O que move o futebol é a paixão. Esse inexplicável sentimento faz brutamonte chorar, tímido soltar urros e mais educada das pessoas dizer impropérios jamais pensados antes. Porém, algumas coisas podem ser mais bem avaliadas, para benefício próprio e o bem estar da sociedade.

Quem circula pelas principais ruas do Recife entre as 17h e 20h em qualquer dia da semana sabe que basta dez minutos de chuva, um galho de árvore caído ou a falta de sincronia dos semáforos para uma já penosa volta pra casa virar uma marcha lenta pelo purgatório.

A “invasão” de uma torcida ao aeroporto é bonita. Nos jornais do dia seguinte saem fotos deslumbrantes do feito. Ruas coloridas e todo o amor dos torcedores em uma via pública serve para alguns mostrar a grandeza e o fanatismo dos apaixonados pelo clube. Mas o que era pra ser uma festa vira transtorno. O que se viu nesta quarta-feira foi tumulto, trânsito caótico, pessoas com medo de perder voo.

O time tricampeão da Copa do Nordeste chegou três horas após o horário previsto. Foram três horas de aglomeração em frente ao aeroporto sem justificativa, como também não se explica o que leva uma pessoa a arremessar pedras para dentro do terminal de cargas.

Se a razão fosse colocada à frente da emoção, a própria diretoria rubro-negra e os gestores de serviços públicos como CTTU, Bombeiros e Polícia Militar recomendariam que os torcedores se encaminhassem para a Ilha do Retiro e lá o time desfilaria com o troféu pelo campo. Enquanto os jogadores não chegassem, atrações poderiam ser oferecidas como shows ou exibição dos times de base.

Para a equipe, que tem uma partida decisiva dentro de poucos dias, também seria um benefício. O desgaste seria menor. Já não basta toda a espera que tiveram que passar ainda em Fortaleza.

Quem em novos títulos, independente do time que o conquiste, seja repensada as formas de demonstrar toda a alegria de uma vitória.

3 dentro

- Eduardo Baptista. Pegou um time desmotivado e sem rumo e conseguiu fazer um grupo vencedor com as mesmas peças. Mérito para aquele que mudou a estrutura tática e psicológica do elenco em seu primeiro trabalho como treinador.

- Durval. O retorno do zagueiro coincide com a volta de títulos para o Sport. Com um estilo clássico e seguro, hoje é um dos grandes ídolos da torcida rubro-negra e considerado por muitos o melhor jogador da Copa do Nordeste.

- Neto Baiano. O atual xodó da torcida foi decisivo para a conquista do título. É um jogador que sai do senso comum, tanto nas palavras, como na forma física. A raça demonstrada em campo lhe dar uma maior identificação com os rubro-negros.

3 fora

- Barcelona. 2014 é um ano para ser esquecido pelo time catalão. A equipe que impressionou o mundo em um passado recente se tornou previsível para os adversários. Não bastasse os escândalos fora das quatro linhas que o clube vem enfrentando, os resultados dentro de campo contribuem para a desconfiança dos torcedores.

- Botafogo, Flamengo e Atlético-PR. Pensar que times brasileiros perderiam vagas na fase de mata-mata da Libertadores para equipes da Bolívia e do México seria tratado como um devaneio anos atrás. Hoje essa é a realidade, onde elencos medianos disputam o principal torneio continental das Américas.

- Asapha Powell. O ex-recordista dos 100m rasos foi pego no exame antidoping e ficará 18 meses longe do esporte. Em seu teste foi encontrado oxilofrina, um estimulante proibido para o esporte. Segundo o jamaicano, o motivo para teste ter dado positivo foi um novo suplemento alimentar dado por seu preparador físico.