Casca de banana

por Alexandre Cunha | sex, 06/10/2017 - 10:03
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Vamos então começar nossa coluna de hoje destacando este  projeto de reforma política aprovado pelo Congresso apresenta alguns pequenos detalhes que  de longe não foram discutidos publicamente e que com toda certeza vão causar surpresas e polêmicas ao longo da campanha eleitoral do ano que vem. Vamos aos casos: um deles é uma emenda (capciosa), inserida discretamente no projeto, que obriga sites de redes sociais a suspender, “sem necessidade de decisão judicial”, a publicação de qualquer conteúdo que for denunciado como “discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa” em desfavor de partidos ou candidatos. Claro que isso é ridículo mas que na madrugada longe de todos os homens de Brasília fizeram isso. Por outro  lado, a reforma liberou os impulsionamentos pagos de páginas – favorecendo os candidatos – por outro, essa emenda é uma clara e objetiva iniciativa de censura, isso porque foi adicionada à parte da reforma que trata de propaganda eleitoral na internet por candidatos ou partidos. A afirmativa do texto colocado pelos nobres deputados federais  reza que deverá ser suspensa em no máximo vinte quatro horas após ser denunciada por qualquer usuário de internet ou rede social em canais disponibilizados pelo provedor para esse fim. Cada vez mais vamos ao fundo do poço com essa qualidade ruim de parlamentares no Brasil.

Perdemos mais uma vez

A Câmara aprovou  um novo e famigerado  fundo para financiar as eleições do ano que vem. A decisão já mostra um efeito negativo junto  a opinião pública.

E reforma?

A tão propalada reforma política teve como resultado principal a criação desse fundo. Desde o começo do debate da reforma, havia uma articulação para beneficiar politico. O valor foi reduzido de R$ 3,5 bilhões para cerca de R$ 2 bilhões. Infelizmente as pessoas se calam e nada fazem para protestar. Só nos resta esperar pela força das ruas.

Para eles a rapidez

Em uma velocidade extrema, pois foi assim, menos de 12 horas após a Câmara concluir a votação da reforma política, o Senado também aprovou  as mudanças na lei eleitoral para a disputa do ano que vem.

Enganando o povo

Vejam vocês o tamanho do absurdo, por meio de uma manobra, os senadores garantiram que, mesmo alterando o texto aprovado na Câmara, a proposta não precise passar por nova análise dos deputados e siga para a sanção. Para valer no ano que vem, o presidente Michel Temer precisa sancionar o projeto até amanhã. E você acha que temer não vai bater o martelo?

Contra o fundo eleitoral

Pelo menos alguns deputados da bancada federal  do PSB de Pernambuco afirmaram ter votado contra o fundo de financiamento das campanhas eleitorais.

Quem são?

Danilo Cabral, Tadeu Alencar, ambos do PSB e Guilherme Coelho do PSDB. Da bancada pernambucana teve mais gente que não apoiou a criação do Fundão eleitoral. Mas a indignação fica apenas na fala pois todos estarão recebendo dinheiro dos partidos para a campanha no ano que vem.

A via crucis de Alkmin

O governador  de São Paulo Geraldo Alckmin  já adiantou a sua equipe de governo que pretende fechar 2017 com pelo menos 10% das intenções de votos.  Vale lembrar que na última pesquisa  Datafolha ele apareceu com 8%, empatado com “amigo”  João Doria.

Quem paga a conta é você

Anote aí como nosso parlamento custa caro. De janeiro deste ano  até 15 de setembro último  a Câmara Federal autorizou 274 viagens internacionais de nossos deputados. Todas as viagens s anunciadas como “missão oficial”.

Como é?

O nobre deputado Newton Cardoso Jr., do PMDB mineiro, foi conhecer o Mercado de Maryland, EUA. Dois tucanos, Pedro Vilela (Alagoas) e Vanderlei Macris (São Paulo), além do deputado Cláudio Cajado (DEM - Bahia), passaram cinco dias em Paris num congresso de aviação. O negócio é ser deputado.

Wanderson e o parque

O vereador recifense Wanderson Florêncio (PSC), escolheu como projeto de vida deste mandato, conseguir fazer com que a prefeitura do Recife faça logo um projeto para o parque de Boa viagem. A érea escolhida será onde funciona o aeroclube. Vamos todos trabalhar pra isso sair do papel.

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