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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela no mês de julho, pela primeira vez desde abril de 2022.

O Broadcast Energia (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que o setor elétrico já estava trabalhando com a probabilidade do acionamento da bandeira amarela no curto prazo. A revisão vale para os consumidores de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), com custo adicional na conta de luz.

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"A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período", disse a Aneel em comunicado.

A Agência prevê um cenário de "escassez de chuvas", aliado a um inverno com temperaturas superiores à média histórica do período. Nesse caso, passam a operar as termelétricas, com energia mais cara que as hidrelétricas.

A classificação "amarela" indica condições de geração de energia menos favoráveis e, na prática, leve a um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O Broadcast Energia também mostrou que esse acionamento, já em julho, pode elevar a conta de luz em torno de 2,6%, com impacto total de 0,10 ponto porcentual no IPCA a ser incorporado quase que integralmente já no próximo mês, de acordo com projeção da MCM Consultores.

Bandeira verde

A bandeira verde, com "condições favoráveis", foi mantida seguidamente por 26 meses, desde abril de 2022. Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no País, e busca atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da "conta Bandeiras".

O sistema de bandeiras tarifárias reflete o custo variável da produção de energia. O acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas, tende a aumentar o custo.

Gatilhos,/b>

A mudança de bandeira depende de três gatilhos: Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), nível de risco hidrológico (GSF), e a geração fora do mérito de custo (GFOM), associada ao período de crises hídricas.

Para julho, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o risco hidrológico e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

A Aneel explica que não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM), que é decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

Um protesto de moradores da comunidade Irmã Doroty fechou a Avenida Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, na manhã desta sexta (2). Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) orientam os motoristas no local.

A manifestação cobra o fornecimento de energia na localidade. Os moradores apontam que estão sem luz há três dias. Cerca de duas mil pessoas e mais de 300 crianças moram na comunidade. A Neoenergia foi procurada, mas ainda não se posicionou sobre o retorno da distribuição.

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O protesto ocorre na altura da Rua Pampulha e no cruzamento com a Rua Izabel de Souza. O trânsito é desviado pela Rua Itacaré. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estão no local.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, minimizou as divergências entre Brasil e Paraguai para definir a tarifa da usina binacional de Itaipu. "Estamos em uma negociação diplomática. O modelo de gestão compartilhada de Itaipu é de sucesso. Sempre houve estresse natural e legítimo, pois características do Brasil e Paraguai são diferentes", disse ele.

Os dois países precisam chegar a um acordo sobre os valores cobrados pela eletricidade gerada na usina - os paraguaios, que vendem seu excedente para o Brasil, buscam uma forma de aumentar a tarifa ou poder comercializar a energia com outros países ou empresas por valores mais altos. As regras estavam estipuladas no tratado original para construção de Itaipu, e expiraram no ano passado com o término dos pagamentos da obra.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A conta de luz deve subir, em média, 5,6% em 2024, segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A projeção está acima do IPCA (principal índice brasileiro de inflação) projetado pelo mercado para o período, de 3,86%, de acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central.

Segundo o diretor-geral da agência reguladora, três fatores influenciam para a projeção de aumento na conta de luz. A primeira delas é a expansão da rede de transmissão, já que os consumidores remuneram as transmissoras de energia via tarifas.

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"Essa expansão é necessária para integrar as fontes renováveis, é necessária também para trazer confiabilidade para o atendimento, mais segurança para o atendimento do SIN Sistema Interligado Nacional e ligar áreas que ainda estão isoladas", explicou Feitosa.

O segundo fator que implica a alta neste ano é o aumento de subsídios embutidos na conta de luz via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é rateada entre todos os consumidores. Segundo proposta da Aneel submetida a consulta pública, o orçamento da CDE deste ano deve alcançar R$ 37 bilhões, o que representa um aumento de 6,2% em relação a 2023.

Também pesará para o aumento das contas neste ano o fim da devolução de créditos tributários oriundos da exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins. Conforme previsto em lei, os recursos cobrados indevidademente estão sendo devolvidos aos consumidores no momento dos reajustes e revisões tarifárias. "Não teremos os recursos do PIS/Cofins, que foi utilizado muito no ano passado e em 2022 também. Então, esse recurso, em torno de R$ 50 a R$ 60 bilhões, já foi utilizado e temos pouco a ser utilizado ao longo deste ano."

Bandeira tarifária

No ano passado, as contas de luz subiram, em média, 5,9% - abaixo da previsão inicial feita pela agência reguladora, que era de alta de 6,8% em média.

Feitosa disse ainda que ao longo de 2023 não houve o acionamento das bandeiras tarifárias - taxa adicional que é cobrada dos consumidores quando há um cenário desfavorável para geração de energia elétrica no Brasil. "Para 2024 ainda não temos como prever, pois precisamos aguardar o fim do período úmido, que vai até abril."

O Japão se tornou, neste sábado (20), o quinto país do mundo a conseguir fazer um pouso bem sucedido na Lua, mas sua sonda, SLIM, está ficando sem energia devido a um problema em seu sistema de baterias solares.

