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O Ministério de Minas e Energia (MME) determinou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realize, no dia 6 de junho, leilão de compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração denominado A-3. A decisão está em portaria assinada pelo ministro Edison Lobão, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).

O início do suprimento de energia elétrica ocorrerá em 1º de janeiro de 2017. Neste primeiro leilão A-3 de 2014, serão negociados Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) na modalidade por quantidade de energia elétrica, com prazo de suprimento de 30 anos, para empreendimentos hidrelétricos; e na modalidade por disponibilidade de energia elétrica, com prazo de suprimento de 20, diferenciados por fontes, para empreendimentos de geração a partir de fonte eólica, termelétrica a gás natural, inclusive em ciclo combinado, ou a biomassa.

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Os empreendimentos interessados em participar do leilão deverão requerer cadastramento e habilitação de seus projetos até o dia 28 de fevereiro conforme instruções disponíveis no site da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A portaria ressalta que não será habilitado tecnicamente ao leilão pela EPE: o empreendimento de geração por fonte eólica cujo Custo Variável Unitário (CVU) seja superior a zero; o empreendimento termelétrico cujo CVU, calculado nos termos da Portaria MME nº 46, de 9 de março de 2007, seja superior a R$ 150,00/MWh; e o empreendimento a gás natural cuja inflexibilidade operativa seja superior a 50%. Poderá ser habilitado tecnicamente pela EPE, acrescenta o texto, o empreendimento a gás natural liquefeito com despacho antecipado de dois meses.

Acabou, no final da manhã desta segunda-feira, 18, o leilão de energia nova A-3 de 2013, que contratou a demanda complementar das distribuidoras em 2016. O volume de energia contrato na licitação foi de 58,293 milhões de MWh, movimentando R$ 7,253 bilhões. O preço médio final foi de R$ 124,43/MWh, deságio de 1,25% em relação ao preço-teto de R$ 126/MWh. O leilão contratou apenas a oferta de usinas eólicas. Foram 39 projetos contratados, totalizando 867,6 MW de capacidade e 380,2 MW médios de energia assegurada. O leilão durou pouco mais de 21 minutos.

Segundo as informações disponibilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o preço mais alto de venda foi de R$ 126/MWh das usinas Capão do Inglês e Coxilha Seca. Já o valor mais baixo da concorrência foi de R$ 118/MWh da usina Ventos de Guarás I. Os empreendedores de térmicas a biomassa, usinas fotovoltaicas e Pequenas Centrais Hidrelétricas não venderam energia na licitação. Dos projetos contratados, 19 são do Rio Grande do Sul, oito no Piauí, quatro na Bahia, quatro no Ceará e quatro em Pernambuco.

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O projeto que negociou o maior volume de energia foi a usina Ventos de Guarás I, que vendeu 15,5 MW médios no leilão. A usina que obteve a maior receita fixa foi a Ventos de Santo Augusto IV, que vendeu 15,4 MW médios a um preço de R$ 125,37/MWh, gerando uma receita fixa anual de R$ 17,670 milhões.

No lado dos compradores, 28 concessionárias contrataram energia no leilão A-3. A Copel Distribuição foi a que contratou o maior de volume de energia, 6,128 milhões de MWh. A segunda maior compradora foi a Celg, com 5,616 milhões de MWh, seguida pela Cemat, que adquiriu 4,934 milhões de MWh. Os contratos de eólica terão duração de 20 anos, com início de fornecimento em 2016.

Alvo de sucessivos adiamentos, a realização do leilão A-3 não está garantida para este ano. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a disputa só deve acontecer se houver demanda por parte das distribuidoras. Ele explicou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda precisa decidir se cassará as concessões de usinas em atraso do grupo Bertin, o que poderia abrir espaço para gerar nova demanda.

"(A realização do leilão) depende primeiro de uma decisão da Aneel sobre as usinas do Bertin e de uma nova previsão por parte das distribuidoras para ver se há demanda para o leilão", declarou Tolmasquim depois de participar do XIV Congresso Brasileiro de Energia, organizado pela Coppe, no Rio de Janeiro.

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A data prevista para o leilão A-3 é 12 de dezembro. Já o leilão A-5 está confirmado para o dia 14 do mesmo mês, afirmou Tolmasquim. De acordo com ele, todas as usinas que vão participar da disputa já possuem licença: Sinop, Cachoeira Caldeirão, Ribeiro Gonçalves e outras três do Complexo Parnaíba.

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