Futebol, política e religião se discutem sim. O último tema não é muito propício para ser debatido em mesa de bar, mas os outros dois cabem perfeitamente nas enferrujadas cadeiras de qualquer Pé Sujo de esquina.
Política e futebol mexem com paixões. Torcedor é ser fanático e por isso fica cego. Quem cobre o assunto tenta ser imparcial, mas sempre deixar passar o que fala mais alto no coração.
A eleição finalizada ontem foi um grande campeonato de pontos corridos e concorridos. E não faltaram fortes emoções.
O franco favorito teve adversários fortes nessa disputa. Aquele time pequeno, que parecia não dar trabalho, veio crescendo aos poucos, ainda mais quando o destino, em uma tragédia, fez tal equipe mudar de capitão. Elencos com menos expressão e em franca ascensão costumam cativar até torcedores de outros times.
Mas aquela promessa de um jogo inovador com grandes revoluções táticas, com o tempo mostrou não ser nada de novo. Mais do mesmo. E se era pra ficar por aí, melhor continuar com os times que polarizam as disputas.
Tal qual o Campeonato Espanhol, também só dois times tinha chances claras de disputar o título. De um lado o time tido como elitista, de grandes glórias do passado e que nas últimas competições acostumou-se com os vices campeonatos. Do outro a equipe que nasceu popular, que durante muito tempo foi o da torcida dos desfavorecidos, mas com as conquistas dos últimos torneios foi ganhando adeptos de todas as vertentes, até daquelas que fazem vergonha a qualquer instituição.
O último campeonato foi o mais disputado dos últimos tempos. Teve direito a prorrogação e decisão nos pênaltis. 11 x 11. A última cobrança ficou sob a responsabilidade de um dos menores jogadores e quase sempre esquecido. Três horas atrás dos demais. Se bem que a cobrança dele nem foi tão decisiva. O jogo já tava ganho. O tetracampeonato foi sofrido, foi suado. O time que ficou com o vice promete se reforçar para a próxima temporada. É bom quem está com a taça abrir os olhos e jogar bonito. As torcidas querem craques e não brucutus.
3 DENTRO
- Santa Cruz. Oliveira Canindé arrumou a casa e zaga coral. Na reta final da Série B, torcedores que já tinham desistido do sonho do acesso veem as possibilidades cresceram. Só o fato de não namorar a Zona de Rebaixamento este ano é uma grande vitória tricolor.
- Luiz Adriano. Fazer cinco gols em apenas uma partida não é algo muito fácil. E se esse feito acontecer na maior competição entre clubes no planeta aumenta mais ainda o brilhantismo. O atacante do Shakhtar conseguiu isso e de quebra ainda foi chamado para a seleção brasileira.
- Serena Williams. Só em 2014 ela já levantou sete títulos. Após a mais recente conquista em Cingapura, a tenista norte-americana se mantém no topo do ranking da WTA.
3 FORA
- Sport. A queda vertiginosa do time rubro-negro assusta e preocupa a torcida. O bom técnico Eduardo Baptista parece ter perdido a forma de fazer o time jogar. O Leão não mais aquele time brigador de marcação implacável. Dá tempo de recuperar.
- Náutico. De desacreditado, o time passou a ter chances de acesso após a chegada de Dado Cavalcanti e por mais que negue, a falta de salários, culpa da diretoria, influenciou diretamente no desempenho da equipe dentro de campo. Sonhar com a primeira divisão só será possível no próximo ano.
- Messi. Depois de perder o posto de melhor jogador do mundo, a futebol do meia do Barcelona vem sendo muito criticado pela imprensa espanhola. Jornais do país colocam a culpa do baixo rendimento na parte física do jogador. Matérias dessa semana dizem que o argentino jogou o clássico contra o Real Madrid após tomar infiltrações no joelho.