Depois de 20 minutos de descida, a agência espacial japonesa, JAXA, informou que seu módulo de alunissagem Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) pousou na superfície do satélite natural da Terra e conseguiu fazer comunicação.

Mas seus painéis solares pararam de funcionar, deixando a sonda, apelidada de "Moon Sniper" (franco-atirador lunar) por sua tecnologia de precisão, com bateria por apenas "algumas horas", disse Hitoshi Kuninaka, da JAXA.

Os encarregados da missão priorizaram a coleta de dados enquanto for possível, embora Kuninaka tenha sugerido a possibilidade de as baterias voltarem a funcionar uma vez que mudar o ângulo da luz solar.

"É pouco provável que a bateria solar tenha falhado. É possível que não esteja apontando na direção proposta originalmente", disse, durante coletiva de imprensa.

"Se a descida não tivesse sido um sucesso, (a sonda) teria caído a uma velocidade muito elevada. Se este fosse o caso, todo o funcionamento da sonda teria sido perdido", explicou.

"Mas está enviando dados para a Terra", acrescentou.

A SLIM é uma das muitas novas missões lunares que foram lançadas por países e empresas privadas 50 anos depois de Neil Armstrong pisar na superfície da Lua.

Mas são muitos os pousos acidentados, as falhas de comunicação e outros problemas técnicos. Até agora, apenas quatro países conseguiram realizar esta missão com sucesso: Estados Unidos, a então União Soviética, China e Índia.

- "Grande sucesso" -

A JAXA confia em poder analisar os dados obtidos durante a alunissagem, que ajudarão a determinar se a sonda realizou seu objetivo de se situar a um raio de 100 metros do local previsto.

A SLIM devia pousar em uma cratera, onde se acredita que possa acessar o manto da Lua, a camada inferior da cortiça que habitualmente se encontra a grande profundidade.

As duas sondas se deslocaram com sucesso, segundo a JAXA. Uma está equipada com um transmissor e a outra foi projetada para circular pela superfície lunar e enviar as imagens à Terra.

Este pequeno 'rover', um pouco maior que uma bola de tênis, foi desenvolvido em conjunto com a empresa que criou os brinquedos Transformer.

Embora a precisão do pouso ainda tenha que ser verificada, "acredito que a missão é um grande sucesso", disse Jonathan McDowell, astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard–Smithsonian.

O problema com os painéis solares pode ter muitas explicações, disse ele à AFP.

"Um cabo pode ter se soltado, estar conectado de forma errada ou o módulo de pouso está ao contrário e não pode ver o sol por algum motivo", especulou.

O cientista afirmou esperar que a JAXA tenha conseguido baixar as imagens da alunissagem, mas provavelmente terá que dar por perdido um experimento para estudar a composição das rochas da superfície lunar.

"Francamente, este experimento era adicional e não era tão importante para a missão", acrescentou.

- Interesse renovado pela Lua -

A Lua é um objetivo complexo, como demonstram os muitos fracassos das missões anteriores.

Este mês, um módulo de pouso privado americano teve que voltar à Terra devido a um vazamento de combustível e na quinta-feira perdeu-se o contato com a nave, perdida em uma área remota do Pacífico sul.

A Nasa também anunciou recentemente o adiamento de seus planos para enviar missões tripuladas para a Lua no âmbito de seu programa Artemis.

Rússia, China, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos, entre outros, também tentam chegar ao satélite terrestre.

As duas missões anteriores do Japão, uma pública e outra privada, fracassaram.

Em 2022, o arquipélago enviou, sem sucesso, a sonda lunar Omotenashi como parte da missão americana Artemis 1.

Em abril, a empresa emergente ispace tentou se tornar a primeira companhia privada a chegar à Lua, mas perdeu a comunicação com sua nave depois de uma "aterrissagem difícil".

burs-kaf/cwl/dbh/arm/mvv

Uma linha de alta tensão foi derrubada na quarta-feira, 18, por árvores de eucalipto na região de Cajamar, na Grande São Paulo, afetando o fornecimento de energia para aproximadamente 14,7 mil consumidores. Também há relatos de falta de energia na vizinha Pirapora do Bom Jesus. Nas redes sociais, a Enel informou que já inspecionou a linha danificada e que forneceu geradores para hospitais da região afetada durante os trabalhos de reconstrução. A distribuidora também informou que realizava manobras para restabelecer o fornecimento de energia para a maioria dos clientes afetados pelo incidente.

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Santiago Peña, não chegaram a um acordo nesta segunda-feira, dia 15, sobre a revisão das condições de venda da energia gerada pela usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Eles ficaram reunidos por quase 5 horas no Palácio do Itamaraty, e ao fim do encontro, Lula reconheceu as divergências sobre o valor da tarifa de Itaipu, afirmou que o assunto será rediscutido e prometeu buscar uma solução rápida em reuniões futuras.

O impasse se arrasta desde agosto do ano passado, e levou o Paraguai a bloquear a aprovação do orçamento de 2024 da empresa, o que provocou problemas para que Itaipu honrasse os pagamentos em dia, embora não houvesse falta de caixa. Os atrasos pressionaram politicamente os presidentes a realizar a reunião nesta segunda.

