Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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A polêmica do fatiamento

Magno Martins, | sex, 30/06/2017 - 13:10
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Após dias em silêncio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, ontem, que, apesar de ser aliado do presidente Michel Temer, vai adotar uma postura “republicana” em relação à denúncia protocolada contra o peemedebista. O processo foi enviado, ontem, à Câmara, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua primeira entrevista sobre o tema, enquanto a leitura da denúncia era feita no plenário, Maia disse acreditar ser difícil votar em conjunto todas as denúncias que serão movidas contra o presidente como queria a base aliada.

Segundo ele, se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu “fatiar” as acusações, não caberia à Câmara apensá-las. “Eu não estou tratando sobre apensamento. Eu estou tratando sobre a denúncia que tem. Eu acredito que Janot vai encaminhar outra peça. Se fosse a mesma peça, não viria separado. Como Janot é um homem preparado, ele não vai copiar e colar, ele vai apresentar outros argumentos”, disse.

A denúncia que chegou à Câmara acusa Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures de ter recebido uma mala com R$ 500 mil de propina do grupo J&F. Há a expectativa de que pelo menos uma segunda denúncia, sobre obstrução de Justiça, seja formulada por Janot. Para Maia, caberia ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, decidir pelo apensamento, caso considere que as duas denúncias devam tramitar em conjunto.

Ele, no entanto, afirmou que ainda vai debater esse tema com os demais deputados. “Eu estou discutindo tudo, com todos os líderes, inclusive da oposição, apesar de o meu partido ser da base. Isso aqui vai ser um debate republicano, a instituição precisa ser preservada, aqui não é para defender nem a posição do presidente, nem a posição da oposição, nem da PGR”, afirmou.

RECURSO– O advogado Renato Oliveira Ramos, que representa o presidente Michel Temer em uma queixa-crime contra o empresário Joesley Batista, recorreu da decisão do juiz Marcos Vinícius Reis, da 12.ª Vara Federal de Brasília, de rejeitar a ação contra o empresário por difamação, calúnia e injúria. No recurso, o advogado argumenta que "não se pode ser mantida a conclusão a que chegou ora impugnada, na medida em que os próprios fundamentos por ela invocados atestam expressamente a existência de dúvidas a respeito do real propósito das declarações prestadas pelo Recorrido (Joesley) à Revista Época e, mais ainda, a quanto a veracidade das suas informações, o que, por si só, já justificaria a apuração dos fatos, com recebimento da inicial acusatória".

Sem paralisação– Pouco depois de o Palácio do Planalto ser notificado com a denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, negou que esse processo vá deixar o governo paralisado. Imbassahy criticou o fatiamento das denúncias como deseja Janot e disse que o seu partido, o PSDB, decidiu, "há três semanas, por ampla maioria, permanecer no governo, apoiar as reformas e acompanhar as investigações". Para o ministro, "foi essa a posição que o PSDB tomou e está mantida". Mesmo reconhecendo os problemas a serem enfrentados pelo governo, Imbassahy lembrou que, "se fizer uma retrospectiva, em todos os momentos de maior tensão, o Congresso votou as reformas estruturantes”.

Pressão pelo impeachment– O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou explicações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a respeito da não apreciação dos pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB), diante do questionamento feito por quatro deputados federais em um mandado de segurança apresentado ao Supremo. O ministro fixou um prazo de 10 dias para a resposta. Alegando omissão por parte de Maia, os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ), Aliel Machado (Rede-PR), Henrique Fontana (PT-RS) e Júlio Delgado (PSB-MG) protocolaram a ação na noite de ontem no STF pedindo que a Corte concedesse uma liminar obrigando o presidente da Câmara a dar andamento aos pedidos de impeachment.

Combate à violência – Do governador Paulo Câmara (PSB) ao participar, ontem, das festividades dos 192 anos da Polícia Militar de Pernambuco: “Continuamos na busca incansável de enfrentar a criminalidade de maneira determinada e profissional. Não vamos medir esforços e nem descansar enquanto não atingirmos os resultados. Quero continuar a trabalhar por Pernambuco tendo a certeza que a Polícia Militar tem o compromisso com o povo. A todos que fazem a PMPE, meu abraço. A corporação completa 192 anos e honra a tradição de lutar por justiça e pela paz”.

O novo e o velho – Com a inauguração do novo prédio da Assembleia Legislativa, ontem, mérito do corajoso presidente Guilherme Uchoa (PDT), dois deputados entraram para a história da antiga sede do Legislativo, que agora vira peça de museu: Henrique Queiroz (PP), por ser o decano, e Claudiano Martins (PSDB), na foto ao lado, o mais jovem parlamentar a ter assento naquela Casa. Vão, claro, não apenas para os anais, mas para a história do parlamento pernambucano.

CURTAS

DROGAS– Em uma iniciativa inédita no Brasil, o município do Recife agora vai contar com uma parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) para garantir o acompanhamento do programa de prevenção ao uso e abuso de drogas lançado pela Prefeitura do Recife na última terça-feira  durante a programação da Semana de Prevenção às Drogas. O termo de cooperação técnica firmado pelo prefeito Geraldo Julio e o representante do UNODC no Brasil, Francisco Cordeiro. 

HOMENAGENS– No último dia de Reunião Plenária no Museu Palácio Joaquim Nabuco, o deputado Waldemar Borges prestou homenagem aos que usaram a tribuna da Assembleia Legislativa para destacar os valores mais caros da população pernambucana, que deixaram a marca da dignidade, da altivez, da coerência e do compromisso com a democracia e com as causas populares. Entre tantos nomes, citou Adalgisa Cavalcanti, Miguel Arraes, Almany Sampaio, Waldemar Rodrigues Filho, Paulo Cavalcanti; Luciano Siqueira; Byron Sarinho e Eduardo Campos.

Perguntar não ofende: Ao aprovar a reforma trabalhista, ontem, na CCJ do Senado, Temer mostrou que ainda está vivo?

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