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A Câmara dos Deputados realizou 115 sessões legislativas em 2023, mas nem sempre contou com a participação dos 531 parlamentares. Os deputados que não justificaram a ausência tiveram o salário descontado por falta.

O deputado que justifica a falta não sofre descontos no salário e costuma se ausentar para cumprir agenda política em seu estado ou representar a Câmara no exterior. Por outro lado, os parlamentares considerados na lista dos mais faltosos não explicaram o motivo da ausência e sequer aderiram à participação remota nas sessões.

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Deputados mais ausentes em 2023

1º Antônia Lúcia (Republicanos/AC)- 23 faltas;

2º Washington Quaquá (PT/RJ)- 20 faltas;

3º Olival Marques (MDB/PA)- 16 faltas;

4º Vicentinho Júnior (PP/TO)- 15 faltas;

5º Jadyel Alencar (PV/PI)- 14 faltas;

6º Gustinho Ribeiro (Republicanos/SE)- 13 faltas;

7º José Priante (MDB/PA)- 13 faltas;

8º Paulo Abil-Ackel (PSDB/MG)- 13 faltas;

9º Cezinha de Madureita (PSD/SP)- 12 faltas;

10º Delegado da Cunha (PP/SP)- 12 faltas.

 

Senadores e deputados vão tirar dinheiro das emendas de bancada estadual para reforçar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha — conhecido como Fundo Eleitoral. O projeto de Lei Orçamentária enviado em agosto pelo Poder Executivo (PLN 29/2023) previa apenas R$ 939,2 milhões para custear as eleições municipais de 2024. Nesta semana, os parlamentares aprovaram um aporte de R$ 4 bilhões — o que assegura para o próximo ano o mesmo valor usado em 2022: R$ 4,96 bilhões.

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Foto - Roque de Sá/Agência Senado

A liberação do extra de R$ 4 bilhões está prevista em uma instrução normativa aprovada nesta semana pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). De acordo com o texto, o valor total destinado às emendas de bancada estadual, que têm execução obrigatória, é de R$ 12,57 bilhões. Descontados os recursos para o Fundo Eleitoral, cada representação no Congresso Nacional pode sugerir despesas de até R$ 316,9 milhões no Orçamento de 2024.

A instrução normativa foi acolhida pelo Comitê de Admissibilidade de Emendas (CAE). De acordo com o colegiado, vinculado à CMO, cada bancada estadual pode propor de 15 a 20 emendas de apropriação, além de três emendas de remanejamento.

Caso o dinheiro das emendas de bancada reservado para o Fundo Eleitoral não seja integralmente utilizado na campanha, a sobra é dividida pelo relator-geral do Orçamento. Ele deve respeitar a mesma proporção adotada nos pareceres de emendas de bancada aprovados pela CMO.

Fundo Eleitoral

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foi criado em 2017, após uma alteração na Lei 9.504, de 1997. De acordo com a norma, ele dever ser constituído por dotações orçamentárias da União, além de um percentual de emendas impositivas de bancada estadual do Congresso Nacional.

O dinheiro é depositado pelo Tesouro Nacional em uma conta especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de junho de cada ano de pleito. O dinheiro só vai para os partidos políticos depois que cada legenda define critérios de distribuição, aprovados pela maioria absoluta da direção executiva nacional.

De acordo com o TSE, os recursos destinados às campanhas saltaram de R$ 1,71 bilhão em 2018 para R$ 2,03 bilhões em 2020 — um acréscimo de 18,57%. Em 2022, houve o maior crescimento registrado no Fundo Eleitoral: os R$ 4,96 bilhões reservados para as eleições daquele ano representavam um aumento de 143,81% em relação ao pleito anterior. Em 2024, o fundo deve manter o valor registrado em 2022.

*Da Agência Senado

O líder do governo em exercício na Câmara, deputado Alencar Santana Braga (PT-SP), convidou os líderes de partidos da base para uma reunião nesta terça (31), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O encontro ocorrerá no Palácio do Planalto, a partir das 10h, e contará também com a presença do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Na pauta da conversa, as medidas em tramitação no Congresso para tentar aumentar as receitas federais e, assim, fechar as contas públicas em 2024. A equipe econômica estima a necessidade de pelo menos R$ 168 bilhões em receitas extras para cumprir a promessa de zerar o déficit no próximo ano.

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Em entrevista nesta segunda (30), Haddad citou pedido de Lula por uma reunião com os líderes do Legislativo para a apresentação de medidas que podem ser antecipadas pela Fazenda. "É preciso validar as medidas a ser apresentadas com a política. As medidas estão sendo desenhadas", disse o ministro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A governadora Raquel Lyra se reuniu, nessa quarta-feira (25), em Brasília, com senadores, deputados federais e ministros. A chefe do Executivo estadual apresentou aos políticos pernambucanos projetos de obras nas áreas de infraestrutura, mobilidade e transporte e, de forma conjunta, articulou repasses de emendas parlamentares para garantir a continuidade de ações prioritárias para o Estado. O encontro contou com a presença dos três senadores, 21 deputados federais e três ministros pernambucanos. 

“Este é o segundo encontro que fazemos para discutir as perspectivas para o próximo ano. Apresentamos os projetos prioritários que foram discutidos com toda a população e lideranças políticas. Ainda solicitamos apoio por meio das emendas de bancadas e individuais, para que possamos ter recursos necessários para fazer as obras acontecerem na vida de todos os pernambucanos”, explicou a governadora. “Discutimos, ainda, a reforma tributária e temas que são sensíveis a Pernambuco, como por exemplo a renovação de benefícios e incentivos fiscais da indústria automobilística; e a capacidade que os estados vão ter de opinar sobre os rumos dos tributos do Brasil nos próximos anos. Estamos todos caminhando na mesma direção para conseguir mudar a vida do pernambucano para melhor”, completou Raquel Lyra.

