Já não somos mais unanimidade dentro das quatro linhas. Existem times tão bons e até melhores que o nosso. Porém, o título de povo mais apaixonado por futebol não há no mundo quem nos tire tal alcunha.
É por amor que fazemos coisas lindas e ridículas. Namorados fazem e torcedores também. Chorar, sorrir, vestir a melhor roupa, se produzir. Mudar a voz e falar feito criança ou urrar como o mais bruto dos bárbaros em combate.
A Copa do Mundo no Brasil traz à tona esse sentimento afetivo ao esporte bretão. E sem ufanismo. O brasileiro até é apaixonado pela sua seleção, mas o amor de verdade, não aquele que dá e passa, é pelo futebol.
Em que outro país um simples treino da seleção australiana teria oito mil pessoas nas arquibancadas? Que outro povo faria festa e pintaria o rosto para o seu maior carrasco em Copa do Mundo, assim como fizeram as pessoas em Ribeirão Preto-SP para a França? Que tipo de fanatismo explica torcedores em Minas Gerais passarem a madrugada na fila para poder assistir a movimentação da Argentina, maior rival do Brasil no futebol?
Estamos prestes a entrar naquele período mítico que ocorre a cada quatro anos. Que um jogo entre Bósnia x Nigéria deixa paralisado em frente a TV até quem não faz a mínima noção de onde ficam os dois países. Que número de fanáticos por futebol no Brasil aumenta, pois é a hora em que aqueles que dizem que só torcem pra seleção em período de Copa podem cumprir as suas promessas. Aproveitemos. Pois a Copa do Mundo é nossa, pois amamos futebol.
3 dentro
- Santa Cruz. Acertou em dispensar o meia Raul. Há muito tempo o jogador se mostrava desinteressado no Arruda. Diretoria promete diminuir ainda mais o inchado elenco coral.
- Portugal. Em seu último amistoso antes da Copa, o selecionado lusitano goleou a Irlanda. Na partida foi possível ver todo o poder ofensivo do time, mesmo com seu principal jogador, Cristiano Ronaldo, ainda não estando 100% das suas condições físicas.
- Juninho Pernambucano. O ex-meia do Sport é citado na biografia do volante italiano Pirlo. Segundo o jogador da Juventus, o pernambucano é a sua maior inspiração nas cobranças de falta.
3 fora
- Joseph Blatter. O suíço é adepto ao continuísmo no poder e dessa forma quer se perpetuar no comando da Fifa. No congresso técnico da entidade serviu para o mandatário fazer sua campanha para a sexta reeleição. Como instrumento de cooptação, prometeu dar U$ 1 milhão para cada confederação filiada a entidade.
- Lesões. A Copa do Mundo no Brasil nem começou e já, pode ser considerada a que mais deixou de contar com grandes jogadores devido a contusões. Alguns fatores são atribuídos ao grande número de desfalques, como o calendário do futebol mundial, com excesso de jogos, e a prioridade dos jogadores a seus clubes ao invés das seleções.
- Obras. O mundial vai começar e aquilo que ficou prometido como legado ficou pelo caminho. Não se pode lamentar o tempo perdido. O momento é de cobrar as promessas, mesmo que essas sejam cumpridas de forma tardia.