Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Bola na mão e outras intenções

Luiz Mendes, | seg, 22/09/2014 - 09:28
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Foto: RODRIGO GAZZANEL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Nada é mais subjetivo no futebol do que a tal da mão na bola ou bola na mão. É mais fácil mensurar a dor de uma paixão, clubística ou não, do que ter a real certeza da intenção de um atleta ao ter o objeto principal de um jogo tocado em seus membros superiores.

Sem querer e querendo o lance, como sempre, causou polêmica e neste final de semana. Um no jogo do Santa Cruz, onde a bola bate no braço do zagueiro do Icasa após chute de Léo Gamalho em direção ao gol e o juiz não marcou infração. Diferente do pênalti assinalado contra o São Paulo no clássico com o Corinthians, onde zagueiro Antônio Carlos toca a bola com o braço quando a bola seguia o caminho oposto do gol.

Curiosamente as jogadas ocorreram poucos dias após a CBF divulgar recomendações aos árbitros sobre esse tipo de acontecimento. Segundo o vídeo, que tem mais de quatro minutos e as instruções da ex-bandeirinha e musa, Ana Paula de Oliveira, em qualquer contato da mão com a bola dentro da área é para ser marcado o pênalti. 

Nas duas jogadas citadas no segundo parágrafo deste texto, decisões diferentes foram tomadas partindo do mesmo princípio. O que já não era fácil de entender parece ter ficado mais difícil ainda.

Em outros esportes praticados com bola e que trocam os pés pelas mãos na condução da mesma, a utilização dos outros membros também gera discussões. Ainda hoje no basquete é terminantemente proibido os pés tocarem a bola laranja, acidentalmente ou não. O vôlei também utilizava a mesma recomendação, mas recuou e hoje os pés são utilizados principalmente em lances de defesa.

No futebol mais do que a intencionalidade do jogador em colocar a mão na pelota vale a predisposição do homem do apito em marcar tal infração. 

Subjetividade é o que faz parecer real aquilo que não está claro, assim como amores platônicos, convicções políticas e bolas nas mãos.

3 dentro

- Ronaldinho Gaúcho. O craque está mudando a rotina no futebol mexicano. Um esquema especial de segurança teve de ser montado no hotel que Querétaro, time do brasileiro, estava hospedado em Guadalajara. Dentro de campo o meia marcou um gol e deu passe para outro na vitória da sua equipe por 4 a 1 contra o Chivas.

- Robinho. Apagado em suas últimas temporadas na Europa, a volta do camisa 7 ao Santos está fazendo com que ele reencontre o bom futebol. As lembranças nas convocações desde o retorno de Dunga à seleção brasileira também ajudam no bom momento do atacante.

- Cruzeiro. Há quem diga que a sorte sempre está ao lado dos campeões. Partindo deste princípio o time azul de Minas Gerais está cada vez mais perto da taça do Campeonato Brasileiro deste ano. Mesmo com os recente tropeços da Raposa, os rivais não conseguem encostar no líder da competição, que mantém uma distância de sete pontos para o segundo colocado.

3 fora

- Everton Sena. Ele não é o principal culpado pelas falhas no sistema defensivo do Santa Cruz, mas preocupa a irregularidade e a instabilidade emocional do jogador nas últimas partidas. Passes curtos e coberturas na marcação estão sendo constantemente feitos de forma errada pelo zagueiro.

- Palmeiras. O tradicional clube paulista vive mais uma via crucis a caminho da segunda divisão. A cada rodada a caminhada vai sendo mais dolorosa. A goleada sofrida por 6 a 0 contra o Goiás humilhou os palmeirenses e os colocaram na lanterna da Série A.

- Racismo. Depois de brincar no Twitter com a derrota do Manchester United, o atacante italiano Mario Balotelli sofreu uma onda de mensagens racistas através da mesma rede social. A polícia britânica abriu investigação para punir os autores dos ataques contra o jogador do Liverpool.

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