Na Argentina, mulheres promovem beijaço para protestar

A manifestação foi em apoio à Mariana Gómez, que está sendo processada após ter beijado a sua esposa em uma estação de metrô de Buenos Aires

por Lorena Andrade | ter, 06/02/2018 - 17:05
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Com o lema #PresasPorBesar, dezenas de mulheres se concentraram nesta terça (6) em frente aos Tribunales Lavalle y Libertad, em Buenos Aires, para promover um beijaço em apoio à Mariana Gómez, 24 anos. No dia 2 de outubro de 2017, Mariana foi detida por algumas horas na estação Constituição do metrô argentino, após beijar a sua esposa, Rocío Grat. Na época, os policiais alegaram que Mariana havia sido presa por fumar em local proibido, mas ela contesta a versão. “Fui detida, agredida e processada por ser lésbica”, relatou em entrevista ao portal argentino Télam. 

Na segunda-feira (5) o caso ganhou mais um capítulo. A juíza María Fontnona de Pombo informou ao advogado de Mariana Goméz que ela está sendo processada por resistência à autoridade e lesões graves. “A juíza se baseou apenas no testemunho dos policiais e do funcionário do metrô, mas nós oferecemos o testemunho da esposa de Mariana e algumas filmagens, mas não foi dado importância à isso”, explicou o advogado Lisandro Teszkiewicz ao site Presentes. 

Ainda segundo Lisandro, eles vão recorrer da decisão. “Mariana não apagou o cigarro e quis ir fumar em outra parte do metrô, mas foi impedida pelos policiais e acusada de resistência. Entendemos que houve uma discriminação porque ela estava beijando Rocío”, completou Teszkiewicz. “Estou indignada porque querem me culpar pelas agressões. É claramente uma ação lesbofóbica”, desabafou Gómez.  

De acordo com o portal Télam, a esposa de Gómez passou a ser conhecida na Argentina depois que denunciou seu pai, um ex suboficial da Marinha, por ter estuprado e agredido ela dos 13 aos 16 anos. Além do beijaço, as manifestantes promoveram um tuitaço com o uso da #PresasPorBesar. 

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