Diego Rocha

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Cultura Nerd

Perfil: Publicitário de formação, mestre em Design, entusiasta da Estética. Professor universitário, fashion-geek, zen-gamer e aficcionado por séries de tv, quadrinhos e cinema de ficção.

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Games e a Nostalgia

Diego Rocha, | ter, 10/06/2014 - 15:33
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A indústria dos videogames é uma das mais ricas dos nossos dias, competindo até mesmo com a indústria cinematográfica... e as duas não são tão diferentes. Filmes e jogos existem para o entretenimento e para que possamos experimentar coisas diferentes. Questões de limitação tecnológica e de estilo marcam o senso estético de gerações inteiras.

Lançado há 29 anos, "Super Mario" se tornou um grande clássico, marcando a primeira grande geração de gamers.

Com o tempo, o desenvolvimento dos consoles permitiu que as imagens e seu processamento trouxessem muito mais realismo à experiência do jogo que hoje pode abordar temas mais complexos como o próprio sentido da vida frente aos conflitos modernos e futuros.

Lançado em 2013, Last of Us nos leva a uma verdadeira viagem de introspecção pessoal.

Esses sensos estéticos ajudam a criar as identidades de fases das nossas vidas, como se fossem locais por onde passamos ou onde vivemos. Visitar essas representações visuais nos leva de volta para essas épocas e isso nos deixa saudosos do momento e sensações que experimentamos... mergulhamos em nossas próprias memórias.

O interessante sobre essa sensação é que a nostalgia nem sempre é despertada por nossa própria vivência, mas pode ser introduzida como valor de venda de um produto. Chamamos esse valor de Vintage quando recriamos visuais antigos para trabalhar esse desejo de viver o passado... afinal cada momento no passado pode ser "fantástico" para quem não passou por eles tanto quanto são saudosos para quem de fato "viveu" por eles.

Já que estamos falando de games, o exemplo de uma longa série de jogos que ilustra essa transformação é Castlevania. Os elementos recorrentes da saga 

Na imagem os jogos Castlevania de 1987 (Nintendo 8 bits), Super Castlevanis IV de 1991 (Super Nintendo), Castlevania Chronicles de 2001 (Playstation) e Castlevania Lords of Shadows de 2010 (Playstation III).

Podemos perceber como a chegada do herói na porta do castelo é emblemática para o jogo e dessa forma é familiar e saudosa para o jogador ao mesmo tempo, mas a qualidade também evolui, criando também o fascínio do deslumbramento. Duas formas simultâneas de capturar esse jogador.

Existe um fascínio no pixel art que não podemos ignorar. A falta de resolução, a imagem tosca e minimalista obriga a nossa mente a preencher a imagem e dar sentido a ela com nossa imaginação. Não é a toa que os jogos clássicos guardam um lugar tão especial nos jogadores antigos e conquistam ainda novos jogadores, pois cada um vê o jogo como sua mento o pinta. Jogos de mais de vinte anos vem sendo procurados para compra (por exemplo por download pela loja online da Nintendo ou pela PSN da Sony).

E se pensarmos bem, com um pouco de boa vontade e imaginação do gamer, Space Invaders (lançado em 1978) manteve tantas pessoas tão presas por tanto tempo às telas dos arcades e dos consoles domésticos... um verdadeiro clássico old school!

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