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O líder da bancada de Pernambuco na Câmara, Augusto Coutinho, ressaltou que, para além de bandeiras partidárias, os deputados federais estão unidos em prol do Estado. “É muito importante esse gesto da governadora, que por duas ocasiões promoveu esse evento em Brasília para expor para a bancada federal os encaminhamentos e ações que temos em comum. Aqui há deputados aliados e que fazem oposição à governadora unidos em torno dos interesses de Pernambuco, para levar recursos para o Estado”, disse. “Estima-se, já para 2024, que Pernambuco receba R$ 1,4 bilhão em emendas de deputados e senadores que serão utilizados para defender os interesses do nosso estado”, acrescentou o parlamentar, ao parabenizar a governadora pela iniciativa.

O senador Humberto Costa destacou que os recursos investidos no Estado são parte da integração entre os poderes. “Agradeço o convite que a governadora fez para participar desse encontro e saliento a importância da integração entre o governo e a bancada. Essa soma de esforços possibilita que a gente possa, cada um dando sua contribuição política, fazer com que os grandes projetos de interesse de Pernambuco continuem sendo priorizados pelo governo federal. O mesmo ocorre com os recursos a que nós temos direito de aplicar e investir no interesse do povo de Pernambuco", comentou.

Entre os temas tratados pelo grupo estão a construção do trecho entre Salgueiro e o Porto de Suape da Transnordestina; a conclusão da 1° etapa da Adutora do Agreste, que irá beneficiar 2 milhões de pessoas; o Arco Metropolitano, no trecho Sul entre a BR-101 e BR-232, com 24,48 quilômetros de extensão; a conservação da BR-232, no trecho entre Recife e Caruaru, que liga a capital ao interior; e obras de restauração e requalificação da rodovia PE-060, em um trecho de 86 quilômetros entre Ipojuca e a divisa com o estado de Alagoas.

Compareceram à reunião os ministros José Múcio Monteiro (Defesa), André de Paula (Pesca e Aquicultura) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), bem como os senadores Fernando Dueire, Humberto Costa e Teresa Leitão. Também estiveram presentes os deputados federais Túlio Gadêlha, Coronel Meira, André Ferreira, Mendonça Filho, Fernando Monteiro, Fernando Rodolfo, Fernando Filho, Pastor Eurico, Guilherme Uchôa Júnior, Pedro Campos, Ossesio Silva, Clarissa Tércio, Eriberto Medeiros, Clodoaldo Magalhães, Renildo Calheiros, Maria Arraes, Iza Arruda, Carlos Veras, Lula da Fonte e Eduardo da Fonte; além do estadual Jarbas Filho.

Os secretários estaduais Cacau de Paula (Cultura), Zilda Cavalcanti (Saúde), Rodolfo Costa Pinto (Comunicação), Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional), Túlio Vilaça (Casa Civil) e Fernando Holanda (Assessoria Especial) acompanharam a governadora na agenda.

*Da assessoria de imprensa

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), informou, nesta segunda-feira (2), pelas redes sociais, que foi processada pela deputada federal Clarissa Tércio (PL-PE), por calúnia. Foi realizada uma audiência criminal de tentativa de conciliação com as parlamentares no Fórum Rodolfo Aureliano (TJPE), na Joana Bezerra, zona sul do Recife, devido a uma denúncia feita pela vereadora contra a deputada por seu apoio, registrado nas redes sociais, aos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. 

A petista havia formalizado uma denúncia no Superior Tribunal Federal (STF) contra a pelista. No dia da invasão à Praça dos Três Poderes, ela havia feito publicações dando apoio aos atos de vandalismo nos prédios, junto com seu marido, o deputado estadual Júnior Tércio. “Minha filha, acabamos de tomar o poder! Estamos dentro do congresso!”, gritavam no vídeo divulgado pela deputada. 

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Em publicação nas redes sociais, a vereadora expõe a situação. “Estou sendo processada criminalmente pela deputada bolsonarista Clarissa Tércio, que considera ser calúnia cumprir meu dever de denunciar o incentivo aos ataques realizados pelos vândalos e criminosos no dia 8 de janeiro na sede dos Três Poderes, em Brasília. Irônico ela querer se socorrer do mesmo Poder Judiciário que ela comemorou ser invadido. É uma total inversão de valores”, afirmou. 

Cirne ainda declarou que não foi a única pessoa a denunciar parlamentares ao STF, caso que está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Nós já tivemos a primeira leva de envolvidos naqueles ato do 8 de janeiro julgados e condenados, agora estamos esperando os demais: políticos, empresários que apoiaram, financiaram e incentivaram o golpe. Eu acho que essa ação pode ter começado aqui por ela, mas ela vai terminar mesmo no Supremo Tribunal Federal. Nos vemos nos tribunais, Clarissa”, disse a vereadora. 

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 A governadora Raquel Lyra (PSDB) segue com agendas em Brasília e, na tarde dessa quarta-feira (16), conversou com deputados federais da bancada pernambucana sobre a destinação de emendas parlamentares para investir na reindustrialização do estado. Também estiveram presentes os senadores Fernando Dueire (MDB) e Humberto Costa (PT). 

 Entre os assuntos abordados na reunião, Raquel pontuou sobre a retomada das obras da Transnordestina e a tramitação da Reforma Tributária no Senado, como uma ferramenta para diminuir as desigualdades entre as Brasil. 

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 "Tivemos mais uma reunião produtiva aqui em Brasília. Desta vez com a maioria da bancada federal, para tratar de assuntos de interesse de Pernambuco. Transnordestina, metrô, Reforma Tributária e emendas parlamentares foram alguns dos temas que tratamos. Fico grata a todos os deputados federais e senadores que participaram. Afinal, para fazer a mudança que o nosso Estado precisa é necessário unir todos aqueles que podem liderar esse processo junto conosco em favor do povo pernambucano", destacou.    

 Ela também ressaltou os investimentos no sistema de saúde como uma das prioridades da gestão. Aos parlamentares, a governadora citou a construção de cinco maternidades, a compra de equipamentos de assistência médica, abertura de serviço de neurocirurgia e hemodinâmica, e a ampliação de leitos de traumatologia clínica, cirúrgico e de retaguarda. 

