Sendo a TI fator fundamental às operações do negócio, bem como para as estratégias organizacionais, torna-se imprescindível um olhar mais atento para as praticas de gestão a fim de reduzir os riscos operacionais, garantir a continuidade dos serviços por ela prestado, preservando as operações da empresa e sua relação com os clientes, de forma a agregar valor ao negócio da empresa e ao cliente. A Governança de TI trata dessas questões, principalmente ao que se refere à estrutura de relações e ao processo de tomadas de decisões em TI. Considerando estas decisões de alto nível a respeito de TI, a GTI influenciará significativamente o desempenho da empresa através da criação de valor para o negócio e quanto ao gerenciamento balanceado do risco com o retorno do investimento.
Em atenção à estratégia do negócio, devido à globalização, as organizações tem se visto obrigadas a se preocupar além dos seus custos, com outros aspectos como clientes, inovações, diferenciação de produtos e serviços, tecnologia da informação e cadeia de suprimentos. Sendo assim, as empresas buscam melhorar seus níveis de serviço e redução de custos na busca de diferenciais e aumento da percepção de valor para com seus clientes, utilizando-se com grande abrangência a tecnologia da informação.
A informação, como elemento chave na integração da cadeia de suprimentos, esta envolvida no principio básico da SCM (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – Suppliy Chain Management), fundamentado no entendimento de que a eficiência poderá ser aprimorada por meio de compartilhamento da informação e do planejamento conjunto das ações.
O compartilhamento da informação gera inúmeras vantagens como a redução do custo de processamento de pedidos, a diminuição das incertezas de planejamento e operações, e a redução dos níveis de estoque. Entretanto, comumente são encontrados problemas com relação à implantação destes compartilhamentos por algumas das empresas que fazem parte da cadeia de suprimentos. Para que isso seja alcançado, é preciso que o processo de Gestão da Informação esteja totalmente alinhado ao Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
A integração dos processos de gestão é necessária para a implantação da SCM, sendo imprescindível o aumento do nível de comunicação ente os elos das cadeias. Dessa maneira, a TI se torna fundamental por sua capacidade de apoiar essa crescente com relação à comunicação.
Inúmeras tecnologias estão sendo implantadas para possibilitar o processamento das informações de forma precisa, maior frequência e uma maior quantidade de fontes dispostas em localidades diferentes. A TI torna possível a publicação, armazenamento e utilização dessa crescente massa de informações através de sofisticados sistemas de análise, modelagem e apoio à decisão.
Entretanto verifica-se a existência de lacunas substanciais de experiência, conhecimento e integração entre os profissionais de TI e os responsáveis pelo processo logístico. Essas lacunas precisam ser eliminadas para que não seja impedida a materialização dos projetos traduzidos em combinação dos conceitos de SCM e TI.
Sendo a informação o ponto principal na cadeia de suprimentos, os resultados obtidos com a aplicação de uma Gestão da Informação mais concisa, melhora a qualidade da informação em relação à sua coleta, disponibilidade, análise e utilização não só para os processos, mas também para a tomada de decisões estratégicas. Contribuindo assim para o processo de SCM e resultando em ganhos para o negócio.
A TI por sua vez deve aplicar os conceitos de Governança para alcançar resultados significativos para a área de Logística, não só nos processos de SCM, mas em todos os processos da cadeia. Além dos resultados internos, na própria TI, como a redução de retrabalhos e suporte, maior aderência na utilização dos sistemas e redução dos custos nos projetos.
Os resultados da integração obtida entre a TI e Logística, bem como o alinhamento com o negócio, através de uma Governança de TI, mostra-se fundamental para as empresas que desejam alcançar a melhora de seus processos e maior valor agregado ao negócio e consequente diferencial de mercado.