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A usina tem 12 diretores, seis de cada país-sócio. O conselho de adminsitração se reúne a cada dois meses. Mas, no segundo semestre do ano passado, os representantes paraguaios passaram a protelar decisões e diziam aguardar pela definição do valor da tarifa, segundo os gestores brasileiros.

Assinado em 1973 pelos governos militares, o Tratado de Itaipu estabeleceu as bases para a construção, a operação e o pagamento da dívida contraída para financiar a obra da usina. Cada país ficou com metade da energia gerada, mas o Brasil compra, com exclusividade, do Paraguai mais 30%, pelo mesmo valor. O Anexo C trata dos termos financeiros.

"Temos que fazer uma discussão profunda sobre o Anexo C. Tenho muito interesse que isso seja feito o mais rápido possível e que a gente possa trabalhar para apresentar tanto ao Paraguai quanto o Brasil uma solução definitiva de novas relações entre Paraguai e Brasil na gestão de nossa importante empresa Itaipu", afirmou Lula, em breve declaração após o fim da visita de trabalho do paraguaio. "Nós vamos rediscutir a questão das tarifas de Itaipu. Nós temos divergência na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar uma solução conjuntamente e nos próximos dias vamos voltar a fazer uma reunião."

Lula afirmou que agora é o Brasil quem deve fazer uma reunião em Assunção, como visitante, para retomar as tratativas em busca da "solução definitiva" a respeito da tarifa de Itaipu, e sugeriu um encontro conjunto em Porto Murtinho (MS), na Ponte da Integração. "Espero que na próxima reunião a gente possa dizer o que aconteceu de fato e o acordo que fizemos", afirmou o petista.

Peña disse que deseja receber a visita de Lula, mas que pretende voltar ao País muitas vezes e conversar com toda a classe política para "mudar a visão que o Brasil tem do Paraguai". "O Paraguai é um parceiro, um amigo do Brasil, e um trabalho que temos que fazer é mudar a visão que o Brasil tem sobre o Paraguai. Quero trabalhar nisso, em todas as regiões, e com a classe política, claro. É meu desejo falar com o Congresso Nacional. É um desejo muito importante para mim falar com os senadores, deputados e governadores, nesse processo de construção juntos", afirmou Peña.

Após 50 anos, a dívida total de US$ 63,5 bilhões foi quitada em fevereiro do ano passado. E o acordo previa que, em 13 de agosto de 2023, venceriam as condições do Anexo C, que poderiam ser mantidas ou renegociadas durante a revisão. A tratativa é coordenada pelas chancelarias dos países.

"Os objetivos (do tratado) foram alcançados. Tem muita gente que estudou os ganhos e perdas, mas a hidrelétrica está lá", afirmou Peña. "Paraguai e Brasil são campeões do mundo em geração de energia elétrica, mas temos que olhar o futuro e sou muito ambicioso no que podemos atingir. A reunião de hoje foi muito importante, transmitimos a visão do Paraguai, escutamos a posição do Brasil, que tem muito para contribuir nesse processo."

Em sua primeira visita do País, ainda como presidente eleito, Peña afirmou que defendia a necessidade de revisar e renegociar o Anexo C.

Anexo C prevê que cada país tem direito à metade da energia gerada pela usina e venda ao outro o que não utilizar. O Paraguai já defendeu, por exemplo, que o excedente possa ser comercializado com outros países - o que foi contestado pelo lado brasileiro - e argumentou que o Brasil paga muito barato pela energia excedente que compra.

No anexo, estão as condições de suprimento de energia, o custo do serviço de eletricidade, a receita e outras disposições que compõem as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade, conforme a empresa.

As decisões do conselho de administração precisam ser tomadas por consenso, mas há interesses opostos na definição da tarifa de Itaipu. Ela é calculada pelo Cuse (custo unitário dos serviços de eletricidade), composto por dívidas, despesas de operação, caixa e os encargos do Anexo C, que está em revisão, entre eles rendimentos de capital, royalties, ressarcimento e cessão de energia.

O objetivo não é o lucro, mas somente cobrir os custos de operação.

Com dupla gestão, a usina responde atualmente por 86,4% de toda a energia elétrica consumida no Paraguai - e não há mais demanda. No Brasil, a proporção é de 8,7%. Para comparação, em 2008, por exemplo, a usina era responsável por fornecer 20% de toda a energia elétrica consumida no território brasileiro.

O Brasil entende que a tarifa deve ser estabelecida levando em conta uma nova realidade global e outras fontes de energia renovável em expansão. A tarifa de Itaipu acaba por impactar o custo de energia interno no País.

O governo reclama que há forte pressão política e da sociedade paraguaia por ganhos e que isso torna a negociação mais complexa. Desde sua eleição, em abril de 2023, Peña trata diretamente com Lula, sempre que se encontram, sobre a necessidade de revisão do tratado. O assunto é considerado uma "causa patriótica" no país.

A negociação é complexa, segundo diplomatas, porque os ganhos com a venda de energia de Itaipu representam uma grande parte do orçamento do Paraguai. Um diplomata brasileiro afirmou que o assunto é tão sensível que pode "derrubar um governo" no país vizinho.

