negociação de jogadores, não era tão fraco. Usando termos de economia, o mercado está em baixa e os investidores estão receosos em aplicar grandes recursos.
O futebol parecia ser um mundo paralelo devido aos valores astronômicos utilizado em suas transações. A pouca fiscalização e transparência fizeram do esporte uma paraíso para aproveitadores e pessoas de outro ramo que viam na atividade um bom negócio para a livre circulação de suas riquezas. Parecia que nada poderia abalar esse mundo de grandes cifras.
Em 2011, por exemplo, as 11.500 transferências realizadas por todo o mundo movimentou um pouco mais de três bilhões de dólares. Mas a crise financeira que assolou boa parte da Europa parece que afetou o futebol somente agora. E isso está refletindo no Brasil. Duas das principais portas de entrada para jogadores brasileiros no Velho Continente, Portugal e Espanha, foram duramente atingidas pela crise.
Diante deste cenário, salários dos jogadores estão diminuindo e transações de vários dígitos estão cada vez mais raras. Principal destaque do Campeonato Brasileiro do ano passado, o atacante Walter receberia cerca de R$ 300 mil por mês caso o acordo com o Fluminense tivesse dado certo. O Sport também tem interesse no pernambucano, mas será que o jogador, que ficou famoso por sua habilidade e quilos a mais, vale todo esse dinheiro?
Com a dificuldade de contratação de grandes nomes, os clubes deveriam olhar com maior carinho para as suas categorias de base. Porém, como não foram tratadas com a devida atenção, é difícil que de lá saia a solução para o problema das equipes.
3 dentro
- Sport. Dos quatro representante pernambucanos na Copa São Paulo de Futebol Júnior, apenas o rubro-negro se classificou para a próxima fase. Os meninos da Ilha do Retiro ainda não perderam nenhum jogo na competição.
- Fifa. Como apenas jogadores que atuavam na Europa recebiam o prêmio de melhor jogador do mundo em uma temporada, a entidade resolveu homenagear Pelé, entregando-lhe uma Bola de Ouro especial.
- Santa Cruz. Mesmo com dificuldades para conseguir contratar novos jogadores, o Tricolor do Arruda foi bem ao fechar com dois atacantes. Léo Gamalho e Cassiano chegam ao time brigando pela titularidade.
3 fora
- Sport. O primeiro jogo do rubro-negro em 2014 não deixou o torcedor muito satisfeito, diferente do que afirmou o técnico Geninho. O empate em 1x1 com o Confiança-SE mostrou deficiências antigas do time. Jogadores da base mostraram a mesma ineficiência, porém alguns dos novos contratados mostraram boas qualidades.