 Metrô - A governadora comentou sobre o papel do governo federal para servidores da CBTU. “Queremos resolver porque a questão dos trabalhadores da CBTU é bastante sensível. O governo precisa definir o destino dos servidores. O governo federal precisa garantir a incorporação desses servidores ao quadro de funcionários do governo federal, diferentemente do que aconteceu em Minas Gerais”, disse. 

Foram debatidos ainda os investimentos em novas linhas de transmissão para o escoamento de energias renováveis do Nordeste e a necessária prorrogação das outorgas para a viabilização de novos investimentos em usinas eólicas e solares em Pernambuco. 

Raquel Lyra e parte da bancada pernambucana que participou da reunião.  Divulgação

Participaram do encontro os deputados federais: Eduardo da Fonte, Clodoaldo Magalhães, Renildo Calheiros, Iza Arruda, Coronel Meira, Guilherme Uchôa Júnior, Carlos Veras, Augusto Coutinho, Túlio Gadêlha, Pastor Eurico, André Ferreira, Lula da Fonte, Fernando Rodolfo, Luciano Bivar, Silvio Costa Filho, Fernando Filho, Waldemar Oliveira e Fernando Monteiro. A reunião também contou com os secretários estaduais Rodolfo Costa Pinto (Comunicação), Túlio Vilaça (Casa Civil) e Fernando Holanda (Assessoria Especial).

 Prestes a deixar a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para assumir a vaga na Câmara dos Deputados, o deputado Eriberto Medeiros (PSB) propôs três novos benefícios aos colegas de casa. Os projetos de lei do presidente do legislativo estadual foram protocoladas nesta terça (10), em meio ao período de recesso. 

Mesmo com o aumento do subsídio dos deputados estaduais previsto para R$ 31.238,19, em abril deste ano, Eriberto pede que os parlamentares votem para instituir os auxílios moradia, saúde e alimentação para eles mesmos. 

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A proposta do futuro deputado federal estipula os auxílios sem a taxação de tributos. O benefício mensal para a Moradia foi proposto no valor de 22% do subsídio dos deputados. Já os auxílios para Saúde e Alimentação foram apresentados no valor de 10% da remuneração, cada. Nesses dois últimos casos, a justificativa é que esses tipos de auxílio já são pagos aos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público. 

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, promulgou o reajuste de salários de ministros de Estado, deputados, senadores, do presidente e do vice-presidente da República. O texto que fixa os subsídios foi publicado hoje (26) no Diário Oficial da União.

Com o reajuste, ministros de Estado, parlamentares, presidente e vice-presidente da República passam a receber R$ 46.366,19 de forma escalonada, sendo R$ 39.293,32 a partir de 1º de janeiro de 2023; R$ 41.650,92 a partir de 1° de abril de 2023; R$ 44.008,52 a partir de 1° de fevereiro de 2024; e R$ 46.366,19 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

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Segundo o Congresso Nacional, os reajustes têm impacto de R$ 2,5 bilhões no Orçamento de 2023, montante que já estava previsto no projeto do Orçamento do próximo ano.

A escolha dos eleitores vai levar novos parlamentares para representar Pernambuco no Congresso, mas também definiu o adeus de um senador e 12 deputados federais. Confira os políticos que vão deixar Brasília com o fim da legislatura.

Em oito anos no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) chegou a ser líder do governo Bolsonaro e vai se levantar da cadeira que será ocupada pela senadora eleita Teresa Leitão (PT). Ela vai iniciar a primeira metade do mandato ao lado de Humberto Costa (PT) e de Fernando Dueire (MDB), suplente de Jarbas Vasconcelos (MDB) que assume a cadeira pelos próximos quatro meses por um pedido de licença médica do titular. 

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O resultado das urnas deu certo equilíbrio em termos de renovação de mandatos na Câmara dos Deputados. Dos 25 integrantes da bancada pernambucana, 13 foram reeleitos e 12 vão se despedir do plenário da Casa. 

Nomes conhecidos entre os eleitores não conseguiram se reeleger, enquanto outros se deram mal ao apostar na disputa ao Governo do Estado.

Deputados de Pernambuco que não se reelegeram:

Raul Henry (MDB)

Gonzaga Patriota (PSB) 

Milton Coelho (PSB) 

Ricardo Teobaldo (PODE)

Tadeu Alencar (PSB)  

André de Paula (PSD)

Daniel Coelho (CIDADANIA) 

Danilo Cabral (PSB) 

Marília Arraes (SOLIDARIEDADE) 

Ossesio Silva (REPUBLICANOS)

Sebastião Oliveira (AVANTE)  

Wolney Queiroz (PDT) 



Conforme a escolha do eleitorado, essas 12 cadeiras serão ocupadas pelos seguintes eleitos:

Clarissa Tercio (PP)

Pedro Campos (PSB)

Waldemar Oliveira (Avante)

Clodoaldo Magalhães (PV)

Maria Arraes (Solidariedade)

Iza Arruda (MDB)

Eriberto Medeiros (PSB)

Lula da Fonte (PP)

Lucas Ramos (PSB)

Guilherme Uchoa Junior (PSB)

Coronel Meira (PL)

Mendonça Filho (União Brasil)

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa nesta terça-feira (30) um pedido de suspensão do porte de armas nos dias das eleições deste ano. A corte vai analisar uma consulta apresentada por parlamentares da oposição que demandam a proibição da circulação de pessoas portando armas, inclusive na entrada dos locais de votação e seções eleitorais, nos dias dois e 30 de outubro, datas do primeiro e segundo turno.  