Em 2019, os países assinaram um acordo secreto estabelecendo as condições da compra da energia até 2022. Na prática, os termos acordados elevariam custos à Ande, estatal de energia paraguaia, em cerca de US$ 200 milhões. Por isso, levou a um pedido de impeachment do então presidente paraguaio Mario Abdo Benítez.

Entre 2009 e 2021, o valor ficou fixado em US$ 22,60/kW.mês (quilowatt-mês). Em 2022, o governo Jair Bolsonaro conseguiu reduzir para US$ 20,75/kW.mês (quilowatt-mês).

No ano passado, o governo Lula conseguiu uma redução ainda maior, e passou a vigorar a tarifa de US$ 16,71/kW.mês (quilowatt-mês), queda de 8% em relação ao a 2022 e de 26% em relação à tarifa que vigorou por 12 anos.

O governo do Paraguai quer a volta da tarifa a US$ 20,75, enquanto o Brasil pretende manter o mais baixo possível. Como não houve acordo até o fim do ano, a Cuse permaneceu provisoriamente em US$ 16,71, o que a gestão brasileira considera positivo manter.

Em outubro do ano passado, o diretor-geral de Itaipu pelo lado brasileiro, o petista Enio Verri, disse que a Cuse deveria ser de US$ 12,47, o que permitiria a realização de investimentos mínimos. Ele reconheceu, porém, que a prioridade do Paraguai é aumentar a tarifa, enquanto a do Brasil é reduzir.

Os paraguaios defendem novas formas e mais liberdade de uso de sua cota na energia gerada pela usina, como forma de pressão. Ou cobram a elevação da tarifa, que permite investimentos do governo paraguaio em infraestrutura e geração de empregos internamente, como também vem fazendo o Brasil. Esse é um interesse político comum e cada vez mais usual, por meio do caixa de Itaipu.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, receberá na segunda-feira, 15, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, em Brasília. Ambos se encontrarão às 11 horas (de Brasília) no Palácio Itamaraty, de acordo com a agenda oficial divulgada neste domingo, 14.

Segundo nota do Ministério das Relações Exteriores na sexta-feira, um dos temas da conversa será a usina hidrelétrica de Itaipu.

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Brasil e Paraguai negociam um novo acordo sobre a divisão da energia produzida na planta, que fica na fronteira entre os dois países.

Outros compromissos

Além do encontro com o presidente do Paraguai, Lula tem mais três compromissos oficiais marcados.

Ele receberá no Palácio do Planalto a ministra da Cultura, Margareth Menezes, às 15; o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, às 15h30; e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, às 15h45.

A forte chuva que caiu em São Paulo na tarde desta segunda-feira, 8, voltou a provocar quedas de luz em diferentes pontos da capital paulista, conforme relatos dos moradores nas redes sociais. A Enel, concessionária responsável pela distribuição da energia elétrica na cidade, foi cobrada pelos clientes. À reportagem, a distribuidora afirmou que pediu para as equipes em campo trabalharem para normalizar o fornecimento de energia aos clientes afetados.

A falta de luz foi notada e relatada em bairros como Saúde, Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis, Moema Campo Belo e Paraíso (todas na zona sul), e também em estabelecimentos comerciais do bairro Santana, na zona norte da cidade. Um usuário alega que seis semáforos do caminho da sua casa até o trabalho não estavam funcionado, e outro afirma que a queda de energia aconteceu mesmo quando a chuva não tinha atingido uma alta intensidade.

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Em balanço divulgado no final da tarde, o Corpo de Bombeiros informou que foram registradas 200 ocorrências de quedas de árvore em São Paulo e na região metropolitana durante o temporal. A chuva teve um acumulado de 62 mm, segundo a Defesa Civil.

"Primeiro temporal de 2024 e a capital paulista sem luz no meio da tarde. Vários moradores relatando falta de energia: Moema, Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis", escreveu uma usuária no X (antigo Twitter). "Mal trovejou e já caiu a luz aqui no Paraíso", escreveu outro usuário, na mesma rede social.

"Enel não falha. Primeiro temporal de 2024 em SP e, bingo, acabou a luz no meu bairro na Saúde e em outras localidades. É muita deficiência", escreveu um morador de São Paulo. "Caiu uma pancada de chuva. Vim para o trabalho depois que parou. No caminho de casa até a Conrad, passei por seis semáforos apagados! Chegando na Conrad, a luz já piscou três vezes. SP está totalmente largada pelo prefeito Nunes", desabafou outro morador da capital.

Outro usuário destacou que a luz de onde estava acabou, mesmo com a chuva não sendo tão forte quanto um "temporal". "Bastou uma chuva de 30 minutos, não foi temporal, não foi tempestade, houve ventos mas nem tão fortes assim. A energia acabou, assim que começou a chuva em segundos voltou, depois de uns 15 minutos acabou e não voltou mais. Até quando vamos passar esse tipo de situação", questionou.

