A Amazon e a Google Books, gigantes do mercado de e-books, estão de olho nas editoras brasileiras. Até o final do ano, a Amazon irá desembarcar no país para uma rodada de negociações com o ramo editorial do Brasil. O objetivo do grupo é instalar-se por aqui até abril de 2012.
Os e-books, que ainda não vingaram no Brasil, poderão abrir um novo leque de opções para os leitores-internautas. É uma grande chance para tornar o mundo virtual um espaço mais culto e repleto de conhecimento, além de tornar a literatura ainda mais acessível.
Autor de “A Cidade Branca”, “Neve” e “Istambul”, o romancista turco Orhan Pamuk, Nobel de Literatura de 2006, passa pelo Brasil para lançar o livro “O romancista ingênuo e o sentimental”. O escritor esteve em Porto Alegre e na cidade de São Paulo, onde participou da série Fronteiras do Pensamento.
A nova obra de Pamuk, que chega ao país pela Companhia das Letras, é composta por seis conferências que ele ministrou na Universidade de Harvard, em 2009. Algumas de suas obras já foram traduzidas para cerca de 60 idiomas, chegando a vender mais de 10 milhões de exemplares.
Até janeiro de 2012, Bélgica, França, Alemanha, Holanda e Luxemburgo receberão renomados representantes da cultura pernambucana durante a 23ª edição do Festival Europalia. Silvério Pessoa, da cena musical do Estado, é uma das atrações que carregará o nome de Pernambuco para fora do país. Além dele, Siba & A Fuloresta, Maciel Salú, Grupo Bongar e o ilustre percussionista Naná Vasconcelos estão entre os artistas que irão aportar em terras européias para participar do Festival que, este ano, homenageia o Brasil.
São mais de 500 eventos, entre eles exposições, apresentações teatrais e de grupos de dança, assim como palestras e diversos shows musicais. O Europalia, considerado o maior evento cultural do Brasil no exterior, é realizado a cada dois anos e reúne pessoas do mundo inteiro.
A ocidentalização do Japão é uma tendência preocupante e assustadora, principalmente quando há o risco do esquecimento da cultura milenar japonesa. Abrir o Japão para o Ocidente não deve ser sinônimo da destruição da tradição daquele país. Contraditoriamente, porém, são os estrangeiros, advindos do Ocidente, os responsáveis por assegurar e manter esta cultura milenar.
A sede pela modernização do país é um dos fatores que amedronta os amantes da arte tradicional do Japão. As diversas artes devem ser perpetuadas por todas as gerações e, ao mesmo tempo, serem ilimitadas geograficamente. Uma pintura secular não é superior, tampouco inferior, a uma moderna, portanto, uma não substitui a outra. Cada uma possui o seu valor, que deve ser respeitado e reconhecido por todos.
Desvendar as lendas do sertão e, assim, reviver parte da nossa cultura é o objetivo da mostra “O Sertão: Da Caatinga, dos Santos, dos Beatos e dos Cabras da Peste”, que fica em cartaz, até abril de 2012, no Museu Afro Brasil, em São Paulo.
Figuras como Lampião, Maria Bonita e Antonio Conselheiro, entre outros, fazem parte da exposição, composta por 800 peças, que faz uso da tecnologia para recriar o sertão. A curadoria é do diretor de museu, Emanoel Araújo, e a entrada é gratuita. Uma excelente oportunidade de sentir como viviam esses heróis sertanejos a partir de uma ótica além dos estereótipos.
O New York Times deu início à temporada das famosas listas com os melhores do ano. Para começar, foram escolhidas as cem obras de maior destaque qualitativo em 2011, divididas entre ficção e poesia e não-ficção. O livro mais notável é o do japonês Haruki Murakami, intitulado “1Q84”, sucesso no Japão e no mundo.
Outras obras também receberam destaque na seleção do jornal americano como, por exemplo, “11/22/63”, de Stephen King e, também, livros de Michael Ondaatje e Don DeLillo. É uma ótima oportunidade para os amantes da literatura que ainda não escolheram os seus presentes para começar bem o ano de 2012.
São centenas de textos avulsos, sem cronologia nem enredo, com rascunhos e fragmentos desordenados, quase todos atribuídos a um heterônimo denominado Bernardo Soares. Esse é o cenário do ‘Livro do Desassossego’, mais um projeto do que um livro propriamente dito, do escritor Fernando Pessoa. Inacabado, porém, incrivelmente completo, a obra possui uma só paisagem: a zona comercial de Lisboa.
Lançado pela Companhia das Letras, o ‘Livro do Desassossego’ retrata o homem moderno. E a ordem é ler fora de ordem, pois trata-se de uma narrativa caótica, com lacunas e muitas fragmentações, assim como funciona a consciência do homem atual. Uma leitura imperdível para os fãs de Pessoa e, além disso, para os que procuram obras-primas incomuns na literatura brasileira.
25 é o numero da vez para os organizadores da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL). Este ano, o evento chega à sua 25ª edição, escolhendo, assim, 25 novos autores latino-americanos, que serão as principais atrações da Feira. Além disso, “Os 25 Segredos Melhor Guardados da América Latina” é o nome do projeto que norteia a FIL, no México.
A programação conta com dois prêmios Nobel de Literatura: Herta Müller e Mario Vargas Llosa. Terá, ainda, o chileno Antonio Skármeta e o mineiro Luiz Ruffato nas mesas literárias. Escritores de outros países, tais como Equador, Argentina, El Salvador, Peru e Bolívia também estarão presente no evento, que começou no último sábado (26) e segue até o próximo dia 4 de dezembro.
“Claraboia” é o nome do livro de José Saramago, exímio escritor português falecido há pouco mais de um ano, que será lançada na semana que o artista completaria 89 anos, em junho de 2012. Concluída em 1953, a obra, que Saramago havia deixado bem claro que não publicaria em vida, seria a segunda do autor, atrás apenas de “Terra do pecado”, datada de 1947.
O romance conta as histórias entrelaçadas de seis famílias, todas residentes em um mesmo prédio. Seria o início do interesse do português pelos conflitos que envolvem a psicologia humana, como retratou, mais tarde, nos diversos ensaios que, brilhantemente, escreveu, com longos parágrafos e frases, no estilo inigualável de um dos maiores autores da literatura portuguesa e Nobel da Literatura.
Até o próximo domingo (27), a periferia irá nortear a 11ª Primavera dos Livros, o maior evento de editoras independente do país que, nessa edição, homenageará a escritora Heloisa Buarque de Hollanda, que irá falar sobre a estética da periferia. A Primavera é realizada pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), nos jardins do Museu da República, no Rio de Janeiro.
Além dos ricos debates promovidos durante os três dias, o evento contará, ainda, com cerca de dez mil títulos à venda, de cem editoras, com descontos de 40 a 50%. Certamente, uma boa oportunidade de conferir, de perto, discussões cruciais acerca dessa temática.