O relator é o ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do TSE. Após assumir a presidência do tribunal, o ministro Alexandre de Moraes criou um núcleo de inteligência com a participação de comandantes da Polícia Militar para avaliar a segurança das eleições - foi a primeira reunião entre TSE e comandantes das polícias. Durante o encontro, foi discutida uma restrição ao porte de armas, bem como ao treinamento e transporte de armas pelo CACs (Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores), no dia das eleições, de acordo com as informações divulgadas pelo tribunal. A segurança do pleito em outubro é uma das prioridades do ministro Alexandre de Moraes à frente da Corte Eleitoral.  

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Para os ministros do próprio TSE, a decisão do tribunal de proibir o celular na cabine de votação, na última quinta-feira (25), é considerada uma prévia da decisão sobre a restrição do porte de armas no dia do pleito. A expectativa é de que, como ocorreu em relação ao uso dos celulares, o plenário também adote uma posição firme para evitar a circulação de armas no dia das eleições. Em uma consulta, o TSE não pode criar normas, só tem o poder de regulamentar. O Código Eleitoral afirma que “a força armada conservar-se-á a cem metros da sessão eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação, ou nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa”. 

 

Incomodados com informações apresentadas em suas biografias na Wikipédia, deputados federais e assessores tentam, a dois meses das eleições, remover conteúdos negativos e inserir material favorável. Em alguns casos, ameaçam judicialmente a plataforma para mudar o verbete.

A Wikipédia é uma enciclopédia online de livre edição, onde qualquer pessoa pode alterar os verbetes, contanto que siga as regras de bom uso da plataforma.

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Ao menos três parlamentares - Luis Miranda (Republicanos-DF), Loester Trutis (PL-MS) e Bia Kicis (PL-DF) - receberam notificações de tentativas de mudar conteúdos. Em maio, a deputada Carla Zambelli processou o Wikimedia, empresa que gere a Wikipédia, para suprimir informações de sua página, limitar as edições das informações e identificar quem alterou indevidamente os dados.

No processo, a deputada pede à Justiça a retirada da afirmação de que ela fez parte do movimento Femen Brazil e que fez uma "vaquinha" online para pagar uma indenização por danos morais de um processo movido pelo ex-deputado Jean Wyllys. Entre junho e julho deste ano, o verbete de Carla passou por 14 alterações.

Entre às 18h21 e às 18h39 do dia 4 de julho, houve nove tentativas de alterar informações da página de Luis Miranda. As mudanças foram revertidas em menos de cinco minutos, e o perfil foi removido e notificado. A página foi trancada e apenas usuários autoconfirmados estendidos, isto é, com ao menos 30 dias de registro e 500 edições podem editar.

Procurado, Miranda disse que o gabinete identificou informações falsas. "Eu sofri um ataque de desconstrução de imagem comprovado pela Justiça. As pessoas foram indiciadas criminalmente", disse.

Segundo ele, o gabinete e a Procuradoria da Câmara procuraram a Wikipédia para tentar responsabilizar a edição. Ele afirmou também que uma representação foi encaminhada ao Ministério Público para apurar se há crime em a Wikipédia em não se adaptar à legislação eleitoral.

Em abril, uma usuária com o mesmo nome de uma assessora do deputado Loester Trutis adicionou informações biográficas sobre o parlamentar, revertidas depois sob alegação de que o texto era publicitário. Quase três meses depois, a mesma usuária reinseriu o conteúdo e removeu a informação de que Trutis foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de forjar o próprio assassinato. As novas alterações foram revertidas seis minutos depois.

Em abril, um usuário com o mesmo nome de um assessor de Bia Kicis fez alterações "a pedido da própria deputada". Uma delas foi a mudança de "extrema-direita" para "direita" na definição do espectro político da parlamentar.

No mesmo dia, o mesmo usuário tentou inserir o trecho que dizia que Kicis teve "uma das gestões mais produtivas da história da Comissão de Constituição e Justiça" e tentou excluir informações sobre supostas divulgações de informações falsas nas redes da deputada. Todas as mudanças foram revertidas pelos editores do site.

Procurados, Carla, Trutis e Bia não responderam.

O Wikimedia não firmou memorando de entendimento com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o combate às fake news, como fizeram outras plataformas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a Corte informou que não houve, até o momento, contato entre o TSE e a Wikipédia para discutir estratégias de combate da desinformação sobre o processo eleitoral brasileiro.

"No caso da Wikipédia, o TSE ainda não recebeu nenhuma denúncia de prática desinformativa em circulação na página", disse o tribunal.

Regulação

Para Chico Venâncio, vice-presidente do Wiki Movimento Brasil, o processo de criação de conteúdo da Wikipédia faz com que a desinformação seja muito inferior a outras plataformas, como o Facebook e o YouTube. "É um processo com muitos voluntários e edições não construtivas são corrigidas ou retiradas relativamente rápido."

Fabrício Polido, especialista na área de Direito Digital, Inovação e Tecnologia, lembra que, na França, o Wikimedia ganhou uma batalha judicial sobre a responsabilidade de conteúdos divulgados.

A Justiça francesa concluiu que a empresa não pode ser considerada culpada e responsável pelos conteúdos, já que se trata de uma enciclopédia que armazena artigos.

O jornal O Estado de S. Paulo detectou 23 termos relativos à política brasileira sob algum tipo de restrição para a edição. Três presidenciáveis estão na lista: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB-MS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador-geral da República Augusto Aras divulgou nesta sexta-feira, 29, mais um vídeo antigo, agora criticando o que chamou de 'uso do sistema de justiça para fins políticos', atribuindo a parlamentares o que classifica como 'fenômeno' e defendendo que 'está na hora de se apurar abusos'.

"Abuso de direito de petição é um ato ilícito. Abuso do direito de representação é um ato ilícito. Quem promove uma representação, quem abre um inquérito, quem faz uma notícia-crime sem lastro legal, por interesses escusos, comete crime de denunciação caluniosa. Se for autoridade comete crime de abuso de autoridade", afirmou.