Uma usuária também relatou às 19h30 que no Campo Belo a chuva "não foi forte", mas que ela estava sem energia desde as 16h. "As chuvas não foram fortes e desde as 16 horas esperando um conserto na Rua Conde de Porto Alegre. No Campo Belo ,São Paulo-SP".

Em alguns locais, a queda de energia foi provocada pelo tombamento de árvores. O Corpo de Bombeiros foi chamado, entre 12h20 às 16h41, pra 187 ocorrências de quedas de árvores na capital e região metropolitana de São Paulo, segundo a própria corporação. Os casos, segundo os bombeiros, se concentraram na zona sul da cidade, em bairros como Moema, Itaim Bibi, Bela Vista, Vila Mariana, Jardim Paulista, Vila Maria e Pinheiros.

Em dois desses casos, a queda da árvore atingiu fios de alta tensão, que caíram sobre carro com pessoas dentro, as impedindo de sair do veículo. Uma das ocorrências aconteceu na Alameda dos Aicás, em Moema, e outro na Alameda Joaquim Eugênio de Lima (Jardim Paulista). Segundo os Bombeiros, ninguém ficou ferido.

Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da capital foram registrados alagamentos em diferentes pontos da cidade, como Sé (centro), Itaquera (zona leste), São Miguel Paulista (zona leste) Santo Amaro (zona sul) e Vila Mariana (zona sul).

Em nota, a Enel afirma, com base nos dados do CGE, que a cidade foi atingida nesta segunda por "fortes chuvas seguidas por rajadas de vento de até 76 km/h que atingiram parte da área de concessão da distribuidora". O evento, segundo a empresa, provocou "quedas de árvores, galhos e outros objetos sobre a rede elétrica e causaram interrupção no fornecimento de energia para alguns clientes".

Segundo a concessionária, as regiões mais impactadas foram norte, leste, oeste e a zona sul da capital. "A distribuidora reforçou as equipes em campo e trabalha para normalizar o fornecimento de energia o mais brevemente possível aos clientes afetados", disse a Enel no comunicado.

Para comunicar falta de luz, a companhia orienta que os clientes priorizem os canais digitais, com o envio de SMS gratuito para o número 27373 com a palavra "Luz" junto com o número da instalação que consta da conta de energia; consumidores também podem acessar o App Enel São Paulo ou a agência virtual do site.

Temporal há dois meses deixou mais de 2,2 milhões sem luz

No começo de novembro de 2023, um temporal deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e em cidades da região metropolitana da capital. A Enel foi duramente criticada porque o apagão persistiu por mais de cinco dias para milhares de pessoas, o que provocou perda de alimentos refrigerados e danificação de eletrodomésticos de clientes. O prefeito Ricardo Nunes chegou a cogitar o cancelamento do contrato da Prefeitura com a empresa.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para apurar a prestação de serviço da concessionária durante e após os dias subsequentes da forte chuva. O relatório final apontou que houve irregularidades cometidas pela distribuidora e sugeriu ao poder público o encerramento da concessão. O contrato prevê termino da parceria em 2028.

A empresa destacou a intensidade do evento climático na oportunidade e disse ter adotado as medidas necessárias para o restabelecimento do serviço.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (29) que no mês de janeiro a bandeira tarifária será verde. Desta forma, os consumidores não terão custo extra nas contas de luz. 

De acordo com a agência, a continuação da bandeira verde no início do próximo ano é porque as condições favoráveis de geração de energia permanecem. Há 21 meses o país tem adotado a bandeira verde após o fim da escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022.

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O que são as bandeiras tarifárias

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. 

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo.

Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh. 

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Aproximadamente 212 mil pessoas ficaram sem energia na manhã desta quarta-feira (15), feriado nacional da Proclamação da República, em Natal, capital do Rio Grande do Norte. Moradores das zonas Sul, Leste e Oeste foram os atingidos, e o serviço permaneceu suspenso por quase meia hora, de acordo com a Neoenergia Cosern, distribuidora do estado. A causa da suspensão na distribuição seria pelo desligamento da subestação Natal II. 

Em nota, a concessionária informou que o desligamento da Subestação Natal II da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), registrado às 9h38, deixou oito subestações da Neoenergia Cosern sem energia. Após 25 minutos, o fornecimento foi restabelecido para 100% da população atingida. A Cosern está em contato com a Chesf e com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e aguarda um relatório com as causas da ocorrência.

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A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) registrou quedas de energia na manhã desta terça-feira (14), enquanto acontecia da reunião da CPI da Enel, que investiga possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas entre 2018 até 2023. Segundo a Alesp, o fato aconteceu por conta de uma manutenção na rede elétrico do prédio. 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) compartilhou o registro de um dos momentos em que a Casa ficou às escuras. "Parece piada, mas é só a ENEL mesmo", escreveu a parlamentar.

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O LeiaJá entrou em contato com a Alesp. Em nota, a assessoria informou que as quedas de energia da manhã de hoje foram internas, "decorrente de uma manutenção que estava sendo realizada em virtude de duas quedas que ocorreram ontem e que provocaram alguns danos, como nos aparelhos de ar-condicionado e nos ramais. As quedas foram rápidas, por menos de cinco minutos, e as atividades já voltaram à normalidade na sequência". 

