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Cerca de 400 bombeiros lutavam nesta segunda-feira contra um incêndio fora de controle no estado do Arizona (sudoeste dos EUA), que quadruplicou de tamanho na noite de domingo, após matar 19 membros da equipe de combate às chamas.

Os bombeiros foram atingidos pelas chamas na tarde de domingo, quando trabalhavam para conter um incêndio na colina de Yarnell, 120 km ao noroeste de Phoenix. De acordo com a ONG Associação Nacional de Proteção contra Incêndios, este é o pior incêndio florestal desde que 29 bombeiros morreram combatendo o fogo nos bosques do parque Griffith de Los Angeles, em 1933.

Também foi a maior tragédia para os bombeiros nos Estados Unidos desde os atentados do 11 de Setembro. Lembrando dos 340 bombeiros mortos há 12 anos em Nova York, a governadora do Arizona, Jan Brewer, disse em uma entrevista coletiva: "Assim como honramos a memória do efetivo perdido nesse dia, quando (eles) entraram nas torres em chamas, lembraremos dos nossos bravos homens" de Yarnell.

"Este é o dia mais triste de que posso recordar", disse a governadora Jan Brewer em um comunicado.

"Os bombeiros estavam lutando contra o incêndio de Yarnell, perto de Prescott, onde o fogo, que avançava a toda velocidade, atingiu o local onde estavam", completou.

"Podem passar dias, ou mais, antes que uma investigação revele como esta tragédia aconteceu, mas sabemos o essencial em nossos corações: combater o fogo é um trabalho perigoso. O risco é bem conhecido por estes corajosos homens e mulheres que combatem as chamas", disse.

O presidente Barack Obama homenageou aqueles que perderam a vida no incêndio, em um comunicado divulgado durante sua viagem ao continente africano, no qual lamentou "esta terrível tragédia".

"São heróis, profissionais altamente especializados, que, como muitos em nosso país, trabalham diariamente colocando-se em perigo para proteger a vida e os bens de cidadãos que provavelmente nunca conhecerão".

De domingo para segunda, o incêndio quadruplicou de extensão, queimando pelo menos 3.380 hectares. O fogo se espalha alimentado por rajadas de vento quente, pela baixa umidade e em meio a uma onda de calor que atravessa o sudoeste. A temperatura na região já ultrapassa os 35 graus.

Deflagrado por um raio na sexta-feira, o fogo seguia descontrolado em todos os setores, mobilizando cerca de 400 bombeiros, o dobro do que no dia interior, informou Mary Rasmussen, do serviço florestal americano.

"É uma situação muito complicada", acrescentou o porta-voz de Gestão de Terras do Arizona, Dennis Godfrey. "Os ventos fortes são um verdadeiro perigo, sobretudo, porque mudam de direção constantemente".

Os nomes dos bombeiros falecidos ainda não foram divulgados, mas Juliann Ashcraft disse ao jornal local "Arizona Central" que seu marido Andrew morreu no acidente. "Morreram como heróis. Vamos sentir falta deles. Nós os amamos", disse Juliann, que soube da tragédia quando via televisão com seus quatro filhos.

Um funcionário florestal disse à rede CNN que as vítimas pertenciam a um grupo de elite que buscava escavar um corta-fogos para impedir o avanço das chamas, combatidas por 250 profissionais e seis helicópteros.

"Em circunstâncias normais, quando você abre um corta-fogos, garante uma rota de fuga", disse Art Morrison ao noticiário.

"Evidentemente, a zona de segurança que eles tinham não era suficientemente grande, ou o fogo simplesmente os engoliu", comentou.

As autoridades anunciaram que continuam investigando as causas da tragédia. Dan Fraijo, chefe dos bombeiros de Prescott (160 km ao norte da capital Phoenix), pediu paciência à imprensa.

"Estamos abertos a fornecer informações, mas simplesmente há respostas que não temos ainda", disse Fraijo aos jornalistas, garantindo que os bombeiros mortos eram "dedicados, bons trabalhadores e gente muito experimente".

"O que quer que tenha acontecido será compreendido algum dia e tiraremos lições disso", frisou, acrescentando: "Tomamos precauções de segurança, mas às vezes, infelizmente, simplesmente não funcionam".

"Estamos arrasados. Perdemos 19 das melhores pessoas que alguém pode conhecer. Agora estamos em crise", desabafou o chefe do corpo de bombeiros. "Meu comportamento não reflete isso, mas estamos atravessando uma dupla crise aqui".

Os moradores de Yarnell e do vale de Peeples foram evacuados após o início de um processo de "chamadas de emergência revertidas", no qual as autoridades telefonam para os moradores. Além disso, "foram enviadas autoridades do gabinete do xerife, porta a porta, para alertar a população", informou o Inciweb.com, um site oficial de alertas sobre incêndios.

Funcionários estaduais calculam que pelo menos 250 casas foram destruídas pelo fogo, praticamente metade da pequena cidade de Yarnell.

A imprensa local informou que era esperada ajuda federal para o Arizona nesta segunda-feira.

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As 19 pessoas mortas na explosão de um balão no Egito foram homenageadas nesta quarta-feira (27), em uma cerimônia que contou com parentes, políticos e diplomatas. Eles estiveram na cidade de Luxor, a 700 quilômetros do Cairo, local onde o balão sobrevoava no momento da tragédia, ocorrida na terça-feira.

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As investigações sobre as causas da tragédia já foram iniciadas. As análises preliminares descartaram uma possível ação criminosa. “É um incidente sem precedentes. Vamos dar nosso melhor para desvendar totalmente o que aconteceu", afirmou Ezzat Saad, gestor de Luxor. O balão sobrevoava a uma altura de 300 metros quando o incêndio no aeróstato começou, o que gerou a explosão.

 

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