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"Nós não temos feito nenhuma medida contra esses parlamentares em respeito à imunidade parlamentar, mas não é demais deixar claro que há um abuso. Porque esse abuso pode representar uma violação ética. O próprio parlamento pode apurar os abusos éticos do parlamentar e isso tem sido usado rotineiramente e tem sido debatido em vários aspectos", seguiu. Ao PGR é atribuído alinhamento ao Palácio do Planalto.

O PGR diz que parlamentares 'fazem representações sobre o mesmo fato para provocar matérias de jornal', sustentando que o sistema de justiça 'vem sendo utilizado indevidamente por alguns para tirar proveito'. "Existem parlamentares por exemplo que obtém até 10 exposições na mídia com um procedimento", disse.

A gravação foi publicada por Aras em seu canal no Youtube nesta sexta-feira, 29, mas foi produzida no último dia 12, em reunião com correspondentes da imprensa estrangeira. Na última semana, o PGR postou mais dois vídeos com a mesma estratégia: um em que defendeu as urnas eletrônicas, depois de três dias dos novos ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas; e outro em que diz estar 'atento' a 'eventuais movimentos espontâneos ou não da sociedade no que toca a possibilidade de violência'.

Na abertura do mais recente vídeo publicado, Aras cita a 'criminalização da política', expressão que não é nova no discurso do PGR. Na sabatina pela qual passou para sua recondução a mais dois anos na chefia do Ministério Público Eleitoral, a tônica de Aras foi a de que sua atuação procurou não 'criminalizar a política'. No vídeo, Aras aborda uma 'forma' de tal 'criminalização', que ele diz ter sido usada entre outubro de 2021 e abril desse ano e que chamou de 'cruel'.

"Nesta tentativa de usar o sistema de justiça para a política temos um fenômeno na nossa gestão que é novo. É o fenômeno de parlamentares fazerem representações sobre o mesmo fato para provocar matérias de jornal sobre o mesmo fato, o que nos obriga a reunir essas mesmas representações sobre os mesmos fatos", afirmou.

Segundo o procurador-geral da República tal movimentação 'lamentavelmente' acaba tomando tempo de procuradores, de servidores e da instituição. Aras disse ainda que o Supremo Tribunal Federal 'passou a ser vitima de representações e noticias-crimes que não tem nenhum lastro legal'.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi a parlamentar brasileira mais influente nas redes sociais durante o ano de 2021, segundo pesquisa FSBinfluênciaCongresso, do Instituto FSB Pesquisa. Carla é uma das porta-vozes do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional e, durante a pandemia de covid-19, esteve ativa na defesa de pautas do governo como a oposição ao comprovante vacinal e a vacinação infantil. A deputada também utilizou suas redes sociais para convocar manifestantes pró-governo às ruas.

A pesquisa mostra que o PSL - cuja fusão com o DEM acaba de ser aprovada pela Justiça Eleitoral, formalizando a nova legenda União Brasil - dominou o topo do ranking, com os cinco parlamentares mais influentes nas redes. A segunda posição é ocupada por outra apoiadora do governo Bolsonaro: a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). À frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia subiu duas posições em comparação a 2020, quando estava em quarto lugar.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ocupa a terceira posição, apresentando uma queda em sua influência nas redes sociais. Em 2020, o filho "zero três" do presidente liderava a mesma pesquisa. A lista dos "top 5" inclui ainda Carlos Jordy (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR).

No Senado Federal, o parlamentar mais influente também é aliado ao governo: Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi quem mais mobilizou conversas digitais no ano passado. Em 2020, o senador Humberto Costa (PT-PE) era o líder do ranking; agora ocupa a segunda posição entre os senadores mais influentes.

Para Patrícia Rossini, professora e pesquisadora do departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, o uso das redes sociais é estratégico para os agentes políticos. "O que torna essas redes tão influentes e, portanto, tão estratégicas do ponto de vista da comunicação política é essa questão de que você pode influenciar a agenda de cobertura da imprensa, fazer notícias e chamar a atenção", explicou. A possibilidade de ter uma publicação retirada do ambiente digital e repercutida nas páginas dos jornais, rádio e TV, para a pesquisadora, é o grande ponto de ser influente hoje.

Segundo a pesquisadora, o fato de alguns parlamentares terem mais destaques nas redes do que outros pode ser justificado pelo conteúdo veiculado, com a publicação de mensagens polêmicas. "Se as vozes que são mais visíveis nas redes sociais são vozes que estão na busca de uma lacração e cortina de fumaça e se essas vozes são frequentes e influenciam a cobertura jornalística, você pode acabar tendo uma visão da realidade muito distorcida por ter sido influenciada por atores com agendas específicas, mostrando versões que não são muito ligadas à realidade", alertou.

Partidos

A pesquisa mostra ainda que, pelo terceiro ano consecutivo, o PSL ocupou a posição de bancada mais influente nas redes sociais. A segunda posição cabe ao PT novamente, assim como em 2020. Em terceiro, aparece o PL, que subiu 9 posições em comparação aos dados do ano passado. Segundo a pesquisa, esse crescimento do PL já é consequência da filiação do presidente Jair Bolsonaro e aliados ao partido. Para chegar nesses dados, o FSBinfluênciaCongresso avaliou conjuntamente o desempenho agregado de cada bancada nas redes sociais.

Interações

Todos os conteúdos publicados por deputados e senadores nas redes sociais registraram 2,8 bilhões de interações, uma média de 7,68 milhões de interações por dia ou 5,3 mil por minuto. Em comparação com o ano anterior, os números de 2021 mostraram um crescimento de 27%.

O Instagram marcou o maior crescimento no total de interações, que subiu de 599,8 milhões em 2020 para 1,22 bilhão no ano passado. O Twitter apresentou um crescimento de 2%, enquanto o Facebook registrou uma queda de 3%.

Metodologia

A pesquisa FSBinfluênciaCongresso monitorou as publicações dos deputados federais e senadores de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021 e comparou com o mesmo período de 2020. O monitoramento também coletou e analisou o grau de engajamento de todas as publicações feitas pelos parlamentares em três redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter).