Já a Enel afirmou que a oscilação de energia "não tem relação com a rede de distribuição da companhia."

A prefeitura de São Paulo informou nesta quarta-feira (8) que ingressará com uma Ação Civil Pública contra a empresa de energia Enel por descumprimento de acordo com a capital paulista e de outras normas legais. Pelo menos 30 mil pessoas seguem sem energia em São Paulo, indica levantamento da Enel, concessionária que atua na capital e em 23 cidades da região metropolitana. 

O apagão após o temporal que atingiu o estado de São Paulo na sexta-feira (3) impactou 2,1 milhões de pessoas atendidas pela Enel. Ela tinha indicado que restabeleceria o fornecimento até essa terça-feira (7). A prefeitura informou, também, que notificará o Procon e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que medidas sejam tomadas contra a empresa.

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Consumidor pode ser indenizado

Em reunião com a concessionária nessa terça-feira (7), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A proposta é que sejam indenizados os consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado. A empresa tem 15 dias para responder.

Protestos de moradores contra a falta de luz bloquearam ontem (7) vias na Grande São Paulo. Na Avenida Giovanni Gronchi, na zona sul da capital, manifestantes colocaram fogo em objetos na rua. Um policial militar foi atingido por uma bala e levado ao hospital, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). 

Pela manhã, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram manifestação em frente ao prédio da Enel, no Morumbi.

Pelo menos 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia após a forte chuva com rajadas de ventos que atingiu São Paulo nessa sexta-feira (3). O número preliminar refere-se aos clientes da Enel, concessionária que atua na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana. De acordo com a empresa, 600 mil usuários já tiveram o serviço restabelecido. Na capital, 1,4 milhão de pessoas ficaram sem luz, sendo que 400 mil já tiveram o serviço retomado. A estimativa da Enel é que na terça-feira (7) toda a rede esteja recomposta. 

“As questões das mudanças climáticas nos colocam grandes desafios”, disse o prefeito Ricardo Nunes, em coletiva de imprensa na sede da Enel, referindo-se ao acontecimento como excepcional. Ele informou que foram 618 chamados na área de iluminação pública, sendo que 133 estão em aberto e 99 ainda com espera para início do atendimento. Neste momento, 1.470 profissionais trabalham no corte de árvores, antes eram 300. Dos 6,5 mil semáforos, 247 seguem apagados por falta de energia e 20 por falha no equipamento. 

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Enem

De acordo com Vincenzo Ruotolo, diretor de distribuição da empresa, das 308 escolas que vão receber o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (5), 84 tiveram algum problema de fornecimento de energia elétrica. “Está sendo priorizado o restabelecimento da energia e, em paralelo, estamos mobilizando geradores para atender eventualmente algum caso que não seja possível restabelecer até amanhã”, explicou. A concessionária apura quantas seguem sem energia.

Em nota, o governo do estado disse que outras concessionárias que atuam no estado, como CPFL e EDP, também informaram queda de energia. Em ao menos 42 municípios, incluindo os atendidos pela Enel, foi registrado corte de energia neste sábado (4). 

Mortes

Seis pessoas morreram em São Paulo em decorrência dos temporais e rajadas de vento que atingiram o estado nessa sexta-feira (3). A velocidade dos ventos, segundo a Defesa Civil estadual, chegou a 151 quilômetros por hora (km/h) em Santos, conforme dados da administração portuária. Na capital paulista, as rajadas alcançaram 103,7 km/h, recorde dos últimos cinco anos.

Defesas civis e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados em ocorrências em 40 municípios do estado, a maioria por queda de árvore.

Quatro pessoas morreram por conta da queda de árvores, sendo uma em Osasco, uma em Suzano, municípios da Grande São Paulo; e duas na zona leste da capital paulista. Também houve óbito em Limeira, por desabamento de um muro, e em Santo André, devido à queda da parede de um prédio.

Abastecimento de água

A queda da rede elétrica também impacta o fornecimento de água. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pediu economia aos consumidores até que a situação se normalize. “ Por conta da falta de energia, houve paralisação em diversas instalações e estações elevatórias, reduzindo o nível dos reservatórios da companhia”, informou em nota.

Os pontos mais críticos, na manhã deste sábado, foram nas regiões de Americanópolis, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana, Vila Clara, Santa Etelvina, Guaianases, Cidade Tiradentes, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jardim Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Morumbi e Capão Redondo.

Na Grande São Paulo, o desabastecimento afeta os municípios de Itapecerica da Serra, Mauá, Cotia, Santo André, Diadema, Osasco, Barueri, Guarulhos, Taboão da Serra, Itaquaquecetuba, Biritiba Mirim e Suzano.

Após as fortes chuvas que atingiram São Paulo nessa sexta-feira (3), afetando a rede elétrica, o Ministério de Minas e Energia (MME) garantiu que haverá fornecimento de energia nos locais de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no estado. As provas ocorrem neste domingo (5) e no próximo dia 12 de novembro.

