De acordo com o “Art Newspaper”, jornal inglês especializado em arte, o Brasil foi o país que, em 2011, acolheu a mostra de arte mais visitada do mundo. Foram mais de 9 mil pessoas, por dia, em visita à exposição “O mundo mágico de Escher”, localizada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, no período do dia 18 de janeiro até 27 de março de 2011.

Além dessa exposição, que reuniu mais de 90 obras do mestre da ilusão de ótica e do paradoxo, o artista holandês Maurits Cornelis Escher, o Rio também apareceu mais duas vezes no ranking mundial das dez mostras mais visitadas. A pesquisa, e a feliz posição do nosso país, demonstram que, finalmente, os brasileiros estão atribuindo maior valor à arte levada para os grandes centros culturais nacionais.

Aos 68 anos, o autor Antonio Tabucchi, declaradamente apaixonado pela obra de Fernando Pessoa, faleceu vítima de um câncer. Na década de 60, o escritor italiano tornou-se o responsável pela edição italiana das obras do seu ídolo e autor português. Além disso, Tabucchi também traduziu a coletânea poética “Sentimento do mundo”, de Carlos Drummond de Andrade.

Em 1975, ele lançou a sua primeira obra, escrevendo, então, mais de 20 livros, posteriormente traduzidos para cerca de 40 diferentes idiomas. Entre as mais famosas publicações, “O Tempo Envelhece Depressa”, “Noturno Indiano” e “Afirma Pereira”. No ano passado, o romancista italiano recebeu um convite para participar da Festa Literária de Paraty (Flip), mas o recusou em protesto contra a decisão do governo brasileiro de acolher o terrorista Cesare Battisti. 

A influência da internet em nossas vidas é algo evidente e indiscutível. O que é preciso debater, no entanto, é até onde o mundo virtual nos influencia, o que vem despertando a curiosidade de grandes estudiosos sobre o tema. O jornalista americano Nicholas Carr, por exemplo, é adepto da teoria de que a web atua como um verdadeiro comércio da distração.

Ou seja, segundo Carr, autor do livro “A Geração Superficial”, a internet tornou-se um meio superficial, que fragiliza o raciocínio dos internautas. E, além disso, ela pode ser uma ameaça às fronteiras culturais, visto que tende a homogeneizar e, assim, apagar as diferenças culturais. 

O destino do selo Nova Aguilar encontra-se, atualmente, indefinido. De um lado, a Editora Nova Fronteira, que publica os títulos deste selo desde 2007, alega ser a detentora de todo o conteúdo da Nova Aguilar, do outro, o editor Sebastião Lacerda, com quem a editora fez um acordo, permanecendo na equipe da empresa até 2010, nega que a Nova Fronteira tenha feito a aquisição do selo e, por isso, em breve voltará a administrar a editora.

O impasse surgiu após a Nova Fronteira sanear as dívidas da Nova Aguilar, e, por isso, fazer uma proposta de compra do selo. Lacerda, no entanto, não concordou com o oferecido, enquanto a Nova Fronteira passou a afirmar que estava no processo final da compra do selo. 

Em breve, chegará por aqui a versão brasileira, só com livros, da SciELO (Scientific Electronic Library Online), considerada a mais importante plataforma de periódicos científicos. O lançamento será no próximo dia 30 de março, no Instituto de Artes da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Inicialmente, o catálogo irá disponibilizar cerca de 400 títulos gratuitos das Editoras Unesp, Fiocruz e UFBA. No entanto, o objetivo é ampliá-lo para outras editoras e, também, países da América Latina. Certamente, uma excelente novidade para a área científica e seus admiradores brasileiros.

Realizada pela Câmara Brasileira de Livro (CBL), a Bienal do Livro de São Paulo, que acontecerá de 9 a 19 de agosto, contará com a curadoria do jornalista Zeca Camargo, Paulo Markun, e do diretor-executivo do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos Sartini. O evento, em sua 22ª edição, será realizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

Durante o evento, a cidade de São Paulo irá abrigar editoras, livrarias e distribuidoras relevantes no cenário editorial do país, que apresentarão as novidades do ramo para o público presente. Serão 11 dias de evento com a expectativa de receber cerca de 800 mil visitantes.

O poeta sírio, Adonis, é uma das presenças confirmadas para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece em julho deste ano. Renomado escritor da poesia árabe moderna, Adonis é autor de mais de 20 livros, entre eles, “A Palavra das Origens”, “Homenagem às Escuras Coisas Claras”, “Índice das Ações do Vento”, e outros.

Em junho, a Companhia das Letras irá publicar uma antologia do escritor. A ida do poeta à Festa é uma excelente oportunidade para que os seus admiradores possam conhecer, de perto, um dos grandes revolucionários da poesia árabe e, além disso, vencedor do prestigiado Prêmio Goethe. 

Nigeriano e ganhador do Nobel de Literatura, Wole Soyinka virá ao nosso país, em abril, para participar da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que acontecerá no Distrito Federal. Soyinka é militante político e luta pelos excluídos, além disso, foi o primeiro, e único, africano a ganhar a premiação máxima da Literatura.

Hoje com 78 anos, o nigeriano esteve preso durante vários anos devido à sua militância política, através da qual ele tentava mediar a paz entre os partidos que se confrontavam durante a guerra civil nigeriana. Ele é o autor de “Poems from Prison” e “The Man Died: Prison Notes”.

Ao completar 10 anos, a grande premiação Portugal Telecom de Literatura muda algumas das suas regras. Agora, ela passará a premiar os escritores nas categorias de romance, poesia e conto/crônica. Além disso, o premiado receberá um valor maior do que nos anos anteriores, de R$150 mil passou para R$200 mil.

Outra novidade é que, entre os três ganhadores, haverá, ainda, a escolha do vencedor do Grande Prêmio de 2012. O intuito da reformulação do regulamento, segundo a organização, é privilegiar a diversidade de gêneros literários existentes. As inscrições para concorrer ao Prêmio estão abertas até o dia 25 de março.

Há nove décadas, eram lançados três livros que revolucionariam a literatura moderna e mundial. O irlandês James Joyce lançava “Ulisses”, um épico do século XX. A obra faz a adaptação de “Odisséia”, de Homero, e foi censurada, inicialmente, em diversos países por conter aspectos da fisiologia humana considerados impublicáveis.

“Sidarta”, de Hermann Hesse, foi outro livro que mudou o rumo da literatura da época. Escrita por um dos maiores escritores alemães e Nobel da Literatura, a obra trata da busca pela plenitude espiritual. A terceira obra literária revolucionária foi “Terra Arrasada”, do inglês T.S. Eliot, compondo, assim, o time das publicações que entraram para a história.