Segundo Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, o indicador da pesquisa não leva em consideração o 'sentimento' das interações, como a diferenciação de comentários pró ou contra dos seguidores dos parlamentares. Entretanto, o pesquisador afirmou que as ferramentas utilizadas conseguem identificar alguns padrões de bots, e o conteúdo é filtrado para evitar resultados artificiais. A FSB diz não prestar serviço a políticos nem partidos.

O site da Câmara começou a publicar nomes e ofícios de parlamentares que solicitaram repasses de emendas de relator-geral do Orçamento neste mês. A medida vem após aprovação de resolução do Congresso sobre o tema, mas atende apenas em parte à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a divulgação dos autores desses pedidos de emendas.

Apesar da exigência do STF, em alguns casos aparecem apenas os nomes de prefeitos, e não dos parlamentares solicitantes dos repasses que formam a base do orçamento secreto, revelado pelo Estadão.

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Os documentos que começaram a ser publicados incluem também ofícios do relator-geral do Orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (PSL-AC), com as solicitações que encaminhou ao governo. Não é apresentada, no entanto, nenhuma fundamentação para as indicações, apenas registros de demandas. O relator-geral não explica, por exemplo, os critérios para destinação de valores. Em alguns casos, Bittar atendeu diretamente prefeitos do Maranhão, da Bahia e secretarias estaduais do Tocantins e do Paraná, quando seu Estado natal e base eleitoral é o Acre, sem informar qualquer razão.

Em uma planilha editável disponibilizada no site, é possível ver que o líder do Progressistas, o deputado Cacá Leão (BA), decidiu a destinação de R$ 45 milhões, quase três vezes acima dos valores que qualquer parlamentar tem direito a indicar por meio de emendas individuais, identificadas no Orçamento com o código RP-6.

No caso de Leão, serão R$ 40 milhões para pavimentação de ruas, a ser executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), e outros R$ 5 milhões para a compra de máquinas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). As ações serão divididas entre 14 municípios baianos. Os ofícios de Cacá Leão são dos dias 9 e 10 deste mês.

Esses R$ 45 milhões destinados ao líder do Progressistas - partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL) - representam a maioria dos R$ 75,5 milhões que o relator-geral do Orçamento, senador Marcio Bittar (PSL-AC), informou à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso a respeito das indicações ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Os demais repasses, R$ 30 milhões, foram basicamente destinados a pedido de deputados do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Ao todo, 33 deputados do PSD, de Pacheco, puderam indicar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional e de outras pastas. Entre eles, o líder do partido na Câmara, Sérgio Brito (BA), e os deputados Diego Andrade (MG), Charles Fernandes (BA), José Nunes (BA), Marx Beltrão (AL), Paulo Magalhães (BA), Otto Alencar Filho (BA), Cezinha de Madureira (SP), Neucimar Fraga (ES), Francisco Junior (GO), Stefano Aguiar (MG), Júnior Ferrari (PA), Júlio César (PI), Reinhold Stephanes Junior (PR), Jones Moura (RJ), Expedito Netto (RO), Ricardo Guidi (SC) e Fábio Mitidieri (SE).

O relator-geral do Orçamento de 2022, Hugo Leal (PSD-RJ), é outro integrante do partido que indicou RP9. No caso, pediu R$ 1,5 milhão para ações na Saúde no Rio de Janeiro e R$ 500 mil para ação do Ministério da Cidadania em Petrópolis-RJ.

"De acordo com o previsto no art. 69-A, §1º, da Resolução nº 1/2006 - CN, inserido pela Resolução nº 2/2021 - CN, envio, anexo documentos que serão enviados para o Ministério do Desenvolvimento Regional, Ministério da Cidadania, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fundação Nacional de Saúde e Fundo Nacional de Saúde, com as indicações de beneficiários de emendas RP9 'Emendas de Relator Geral', bem como os documentos que baseiam a indicação, para que seja dada a devida publicidade", escreveu o relator-geral do orçamento de 2021, Márcio Bittar, em um dos ofícios, datado desta terça-feira, 14. Além dos citados ministérios, Bittar enviou indicações para as pastas da Defesa e do Ministério da Saúde.

O Estadão procurou o deputado Expedito Netto (PSD-RO), que anteriormente havia dito não trabalhar com emendas de relator-geral. Questionado se fez indicações recentemente, afirmou que não. Apesar da resposta, um ofício assinado por ele, no último dia 9, mostra que indicou R$ 1 milhão em pavimentação para o município Ministro Andreazza (RO) e outro valor de R$ 1 milhão, dividido entre Theobroma, Espigão do Oeste e Vilhena, todos do Tocantins. Ao receber o ofício da reportagem via WhatsApp, admitiu ter feito a indicação. "Confirmo", resumiu-se a dizer no aplicativo de mensagens, e não respondeu às novas perguntas sobre a mudança de versão.

O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, aparece solicitando repasse para o município alagoano de Coité do Noia, sendo R$ 950 mil para ação na Saúde. Integrante do partido dele, a deputada Celina Leão (Progressistas-DF) teve, de uma tacada só, aprovação do relator-geral para transferir mais do que a cota anual de emendas individuais. Ela indicou R$ 20 milhões para realização de eventos, capacitação e custeio no Ministério da Cidadania.

Além dos partidos dos presidentes da Câmara e do Senado, o líder do Podemos - pelo qual Sérgio Moro concorrerá à presidência da República - enviou um ofício que mostra estar manejando verbas do orçamento secreto. Igor Timo (Podemos-MG) pediu o remanejamento de R$ 6 milhões do Instituto de Desenvolvimento do Norte e do Nordeste de Minas Gerais e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, para que fique tudo no governo de minas para ações relacionadas a segurança alimentar.

Critérios

O fundador da associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, afirmou ao Estadão que a publicação de solicitações deve ter total transparência e vir acompanhada dos critérios para a seleção dos repassses. "Os critérios são essenciais. O que fará o relator se, por hipótese, todos os municípios solicitarem recursos? Quais seriam os atendidos?", perguntou Castello Branco.