Pelo menos 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia em São Paulo, segundo levantamento preliminar da concessionária Enel, que atende a capital e mais 23 municípios do estado. Cerca de 600 mil usuários já tiveram o serviço restabelecido. Em entrevista à imprensa, a empresa informou que, das 308 escolas que estão sob a sua área de atuação e vão receber o Enem, 84 tiveram algum problema de fornecimento de energia elétrica. A concessionária apura quantas seguem sem energia.

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Em nota, o ministério informou que, nos locais onde a rede não for restabelecida por meio do sistema de distribuição, as concessionárias deverão alocar geradores para garantir o atendimento no local de prova, sem comprometimento do direito dos estudantes de participar do exame. 

De acordo com a pasta, todas as áreas afetadas pela queda de energia, incluindo a região metropolitana, foram identificadas e estão sendo monitoradas. “Neste momento, o MME atua fortemente junto às distribuidoras para regularizar o fornecimento de energia com a maior brevidade possível. Cerca de 90% do serviço de distribuição de energia em São Paulo já funciona normalmente.” 

Sala de situação

Na manhã deste sábado (4), Alexandre Silveira determinou a abertura de uma sala de situação para acompanhar o fornecimento de energia elétrica em São Paulo. “Desde o início do dia, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vêm trabalhando junto às concessionárias de distribuição de energia elétrica do estado, buscando identificar as situações de falta de fornecimento em decorrência das fortes chuvas de ontem.”

A pasta destacou que já havia solicitado que todas as distribuidoras organizassem planos de contingência para a garantia do fornecimento de energia elétrica nas datas de realização do Enem 2023, buscando reforçar equipes de plantão e suspender atividades que pudessem comprometer ou colocar o atendimento em risco. 

Mortes

Seis pessoas morreram no estado em decorrência dos temporais. A velocidade dos ventos, segundo a Defesa Civil estadual, chegou a 151 quilômetros por hora (km/h) em Santos, conforme dados da administração portuária. Na capital paulista, as rajadas alcançaram 103,7 km/h, recorde dos últimos cinco anos.

Quatro pessoas morreram por conta da queda de árvores, sendo uma em Osasco, uma em Suzano, municípios da Grande São Paulo; e duas na zona leste da capital paulista. Também houve óbito em Limeira, por desabamento de um muro, e em Santo André, devido à queda da parede de um prédio.



 

A única central elétrica de Gaza ficou sem combustível e foi desligada nesta quarta-feira (11). Com isso, restaram apenas alguns geradores para abastecer o território de 2 milhões de pessoas. No entanto, eles também dependem de petróleo, que não chega mais ao enclave palestino em razão do bloqueio total imposto por Israel. Com isso, todos devem parar de funcionar nas próximas horas e deixar a região completamente sem eletricidade.

As condições se deterioraram tão rapidamente que a ONU descreveu a situação como "crise humanitária". Sem luz, os hospitais lotados não poderão mais atender os feridos, os refrigeradores não manterão mais comida e praticamente todos os serviços básicos serão interrompidos.

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Moradores disseram que os bombardeios miraram estruturas normalmente consideradas relativamente seguras, como escolas, hospitais e mesquitas. A estimativa local é de que 1,1 mil palestinos morreram.

Destruição

Mohamed Mazen e seus vizinhos permaneceram na porta de seu prédio durante toda a noite para tentar evitar o bombardeio israelense. Ao partirem pela manhã, descobriram a magnitude do desastre: o bairro estava em ruínas e as ruas desertas. O pai de três filhos, de 38 anos, não conseguia acreditar no que via. "Minha mulher e eu dissemos a nós mesmos: 'Tudo isso é real?' Sentimo-nos como se estivéssemos em uma cidade fantasma e como se fôssemos as únicas pessoas ainda vivas."

Mais adiante, em frente ao hospital de Al-Shifa, o maior da região, moradores soluçavam ao deixar seus parentes no necrotério ou algum ferido que logo depois foi anunciado como morto.

"Sinto que a morte está perto de mim, se não me alcançar, vai alcançar pessoas importantes para mim", declarou May Youssef, de 34 anos, mãe de dois filhos. "Eu já não sou um ser humano. Já não sirvo para nada. Não posso tranquilizar meus filhos, minha filha pequena teve febre por causa de medo e nos custou encontrar uma farmácia para comprar remédios."

O governo do enclave controlado pelo Hamas tentou tranquilizar a população, repetindo em comunicado que dispõe de "oito meses de abastecimento de bens de primeira necessidade e três meses de farinha". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.

Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

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Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Mudança de horário

Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.

Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências, empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.

“Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas residências se chama climatização”, destaca o professor Freitas.

Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma questão de hábito da população do que pela necessidade do setor elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com esse horário”.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira, 29, que vai manter a bandeira tarifária verde acionada em outubro. Com a decisão, as contas de luz seguem sem cobrança adicional no próximo mês.

O nível foi mantido devido às condições favoráveis de geração de energia no País. Com os reservatórios das usinas hidrelétricas cheios, por causa das chuvas, não é necessário acionar fontes mais caras, como as termelétricas.

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"A energia gerada está mais barata. Tem chovido mais nos reservatórios, e aí podemos contar com as hidrelétricas, que possuem um custo de geração mais baixo do que outras fontes. Isso sem falar do avanço das usinas eólicas e solares, sobretudo no Nordeste do País", disse o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em nota.