Segundo ele, a Comissão Mista de Orçamento precisa estabelecer requisitos, limites, parâmetros ou critérios mínimos necessários para prevenir distorções e preservar o equilíbrio federativo na distribuição dos recursos. "Da forma como estão sendo distribuídos os recursos, o Congresso não está reduzindo desigualdades, e sim ampliando-as", disse o economista. "É essencial que o STF exija, além da transparência, parâmetros sócio econômicos e critérios técnicos para a distribuição desses recursos, como já determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021, no artigo 86."

Os vereadores Renato Antunes, Felipe Alecrim e Fred Ferreira, que integram o PSC do Recife, fiscalizaram o Conjunto Habitacional da Torre e do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da capital pernambucana, para uma verificação técnica dos habitacionais.

A visita aconteceu na última quinta-feira (2), após um incêndio atingir um apartamento do habitacional do Cordeiro, na madrugada do domingo (28). 

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Incêndio

O fogo teria começado por volta das 4h da madrugada, após um possível curto circuito em um ventilador. Estavam no local um casal com seus três filhos e mais um amigo da família. Das seis vítimas, três ficaram em estado grave: a mãe, o pai e um dos filhos.

A matriarca não resistiu aos ferimentos e morreu na última terça-feira (1º), no Hospital da Restauração - para onde todos foram levados -.

O grupo de vereadores esteve no local onde aconteceu a tragédia. “É triste saber que essa morte poderia ter sido evitada, se estes prédios estivessem com uma manutenção regular. A gente viu um cenário de guerra, livros no corredor do apartamento, tudo destruído. Como poder público, não podemos nos acostumar com tragédias deste tipo em nossas comunidades”, comentou Renato Antunes.

O vereador salienta que verificou nas visitas a falta de um plano digno para habitação no Recife. Na Torre, os parlamentares constataram a falta de manutenção do local, que é prevista para acontecer de dois em dois anos, "mas nunca foi  realizada pela prefeitura ao longo dos 17 anos da entrega do equipamento", garantem.

Renato aponta que constatou no Conjunto Habitacional da Torre "moradores utilizando água potável, que está instalada ao lado de fossa, do esgoto. E não há nenhuma previsão de melhorias para a população. Só promessa, promessa e nenhum serviço sendo executado”, complementa.

A situação do habitacional deverá ser tema de audiência pública na Câmara, numa tentativa de sensibilizar a gestão municipal.

Em viagem à Lisboa após priorizar a votação da PEC dos Precatórios, nessa quinta-feira (12), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sugeriu a discussão de um Projeto de Lei para dar mais transparência a distribuição das emendas do chamado 'orçamento secreto'. Ele classificou como “narrativa” o entendimento que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a suspender os pagamentos aos deputados.

O presidente indicou que esclarecer sobre a utilização dos recursos é papel dos próprios parlamentares e mostrou interesse em "deixar o debate mais claro". Lira conversou com a Folha de S. Paulo em Portugal, onde foi um dos representantes do Brasil no evento de comemoração dos 25 da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Críticas ao STF

"Decisão não se comenta, decisão se cumpre e se contesta. Há uma discussão e ela é transversal a respeito desse assunto. Ela tem uma narrativa, e a nós só vai caber esclarecer mais ainda, com mais transparência, propondo o que pode ser possível com um projeto de lei que altera a resolução zero um para ficar mais transparente", afirmou.

Defesa das emendas

Ao mesmo tempo que parlamentares articulam para recorrer do bloqueio do STF, o gestor destacou a importância dos recursos para “a vida das pessoas”.

"Neste momento, em vez de se criticar o que tecnicamente não se conhece, é importante que se dê oportunidade ao Parlamento, que sempre foi aberto, que modifica a vida das pessoas com essas emendas, a chance de explicar e de deixar este debate mais claro, sem politizá-lo como tudo que vem acontecendo no Brasil”, disse.

Pelo menos 30 parlamentares destinaram verbas públicas para compras de tratores e máquinas agrícolas sob suspeita de superfaturamento. Os nomes dos deputados e senadores por trás das emendas do "tratoraço" vinham sendo mantidos em sigilo graças a um acordo do Executivo com lideranças do Congresso para viabilizar o orçamento secreto e construir uma base de apoio parlamentar ao governo Jair Bolsonaro.

Uma investigação do Estadão, com base em planilha interna do Ministério do Desenvolvimento Regional e um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), rastreou, porém, os nomes de políticos que enviaram verbas federais para compras sob suspeita de sobrepreço. No grupo de 30 parlamentares identificados estão o líder do PSL na Câmara, deputado Vitor Hugo (GO); o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Congresso; e o relator-geral do Orçamento de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

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A planilha do Desenvolvimento Regional, obtida pela reportagem, mostra que todos solicitaram repasses para prefeituras, aprovados em dezembro passado, com recursos de emendas do relator-geral, artifício do orçamento secreto. Resultado: o ministério celebrou 74 convênios classificados pela CGU, em relatório de auditoria recentemente divulgado, como tendo "risco alto ou extremo" de sobrepreço.

O Estadão chegou à lista dos 30 nomes cruzando dados da planilha e do relatório. A autoria continua sigilosa até para órgãos de controle e fiscalização. A não ser que haja um vazamento de informação, a sociedade não tem como saber quem impôs ao governo uma determinada compra com recursos do orçamento secreto. O anonimato garante que parlamentares não sejam associados a eventuais casos de corrupção no uso dessas verbas.

Os valores a mais identificados nos convênios ligados a esses políticos passam de R$ 6 milhões. Trata-se, porém, de apenas um pedaço dos R$ 142 milhões em sobrepreços identificados pela CGU em licitações e convênios do Desenvolvimento Regional, com recursos do orçamento secreto.