A bandeira verde está em vigor há mais de um ano e vale para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a agência reguladora, a expectativa é de que as contas sigam sem taxa adicional até o fim do ano.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no País aos consumidores e atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da "conta Bandeiras".

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está relacionado principalmente ao volume dos reservatórios.

As altas temperaturas que têm afetado diversas regiões brasileiras terão efeito direto no consumo de energia elétrica no País, conforme estima o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A projeção para o mês de setembro é de crescimento de 5,8%, com altas em todas as regiões, de acordo com um boletim divulgado pelo órgão.

A perspectiva de crescimento nos submercados é mais expressiva no Norte, com 10,6%. A área entre Sudeste e Centro-Oeste deve registrar avanço de 6,1%, seguido pelo Nordeste, com 4,2%. O Sul, que vem enfrentando um período de fortes chuvas, fica em último lugar, com 3,8%. Os percentuais comparam os resultados para o final de setembro de 2023, ante o mesmo período do ano passado.

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"A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida", afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

A cidade de São Paulo registrou neste sábado, 23, novo recorde de temperatura máxima em 2023. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros marcaram 34,8ºC às 16h, que superou os 34,7ºC registrados na última sexta-feira, 22, na capital paulista.

Essa foi a quarta quebra de recordes de calor em apenas dez dias. Nove Estados estão, até as 18h deste domingo, 24, sob alerta vermelho de grande perigo com riscos à saúde.

O boletim ainda traz análises sobre a Energia Armazenada (EAR), indicando a estimativa de que continue acima de 70% em três submercados para o fim deste mês. O dado é significativo visto que o período tipicamente seco está próximo do encerramento. A EAR mais elevada deve ser verificada no Sul (85,2%), seguida de Norte (73,7%), Sudeste/Centro-Oeste (72,6%) e Nordeste (67,2%).

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que uma abertura de linha de 600 milissegundos, ou seja, uma interrupção na transmissão não compensada, foi a causa do apagão do último dia 15. "Percebemos, logo no dia subsequente, onde tudo tinha começado. Foi uma abertura de linha. Conseguimos identificar uma grande perturbação, uma grande ação de abertura de linhas no tempo de 600 milissegundos, um tempo que não é humano, um tempo de circuitos elétricos e eletrônicos", disse.

Ciocchi falou nesta terça-feira, 29, em audiência pública conjunta nas comissões de Minas e Energia e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

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Segundo o diretor, o diagnóstico está detalhado em um relatório de análise de perturbação (RAP), que definiu como "mergulho técnico e profundo" na engenharia do sistema elétrico do País.

Conforme ele, após a interrupção, várias linhas "abriram" na sequência em todo o território. De acordo com o chefe do ONS, o fenômeno foi reconstituído em laboratório, com dados de um aparelho que injeta energia na rede quando há algum problema. Segundo ele, esse aparelho apresentou características diferentes do que era necessário. "O tempo que demorou para (o aparelho) entrar em ação, que deveria ser de 20 milissegundos, foi maior. Estava na casa de 50, 80 milissegundos", afirmou.

Ele emendou que a "pista" foi discutida com engenheiros do setor e, ao que tudo indica, foi a causa de uma "série de outros pequenos eventos" que levaram à desconexão.

O chefe do ONS reiterou que o episódio foi inusitado porque não havia nenhuma situação no sistema que chamasse atenção. "Não houve explosão de um grande transformador, a parada de usinas, nem a saída de uma linha de transmissão", disse.

Grande proporção

Apesar de ter caracterizado o evento como "inusitado", Ciocchi reconheceu que o apagão foi de "grande proporção". "Foi um evento que cortou 34% da carga do Brasil, um terço do total, naquele momento", disse.

O apagão registrado no dia 15 de agosto deixou consumidores de 25 Estados e do Distrito Federal sem energia elétrica. Mais de 22 mil megawatts (MW) foram interrompidos. Apenas Roraima, que não está conectado ao sistema, não foi atingido.

Na ocasião, houve problema em uma linha de transmissão da Chesf, subsidiária da Eletrobras, no Ceará. Autoridades do setor elétrico avaliam que essa ocorrência não seria suficiente para o incidente de grande dimensão daquela manhã.

Nesta terça, Ciocchi reafirmou o entendimento. "Esse desligamento não foi a causa do fenômeno. O sistema brasileiro tem redundância e a capacidade de resistir a uma perda simples dessa natureza", disse.

De acordo com ONS, avaliações preliminares mais aprofundadas sobre os fatos subsequentes ao desligamento da linha de transmissão Quixadá - Fortaleza II identificaram "sinais de que as fontes de geração próximas a esta linha de transmissão não apresentaram o desempenho esperado no que diz respeito ao controle de tensão".

Além da análise conduzida pelo ONS, a Polícia Federal instaurou na semana passada inquérito para apurar as causas do apagão.

A investigação, de acordo com a PF, corre em sigilo e "apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública".

A atuação foi solicitada pelo próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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