O relatório da CGU foi feito após o Estadão revelar, em maio, que o ministério comandado por Rogério Marinho foi o destino de R$ 3 bilhões em emendas de relator-geral e parte desse dinheiro foi para dezenas de convênios com indícios de irregularidades. Com base no relatório, a CGU notificou prefeituras apontando "suspeita de superfaturamento" nesses convênios para compra de maquinários.

DIFERENÇA

Somente em dois deles, propostos pelo vice-líder do governo na Câmara, deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), as cifras a mais chegam a R$ 983 mil. As prefeituras de Ouro Preto do Oeste e Pimenta Bueno, em Rondônia, preveem a compra de duas motoniveladoras e três pás carregadeiras por R$ 3,24 milhões. A auditoria da CGU destacou, no entanto, que o valor de referência seria de R$ 2,25 milhões. A diferença é de 47%.

A prática está longe de ser isolada. Ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, Vitor Hugo indicou nove convênios para a compra de máquinas em municípios goianos que, pelos cálculos da CGU, registram R$ 938,1 mil em sobrepreços. Quatro motoniveladoras, duas retroescavadeiras, dois tratores e uma pá carregadeira tiveram repasses aprovados para compra, somando R$ 4,86 milhões. O valor estimado, porém, seria de R$ 3,92 milhões.

O cálculo do preço de referência feito pela CGU levou em conta o que os demais órgãos públicos usaram recentemente para aquisição de equipamentos semelhantes. Os convênios do Desenvolvimento Regional com prefeituras, por sua vez, tiveram como base propostas apresentadas por empresas, o que, na avaliação da controladoria, deu margem para riscos de sobrepreço.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre - que hoje dá dor de cabeça ao governo por não marcar a sabatina de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal - apresentou quatro propostas de convênios para compras de máquinas a municípios do Paraná, todas com sobrepreço. No primeiro, a aquisição de tratores para Godoy Moreira, a CGU concluiu que o custo previsto, de R$ 255 mil, está R$ 100 mil acima do valor de referência. Uma diferença de 65%.

As emendas de relator-geral vêm sendo usadas pelo governo Bolsonaro para distribuir bilhões de reais a parlamentares em troca de apoio no Congresso, como revelou o Estadão. Em audiência na Câmara, no último dia 7, o ministro da CGU, Wagner Rosário, disse "não ter dúvidas de que há corrupção na ponta".

No esquema do orçamento secreto, além de indicar a cidade beneficiada, os políticos receberam o aval do governo Bolsonaro para determinar o que deveria ser comprado e até o valor dos produtos, em conversas por WhatsApp com ministros, pessoalmente ou por ofícios que não são públicos.

O governo tem se recusado a fornecer informações nos casos envolvendo compras com cifras a mais. Dessa forma, mantém o sigilo sobre o tipo de exigência feita pelos 30 parlamentares que indicaram compras em convênios que registraram sobrepreço. Os congressistas também preservaram essas informações.

Procurados, os deputados Lúcio Mosquini e Vitor Hugo disseram que, se houve uso irregular do dinheiro público, a responsabilidade é da prefeitura. Mosquini também discordou da avaliação de sobrepreço. "Equívoco. Hoje você não compra máquina nem pelo dobro", disse. Davi Alcolumbre e Domingos Neto não responderam.

O ex-ministro da CGU Valdir Simão observou que é tarefa do parlamentar "zelar para que o processo de compra seja eficiente e transparente". A opinião é compartilhada por Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas. "As motivações do sobrepreço devem ser investigadas. Eventualmente, poderão existir relações entre a empresa, o prefeito e o parlamentar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada evangélica da Câmara dos Deputados votou majoritariamente a favor da PEC do voto impresso, com muitos deles contrariando a indicação do próprio partido. Ao todo, foram 76% dos parlamentares evangélicos apoiando a proposta, que foi derrotada na última terça-feira (10). 

Segundo levantamento do O Globo, dos 93 deputados que se declaram evangélicos, 71 votaram a favor da PEC. 28 deputados deste grupo foram de encontro ao que foi orientado pelos seus partidos, que haviam orientado votação contrária à proposta. 

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O Republicanos, ligado à Igreja Universal, foi o partido que mais apoiou a proposta, com 17 votos. Ainda conforme levantamento, dos 229 votos favoráveis, a bancada ruralista, que conta com 232 deputados, foi responsável por endossar a PEC com 120 votos.

Para que o projeto seguisse tramitando na Câmara, seriam necessários 308 votos a favor. 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber determinou que a Mesa Diretora do Congresso Nacional preste informações sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022 e o aumento vertiginoso no fundo eleitoral - chamado de “fundão” - que passou de 1,8 bilhão em 2017 para R$ 5,7 bilhões após a validação dos parlamentares. 

Weber deu o prazo de 10 dias para que os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), expliquem as mudanças. A decisão da presidente em exercício do STF foi tomada na quinta-feira (22), no entanto, apenas nesta segunda (26) tornou-se pública, segundo o site Valor Econômico. 

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"Considerada a natureza da controvérsia, em que se contende a respeito da correção do procedimento legislativo de votação aplicado à espécie, determino a notificação das autoridades impetradas para que prestem informações, no prazo de dez dias, como providência prévia ao exame do pedido de liminar", escreveu a ministra. 

Rosa Weber também enviou uma notificação ao governo federal para, se for de seu interesse, ingressar como parte do processo. Embora a aprovação do fundão tenha sido sustentada, em sua grande maioria, por votos da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele tem repetido aos jornalistas que irá vetar o aumento, mas até agora não o fez. 

Após o período de recesso de julho, ao final do plantão da ministra, os autos serão encaminhados ao gabinete do ministro Nunes Marques. Ele é o relator original da ação conduzida por parlamentares que querem anular a votação da LDO e barrar o aumento do fundo destinado ao financiamento de campanhas eleitorais em 2022. 

O processo é assinado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e pelas deputadas Adriana Ventura (Novo-SP), Tabata Amaral (Sem Partido-SP), e os deputados Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinícius Poit (Novo-SP).

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